SEPHER TESHUVAH YEHUDIM – DISCUSSÕES TANAÍTICAS PARA A TESHUVAH DOS JUDEUS MARRANOS DE ORIGEM SEFARADITA – SEDER CHOCHMAH YEHUDIM – TRATADO MASHIACH – SHA'AR 3 – DISCUSSÃO TANAÍTICA 17
Segundo eruditos e sábios judeus, as festas reais são elementos característicos que legitimam a ação divina de um rei hebreu consagrado e ungido. Assim, ao celebrar a vinda de um rei hebreu, celebra-se também a presença de ADONAI-ELOHIM. Assim, o culto hebreu tornou-se a expressão máxima do governo divino, do poder divino e da realeza divina de reis israelitas e judeus. E, consequentemente, a ÚNICA VINDA do MASHIACH é a garantia da realização do governo real. O SEPHER TEHILIM 72, por exemplo, é uma oração de esperança para se compreender a libertação depositada na pessoa de um rei que governa com eqüidade, justiça e poder, e que é divinamente abençoado. Os judeus deportados para a BABILONIA, no ano de 586 a.e.c., esperaram a vinda de um rei que os libertaria do cativeiro, e eles o identificaram como o rei persa, KURAS II, quem, de fato, permitiu o retorno dos israelitas e judeus a ERETZ YISRAEL, no ano de 538 a.e.c. Assim, eruditos e sábios judeus consideravam o MASHIACH como FILHO DE DAVID e REI UNGIDO, o qual sempre defenderia aos FILHOS DE YISRAEL [1,2].
A vasta utilização do termo MESSIAS para designar PATRIARCAS, REIS JUDEUS, SACERDOTES JUDEUS e SUMO SACERDOTES JUDEUS, deixa claro que o messianismo judaico está fundamentado na esperança da ÚNICA VINDA do MASHIACH, o qual trará a verdadeira paz, salvação e tranqüilidade para os FILHOS DE YISRAEL e para o mundo. No entanto, vale acrescentar que em nenhuma referência tanaítica é predito que o MASHIACH será um homem judeu dotado de poderes paranormais e nem poderes sobrenaturais. Esperar a ÚNICA VINDA do MASHIACH alimentou o POVO JUDEU no passado, e esperar a ÚNICA VINDA do MASHIACH ainda hoje continua a alimentar o POVO JUDEU. Além disto, ADONAI-ELOHIM, ao outorgar a TORAH e ao realizar alianças com os FILHOS DE YISRAEL, deixou a esperança da intervenção divina futura nos messias que ELE enviaria aos judeus [3].
E, de fato, foi esta esperança divina que sempre impulsionou o surgimento de líderes judeus dotados de caraterísticas messiânicas que se revoltaram no período da dominação imperial romana. Entre estes líderes judeus são citados SHIMON PERAEA (ano 4 a.e.c.); ATHRONGES (entre os anos 4 a.e.c. e 2 a.e.c.); YEHUDA GAMALA ou YEHUDA HAGALIL (ano 6 d.e.c.); MENAHEM BEN YEHUDA (ano 6 d.e.c.); THEUDAS (entre os anos 44 d.e.c. e 46 d.e.c.); ELEAZAR BEN SHIMON (entre os anos 67 d.e.c. e 73 d.e.c.); ELEAZAR BEN YAIR (entre os anos 67 d.e.c. e 73 d.e.c.); YOHANAN GISKALA (YOHANAN BEN LEVI ou YOHANAN MI GUSH HALAV) (entre os anos 67 d.e.c. e 73 d.e.c.); SHIMON BAR GIORA (entre os anos 67 d.e.c. e 73 d.e.c.); ANDREAS LUKUAS (entre os anos de 115 d.e.c. e 117 d.e.c.); e SHIMON BAR KOKHBA (entre os anos de 132 d.e.c e 135 d.e.c.). E após a destruição da FORTALEZA DE BETAR, no ano de 135 d.e.c., surgiu a TERCEIRA DIÁSPORA JUDAICA, a qual se prolongou por vinte séculos. Expulsos da sua terra, os FILHOS DE YISRAEL perderam momentaneamente as esperanças messiânicas e os judeus se espalharam pelo vasto IMPÉRIO ROMANO, mas no dia 14 de maio do ano de 1948 surge profeticamente o ESTADO DE YISRAEL [2].
Durante o período histórico compreendido entre os anos 4 a.e.c. e 135 d.e.c. centenas de judeus foram crucificados em ERETZ YISRAEL por autoridades imperiais romanas. No entanto, filósofos e teólogos cristãos querem por querem ensinar que, dentre estas milhares de crucificações ocorridas, apenas a crucificação de YESHUA NAZARETH é interpretado com um sacrifício religioso e único realizado para a remissão das transgressões cometidas pelos seres humanos. Mas, entretanto, os judeus que morreram crucificados, nesta época, também passaram pelo mesmo sofrimento físico que YESHUA NAZARETH.
De acordo com as fontes literárias evangélicas, não há como entender por que ADONAI-ELOHIM apenas ressuscitaria a YESHUA NAZARETH. Ao que parece, para filósofos e teólogos cristãos é preciso criar uma divindade que se adeque ao desejo humano de morrer fisicamente e ressuscitar para que ela seja admirada, adorada e venerada pelos seres humanos. De fato, é uma fraude o ensinamento cristão de que a morte física de YESHUA NAZARETH constitui um sacrifício religioso pelas transgressões humanas [3].
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