sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Para Judeu Pensar.


Para o judeu pensar:
É interessante observar que se este Salmo realmente fosse uma profecia a respeito de alguém rejeitado, ele seria sobre Israel, e não sobre Jesus.

Vejamos:

Quem foi rejeitado por todos os impérios da história?
Foi Jesus? Não, os judeus, Israel!

Quem os  romanos rejeitaram?
Foi Jesus? Não! Eles idolatraram Jesus.
Rejeitaram os judeus, Israel.

Quem os ibéricos perseguiram e rejeitavam, impondo conversão forçada ou exílio?
Foi Jesus? Não! Eles  faziam isto em nome de Jesus.
Rejeitaram  os judeus, Israel

Quem Hitler rejeitou? Chegou ao extremo de patrocinar um assassinato em massa de judeus.
Foi Jesus? Não, ele era cristão  protestante.
Rejeitou os judeus, Israel.

Os progroms russos perseguiam, assassinavam e rejeitava quem?
Jesus? Não,  os progroms eram em geral formados por cristãos ortodoxos, com as bênçãos veladas do czar, também cristão e adorador de Jesus.
Rejeitavam os judeus, Israel.

Durante a 2ª Guerra Mundial, quem era o rejeitado que o mundo não queria? Quem era aquele que não encontrava abrigo em nenhum país?
Os cristãos? Não!
As nações, o mundo, rejeitaram os judeus, deixando-os encontrar a morte certa em campos de assassinato em massa. Os judeus, Israel, um povo sem pátria, uma pária no mundo.

O repertório de rejeição não para, é extenso...

E esta pedra rejeitada, Israel, sim, tornou-se a pedra angular, sendo um irradiador de inovações tecnológicas, transformando deserto em terra cultivável, sendo brilhante em diversas áreas do conhecimento humano, da literatura a medicina. Israel, a pedra inicialmente rejeitada, se tornou realmente angular, deu a dois terços do mundo (4 bilhões de pessoas), uma religião.

Como pode ser percebido, esta aplicação cai muito bem em Israel,
distorcer é fácil.

Mas não estamos interessados em distorcer como faz rotineiramente os missionários, pois não é isto que nossos Mestres dizem sobre este Salmo, até porque não é disto que este Salmo trata e  muito menos de Jesus.


Distorções nos Salmos- Tehilim - Cinco Salmos de David.


D
istorções nos Salmos - Tehilim - Cinco Salmos de David

                                                                                                             
Tehilim - Salmo 22:17 e 22:19
Ao mestre do canto, acompanhado por “Aiélet Hashachar”, um salmo de David. Meu D'us, meu D'us, por que me abandonaste? Por que deixaste tão distante minha salvação e ignoraste meu gemido angustiado? De dia clamo e à noite não silencio, e Tu não me escutas. Mas Tu és o Santo, e a Ti se dirigem os louvores de Israel! Em Ti confiaram nossos patriarcas, confiaram plenamente e Tu os resgataste. Clamaram a Ti e foram salvos; em Ti acreditaram e não foram desiludidos. Quanto a mim, sou como um verme e não homem, opróbrio da plebe, vergonha do povo. Zombam de mim os que me fitam, riem e meneiam ironicamente suas cabeças. Dizem-me, porém, confia no Eterno! Ele o redimirá, Ele lhe trará salvação, porque nele se compraz. Tu me tiraste do ventre materno e me fizeste sentir seguro, contra seu peito. Desde meu nascimento, em Teus braços fui entregue; mesmo antes de nascer, já eras meu D'us. Não Te afastes de mim, porque muito próxima está a aflição e não há quem me proteja, senão Tu. Touros furiosos me cercaram, touros do Bashan me rodearam. Abriram contra mim suas bocas como um leão que estraçalha e ruge. Sinto-me como água derramada que não pode voltar a seu recipiente, meus ossos fraquejam; meu coração parece ser de cera, de tal forma se derrete dentro de mim. Minha força secou como a argila, minha língua está colada ao paladar e me deitaste no pó da morte. Cães me cercam, uma turba de perversos me rodeia, atacam meus pés e minhas mãos como se fora um leão. Verifico como estão meus ossos enquanto eles me observam e tripudiam. Minhas roupas, entre si repartem, minhas vestimentas sorteiam. Mas Tu, ó Eterno, eu te peço, não Te afastes de mim; ó minha Força, apressa-Te e vem em meu auxílio! Salva minha alma da espada, minha vida das presas dos sabujos. Livra-me da boca do leão, resgata-me dos chifres dos touros selvagens. Então, a salvo, proclamarei Teu Nome os meus irmãos e louvarte-te-ei do seio da multidão! Vós que sois a semente de Jacob, honrai-O! Reverenciai-O todos vós, descendentes de Israel. Porquanto não desprezou nem ignorou a angústia do aflito e dele não escondeu Sua face e atendeu a sua prece. Graças a Ti poderei proclamar meu louvor às multidões; cumprirei minhas promessas na presença daqueles que O temem. Os humildes hão de comer e se fartar; os que buscam o Eterno hão de louvá-lo e vida perene terão seus corações. Dos confins da terra, todos a Ti se voltarão com compreensão e ante Ti se curvarão todas as famílias das nações. Pois só do Eterno é a realeza e Seu é o domínio sobre todos os povos. Comerão todos os povos a fartura da terra e ante Ele se prostrarão; reverenciá-lo-ão os que retornam do pó, mas então já será tarde porque suas almas não farão viver. Da descendência dos que O servem, de geração em geração, será relatada a magnificência de Sua glória. Anunciarão às gerações vindouras a bondade de seus feitos.
O que  dizem  os missionários sobre o verso 22:17:
Que um trecho deste Salmo é uma profecia sobre Jesus, de Nazaré, que teve as mãos pés furados segundo um texto cristão e não judaico.
A verdade sobre este verso do Salmo:
Os missionários  traduzem muito mal o texto deste Salmo. Eles lêem o verso assim: "Eles furaram minhas mãos e meus pés". No entanto não é isto que aparece no original hebraico  onde consta:

"Cães me cercam, uma turba de perversos me rodeia, atacam meus pés e minhas mãos como se fora um leão".
O leitor pode perceber que a tradução mal feita não passa nem perto do original hebraico. Pergunte-se, qual o intuito de tradução tão grosseira?
O que dizem os missionários sobre o verso 22:19:
Que um trecho deste Salmo - Minhas roupas, entre si repartem, minhas vestimentas sorteiam - é uma profecia que se refere a Jesus.
A verdade sobre este Salmo:
Embora se aplique aos acontecimentos da vida de David, ele compôs este Salmo como um aviso para poupar Israel de futuros exílios. Neste Salmo o povo judeu aparece coletivamente mas sempre no singular, já que Israel na Torá é sempre considerado uma unidade. Ao recitá-lo, o indivíduo deve sentir a angústia do distanciamento de Israel de sua glória anterior  e orar a D'us pelo fim deste exílio tão dolorosamente longo.
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Tehilim - Salmo 35
De David. Combate, ó Eterno, meus adversários; guerreia com os que contra mim se erguem. Veste o escudo e a armadura e levanta-Te em meu auxílio. Empunha a lança e o machado contra meus perseguidores, e à minha alma fala: “Eu sou a Tua salvação!” Sejam humilhados e envergonhados os que atentam contra minha alma; retrocedam e se desesperem os que tramam meu mal. Que sejam como a palha ao vento, e que o anjo de D'us os disperse. Que sejam tenebrosos e escorregadios os seus caminhos, e que o anjo de D'us os persiga. Pois sem motivo me expuseram a uma armadilha, sem motivo escavaram uma cova para mim. Que de súbito os alcances o desastre, e na rede que contra mim armaram, eles mesmos venham a ser presos. Minha alma se rejubilará no Eterno e exultará na Sua redenção. Todo o meu ser proclamará: “Eterno, quem é como Tu?” É Ele quem salva o aflito do mais forte; e ao pobre e ao necessitado de seu usurpador. Testemunhas maliciosas indagar-me-ão 

e-ão sobre o que não sei. Pagar-me-ão o bem com maldade, enlutando minha alma. Entretanto, em sua adversidade me cobri de luto e com jejum afligi minha alma; possam beneficiar a mim as preces que por eles fiz. Como por um companheiro ou por um irmão me senti compadecido, como um enlutado por sua mãe entristeceu-me. Porém, quando tropecei, eles se alegraram e contra mim se ajuntaram, golpeando-me sem que eu soubesse por que; sem cessar me atacam. Com escárnio e zombaria me insultaram. Rangeram seus dentes contra mim. Eterno! Até quando tolerarás? Resgata minha alma de suas tentativas de destruição, minha vida dos que me atacam como leões. Louvar-Te-ei perante multidões, perante todos Te enaltecerei. Que sobre mim não se rejubilem triunfantes meus inimigos gratuitos, e que não pisquem os olhos em zombaria, os que sem causa me odeiam. Pois que eles não falam em paz, mas palavras de perfídia dirigem aos homens pacíficos da terra. Contra mim escancaram suas bocas e exultam dizendo: “Vimos com nossos olhos!” Viste o que fazem, ó Eterno! Não ignores seus atos! Eterno, não Te afastes de mim! Levanta-te para fazer justiça, em defesa de minha causa, ó Eterno! Julga-me segundo a Tua justiça, ó Eterno, meu D'us, e não permita que se regozijem meus detratores. Que não digam em seus corações: “Nossa alma está exultante!” E não exclamem: “Nós o devoramos!” Que se confundam e se envergonhem os que se alegram com minha desgraça; que se cubram de humilhação e frustração os que se erguem contra mim. Que se alegrem e cantem os que almejam meu triunfo e proclamem sempre: “Exaltemos o Eterno que Se compraz com o bem-estar de Seu servo.” E minha voz enaltecerá Tua justiça e cantará todo dia em Teu louvor.

O que  dizem os missionários sobre este Salmo
Baseados unicamente em textos  não judaicos que um verso deste Salmo - os que sem causa me odeiam - é uma profecia referente a Jesus.

A verdade sobre este Salmo:
Este Salmo não é uma profecia  como insistem os missionários. O Salmo é um fervoroso apelo de David a D'us para ajudá-lo contra seus inimigos que traíram sua amizade. O mesmo pedido poderia ter sido feito pelo povo judeu, que sofreu séculos de selvagem opressão no exílio, (muitas em nome Jesus, de Nazaré) retribuindo com avanço e prosperidade sua presença ás nações.
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Tehilim - Salmo 41
Ao mestre do canto, um salmo de David. Bem-aventurado aquele que atenta para o debilitado; no dia de seu infortúnio o Eterno o livrará. Ele o guardará e o fará viver, será feliz na terra e não será entregue às mãos de seus inimigos. Na enfermidade o Eterno lhe dará amparo; seu leito guardará quando uma doença o acometer. Eu pedi: “Concede-me Tua graça, ó Eterno, e cura minha alma, mesmo tendo eu pecado contra Ti.” Meus inimigos só me desejam mal: “Quando perecerá e quando será erradicado seu nome?” Se vêm me visitar, são insinceros; maldade lhes preenche o coração, e ao sair só notícias más divulgarão. Unem-se para, contra mim, murmurar todos meus detratores, e pensamentos malévolos a mim dirigem: “Maligna doença o acometeu. Caído está e não conseguirá se reerguer.” Até o amigo em quem confiei, e que partilhava de meu pão também me traiu. Mas Tu, ó Eterno, compadeceste de mim. Levanta-me e lhes darei a resposta merecida. Saberei assim que Te comprazes em mim e que, portanto, não triunfará sobre mim meu inimigo. Incólume me sustentará e em Tua presença me manterás para sempre. Bendito seja o Eterno, D'us de Israel, para todo sempre. Amém! Assim seja!

O que  dizem os missionários sobre este Salmo:
Baseados em textos  não judaicos que um trecho deste Salmo - Até o amigo em quem confiei - é uma profecia sobre um evento de traição  que teria sofrido Jesus, de Nazaré.

A verdade sobre este Salmo:
O Salmo se refere ao próprio David que faz uma queixa da traição de seu amigo Aquitofel, de acordo com o relatado em 2º Samuel nos capítulos 15 a 20. Este Salmo é o encerramento do Livro Um e proclama como D'us e suas misericórdias estão próximas dos homens mesmo nas circunstâncias terríveis. Este é um tema recorrente nos Salmos, e princípio da vida.
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Tehilim - Salmo 78
Um “Maskil” de Assaf. Escuta meu povo, a minha Torá; inclina teu ouvido às palavras que pronuncia minha boca. Contarei uma parábola e enunciarei enigmas de tempos que já passaram há muito. O que ouvimos e aprendemos exposto por nossos pais, não ocultaremos a seus descendentes, até as mais longínquas gerações, relatando o louvor do Eterno e os atos maravilhosos que praticou em Seu poder. Um testemunho Ele estabeleceu para Jacob e uma Torá (Lei) para Israel, e ordenou que os transmitissem a seus filhos. Para que possam conhecê-los os componentes da última geração – para que os filhos que ainda não nasceram venham em seu tempo narrá-los a seus filhos. Assim saberão depositar suas esperanças no Eterno, não esquecerão os prodígios de Suas obras e saberão cumprir Seus mandamentos. Eles não se comportarão como seus pais, uma geração contumaz e rebelde, uma geração que não soube dedicar a D'us seu coração e cujo espírito não manteve fidelidade ao Eterno. Os filhos de Efraim, destros arqueiros, recuaram no decisivo dia da batalha, não guardaram o pacto com o Eterno e, sob Seus ensinamentos, se recusaram a andar, esquecendo Suas façanhas e as maravilhas que lhes mostrou. Diante de seus pais havia realizado prodígios nas terras do Egito, nos campos de Tsôan. Fendeu o mar e fê-los passar através dele, ergueu as águas, com elas formando muralhas. Conduziu-os com uma nuvem durante o dia e com uma coluna de fogo durante a noite. As rochas do deserto fenderam e dessedentaram-os à satisfação. Fez com que do rochedo jorrasse água, abundante como a de um rio. Tornaram, porém a pecar, rebelando-os contra o Altíssimo no deserto. Ousaram em seus corações submeter a testes o Eterno, pedindo a comida pela qual ansiavam, dizendo: “Poderá Ele prover uma mesa no deserto? De fato, feriu a rocha e dela fez jorrar água como um rio caudaloso. Entretanto, poderá prover pão e preparar carne para Seu povo?” Irou-Se o Eterno ao ouvi-los e um fogo acendeu-se contra Jacob, e Sua ira fez fluir contra Israel; porquanto Nele não creram e em Sua salvação não confiaram. Entretanto, deu às nuvens instruções e abriu as portas do céu, fazendo sobre eles chover o maná para comer, provendo-os com grãos celestes. Puderam comer o manjar dos céus; provisões em abundância Ele lhes enviou. Desencadeou no céu o vento do Oriente; com Seu poder fez soprar o vento do sul. Como se fora pó, fez sobre eles chover carne, e como areia dos mares, aves em quantidades intermináveis. Ao redor de suas moradas no meio do acampamento fê-las cair. Comeram, então, e muito se fartaram com o que Ele lhes trouxe, atendendo seu desejo. Ainda não se haviam saciado e comida havia ainda em suas bocas, quando contra eles se ergueu a ira do Eterno e causou a morte dos mais fortes entre eles, e aos escolhidos de Israel fez prostrar. Apesar disto, voltaram a pecar, descrendo em Suas maravilhas. Então Ele fez seus dias serem vãos e seus anos envoltos em terror. Somente quando já os fazia findar seus dias, O buscavam se arrependiam e oravam ao Eterno. Recordavam então que o Eterno era sua Rocha, o D'us Altíssimo seu redentor. Mas tentavam seduzi-lo com suas palavras, Lhe mentiam com suas línguas. Não Lhe era dedicado seu coração, nem o Seu pacto eram fiéis. Mas Ele, o Misericordioso, perdoou a iniqüidade e não os destruiu; reteve muitas vezes Sua cólera, não acendendo contra eles toda Sua ira. Pois lembrou que eram apenas carne frágil, um sopro de vida que passa e acaba. Quantas vezes O provocaram no deserto e Lhe trouxeram dor e aflição! Vez por vez continuaram a pô-Lo à prova; do Santo de Israel exigiram sinais. Não se lembraram de Sua mão poderosa nem do dia em que os redimiu do atormentador, quando milagres realizaram no Egito e Suas maravilhas praticaram em Tsôan. Em como transformou em sangue os seus rios e fez suas torrentes de água não poderem ser bebidas; contra eles enviou bestas que devoravam e que os infestavam. Deu suas colheitas aos insetos, o fruto de seu trabalho ao gafanhoto; destruiu com granizo suas vinhas, e suas figueiras com a geada. Com granizo exterminou suas crias e com raios seus rebanhos; desfechou contra eles Sua cólera ardente, indignação e atribulações, uma legião de mortais mensageiros. Deu livre curso à Sua fúria; não poupou da morte sua alma, e seus corpos castigou com a peste. Abateram todos os primogênitos do Egito, as primícias das tendas de Chám. Conduziu então em jornada Seu povo, guiando-os através do deserto como se fosse um rebanho. Inspirou-lhes seguir para que não temessem, enquanto o mar cobria seus inimigos, e os trouxe à Sua santa terra, à montanha que Sua Destra conquistou. Expulsou ante eles vários povos, e acomodou as tribos de Israel em suas tendas, atribuindo a cada uma seu quinhão. Entretanto, novamente, se rebelaram contra o Altíssimo, e não cumpriram Seus preceitos. Afastaram-se de Seu caminho e foram rebeldes como seus pais; se deformaram como um arco empenado. Provocaram Sua ira com seus altares erigidos para idolatria, despertaram seu zelo com seus ídolos. Ante isto se acendeu a ira do Eterno, e Ele rejeitou a Israel. Abandonou o tabernáculo de Shiló, a tenda que era Sua morada entre os homens. Permitiu que cativo se tornasse Seu poder – seus eleitos – e nas mãos de malévolos estivesse Sua glória. À espada entregou Sua nação, indignou-Se com o povo de Sua herança. O fogo consumiu Seus jovens, e Suas donzelas não tiveram cantos nupciais. Seus sacerdotes tombaram à espada, suas viúvas não entoaram lamentações. Então despertou o Eterno como de um sonho, como um guerreiro que o vinho impulsiona. Fez Seus inimigos baterem em retirada e sobre eles lançou desgraça eterna. Desprezou a tenda de José e não escolheu a tribo de Efraim. Escolheu, sim, a tribo de Judá, e o Monte Tsión que Ele tanto ama. E construiu Seu templo, elevado como os céus e firme como a terra, a que Ele assegurou a existência. Escolheu David, Seu servo, e o retirou de seu aprisco. Fez com que abandonasse as crias de seu rebanho e viesse pastorear a Jacob, Sua nação, a Israel, Sua possessão. Ele os governou com a retidão de seu coração, e com habilidade os passou a dirigir.

O que  dizem os missionários sobre este Salmo:
Que um trecho  - Contarei uma parábola e enunciarei enigmas de tempos que já passaram há muito - se refere a Jesus que dizem falava por parábolas.

A verdade sobre este Salmo:
O amor e a preocupação de D'us nos milagres de nossa história estão sempre presentes. Devemos preservar viva a memória destes eventos para sentir Sua proximidade, mesmo quando não está tão clara. Deixar de fazê-lo é origem de muitos pecados. É disto que este Salmo trata. Interessante observar que antes do trecho distorcido está, "Escuta, meu povo, a minha Torá;" Não está escrito, siga meu povo a Brit Cadashá ou qualquer outra coisa estranha ao revelado no Sinai.
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Tehilim - Salmo 118
Agradecei ao Eterno porque Ele é bom e eterna é Sua misericórdia. Que proclame Israel: “Eterna é Sua misericórdia.” Que também proclame a casa de Aarão: “Eterna é Sua misericórdia.” Que proclamem todos os que temem ao Eterno: “Sua misericórdia é infinita!” Invoquei o Eterno no momento de angústia e Ele me ouviu e me livrou das atribulações. O Eterno está comigo, por isso nada temerei; o que me pode fazer o ser humano? O Eterno está comigo e me ampara, por isso posso enfrentar os meus inimigos. Melhor é confiar no Eterno do que nos seres humanos. Melhor é Nele confiar do que em príncipes. Cercaram-me todas as nações, mas em Nome do Eterno as destrocei. Voltaram a cercar-me, envolveram-me de todos os lados, mas em Nome do Eterno as destrocei. Cercaram-me como abelhas com seus ferrões, mas foram extintos como o fogo que queima os espinhos, pois em Nome do Eterno os destrocei. Com violência me empurraram para me fazer cair, mas o Eterno me amparou. O Eterno é minha força e meu cântico, e Ele foi minha salvação. Vozes de júbilo e salvação são escutadas das tendas dos justos, porque proezas realizaram a Destra do Eterno. Exalta-se a Destra do Eterno e proezas realiza. Não morrerei! Viverei e hei de relatar os feitos do Eterno. Ele severamente me puniu, mas não me entregou à morte. Os portais da justiça abriram para mim; por elas entrarei para louvar ao Eterno. Esta é a porta do Eterno, pela qual entrarão os justos. Quero agradecer-Te porque me escutaste e Te tornaste minha salvação. A pedra, inicialmente rejeitada pelos edificadores, veio a tornar-se a pedra angular, pois assim o determinou o Eterno. Maravilhoso é isto para nós! Este é o dia com que nos brindou o Eterno e nele nos alegraremos e nos regozijaremos! Rogo, ó Eterno, nos salva e faze-nos prosperar! Bendito é aquele que vem em Nome do Eterno. Nós o bendizemos da casa do Eterno. O Eterno é nosso D'us, é Quem nos ilumina. Trazei a oferenda e atai-a aos ângulos do altar. Tu és meu D'us e eu Te exaltarei; meu D'us és Tu e sempre Te louvarei. Agradecei ao Eterno, porque Ele é bom e eterna é Sua misericórdia.

O que  dizem os missionários sobre este Salmo:
Que o trecho - A pedra, inicialmente rejeitada pelos edificadores, veio a tornar-se a pedra angular - refere-se a Jesus que  dizem ter sido rejeitado pelos judeus.

A verdade sobre este Salmo:
É fato esclarecer que a mensagem cristã sempre foi rejeitada pelo Judaísmo, não como cumprimento de uma profecia deste Salmo, visto que não é disto que este Salmo trata como veremos adiante.  A rejeição se deve por inúmeros fatores,  citamos os mais relevantes, mas há muitos outros:

A - Jesus não preencheu os requisitos das Escrituras como Messias;

B - A mensagem cristã é distante do Judaísmo, carregada de teologias e crenças pagãs de origem helênicas, romanas, egípcias etc tais como virgens sendo impregnadas por anjos, pecado capital, sacrifícios humanos etc. Tudo distante da cultura da Torá, ou seja, das palavras (e ordens) do Eterno.
Esclarecido isto, este Salmo expressa gratidão e confiança. Assim como David foi levado de seus problemas para um reinado marcado por glórias e realizações, assim também Israel pode esperar pela redenção Divina dos apuros do exílio e da opressão.

Estudos dos Salmos "Tehillim" de David.

Estudo dos Salmos Distorcidos.  
Salmo 22:19
“Minhas roupas entre si repartem, minhas vestimentas sorteiam.”
Na Brit Cadashá messiânica dois autores citam este Salmo,  como segue.
João 19:23-24:
Depois de os soldados crucificarem Yeshua, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: 'Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será.' Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica (Sal 21:19).
*A diferença  no número do versículo acontece  em algumas bíblias.

Mateus 27:35
Depois de o haverem crucificado, dividiram suas vestes entre si, tirando à sorte. Cumpriu-se assim a profecia do profeta: Repartiram entre si minhas vestes e sobre meu manto lançaram à sorte (Sal 21:19).

O Salmo 22, cujo autor é o Rei Davi, é uma das expressões mais profundas do sofrimento nas orações bíblicas. É composto de duas partes:
Lamentação individual (Versículos 2-22)
Cântico de ação de graças (Versículos 23-31).
O salmista, abandonado e solitário em sua dor e privado da presença divina, apela ao Eterno, Bendito Seja lembrando-Lhe as promessas relativas aos justos. Depois de relatar seus sofrimentos morais e espirituais, alude, em sucessão trágica, às dores físicas, aos tormentos corporais e ao terror da morte. Do extremo da dor passa à certeza da esperança, onde a salvação está assegurada e já está próxima, tanto assim que já pode convidar a comunidade dos fiéis a unir-se a ele no louvor ao Altíssimo, cujo desígnio de salvação se estende ao mundo inteiro e às gerações futuras.
Este Salmo se refere ao próprio Rei Davi, que lamenta a sua própria sorte, não sendo, portanto uma profecia, mas  originário de um fato histórico.
Salmo 35:19
“Que sobre mim não se rejubilem triunfantes meus inimigos gratuitos, e que não pisquem os olhos em zombaria, os que sem causa me odeiam.”
João 15:23-25:
“Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles obras, como nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora as viram e odiaram a mim e a meu Pai. Mas foi para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo
O autor do livro denominado João comete logo de princípio um erro. Trata-se da expressão "está escrita na sua lei", a qual é atribuída a Jesus. A palavra Lei, em geral refere-se à Torá, e a “profecia” mencionada não está na Torá, mas no Salmo 35:19. Na realidade, este Salmo não é uma profecia, é uma oração de agradecimento que o Rei Davi fez ao Eterno por ter ficado livre de Abimelec, que o perseguia. Para se livrar dele Davi se fingiu de louco.
Em particular, os versículos 12-23 representam um grande ensinamento centrado no temor a D'us. Trata-se de reconhecer que Ele é poderoso, e que o homem não pode substituí-lo. Em seguida, é preciso empenhar a própria vida na luta pela verdade e justiça, para que todos possam viver dignamente. Esta é a luta que constrói a paz. Nesta luta Ele toma partido dos justos, ouvindo o seu clamor, libertando-os e protegendo-os. Por outro lado,  se posiciona contra os injustos, que são destruídos pelo próprio mal que produzem.
Ainda em relação a este salmo, Davi pede ao Eterno que:
O livre e traga destruição sobre os seus inimigos (Versículos 1-10);
Lamenta o ódio não justificado de seus inimigos contra ele (Versículos 11-16);
E volta a solicitar  livramento e justiça (Versículos 17-28).
É provável também que este salmo tenha sido composto em uma época que Davi estava sendo perseguido por Saul (I Samuel 24:15).
A oração que Davi faz não está direcionada contra o próprio Saul, pois Davi poupara a sua vida, mas a oração é destinada contra aqueles que fomentavam o ciúme doentio que Saul sentia de Davi.
Este Salmo  trata  de fatos relacionados e vividos pelo próprio Davi. Portanto, não é uma profecia.
Salmo 41:10
“Até o amigo em quem confiei, e que compartilhava do meu pão, também me traiu”

João 13:18-19:
“Não digo isso de vós todos; conheço os que escolhi, mas é preciso que se cumpra esta palavra da Escritura: Aquele que come o pão comigo levantou contra mim o seu calcanhar (Sal 41:10)."

Lendo as passagens do livro de Shemuel Bet (Samuel II)  dos capítulos 15 a 20 narram uma situação em que um amigo de Davi, Aquitofel, o seu próprio conselheiro, o traiu, juntamente com Absalão. Enquanto oferecia os sacrifícios, Absalão mandou chamar também Aquitofel, gilonita, conselheiro de Davi, à sua cidade de Gilo. E assim a conjuração se fortificava e se tornava cada vez mais numerosa em torno de Absalão. (II Samuel 15 :12).

Mais tarde foi anunciado a Davi que Aquitofel estava entre os conjurados de Absalão. Davi disse: “Fazei que se frustrem, ó Senhor, meu Deus, os desígnios de Aquitofel!” (II Samuel 15:31).

A passagem do Salmo 41:10 se trata de uma queixa de Davi a respeito da traição de Aquitofel. Davi foi traído por Aquitofel que era amigo do Rei e compartilhava do seu pão como  narrado em II Samuel 15:12-31.

O destino da vida de Aquitofel foi enforcar-se, como é narrado em II Samuel 17:23.

Este Salmo trata-se de uma oração oriunda de um fato histórico relacionado ao próprio Davi, não é portanto uma profecia .


Salmo 78:2
“Contarei uma parábola e enunciarei enigmas de tempos que já passaram há muito”
 
Mateus 13:34-35:
Tudo isso disse Yeshua à multidão em forma de parábola. De outro modo não lhe falava, para que se cumprisse a profecia: Abrirei a boca para ensinar em parábolas; revelarei coisas ocultas desde a criação.

No Salmo
78 Assaf recorda a história antiga da nação israelita para advertir as gerações futuras contra a repetição da infidelidade. Ele convida o povo de Israel (versículos 1-11) a recordar as maravilhas operadas pelo Eterno no deserto (versículos de 12-39), a ingratidão deste povo durante o Êxodo (versículos de 40-55) e a sua infidelidade durante o período dos Juízes (versículos 56-72).
Encontramos uma aplicação fora do contexto, pois os missionários ensinam que esta frase se refere a uma profecia referente à Iehoshua de Nazaré. Ora, nem mesmo disto o texto trata. Os versículos 1 e 2 deste salmo tratam de uma instrução que ensina o povo a viver para o Eterno, não é, porém uma instrução direta. Os acontecimentos de fato estão escritos na forma de parábolas, que  exigem algum estudo para se captar o sentido delas. Tal sentido faz da história um enigma, mas é preciso perceber que a história é o processo através do qual o Eterno age conduzindo o povo judeu.  Isto não possui ligação nenhuma com as afirmativas  que dizem que Iehoshua de Nazaré “falava” por parábolas.

domingo, 7 de novembro de 2010

Como um judeu se afasta da Torá?

Além do seu exorto, a Torá nos adverte que as maldições cairão sobre nós se a abandonamos.
Como um Judeu que observa a Torá se aliena da sua herança?
Tem sete etapas neste processo. (Claro que é possível que a mesma pessoa não as atravesse todas. Pode se tratar de um declínio que se estende através de várias gerações). 
Primeira etapa – A assiduidade no estudo da Torá não se respeita mais. A Torá não deixa de repetir que é indispensável que cada um a estude e se torne familiar com seu ensino. 
Segunda etapa – As negligências na prática das mitsvot. No momento que um Judeu se afasta do conhecimento da Torá, mais cedo ou mais tarde ele vai abandonar sua prática. 
Terceira etapa – O desprezo pelos judeus praticantes. Cada vez que ele se relaciona com um deles, isso o lembra do seu rompimento com a Torá. Ele se persuade, portanto, que está representando uma época e que prova sua superioridade aos ter se “liberado” das restrições da Torá.) 
Quarta etapa – Este pecado leva a um outro, o ódio dos eruditos da Torá. (“Depois de tudo, ele pensa, os rabinos pregam que qualquer Judeu deve estudar e praticar a Torá. Só podemos blasfemá-los por isso.”) 
Quinta etapa – A etapa seguinte consiste em impedir os Judeus de praticarem a Torá. (O que começa por uma negligência pessoal se torna uma guerra aberta com respeito aqueles que ousam ainda se ligar à observância das leis de D’us. Este Judeu é invadido de tal perturbação que se outros judeus, longe de compartilhar sua opinião, continuam a praticar a Torá, ele pensa ter o dever sagrado de desviá-los da mesma. 
Sexta etapa – Este processo de alienação conduz à negação do caráter divino das mitsvot. Raciocinando assim, ele alivia sua consciência de uma carga bem pesada. 
Sétima etapa – A etapa final consiste em negar a existência de D’us e Sua providência ativa. O Judeu corta, então, seu último laço com o Judaísmo. 
Hashem nos adverte que uma maldição que corresponde a cada uma dessas etapas de abandono da Torá cairá sobre nós.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SER HUMANO


SER HUMANO
Você receberá um corpo físico. Você  pode  amá-lo  ou  detestá-lo, mas ele  será seu ao longo de toda a sua existência.
Você receberá lições. Você estará matriculado na escola da vida em período integral.
Você terá oportunidades para aprender a cada dia que passa. Você poderá usar estas oportunidades ou deixá-las passar simplesmente. Não há erros, apenas lições.
O crescimento é resultado de um processo de  tentativa  e  erro: uma experimentação.
Os  experimentos  fracassados são tão parte do processo, tanto quanto os experimentos que funcionam.
Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida. Esta  lição  será  apresentada  a  você sob várias formas até que você a tenha aprendido.
Quando conseguir isso, poderá então passar para a próxima lição. Aprender lições é um processo interminável. Não há nenhum evento na vida que não contenha uma lição.  
Se você está vivo, sempre haverá uma lição para aprender. Lá não é melhor que aqui. Quando o seu lá se transformar em aqui, você apenas estará obtendo outro lá que, mais uma vez, parecerá melhor que aqui.
Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem. Você  não  pode  amar  ou  detestar  alguma coisa em outra pessoa, sem que isso reflita alguma coisa que você ama, ou detesta em si mesmo.
É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida. Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que faz com eles, é problema seu.
A escolha é sua. As respostas estão dentro de você. As respostas às questões da vida estão dentro de você.
Tudo que você tem a fazer é prestar atenção, ouvir e confiar.

(from Kabbalah Group)

O pedido de Avraham a D'us: ficar velho

       O pedido de Avraham a D´us: ficar velho.

Avraham já estava com idade avançada. Pleno de Torá, tendo dominado completamente seus maus pendentes, seu Yetzer Hara, gozando de todas as Bênçãos que pode receber um homem neste mundo.
Apesar de sua idade, parecia ainda jovem. Em sua época, os Homens não ostentavam sinal algum de sua velhice, e conservavam até o dia de sua morte, sua juventude. Yitzhak (Isaque) se assemelhava profundamente com seu pai Avraham; também, não se era possível distinguir um do outro. Avraham implorou então para Hashem:
“Mestre do universo! Quando entramos juntos, Yitzhake e eu, as pessoas não sabem quem honrar. Se tu quisesses modificar a aparência exterior do ancião, as pessoas saberiam quem honrar”.
- Fizeste bem, respondeu Hashem, de perguntar-me isto.”
Foi assim que os sinais da velhice apareceram em Avraham.
Existem em um homem, quatro causas de envelhecimento.
1-      O medo,
2-      Preocupações causadas por crianças,
3-      uma má mulher,
4-      a guerra.
Exemplos nos são fornecidos pela Torá.
1º O rei David fica velho por causa do medo, como está dito:Ele teve medo da espada do anjo de Hashem (Diverei Hayamim 21,30 )e, logo após, David estava velho (ibid. 23,1).
2º Eli era muito velho, e ouvia falar do comportamento de seus filhos em relação a toda Israel. (Shmouel 2,22). Tornou-se velho por causa das preocupações que lhe davam seus filhos.
3º Esta escrito que o Rei Chlomo, envelhecido, viu que suas mulheres puseram-se a adorar ídolos e que ele não protestou (Melakhim – Reis 11,4). São estas mulheres idólatras que provocaram sua velhice.
4º Logo após ter precisado que Yehoshoua fez a guerra contra trinta e um reis (Yehoshoua 12,24), o texto especifica que tornou-se velho. (ibid 13,1).
O texto da Torá indica que Avraham ficou velho. No entanto, nenhuma das causas aqui mencionadas pode ser aplicada a ele. Sua esposa Sarah, manteve a estima que tinha por ele, seus filhos seguiram a via que tinha traçado, e ele aproveitou numerosos bens deste mundo. O envelhecimento de Avraham foi, para ele, uma coroa de glória e uma honra.

 

Um pedido estranho:

Avraham pede  velhice.
Itzhak pede sofrimento.
Yaacov pede doença antes da morte.
Antes de Avraham, todas as pessoas tinham um ar jovem até sua morte. Avraham pediu a Hashem sinais físicos de velhice, e argumentou:
“Se um pai e um filho têm a mesma aparência, como saberão as pessoas qual está para ser honrado, se chegarem juntos em um lugar qualquer?”
“Dê ao homem sinais de velhice, tais os cabelos brancos e as rugas, e as pessoas saberão quem está para ser honrado.”
Respondeu-lhe Hashem: “Pediste boa cousa. Começarei por ti.” Avraham começou então a ter um ar de velho, e toda a humanidade, recebeu depois dele sinais de velhice.
Antes de Yitzhak, ninguém conhecia a dor. Yitzhak veio e pediu o sofrimento. Disse a Hashem: “se alguém morrer sem ter experimentado o sofrimento, toda a severidade do Julgamento divino será aplicado contra ele. O sofrimento neste mundo lhe poupará o Guehinam (Inferno, castigo no mundo vindouro)”.
Hashem lhe respondeu: “Pediste boa cousa: Juro, e Começarei por ti”. Logo em seguida, Yitzhak tornou-se cego.
Yaacov pediu doença antes da morte, e sustentou perante D´us: “Se um homem morrer subitamente, não poderá ter dado a seus filhos as instruções necessárias ou pôr em ordem suas coisas. Deixe um período de doença antes da morte, e ele terá o tempo de tomar todas as suas disposições.
Disse Hashem: “Pediste boa cousa: Juro, e Começarei por ti”. Yaacov tornou-se assim o primeiro homem a ser acometido por doença antes de morrer.
Até o tempo do rei Hiskiahu, se contraísse uma doença grave, a morte era certeira. Rezou Hiskiahu para Hashem: “se um homem gozar de boa saúde até morrer, estará negligenciando a possibilidade de fazer Techuvá. (Arrepender-se, aspirar a D´us, retornar a D´us)”. Mas se alguém estiver gravemente doente, fará Techuvá com a esperança de curar-se. Disse Hashem “Pediste boa cousa: Juro, e Começarei por ti”. Hiskiahu foi então acometido de uma grave doença, da qual se restabeleceu mais tarde.
Este Midrash é um guia extraordinário para nossa época. Se precisássemos formular um voto para Hashem, o que pediríamos. Desejaríamos provavelmente a juventude eterna, a saúde, a felicidade e etc. O Midrash nos diz que nossos patriarcas pediram exatamente o inverso! Pediram que possuíssem um ar velho, e a receber sofrimentos e doenças.
Por que reagiram diversamente? A resposta é a seguinte: atribuímos importância demais ao bem estar neste mundo. Nossos ancestrais estavam sempre conscientes do fato que a função da existência é o mundo vindouro (Holam Haba). Pediram portanto tudo aquilo que pudesse promover o bem estar espiritual, e rejeitaram tudo o que pudesse ser nocivo a saúde da alma (Neshamá). Bereshit Raba 65,4.
A vida passa como uma sombra, mas não como a sombra de um muro sólido, ou árvore firmemente enraizada.
Passa como a sombra de um pássaro em vôo, indo e vindo.
Sabemos todos que não viveremos eternamente. Reconhecemos verbalmente que somos todos mortais, e que morreremos um dia, mas agimos como se a morte não fosse nos atingir.
Nossos antepassados estavam sempre conscientes que só estavam de passagem por este mundo, até setenta anos. Passavam a vida a prepara o mundo vindouro, pois que viviam com a realidade da morte. afirmaram claramente que terminariam um dia por morrer.
- Disse Avraham: “Não tenho filhos, e aquele que nasceu em minha casa herdará de mim” (Bereshit 15,3)
- Disse Yitzhak a Essav: “Que minha alma te abençoe antes que eu mereça” (Ibid 27,4)
- Disse Yaacov: “Repousarei com meus pais” (Ibid 42,30)

 

Honrem os anciãos, e os sábios em Torá. (Talmidei Harhamim)

Devemos nos levantar afim de honrar todo Judeu setuagenário pois a Torá nos ordena (Vaicra 19,32): “Te levantarás frente a um Seva”
O termo “Seva”, homem velho, se aplica a um Judeu idoso de setenta anos ou mais. Mesmo que não seja sábio em Torá, enquanto observa as Mitzvot (Mandamentos Divinos), merece tal honraria pois, vivendo até uma idade avançada, fez a experiência da grandeza de Hashem, e de Suas ações maravilhosas.
Mais ainda, a Torá nos ordena honrar os eruditos em Torá, qualquer que seja sua idade. Seu conhecimento em Torá lhes dá direito a nosso respeito, mesmo se forem jovens.
Isto vem implicitamente na segunda metade do versículo “Honrarás o rosto do Zaken” (Vaicra 19,32).
“Zaken”, neste contexto, se refere àquele que adquiriu a sabedoria da Torá. Eis a honra devida ao erudito em Torá:
- Devemos nos levantar em sua presença.
- Devemos endereçar-lhe a palavra com respeito.
Tal honra é devida a todo erudito em Torá mesmo se não for nosso mestre. (Kidushin 32b).
Uma das razões pelas quais foi destruída Jerusalém, foi a falta de honrar testemunhada para com os eruditos em Torá.
A Torá insiste em que testemunhemos marcas de distinção para com os eruditos em Torá, pois demonstramos assim que nosso ideal na existência é o estudo da Torá. Nos ordenando honrar um judeu conhecedor da Torá, ensina-se nos que um sábio em torá é alguém digno de admiração, dando-nos uma apreciação das honras verdadeiras. (Sefer Harhinurh 255).
Aquele que agir com reverência para com um erudito em Torá será recompensado pelo temor do Todo Poderoso (Bamidbar Rabba 15,13)

  

Targum Faz Rute

Targum Rute Tradução de Samson H. Levey Capítulo 1. 1- Aconteceu nos dias do juiz de juízes que havia uma grande fome na terra de I...