SEPHER TESHUVAH YEHUDIM – DISCUSSÕES TANAÍTICAS PARA A TESHUVAH DOS JUDEUS MARRANOS DE ORIGEM SEFARADITA – SEDER CHOCHMAH YEHUDIM – TRATADO BERESHIT – SHA'AR 1 – DISCUSSÃO TANAÍTICA 3
O erudito e sábio judeu tanaíta da quarta geração, Rabbi Shimon Bar Yochai (100 d.e.c. – 160 d.e.c.), ensina que não há pensamento algum que contenha a plenitude divina, conforme registra a referência judaica rabínica Sepher Ha Zohar – Tikunei Zohar 17a. Na obra literária judaica rabínica, Sepher Ha Zohar [a obra literária judaica rabínica mais fundamental da Kabbalah (A sabedoria mística judaica extraída dos ensinamentos registrados na Torah), foi elaborada de acordo com as revelações divinas obtidas por Rabbi Shimon Bar Yochai, diante do seu grande círculo de alunos e discípulos judeus. Porém, durante as horas tristes que antecederam ao falecimento do Rabbi Shimon Bar Yochai [ocorrido no trigésimo terceiro dia da contagem do omer (18 do mês hebraico de Iyar), que é um período de 49 dias que começa na segunda noite da Festa de Pessach e encerra na véspera da Festa de Shavuot] ele ainda transmitiu ensinamentos judaicos rabínicos da Torah para que a data do seu falecimento fôsse celebrada com bastante júbilo [1,2,4].
Do mesmo modo, o erudito e sábio judeu acharonita hassidi, Rabbi Shneor Zalman Baruchovitch de Liadi (1745 – 1812), conhecido na literatura judaica rabínica como Rabbi Shneor Zalman ou Baal Ha Tanya Ve Shulchan Aruch, e o qual também é conhecido como Alter Rebbe (Velho Rebbe), ensina que assim como, fisicamente, a mão de um ser humano não consegue de forma alguma agarrar um pensamento, também a mente do ser humano não consegue nem tão pouco agarrar a plenitude divina, segundo está escrito [1,2,4]:
E disse: Mostra-me, rogo, a Tua glória. E disse: “Eu farei passar todo o Meu bem diante de ti, e chamarei em Nome do Eterno diante de ti – (para ensinar-te como implorar Minha piedade) – e farei misericórdia quando Eu quiser fazer misericórdia e Me compadecerei quando Eu quiser Me compadecer.” E disse: “Não poderás ver Meu rosto, pois não poderá ver-Me o homem e viver.” E o Eterno disse: “Eis aqui um lugar junto a Mim, e te porás de pé sobre o penhasco. E será, quando passar a Minha glória, que te porei na fenda do penhasco e te protegerei à Minha maneira, até que Eu tenha passado. E depois retirarei a Minha glória, e verás Minhas costas, e o Meu rosto não será visto”.
Sepher Shemot 33,18-23
E, além disto, vale acrescentar que Adonai-Elohim revela diretamente ao Navi Yeshayahu Ben Amos que os Seus caminhos, os Seus pensamentos e a Sua vontade estão sempre em um nível bem mais elevado do que o nível de todos os seres humanos; que a Sua palavra nunca retorna vazia sem ter ela realizado a Sua vontade; e que não há idéia ou pensamento que possa conter a plenitude divina, segundo está escrito [2,4]:
Pois os Meus pensamentos não são iguais aos vossos, nem Meus caminhos são os que trilhais – diz o Eterno. Assim como muito acima da terra estão os céus, Meus caminhos são mais elevados que os vossos, e Meus pensamentos muito mais profundos que os vossos. Assim como do céu descem a chuva e a neve, e para lá não retornam sem que primeiro reguem a terra e a façam germinar e brotar, para dar semente ao que semeia e pão ao que se alimenta, também a palavra que de Mim emanar (pela boca dos profetas) não retornará para mim vazia, mas efetuará o que Me aprouve, e prosperará naquilo para que a enviei.
Sepher Navi Yeshayahu 55,8-11
De acordo com a referência judaica tanaítica Sepher Navi Yeshayahu 55,8-11, os descendentes de judeus marranos de origem sefaradita aprendem que não é possível de forma alguma entender os abomináveis, falsos e idolátricos ensinamentos proferidos por Yeshua Nazareth e, nem tão pouco é possível entender a realização das enganosas e terríveis obras a respeito do seu advento, e da instauração do equivocado Reino de Adonai-Elohim, conforme anunciado por Yeshua Nazareth, porque ele era um grandessíssimo idólatra.
Na realidade, até hoje, os cristãos continuam acreditando no equivocado, falso e fictício ensinamento sobre o reino divino, conforme anunciado por Yeshua Nazareth. Mas, entretanto, o que ocorreu, de fato, foi a morte trágica de Yeshua Nazareth, conforme registram as fontes literárias cristãs testamentárias e, após a morte de Yeshua Nazareth, surgiram milhares de comunidades, denominações e movimentos religiosos cristãos, além também do surgimento de várias guerras travadas entre impérios, nações e reinos, sobretudo na sociedade cristã. Assim, a palavra divina segundo a referência judaica tanaítica Sepher Navi Yeshayahu 55,8-11, retornou vazia (o que é bem improvável) ou então esta referência judaica tanaítica não se aplica a Yeshua Nazareth e nem tão pouco se aplica às comunidades, denominações e lideranças religiosas cristãs (o que é bem mais provável). Portanto, diante das análises, comentários e discussões, efetuados até aqui se entende muito bem porque as comunidades, denominações e movimentos religiosos cristãos iniciaram o seu catastrófico e desastroso curso histórico através do surgimento de milhares de divisões entre si. E estas divisões são provas da completa falta de veracidade dos ensinamentos cristãos porque eles estão baseados em referências cristãs testamentárias tais como Evangelho de João 5,18; Evangelho de João 7,1-5; Evangelho de João 8,58; Evangelho de João 10,30; Evangelho de João 14,8-12, e etc. O que fazer agora???
De fato, devido às várias divisões causadas pelos falsos e idolátricos ensinamentos de Yeshua Nazareth, as autoridades religiosas cristãs católicas apostólicas romanas, em particular, tornaram-se bastante prósperas e, em seguida, impuseram a tirania religiosa cristã dogmática. E, bem mais tarde, surgiram vários líderes cristãos evangélicos e protestantes que enriqueceram bastante e prosperaram através da Ideologia Cristã da Prosperidade. A Ideologia Cristã da Prosperidade defende a idéia de que as doações efetuadas por um cristão às lideranças religiosas cristãs conduzirão, pela ação da divindade cristã, ao aumento da riqueza material do cristão. Na realidade, a Ideologia Cristã da Prosperidade faz da relação entre o homem e a divindade cristã um simples contrato financeiro. De acordo com a Ideologia Cristã da Prosperidade, se os seres humanos possuírem fé na divindade cristã, então ela enriquecerá o cristão. Desta forma, a relação entre o cristão e a divindade cristã é estabelecida e mantida apenas pela reciprocidade, isto é, o cristão faz doações acreditando que a divindade cristã cumprirá promessas baseadas em referências judaicas tanaíticas interpretadas e traduzidas de forma distorcida. Além disto, a Ideologia Cristã da Prosperidade conduz aos cristãos a acreditarem em falsas curas (espirituais e físicas) e em falsos milagres. Mas, de forma contrária a isto, Adonai-Elohim revela diretamente a Mosheh Ben Amram que se Ele é buscado com sinceridade, então Ele é certamente encontrado, conforme registra a referência judaica tanaítica Sepher Devarim 4,29. Assim, diante das referências judaicas tanaíticas Sepher Devarim 4,29 e Sepher Navi Yeshayahu 55,9-11, os descendentes de judeus marranos de origem sefaradita aprendem que Adonai-Elohim não se encarnou através do corpo físico de um ser humano porque Ele prometeu enviar Neviim aos Filhos de Yisrael para falar por Ele e nunca revelou aos Neviim Yisrael que possuía filho único, o qual se encarnaria na forma humana. E, desta forma, Yeshua Nazareth não é o intercessor, mediador, salvador ou senhor, mas apenas, exclusivamente, somente e unicamente Adonai-Elohim é o único intercessor, mediador, salvador e senhor.
Outro exemplo dos falsos e idolátricos ensinamentos de Yeshua Nazareth consiste no relato evangélico da Parábola do Rico, conforme registra a referência evangélica Evangelho de Lucas 16,19-31, segundo a qual relata um mendigo de nome Lazaro (o qual estava coberto de chagas) se encontrava deitado à porta de um homem rico, desejando fartar-se das migalhas que caiam da sua mesa, mas ninguém lhes concedia. E os cães vinham lamber as feridas do corpo do mendigo. Mas, ao morrer, este mendigo foi conduzido pelos anjos até a presença de Avraham Ben Terah. Mais tarde, morreu o homem rico e foi sepultado no inferno. Durante os seus tormentos, o homem rico implorou a Avraham Ben Terah para que Lazaro fôsse enviado aos seus cinco irmãos informando-lhes para não residirem naquele lugar de tormentos. De acordo com o ensinamento desta parábola, não há sentido algum ensinar que Yeshua Nazareth é o intercessor entre os seres humanos e Adonai-Elohim porque se alguém não ouve os ensinamentos de Mosheh Ben Amram e nem dos Neviim Yisrael então este alguém não ouvirá a mais ninguém, mesmo diante da ressurreição de algum morto. Ora, então por que se deve acreditar em Yeshua Nazareth apesar das fontes literárias cristãs testamentárias relatarem a sua ressurreição? Desta forma, Yeshua Nazareth ensina que ele próprio é menor do que Mosheh Ben Amram e menor do que os Neviim Yisrael. De fato, Yeshua Nazareth era um idólatra.
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