quarta-feira, 14 de agosto de 2013

TRATADO TORAH – SHA'AR 2 – DISCUSSÃO TANAÍTICA 10


SEPHER TESHUVAH YEHUDIM – DISCUSSÕES TANAÍTICAS PARA A TESHUVAH DOS JUDEUS MARRANOS DE ORIGEM SEFARADITA – SEDER CHOCHMAH YEHUDIM – TRATADO TORAH – SHA'AR 2 – DISCUSSÃO TANAÍTICA 10

O JUDAÍSMO ASHKENAZI se desenvolveu, evoluiu e se formou durante a IDADE MÉDIA (Século V – Século XV), no VALE DO RENO (Região geográfica localizada na EUROPA CENTRAL que é irrigada pelo RIO RENO, o qual se estende desde os ALPES ao leste da SUÍÇA, desaguando em forma de delta nas regiões que compõem os PAÍSES BAIXOS) para onde foram conduzidos cativos por ordens imperiais romanas após a destruição do SEGUNDO TEMPLO DE JERUSALÉM. Durante a ALTA IDADE MÉDIA (Século V – Século X) o ambiente intelectual da EUROPA não se apresentava estimulante e nem motivador. As dificuldades econômicas, o rápido expansionismo militar bárbaro e o analfabetismo da maioria da população européia impediam, de modo geral, os avanços culturais inclusive para os FILHOS DE YISRAEL. A cultura européia estava reservada, na sua grande maioria, às autoridades cristãs católicas apostólicas romanas, mas mesmo assim os judeus ashkenazim alfabetizados possuíam vantagens culturais nas sociedades em que viviam. Nestas sociedades, a presença do isolamento cultural em que viviam os judeus ashkenazim impediu muitas vezes a comunicação entre eles e entre os membros destas sociedades. Por causa disto, é que inicialmente, os judeus ashkenazim não se dedicaram às ciências naturais, mas apenas se ocuparam com os assuntos relativos às práticas do modo de viver judaico.

O número de judeus ashkenazim aumentou com a chegada de judeus oriundos da ITÁLIA durante a ALTA IDADE MÉDIA, estimulados e motivados pela política expansionista do IMPERADOR CHARLE MAGNE (747 – 814). Ao aumentar a extensão do seu império sobre a EUROPA CENTRAL, ele estabeleceu o seu domínio sobre a ALEMANHA, a FRANÇA e a ITÁLIA. A partir disto, a condição de vida dos judeus ashkenazim nestes países começou a melhorar muito. Durante o seu império ele evitou colapsos de autoridades políticas resultantes das invasões bárbaras e elaborou estratégias políticas para revitalizar áreas urbanas em declínio. Devido a questões políticas, o IMPERADOR CHARLE MAGNE e os representantes da dinastia real francesa dos carolíngios (843 – 987) estimularam e fortificaram a imigração de judeus ashkenazim. E, devido a isto, os mercadores judeus começaram a receber tratamento preferencial devido ao intercâmbio comercial existente no MAR MEDITERRÂNEO e no ORIENTE.

Diante disto, mercadores judeus estenderam, a partir da FRANÇA, o seu comércio através da EUROPA ORIENTAL prosseguindo para as estepes russas e se estendendo até o ORIENTE MÉDIO. A partir daí, eles prosseguiram para a ÍNDIA e depois para a CHINA. Durante os séculos X e XI estes mercadores judeus negociaram com nobres e reis da EUROPA OCIDENTAL. Durante os séculos X e XI, restrições impostas aos judeus por concílios cristãos católicos apostólicos romanos foram desconsideradas por reis europeus devido à importância econômica do comércio estabelecido com os judeus. E, devido a isto, os judeus terminaram por se estabelecer na CIDADE DE SENS, na CIDADE DE TROYES, na CIDADE DE KÖLN, na CIDADE DE MAINZ, na CIDADE DE SPEYER e na CIDADE DE WORMS.

No entanto, o início das DEUS VULT, ocorridas entre os séculos XI e XIII, obrigaram estes judeus a imigrar maciçamente para a EUROPA ORIENTAL, levando consigo a língua alemã a qual sofreu influência das línguas aramaica, hebraica, latina, polaca e russa, e também sofreu modificações na sua escrita, fonética e morfologia, surgindo assim, a língua IÍDICHE. Nesta época, o estudo da TORAH e do TALMUD era a primeira das prioridades nas comunidades judaicas ashkenazim, e cópias do TALMUD eram encontradas fora das academias judaicas rabínicas babilônicas, e isto facilitou bastante o desenvolvimento, a erudição e a expansão do judaísmo rabínico entre estes judeus. Assim, a CIDADE DE MAINZ, a CIDADE DE SENS, a CIDADE DE TROYES e a CIDADE DE WORMS tornaram-se conhecidas como os mais importantes centros de estudos judaicos rabínicos. Porém, ao longo do tempo, as comunidades judaicas rabínicas foram se estruturando e se fortificando cada vez mais até que começaram a surgir centros acadêmicos judaicos, onde eles se dedicavam ao estudo da TORAH e do TALMUD. Nestes centros acadêmicos judaicos rabínicos surgiram notáveis eruditos como o sábio judeu geonita ashkenazi, RABBI GERSHOM BEN YEHUDAH, GERSHOM MAINZ, MEOR HAGOLA (960 – 1028).

O RABBI GERSHOM BEN YEHUDAH, GERSHOM MAINZ, MEOR HAGOLA também era conhecido por GERSHOM MAINZ porque ele estabeleceu e dirigiu a academia judaica rabínica na CIDADE DE MAINZ, a qual se tornou um importante centro de estudos judaicos rabínicos. O RABBI GERSHOM BEN YEHUDAH elaborou comentários do TALMUD para que as regras judaicas rabínicas nele contidas fôssem praticadas pelos judeus. Entre estas regras judaicas rabínicas citam-se as TAKANOT (DISPOSIÇÕES LEGAIS), tais como a garantia da não violação da correspondência privada; a proibição da poligamia entre os judeus; a exigência do consentimento da mulher para realizar o divórcio; e etc. O RABBI GERSHOM BEN YEHUDAH foi o primeiro sábio judeu ashkenazi na HISTÓRIA JUDAICA. A cultura, a influência e o saber judaico do RABBI GERSHOM BEN YEHUDAH foram tão grandes que ele recebeu o cognome MEOR HAGOLA (LUZ DA DIÁSPORA). O seu discípulo mais destacado foi o sábio judeu rishonita ashkenazi, RABBI SHLOMO BEN YITSHAK, RASHI (1040 – 1105).

O MIN'HAG ASHKENAZI (nome dado ao conjunto de costumes e tradições do modo de viver judaico ashkenazi) segue os costumes das academias judaicas localizadas nas regiões circunvizinhas ao VALE DO RENO. Os judeus ashkenazim não utilizavam sobrenomes alemães, húngaros, iugoslavos, poloneses e russos até o século XVIII, quando a partir de então eles foram obrigados a adotá-los por imposição de autoridades políticas despóticas esclarecidas (autoridade despótica esclarecida é uma autoridade política caracterizada pela união do ABSOLUTISMO com o ILUMINISMO, cuja ação resultante sobre a sociedade é o exercício da tirania) para arrecadação de impostos, registros civis e jurídicos. Séculos mais tarde, no dia 14 de maio do ano de 1948, foi assinada a declaração da independência do ESTADO DE YISRAEL. Diante de tudo isto os judeus marranos sefaraditas devem aprender e lembrar, conforme registrado na referência tanaítica SEPHER NAVI AMOS 3,1-2 [10,11].

É exatamente na referência tanaítica SEPHER NAVI AMOS 3,1-2 que está registrado o testemunho de ADONAI-ELOHIM, a respeito dos judeus. Eles foram dispersos pelo mundo devido às suas faltas, iniqüidades e transgressões. Portanto, ADONAI-ELOHIM foi quem dispersou aos judeus durante as diásporas judaicas punindo-os e ao mesmo tempo abençoando-os. E assim os judeus foram espalhados pelo mundo e o mundo foi abençoado através deles. Mas milhares de judeus foram forçados e obrigados a abandonar, abjurar, negar, renunciar e romper com as tradições judaicas e aceitar a fé cristã católica apostólica romana. Isto é o que registra a HISTÓRIA JUDAICA. E são os descentes destes judeus que, hoje, no BRASIL, ESPANHA, PORTUGAL e em outros países do mundo estão se esforçando para realizar o árduo, difícil, longo, penoso e trabalhoso caminho de retorno de volta às práticas religiosas dos seus antepassados judeus porque eles estão sentindo dentro si próprios o chamado de volta de ADONAI-ELOHIM, QUEM clama e pede pelo retorno dos descentes de judeus marranos de origem sefaradita. As emoções, as lembranças e o sentimento de SEFARDI já começaram. O sentimento do retorno judaico já começou e já se encontra em andamento há algum tempo. Durante as diásporas judaicas, quais os rabinos que ensinaram em nome de YESHUA NAZARETH? Portanto, não há espaço nenhum, sobretudo para missionários cristãos pertencentes a denominações, lideranças e movimentos cristãos evangélicos messiânicos, utilizarem vestimentas judaicas, portarem falsos diplomas de rabino e praticarem o modo de viver judaico visando enganar aos descentes de judeus marranos de origem sefaradita que estão realizando a TESHUVAH, conforme registrado na referência tanaítica SEPHER NAVI OBHADYAHU 20.

Os descentes dos CRIPTO-JUDEUS, CONVERSOS, CRISTÃOS NOVOS ou JUDEUS MARRANOS SEFARADITAS é que deverão retornar, e não os cristãos. Estas armações, artimanhas, estratégias e logísticas maliciosas de nada estão servindo, mas apenas estão expondo o quanto o NOVO TESTAMENTO é uma coletânea de distorções, fraudes e mentiras, conforme será analisado, comentado, discutido, exposto e explicado em outros capítulos. Isto é necessário porque há muito tempo os descentes de judeus marranos de origem sefaradita estão sendo prejudicados por missionários cristãos evangélicos messiânicos. Entretanto, a estratégia de evangelizar judeus foi iniciada pelo missionário cristão católico anglicano inglês de origem alemã, JOSEPH SAMUEL CHRISTIAN FREDERICK FREY (1771 – 1850), o qual, no ano de 1809, fundou a sociedade cristã LONDON MISSIONARY SOCIETY.

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