Cabala (também Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é uma sabedoria que investiga a natureza divina. Kabbalah (קבלה QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção.
A Kabbalah — corpo de sabedoria espiritual mais antigo — contém as chaves, que permaneceram ocultas durante um longo tempo, para os segredos do universo, bem como as chaves para os mistérios do coração e da alma humana. Os ensinamentos cabalísticos explicam as complexidades do universo material e imaterial, bem como a natureza física e metafísica de toda a humanidade. A Kabbalah mostra em detalhes como navegar por este vasto campo, a fim de eliminar toda forma de caos, dor e sofrimento.
Origem[editar
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A "Cabala" é uma filosofia esotérica que visa conhecer a Deus (D'us) e o Universo,
sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de
um passado remoto, e reservada apenas a alguns privilegiados.Formas antigas de misticismo judaico consistiam inicialmente de doutrina empírica. Mais tarde, sob a influência da filosofia neoplatônica
Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XII
Ensinamentos básicos da Kabbalah[editar
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A Kabbalah ensina que, a fim de podermos reclamar as dádivas para as
quais fomos criados para receber, primeiro temos que merecer essas
dádivas. Nós as merecemos quando nos envolvemos com nosso trabalho
espiritual – o processo de transformarmos a nós próprios na essência. Ao
nos ajudar a reconhecer as fontes de negatividade em nossas próprias
mentes e corações, a Kabbalah nos fornece as ferramentas para a mudança
positiva.A Kabbalah ensina que todo ser humano é uma obra em execução. Qualquer dor, desapontamento ou caos que exista em nossas vidas não ocorre porque a vida é assim mesmo, mas apenas porque ainda não terminamos o trabalho que nos trouxe até aqui. Esse trabalho, muito simplesmente, é o processo de nos libertarmos do domínio do ego humano e de criar uma afinidade com a essência de compartilhar de Deus.
Na vida do dia-a-dia, esta transformação significa desapegar-se da raiva, da inveja e de outros comportamentos reativos em favor da paciência, empatia e compaixão. Não significa abrir mão de todos os desejos e ir viver no topo de uma montanha. Muito pelo contrário, significa desejar mais da plenitude para a qual a humanidade foi criada para obter.
Estudo da cabala[editar
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Quando perguntaram ao Rav Kook- Cabalista do século XX e
Rabino em Israel – quem poderia estudar Cabala, sua resposta foi
inequívoca: "Qualquer um que queira", porém, no judaísmo ortodoxo, é
permitido o estudo da Cabala apenas aos homens, maiores de quarenta anos
de idade, casado e com uma vida "devota" à Torah.O Rabino Avraham Itzchak Hacohen Kook (1865-1935) foi o primeiro rabino chefe ashkenazi de Israel durante o Mandato Britânico da Palestina, fundador da Yeshivá religiosa e sionista Merkaz Harav, pensador judeu, halachista, cabalista e um afamado estudioso da Torá e jogador de futebol. Ele é conhecido em hebraico como הרב אברהם יצחק הכהן קוק, e pela sigla HaRaAYaH ou simplesmente como "HaRav" (o rabino). Ele foi um dos rabinos mais famosos e influentes do século XX.
De acordo com alguns Cabalistas, os dias em que a Cabala era um segredo acabaram. A sabedoria da Cabala manteve-se oculta no passado porque os Cabalistas temiam que ela fosse mal aplicada e mal entendida. E realmente o pouco que escapou gerou muitos mal-entendidos. Porque os Cabalistas dizem que a nossa geração está pronta para entender o real significado da Cabala, e para acabar com os mal-entendidos, esta ciência está agora sendo revelada para todos que desejam aprender. Na verdade não em sua total essencia, pois não seria compreendida ainda.
Principais textos cabalistas[editar
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A ciência da Cabala é única na maneira que fala sobre você e eu,
sobre todos nós. Ele não trata de algo abstrato, apenas com a forma como
são criados e como nós funcionamos em níveis mais elevados de
existência.O primeiro livro na Cabala a ser escrito, existente ainda hoje, é o Sefer Yetzirah ("Livro da criação"), escrito por Abraão, o pai das chamadas religiões abraâmicas, ou "religiões do livro", que são as três grandes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Os primeiros comentários sobre este pequeno livro foram escritos durante o século X
Cabala no Cristianismo e na sociedade não Judaica[editar
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O termo "Cabala" veio a ser usado até meados do século XI
Ensinamentos cabalísticos sobre a alma humana[editar
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O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, o nefesh,
ru'ach, e neshamah. O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no
corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza física e
psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são
implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o
passar do tempo; Seu desenvolvimento depende das ações e crenças do
indivíduo. É dito que elas só existem por completo em pessoas
espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da
alma é como mostrado a seguir:- Nefesh - A parte inferior ou animal da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.
- Ruach - A alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.
- Neshamah - A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.
- Chayyah - A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.
- Yehidah - O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus.
Antiguidade do misticismo esotérico[editar
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De acordo com a compreensão tradicional, Kabbalah data do Éden. Ela
veio de um passado remoto como uma revelação para eleger os Tzadikim
(pessoas justas) e, na maior parte, foi preservado somente para poucos
privilegiados .Literatura Apocalíptica pertence aos séculos II
Instrutivo ao estudo do desenvolvimento da Cabala é o Livro dos Jubilados, escrito no reinado do Rei João Hircano, o qual refere a escritos de Jared, Cainan, e Noé, e apresenta Abraão como o renovador, e Levi como o guardião permanente, destes escritos antigos. Ele oferece uma cosmogênese baseada nas vinte e duas letras do alfabeto
Doutrinas místicas nos tempos do Talmude[editar
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Nos tempos do Talmude
os termos "Ma'aseh Bereshit" (Trabalhos da Criação) e "Ma'aseh
Merkabah" (Trabalhos do Divino Trono/Carruagem) claramente indicam a
vinculação com o Midrash nestas especulações; elas eram baseadas em Gen.
i. e Ezequiel i. 4-28; enquanto os nomes "Sitre Torah" (Talmude Hag.
13a) e "Raze Torah" (Ab. vi. 1) indicam seu caráter secreto. Em
contraste com a afirmação explícita das Escrituras que Deus criou não
somente o mundo, mas também a matéria da qual ele foi feito, a opinião é
expressa em tempos muito recentes que Deus criou o mundo da matéria que
encontrou disponível — uma opinião provavelmente atribuída a influência
da cosmogênese platônicaAo discorrer sobre a natureza de Deus e do universo, os místicos do período Talmúdico afirmaram, em contraste com o transcendentalismo Bíblico, que "Deus é o lugar-morada do universo; mas o universo não é o lugar-morada de Deus". Possivelmente a designação ("lugar") para Deus, tão frequentemente encontrada na literatura Talmúdica-Midrashica, é devida a esta concepção, assim como Philo
Moderna e contemporânea[editar
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A Cabala tem crescido a partir do século XVI, com o Rabino Itzhak
Luria, conhecido como Ari ("O Leão").Ele oferece, em seu livro Etz Chaim
(Árvore da Vida) uma explicação aprofundada das dez sefirot, e as
explicações sobre o livro do Zohar (incluindo Idra Rabba).A partir deste período, muitos cabalistas incentivaram o estudo da Cabala, como relatou o rabino Azulai Orh Hashemesh em seu livro: "A proibição estabelecida no aprendizado da Kabbalah foi um tempo limitado, até em 1490. Desde 1540, é necessário incentivar todos os interessados no livro do Zohar, porque só estudando o Zohar que a humanidade alcançará a redenção espiritual, e Portanto, não é proibido estudar Kabbalah."
Assim também diz o rabino Yehuda Levi Ashlag, cabalista do século XX: "Não há outro caminho para a população em geral, conseguir alguma elevação espiritual e redenção, a não ser com a aprendizagem da Cabala. Este é o método mais fácil e mais acessível."
Dualidade Cabalística[editar
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Embora Kabbalah apresentar a Unidade de Deus, uma das críticas mais
graves e persistentes é que pode levar longe monoteísmo, em vez disso
promover o dualismo. Em seus textos há a crença de uma contraparte
sobrenatural de Deus. O sistema dualista afirma que existe um poder bem
contra um poder maligno. Existem dois modelos principais de
gnóstico-cosmologia dualista: a primeira, que remonta a Zoroastrismo,
acredita que a criação é ontologicamente dividida entre as forças do
bem e do mal. A segunda, encontrada em grande parte greco-romana como
ideologias Neo-platonismo, acredita que o universo conhecia uma harmonia
primordial, mas que uma perturbação cósmica resultou um segundo, o mal,
a dimensão da realidade. Este segundo modelo influenciou a cosmologia
da Cabala.De acordo com a cosmologia cabalista, as dez sefirot correspondem a dez níveis de criação. Estes níveis da criação não deve ser entendido como dez diferentes "deuses", mas como dez maneiras diferentes de revelar Deus, um por nível. Não é Deus que muda, mas a capacidade de perceber Deus que muda.
Enquanto Deus pode parecer a apresentar natureza dupla (masculino/feminino, compassivo/julgadora, criador/destruidor), todos os seguidores da Cabala têm consistentemente salientado a unidade absoluta de Deus. Por exemplo, em todas as discussões de macho e fêmea, a natureza oculta de Deus existe acima de tudo, sem limite, sendo chamado o infinito ou a "No End" (Ein Sof) Nem um nem o outro, que transcende qualquer definição. A habilidade de Deus para tornar-se escondido da percepção é chamada de "Restrição" (Tzimtzum). O ocultamento torna a criação possível porque Deus pode ser "revelado" em uma diversidade de formas limitadas, que então forma os blocos de criação.
Trabalhos posteriores cabalísticos, incluindo o Zohar
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