quarta-feira, 24 de julho de 2013

O POGROM DE LISBOA.

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   Há um monumento em Lisboa, que para além de belo, é de suma importância histórica, por ele passam centenas talvez milhares de pessoas, sem o ver ou vendo sem lhe dar importância devida, trata-se do monumento em homenagem aos judeus mortos no ano de 1506, no chamado "Pogrom de Lisboa" ou a "Matança dos Judeus de Lisboa", página trágica e cruel da nossa história, pois não pensem as gerações atuais que a perseguição e morte de judeus só ocorreu no Holocausto Nazista. Séculos antes por toda a Europa incluindo como aqui vemos Portugal, foram mortos milhares de judeus, quer pela inquisição quer em motins (Pogroms) de cariz anti-semita, tendo o povo judeu sido o bode expiatório para todo o tipo de males sociais.
       Era o Ano de 1506, 19 de Abril, Portugal vivia uma seca muito grande, crise económica e peste, nas igreja rezavam-se novenas, faziam-se procissões e rezavam-se missas, para combater o mal. Naquele fatídico dia segundo foi escrito por cronistas da época, um pseudo milagre estaria a acontecer, no interior da Igreja de São Domingo na baixa lisboeta, um cristão-novo (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo) fez m comentário a desfazer a ideia do milagre, a Ira dos fiéis tornou-se numa turba enraivecida,  as mulheres e homens agarraram nesse e noutros cristãos novos e os espancaram até a morte em frente à entrada da Igreja, depois não satisfeitos com a morte dos inocentes, esquartejaram-nos e fizeram uma fogueira para queimar os corpos, padres dominicanos em vez de conterem a fúria, atiçaram a população para marchar até ao bairro dos judeus, onde famílias foram retiradas de suas casas, homens, mulheres, velhos e crianças, espancados e mortos.
       Foi assim durante cinco dias, de uma loucura indomável, que o Rei D. Manuel I, teve de enviar tropas especiais para por cobro à vergonha, visto que amigos e funcionários régios foram mortos, o cheiro dos corpos queimados enchia toda a atmosfera de Lisboa, o ambiente era dantesco. Após as tropas reais reporem a ordem a 24 de Abril, o saldo de mortos ultrapassava os 2500, o Rei mandou retirar do Brasão de Lisboa o titulo de "Honrada".
       Presidente Jorge Sampaio, foi o único chefe de Estado, que pediu oficialmente na Sinagoga Sharé Tikvah, perdão ao povo judeu pelos erros cometidos no passado,tendo também inaugurado o monumento na fotografia acima.

Este é baseado no artigo: "A matança de Lisboa de 1506" da página da Comunidade Israelita Masorti de Lisboa, da autoria de Carlos Baptista.Sinagora Ohel Jacob / Beit Israel

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