segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A lavagem ritual das mãos

                                              



A lavagem ritual das mãos
Dois dos conceitos mais mal compreendidos na Torá são os de tumá e tahará, traduzidos como "impuro" e "puro". Eles freqüentemente evocam reações negativas, no entanto, ambos referem-se a planos espirituais e não físicos.
As leis referentes à tumá e tahará pertencem à categoria dos mandamentos para os quais não se fornecem motivos; são supra-racionais, "acima" da razão, além do que o próprio intelecto pode apreender. E é precisamente porque elas são de tão alto nível espiritual que transcendem completamente a razão.
A Chassidut explica que, na essência, a tumá, impureza espiritual, pode ser definida como a "ausência de kedushá", santidade. Kedushá é chamada "vida", "vitalidade": ela é aquilo que está unida e emana da Fonte de toda a vida - o Criador.

A verdadeira santidade, segundo a Chassidut, significa terbitul; isto é, quando a existência independente de cada um é "anulada" para D'us. Por outro lado, aquilo que é distante ou separado da sua Fonte é chamado "morte", "impureza" ou tumá. De acordo com a lei judaica, a morte é a causa principal de tumá e o nível de impureza mais grave provém do contato com um cadáver. Daí, as forças do mal serem chamadas, na terminologia chassídica, de sitrá achra, o "outro lado". É o que está "de fora", o que está distante da presença de D'us e da santidade. Florescem na região onde Ele está mais oculto e menos sentido, onde há menos kedushá, santidade. Em um lugar onde D'us é menos sentido, naturalmente, existe mais espaço para a "oposição" a Ele. Santidade é sinônimo de bitul, anulação, não tem qualquer existência verdadeira independente de D'us.


Num nível mais profundo, quando rejeitamos o mal e escolhemos o bem e, mais ainda, quando transformamos o próprio mal em bem, efetuamos uma elevação não só em nós mesmos, mas no mundo inteiro, elevando-o para mais perto da última perfeição.



Se despojarmos o termo "impuro" da sua conotação física e percebermos o seu verdadeiro sentido espiritual, veremos que seu significado é uma ausência de santidade.
Por que deve existir tumá? Que propósito a impureza pode ter na Criação?
"O Onipotente criou uma coisa em oposição à outra", conta-nos o livro de Eclesiastes (7:14) e segundo a interpretação da Chassidut, tudo no campo de kedushá tem a sua contrapartida no profano. Por um lado, essas regiões opostas são criadas a fim de que possamos ter "livre arbítrio" no nosso comportamento.
Num nível mais profundo, quando rejeitamos o mal e escolhemos o bem e, mais ainda, quando transformamos o próprio mal em bem, efetuamos uma elevação não só em nós mesmos, mas no mundo inteiro, elevando-o para mais perto da última perfeição. Daí, no enfoque mais profundo, o propósito final de tumá, do "outro lado", é que atinjamos os níveis mais elevados. A ocultação é apenas externa; como diz o conhecido dito chassídico: "Toda descida objetiva uma ascenção maior". E toda ocultação de D'us, todos os aparentes obstáculos, são para a finalidade de uma revelação maior.
Quando a alma desce a este mundo para se envolver num corpo material, ela sofre uma descida incomparável à sua existência anterior puramente espiritual. O próposito dessa descida, porém, é para que a alma possa subir ainda mais alto na sua apreensão de D'us e atingir uma hierarquia ainda mais elevada do que possuia antes de descer para este mundo. Ela pode alcançar essa elevação somente através do veículo do corpo e do serviço de D'us neste mundo físico e interior. Assim por um lado existe mais ocultação e mais impureza no mundo material; por outro lado, somente através das lutas aqui a alma será capaz de subir mais alto.
O estado de nidá, "impureza"
A partir dessa explicação poderemos entender melhor alguns dos diversos aspectos abrangidos no conceito de "impureza" pelo judaísmo.
Tomemos como exemplo o ciclo mensal da mulher. Todo mês, há nela um potencial de santidade capaz de ativar o sublime poder espiritual da criação, que atinge um ápice no seu corpo (uma"ascenção"). Quando este potencial não é preenchido e a kedushá se afasta, os remanescentes, agora sem vida, são removidos do corpo. E por isso essa "descida" é suscetível de tumá, culminando num estado temporário de impureza (nidá}.Não se deve esquecer, porém, que é precisamente por causa do alto nível de Divindade envolvido no processo criativo, que ocorre essa tumá.
Mas aqui novamente essa "descida" para nidá é com o propósito de uma ascenção maior, através da purificação no micvê e um novo ciclo de subida para um nível mais alto de kedushá no mês seguinte. O micvê capacita a pessoa a alcançar um nível mais alto, a ascender ainda mais do que no mês anterior.
Neste sentido, o micvê e o ciclo mensal da mulher podem ser comparados ao Shabat e ao ciclo semanal de cada judeu. A alternância do dia santo de Shabat com os dias mundanos da semana é o mesmo ciclo de ascenção e descida - recomeçando a cada sete dias. Os sete dias mundanos levam ao Shabat no qual o mundo se torna elevado, purificado e ascende à sua Fonte. E cada judeu recebe então uma "alma extra", que torna a perder quando o Shabat se vai e ele tem que "descer" novamente para as lutas da semana. Essas mesmas lutas, nas quais nos engajamos durante os seis dias, purificam a nós e ao mundo, e se tornam elevadas no Shabat, nos capacitando a subir cada vez mais alto, toda semana, em constante progressão.
Sono e vigilância
Tomemos um outro ciclo - a alternância cotidiana do sono e da vigília. De acordo com a lei judaica, cada pessoa, ao acordar, deve lavar as mãos para remover o "espírito de impureza" que adere a elas durante o sono. Quando dormimos, há um"afastamento de kedushá do corpo" - enquanto a alma "ascende à sua Fonte", em cima. Novamente, esse "rebaixamento natural" permite que a "impureza" se instale. Nossas mãos estão em estado de tumá ao acordarmos, mas elas não estão "más". O mesmo vale para tumá durante o ciclo mensal da mulher. É o resultado de um certo afastamento da kedushá, mas não é um estado de degradação ou de inferioridade.
O Rebe oferecia uma compreensão ainda mais profunda da natureza interior dessas descidas. Segundo ele, desde que a descida é de fato uma preparação necessária para a ascenção e seu propósito final é a elevação - a descida nada mais é do que uma parte da própria subida. Por fora tem a aparência de uma descida; por dentro, ela é realmente um aspecto de ascenção.
Netilat Yadayim
Netilat yadayim é o nome que se dá a todas as lavagens rituais que visam exclusivamente a purificação das mãos. Seu nome deve-se ao utensílio usado para a mesma denominado "natlá", do aramaico. Outro motivo é baseado no sentido da palavra netilá que indica elevação, uma vez que, quando lavadas, as mãos devem ser erguidas para que as águas atinjam toda sua extensão. O mesmo deve ser feito ao recitar a berachá.
A maneira correta de proceder a netilá, é deixar a mão entreaberta para que a água possa atingir também as pontas dos dedos.
Razões da netilat ao acordar
Há alguns motivos porque os nossos sábios instituíram netilat yadayim ao despertar:
  • As mãos estão em constante movimento (mesmo durante o sono) e provavelmente quando a pessoa dorme, elas estavam em contato também com as partes cobertas do corpo. Assim sendo, de manhã, antes das orações se faz a lavagem ritual das mãos a fim de purificá-las, antes do serviço a D'us.
  • Outro motivo, citado no Zôhar e também mencionado no Talmud, explica que a finalidade da netilá consiste em remover a Ruach Ráa - o espírito maligno da impureza - que paira sobre as mãos. Os livros cabalísticos explicam que durante o sono a alma da pessoa desvincula-se do corpo quase na sua totalidade - a ponto de nossos sábios dizerem que o sono representa 1/60 da morte - e eleva-se à sua Fonte-Matriz, quando presta contas e dá um relatório de seus atos naquele dia. Assim, também neste período a alma recarrega sua energia, o que possibilita a pessoa acordar revigorada e disposta.
Durante esta fase de elevação do espírito, o corpo permanece "semi-vazio" e este vácuo, causado pela ausência da alma Divina, possibilita e atrai elementos impuros ao corpo. Ao despertar, quando a alma volta a revestir-se no corpo e preenchê-lo, estes elementos impuros cedem o lugar e desaparecem, permanecendo apenas nos dedos das mãos. Para que os efeitos negativos sejam neutralizados, é necessária a netilá, única maneira de retirá-los. Por essa razão a pessoa também deve abster-se de certas coisas ao despertar, antes da netilá.
Há algumas opiniões que dizem ser o sono o causador deste processo, enquanto outras determinam que a própria noite desencadeia este fato.
  • Um terceiro motivo é que anetilá faz parte dos preparativos para a reza e assim como os cohanim santificavam-se no Templo Sagrado, lavando suas mãos antes das oferendas e sacrifícios, da mesma forma todos nós devemos realizar a netilá antes das orações, pois elas vêm substituir os sacrifícios em nossa época. Segundo isto, esta netilá também deve ser feita antes das orações vespertinas (Minchá) e noturnas(Maariv), porém sem a Berachá de Al Netilat Yadayim.
Netilat yadayim - antes das refeições
Foi instituída a netilat yadayim antes das refeições quando se come pão, com a finalidade de purificar as mãos antes do manuseio dos alimentos, idéia que vem reforçar a importância da santificação de todos os aspectos da nossa vida. E na realidade os nossos sábios interpretaram o versículo que diz: "e vos santificarei", explicando que se refere e faz alusão à netilá antes das refeições.
Netilat yadayim - ao acordar
Logo ao despertar, após ter dito o Modé Ani, deve-se proceder à netilat yadayim.
Antes da netilá deve-se evitar o seguinte:
a) pronunciar o nome de D'us ou palavras daTorá;
b) andar dois metros;
c) manusear alimentos, bebidas ou roupas;
d) tocar as mãos nos olhos, nariz, ouvidos, boca ou demais orifícios do corpo.
Como devemos evitar andar dois metros antes da netilá é recomendável preparar na véspera um recipiente com água e uma bacia e deixá-los próximo à cama, a fim de realizar a netilá imediatamente ao acordar.
Se possível deve-se procurar utilizar um recipiente de duas alças.
Deve-se cuidar em não mergulhar ou tocar na água antes da netilá a fim de não impurificá-la.
Se a netilá foi feita antes do raiar do sol, ao amanhecer, deve-se tornar a realizá-la (pois a própria noite é causadora da impureza), porém sem repetir a bênção.
Ao dormir de dia, despertando, também, deve-se proceder a netilá sem a bênção.
Procedimento da netilá ao despertar
  • Ergue-se o recipiente com a mão direita e passa-se para a esquerda. Então despeja-se a água inicialmente na mão direita; depois segura-se novamente o recipiente com a mão direita, vertendo na esquerda. Procede-se desta forma três vezes, alternadamente.
  • A água deve cobrir toda a superfície das mãos até os punhos, mas caso não haja água suficiente, ou nos dias deYom Kipur e Tishá Beav despeja-se a água apenas sobre os dedos (até a junção dos dedos com as mãos), sendo o suficiente.
  • Essa netilá deve ser feita sempre com um recipiente.
  • A água utilizada para a netilá não poderá ser usada para nenhuma outra finalidade (pois um espírito de impureza paira sobre ela) e também não deve ser jogada em lugares por onde transitam pessoas que possam entrar em contato com ela.
  • A Berachá de netilat yadayim não deve ser recitada próxima da água que foi utilizada e sim mais tarde junto com as demais Bençãos Matinais.
  • Em princípio, na netilá da manhã deve-se procurar observar todos os requisitos da netilá antes das refeições concernentes à água, ao recipiente e à força humana.
  • Caso não seja possível preencher todos os procedimentos, pode-se fazer a netilá com qualquer tipo de líquido, ou qualquer material (que limpe) e sem força humana (podendo mesmo assim recitar a bênção de netilat yadayim). Logo que for possível realizar a netilá da maneira correta, deve-se voltar a fazê-lo, porém desta vez sem Berachá.
Outras ocasiões nas quais a netilá é necessária (mas sem berachá)
  • após cortar os cabelos
  • após cortar as unhas
  • após as necessidades fisiológicas
  • após sair do banho ou banheiro
  • após tirar sangue
  • após relações conjugais
  • após tirar ou mexer nos sapatos
  • após tocar em partes cobertas do corpo
  • ao voltar de um enterro, ou saindo de um necrotério ou cemitério
Leis de netilat yadayim para as refeições
Refeições nas quais é necessária a netilá:
  • Netilat Yadayim foi instituída para aquelas refeições nas quais comemos tipos de pão cuja Berachá inicial é Hamotsi e a Berachá final, Bircat Hamazon.
  • Massas, pães, bolos, pizzas, biscoitos etc., cuja Berachá inicial é Borei Minei Mezonot quando são comidos numa refeição (acompanhados por outros alimentos) em quantidade suficiente que satisfaça, apenas então a netilá deve ser feita, recitando sobre eles Hamotsi e Bircat Hamazon.
  • Não se pode comer qualquer quantidade de pão sem netilat yadayim.
  • Porém quando alguém faz a netilá antes de uma refeição na qual se comerá uma quantidade de pão inferior a 56 gr, apesar de recitar a Berachá de Hamotsi e Bircat Hamazon (sobre o pão) fazemos a netilá sem Berachá.
  • Todo alimento que é mergulhado em líquidos (água, vinho, inclusive vinagre de vinho, óleo, mel, leite ou orvalho), tanto se já estava umedecido, ou que é molhado ao comê-lo (por exemplo: frutas e legumes úmidos, conservas, carne cozida etc.), necessita da netilá, porém sem Berachá.
  • A mitsvá da netilá é obrigatória tanto para homens como para mulheres e crianças.
  • A netilá não deve ser feita dentro do banheiro.
Como se procede a netilá e seus preparativos
  • Antes da netilá deve-se verificar bem as mãos para que não haja nelas nenhuma sujeira ou algo que obstrua o contato direto com a água.
  • As unhas devem ser limpas antes da netilá.
  • As mãos estando sujas, devem ser lavadas e secas, cuidando de enxugá-las bem, antes de fazer a netilá.
  • Anéis, alianças etc. devem ser retirados antes da netilá. O mesmo se aplica à netilá da manhã.
  • A medida mínima de água para a netilá é reviit (86 ml). Todavia deve-se procurar fazê-la com uma quantidade maior e mais abundante de água, de forma que possa atingir toda a superfície das mãos até o pulso.
  • Ao encher o recipiente com água para a netilá deve-se segurá-lo com a mão direita e depois passá-lo para a esquerda, entornando a água primeiramente três vezes seguidas sobre a mão direita. Depois, torna-se a segurar o recipiente com a mão direita, vertendo água três vezes seguidas sobre a esquerda.
  • Deve-se cuidar para que a água se espalhe por toda a mão inclusive entre os dedos. Para tanto, ao despejá-la, deve haver um espaço entre os dedos e as mãos devem estar erguidas, voltadas para cima a fim de que a água atinja também as pontas dos dedos.
  • Para cumprir a mitsvá corretamente é necessário verter a água três vezes seguidas em cada mão (mesmo que já na primeira vez se verta mais que 86 ml, tomando cuidado de não tocar no recipiente molhado com a mão umedecida entre um despejo e outro. (Recomenda-se, para tanto, segurar o recipiente com uma toalha).
  • Mesmo após já ter vertido uma ou duas vezes a água sobre uma mão deve-se cuidar de não tocá-la com a outra mão na qual ainda não foi feita a netilá. O mesmo cuidado deve ser tomado após ter sido feita a netilá em ambas as mãos; isto é, não tocar nas mãos de alguém que não fez a netilá (ou no próprio recipiente molhado). Caso isto tenha ocorrido é necessário voltar a secar bem as mãos para depois iniciar novamente o procedimento desde o início. Se esse contato ocorrer apenas em uma das mãos, basta voltar a fazer a netilá somente naquela mão.
  • Após ter vertido a água três vezes em cada mão deve-se esfregá-las uma na outra (para que a água se propague) visando um acréscimo de purificação.Já que este ato de esfregar faz parte da mitsvá devemos recitar a berachá durante o mesmo, para que ela seja feita antes (do término) da mitsvá, como nos outros preceitos.
  • Não se deve fazer nenhuma interrupção entre a netilá e a berachá de Hamotsi (sobre o pão).
  • Deve-se cuidar durante a refeição de não levar as mãos a lugares cobertos ou orifícios do corpo. Caso contrário é necessário repetir a netilá, porém sem berachá.
A berachá de netilá
O motivo porque os nossos sábios não instituiram dizer a berachá antes da própria netilá (no início da mitsvá - como nos outros preceitos) é que supunham que as mãos da pessoa estivessem impuras antes da netilá, não estando ela, portanto, apta a recitar uma berachá.
Caso tenha esquecido de recitar a berachá antes de esfregar as mãos, deve-se recitar a mesma, antes de enxugá-las. Se também antes de enxugar, ela foi esquecida, faz-se a berachá depois, ao lembrar.
Deve-se erguer as mãos ao recitar a berachá, conforme o costume Chabad (para outros costumes, consulte o rabino de sua congregação).
Que água deve ser usada para a netilá?
Para a netilá é necessário utilizar água que não teve sua cor e aparência modificadas, tanto pelo lugar em que se encontra ou por algo que caiu e se misturou a ela mesma (como vinho, cerveja etc.), o que a torna inapta para a netilá.
Água não potável é inapta para a netilá. Portanto, água salgada do mar também não deve ser utilizada. Porém pode-se mergulhar as mãos no mar fazendoTevilat (imersão) Yadayim (das mãos).
Também é necessário que a água da netilá não tenha sido utilizada para nenhuma finalidade anteriormente e que nada tenha sido mergulhado dentro dela.
O recipiente para a netilá
O recipiente a ser utilizado deve conter (de uma só vez) no mínimo 86 ml.
Deve estar inteiro sem nenhum orifício ou fendas. Mesmo que abaixo do orifício ou da fenda até a superfície do recipiente haja uma capacidade de 86 ml é inapto para a netilá.
A força propulsora da netilá
A água do recipiente deve chegar às mãos proveniente de uma força humana (da própria pessoa ou de outra).
Água que cai por si (automaticamente) é inadequada para a netilá. Por isso, não havendo um recipiente (caneca, copo) onde encher a água da torneira deve-se proceder da seguinte maneira: abrir a torneira com uma mão, umedecendo com o jato inicial a outra mão e em seguida por três vezes na outra mão repetindo o processo (pois apenas o primeiro jato d'água a cair é considerado conseqüência direta e extensão da força humana que abriu a torneira).
A berachá
BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU AL NETILAT YADAYIM.
Bendito és Tu, ó Senhor nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com os Seus mandamentos e nos ordenou sobre o lavar das mãos.

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