AS CONTRADIÇÕES DO “NOVO TESTAMENTO”
Parte -1
Prof. Evilasio Araujo
Prof. Evilasio Araujo
I – INTRODUÇÃO. A ORIGEM DO “NOVO TESTAMENTO”.
1.1 O chamado “Novo Testamento” é formado de 27 livretos, dos quais,quatro são supostos relatos – os “Evangelhos” – sobre a vida de Jesus Nazareno, 21cartas, cuja autoria é atribuída aos primitivos discípulos de Jesus, dos quais, porém, a maioria, teria sido ditada pelo apóstolo Paulo, um judeus convertido posteriormente à seita dos nazarenos; há um livro chamado de “Atos dos Apóstolos”, relatando alguns fatos e atividades dos discípulos após a morte do seu líder, e um livro de misticismo,chamado “Apocalipse” (palavra grega para
Revelação
). Tais livros formam ofundamento do Cristianismo e é apresentado à Humanidade como a última Palavra doCriador, em substituição à Torah, aos Profetas e às Escrituras, aos quais os cristãoschamam de “Velho Testamento”.1.2 No entanto, a patente contradição do chamado “Novo Testamento” com aTORAH, por si só, já é suficiente argumento para refutar sua origem Divina, pois,como diz a Escritura: “Tua Torah é a Verdade” Tehilim ( Salmos 119:142). Assim,qualquer Luz de conhecimento posterior à Revelação do Sinai deve, necessariamente,concordar com os escritos do maior Profeta do Eterno, Mosheh Rabênu, sobre quem amesma Torah declarou: “Nunca se levantou em Israel um profeta como Mosheh, comquem o Eterno falou face a face” (Devarim 34:10; ver Shemot 33:11; Bamidbar 12:6-8). Quando esse texto foi escrito, para ressaltar a Autoridade Divina conferida aMosheh, de forma preponderante, Israel ainda não existia como Estado Teocrático. Sómais tarde, portanto, o Eterno inaugurou o Ministério dos Profetas. A expressão“
nunca se levantou
”, no passado, é dada como fato consumado e definitivo, a ressaltara impossibilidade de surgir, no futuro, um profeta mais qualificado do que Mosheh.Assim, todos os Mensageiros do Eterno, desde então, fundamentaram sua pregaçãonas Palavras reveladas a Moshêh, subordinando-se à Autoridade daquele que tambémfoi considerado pela Torah como o primeiro “Rei em Yeshurun” (Devarim 33:5).1.3 Na realidade, existem centenas de contradições do texto do “NovoTestamento” quando cotejado com a Torah, assim como, também internamente, osEvangelhos e as Cartas entram em colapso quando os mesmos relatos ou ensinos sãocomparados entre si, ou quando a perspectiva profética do
Tanach
é posta em análisee confronto com o entendimento dos escritores do “Novo Testamento”. Não é raroperceber-se, desde logo, que uma fraude nem sequer bem arquitetada foi levada aefeito nos escritos neotestamentários, pelo menos como atualmente conhecidos. Emrazão da fé cega dos cristãos, esse assunto não é enfrentado como merecia, salvo por uns poucos teólogos de mente mais aberta, pois, do contrário, seria posta emevidência a grande questão embutida nesse cenário de erros grotescos – a saber: afigura de Jesus Nazareno como mais um falso messias de Israel.1.4 Nesse sentido, registra-se a própria origem do “Novo Testamento”, talcomo hoje conhecido, não como uma obra acabada dos primitivos apóstolos ediscípulos de Jesus, mas como uma produção literária muito posterior, forjada emépoca de fortes contendas teológicas sobre a pessoa e a obra do Nazareno, cominteresses políticos evidentes, tanto da parte do Império Romano, já então emdecadência, quanto pelas autoridades religiosas, já empenhados em disputas peloPoder mundano. No Império Romano, é destacada a figura de Constantino, oImperador-Sacerdote do deus Sol, ao qual eram dedicadas as festas saturnais do fimde ano (Calendário Romano), aí incluindo a
Natalis Solis Invict
[“Dia do Nascimentodo Sol Vitorioso”], posteriormente comemorado também como o Natal ouNascimento de Jesus, no dia 25 de dezembro. Para enfatizar sua adoração ao seu deus-Sol, Constantino transferiu o culto dos cristãos, ainda realizado no
Shabat
– umareminiscência dos primitivos
seguidores judeus
de Jesus – para o primeiro dia dasemana, então conhecido como “Dia do Sol”, como até hoje se vê em alguns idiomas(
Sunday
, em inglês;
Sonntag
, em alemão), e posteriormente denominado, peloscristãos, de “Domingo” [em latim:
Dia do Senhor
].1.5
Dois marcos históricos principais
estão associados com a formataçãodo “Novo Testamento” atualmente conhecido. O
primeiro marco
foi o Concílio deNicéia (iniciado em 325 EC), convocado pelo Imperador Constantino, que o presidiuna sua abertura, mesmo sendo um “pagão”, pois jamais Constantino se convertera aocristianismo, conforme relato falso da igreja de Roma. Ele exerceu o cargo desacerdote do deus-Sol até que, no seu leito de morte, em 337 EC, o Bispo de Romaprocedeu ao um ritual de conversão, quando ele nem mais podia manifestar-se sobrese essa era sua vontade. No Concílio de Nicéia, foi aprovado, além da autoridadepolítica dos bispos, o cânon do “Novo Testamento”, quando foram rejeitadas centenasde escritos tidos como sagrados por muitos cristãos fora de Roma, compostos derelatos evangélicos e cartas dos apóstolos e primitivos discípulos, hoje rejeitados.Também, naquela ocasião, por meio de voto, foi aprovada a “Divindade” de Jesus,que, a partir de então, passou a ser, oficialmente, a Segunda Pessoa da Trindade,abrindo-se daí a oportunidade ao estabelecimento da
Mariolatria
, pois Maria, genitorade Jesus Nazareno, logo seria alçada ao papel de “Mãe de Deus” (em grego:“
Theotokos
”), já que, obviamente, Jesus sendo deus, segundo essa doutrina, sua mãeseria a “Mãe de Deus”, como hoje é adorada pelos cristãos católicos e ortodoxosgregos e russos.1.6 Pela importância do papel do Imperador Constantino na formação danova religião, que, na verdade, é uma
fé essavista
(oriunda de Essav, ou Esaú, pai dosromanos e italianos, para perseguir Israel), poderia o cristianismo ser denominado de constantinismo
. Afinal, graças ao Imperador romano foi possível elencar, durante oConcílio de Nicéia, as doutrinas principais da nova Religião, nascida em Roma, deonde se espalharia pelo mundo, deixando em seus caminhos históricos suas marcas deconversões forçadas, de derramamento de sangue e assassinatos, de escravização depovos e destruição de culturas. Ademais, de forma ainda mais marcante, o
constantinismo
é a Religião do
antijudaísmo
, como ficou bem claro no decorrer dosúltimos quase dois milênios, pois, para justificar sua própria existência, a novareligião romana não apenas procurou afastar-se de suas fontes judaicas, oriundas dosseguidores judeus primitivos de Jesus, mas decidira, induvidosamente, destruir ospróprios israelitas, para que se consumasse a tese que ficou conhecida como
Teologiada Substituição
– cuja premissa é esta: uma vez que a Igreja foi levantada parasubstituir a Sinagoga, os judeus deveriam ser eliminados, porque seriam, nesse novocenário, “inimigos de todos os homens e rejeitados por D-us”. Esse pensamentomalvado serviu de pretexto, ao lado da mentira de que foram os judeus queassassinaram o messias dos cristãos, para respaldar a tese de ser a “vontade de Deus”a promoção de toda a sorte de perseguição do Povo de Israel, nestes quase vinteséculos de história da igreja.1.7 O
segundo marco
desta história mal contada e deturpada pelos cristãos,como bem sabido dos estudiosos, tem a ver com o tempo do Bispo Dâmaso (PapaDâmaso), que determinou a “São” Jerônimo que procedesse a uma reforma no textodo “Novo Testamento”, para eliminar seus conteúdos considerados exacerbadamente judaicos, retirando as possíveis dúvidas sobre a origem de Jesus Nazareno [a quemnenhum livro de História da época se refere] e afastando certas passagens queretratavam a humanidade do messias cristão de forma “exagerada”. Em seu livroderradeiro,
Retractationis
, Jerônimo confessa sua resistência em obedecer à ordempapal e principalmente suas crises de consciência em ter cumprido uma missão queresultou em maior fraude do que aquela perpetrada pelo Concílio de Nicéia.1.8 Sobre a farsa a que fora levada pela ordem papal, “São” Jerônimoescreveu ao Papa: “De velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, dealguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estãodispersos por todo o mundo e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão deacordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalhado, mas é também umperigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo osoutros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo jáenvelhecido.” Ele pediu, após tantas alterações nos textos: “
Meclamitans essesacrilegun qui audeam aliquid in veteribus libris addere, mutare. Corrigere
” (“Vãoclamar que sou um sacrílego, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar,substituir, corrigir alguma coisas nos antigos livros” (ver León Denis,
Obras de São Jerônimo
). Quando um cristão ler o “Novo Testamento”, o grau de sua ignorânciapode ser mensurado pelo valor atribuído à obra como um todo. Ou ela é de D-us, ounão é, e a única maneira de saber isso é comparando-a com a Revelação do Sinai. 1.9 Foi assim que, depois de tantas “arrumações” e “arranjos”, o “NovoTestamento” veio a ser esse amontado de textos contraditórios, espúrios, comacréscimos atualmente denunciados como invenções nas várias versões das Bíbliashodiernas, cuja edições atuais colocam entre parêntesis ou em notas marginais odescobrimento de algumas trapaças. É significativo analisar que, em razão de taismentiras e embustes, um número incalculável de seres humanos foram mortos, ouassumiram o papel de mártires de uma fé cujas bases de sustentação são o engodo, acredulidade, a falsificação de fatos históricos e a deturpação dos textos sagrados dosJudeus, utilizados de forma desautorizada e contraditória, para emprestar validade atantas tramas e deboches. Na verdade, os cristãos, sem se aperceberem que sãovítimas de uma falsidade histórica, admiram-se de os judeus não terem aceito a Jesuscomo seu messias. Esse cenário está mudando hoje – muitos cristãos, especialmenteos descendentes dos convertidos à força durante a chamada “santa” Inquisição – os
B’ney Anussim
– estão acordando para a realidade de que a única Revelaçãoverdadeira foi dada no Sinai e aos Profetas de Israel (Devarim 4:5-8; Tehilim 147:19,20). O “Novo Testamento”, devidamente lido, não passa de um amontado de tolices econtradições, incapazes de satisfazer à busca da Verdade por uma alma sincera.
1.1 O chamado “Novo Testamento” é formado de 27 livretos, dos quais,quatro são supostos relatos – os “Evangelhos” – sobre a vida de Jesus Nazareno, 21cartas, cuja autoria é atribuída aos primitivos discípulos de Jesus, dos quais, porém, a maioria, teria sido ditada pelo apóstolo Paulo, um judeus convertido posteriormente à seita dos nazarenos; há um livro chamado de “Atos dos Apóstolos”, relatando alguns fatos e atividades dos discípulos após a morte do seu líder, e um livro de misticismo,chamado “Apocalipse” (palavra grega para
Revelação
). Tais livros formam ofundamento do Cristianismo e é apresentado à Humanidade como a última Palavra doCriador, em substituição à Torah, aos Profetas e às Escrituras, aos quais os cristãoschamam de “Velho Testamento”.1.2 No entanto, a patente contradição do chamado “Novo Testamento” com aTORAH, por si só, já é suficiente argumento para refutar sua origem Divina, pois,como diz a Escritura: “Tua Torah é a Verdade” Tehilim ( Salmos 119:142). Assim,qualquer Luz de conhecimento posterior à Revelação do Sinai deve, necessariamente,concordar com os escritos do maior Profeta do Eterno, Mosheh Rabênu, sobre quem amesma Torah declarou: “Nunca se levantou em Israel um profeta como Mosheh, comquem o Eterno falou face a face” (Devarim 34:10; ver Shemot 33:11; Bamidbar 12:6-8). Quando esse texto foi escrito, para ressaltar a Autoridade Divina conferida aMosheh, de forma preponderante, Israel ainda não existia como Estado Teocrático. Sómais tarde, portanto, o Eterno inaugurou o Ministério dos Profetas. A expressão“
nunca se levantou
”, no passado, é dada como fato consumado e definitivo, a ressaltara impossibilidade de surgir, no futuro, um profeta mais qualificado do que Mosheh.Assim, todos os Mensageiros do Eterno, desde então, fundamentaram sua pregaçãonas Palavras reveladas a Moshêh, subordinando-se à Autoridade daquele que tambémfoi considerado pela Torah como o primeiro “Rei em Yeshurun” (Devarim 33:5).1.3 Na realidade, existem centenas de contradições do texto do “NovoTestamento” quando cotejado com a Torah, assim como, também internamente, osEvangelhos e as Cartas entram em colapso quando os mesmos relatos ou ensinos sãocomparados entre si, ou quando a perspectiva profética do
Tanach
é posta em análisee confronto com o entendimento dos escritores do “Novo Testamento”. Não é raroperceber-se, desde logo, que uma fraude nem sequer bem arquitetada foi levada aefeito nos escritos neotestamentários, pelo menos como atualmente conhecidos. Emrazão da fé cega dos cristãos, esse assunto não é enfrentado como merecia, salvo por uns poucos teólogos de mente mais aberta, pois, do contrário, seria posta emevidência a grande questão embutida nesse cenário de erros grotescos – a saber: afigura de Jesus Nazareno como mais um falso messias de Israel.1.4 Nesse sentido, registra-se a própria origem do “Novo Testamento”, talcomo hoje conhecido, não como uma obra acabada dos primitivos apóstolos ediscípulos de Jesus, mas como uma produção literária muito posterior, forjada emépoca de fortes contendas teológicas sobre a pessoa e a obra do Nazareno, cominteresses políticos evidentes, tanto da parte do Império Romano, já então emdecadência, quanto pelas autoridades religiosas, já empenhados em disputas peloPoder mundano. No Império Romano, é destacada a figura de Constantino, oImperador-Sacerdote do deus Sol, ao qual eram dedicadas as festas saturnais do fimde ano (Calendário Romano), aí incluindo a
Natalis Solis Invict
[“Dia do Nascimentodo Sol Vitorioso”], posteriormente comemorado também como o Natal ouNascimento de Jesus, no dia 25 de dezembro. Para enfatizar sua adoração ao seu deus-Sol, Constantino transferiu o culto dos cristãos, ainda realizado no
Shabat
– umareminiscência dos primitivos
seguidores judeus
de Jesus – para o primeiro dia dasemana, então conhecido como “Dia do Sol”, como até hoje se vê em alguns idiomas(
Sunday
, em inglês;
Sonntag
, em alemão), e posteriormente denominado, peloscristãos, de “Domingo” [em latim:
Dia do Senhor
].1.5
Dois marcos históricos principais
estão associados com a formataçãodo “Novo Testamento” atualmente conhecido. O
primeiro marco
foi o Concílio deNicéia (iniciado em 325 EC), convocado pelo Imperador Constantino, que o presidiuna sua abertura, mesmo sendo um “pagão”, pois jamais Constantino se convertera aocristianismo, conforme relato falso da igreja de Roma. Ele exerceu o cargo desacerdote do deus-Sol até que, no seu leito de morte, em 337 EC, o Bispo de Romaprocedeu ao um ritual de conversão, quando ele nem mais podia manifestar-se sobrese essa era sua vontade. No Concílio de Nicéia, foi aprovado, além da autoridadepolítica dos bispos, o cânon do “Novo Testamento”, quando foram rejeitadas centenasde escritos tidos como sagrados por muitos cristãos fora de Roma, compostos derelatos evangélicos e cartas dos apóstolos e primitivos discípulos, hoje rejeitados.Também, naquela ocasião, por meio de voto, foi aprovada a “Divindade” de Jesus,que, a partir de então, passou a ser, oficialmente, a Segunda Pessoa da Trindade,abrindo-se daí a oportunidade ao estabelecimento da
Mariolatria
, pois Maria, genitorade Jesus Nazareno, logo seria alçada ao papel de “Mãe de Deus” (em grego:“
Theotokos
”), já que, obviamente, Jesus sendo deus, segundo essa doutrina, sua mãeseria a “Mãe de Deus”, como hoje é adorada pelos cristãos católicos e ortodoxosgregos e russos.1.6 Pela importância do papel do Imperador Constantino na formação danova religião, que, na verdade, é uma
fé essavista
(oriunda de Essav, ou Esaú, pai dosromanos e italianos, para perseguir Israel), poderia o cristianismo ser denominado de constantinismo
. Afinal, graças ao Imperador romano foi possível elencar, durante oConcílio de Nicéia, as doutrinas principais da nova Religião, nascida em Roma, deonde se espalharia pelo mundo, deixando em seus caminhos históricos suas marcas deconversões forçadas, de derramamento de sangue e assassinatos, de escravização depovos e destruição de culturas. Ademais, de forma ainda mais marcante, o
constantinismo
é a Religião do
antijudaísmo
, como ficou bem claro no decorrer dosúltimos quase dois milênios, pois, para justificar sua própria existência, a novareligião romana não apenas procurou afastar-se de suas fontes judaicas, oriundas dosseguidores judeus primitivos de Jesus, mas decidira, induvidosamente, destruir ospróprios israelitas, para que se consumasse a tese que ficou conhecida como
Teologiada Substituição
– cuja premissa é esta: uma vez que a Igreja foi levantada parasubstituir a Sinagoga, os judeus deveriam ser eliminados, porque seriam, nesse novocenário, “inimigos de todos os homens e rejeitados por D-us”. Esse pensamentomalvado serviu de pretexto, ao lado da mentira de que foram os judeus queassassinaram o messias dos cristãos, para respaldar a tese de ser a “vontade de Deus”a promoção de toda a sorte de perseguição do Povo de Israel, nestes quase vinteséculos de história da igreja.1.7 O
segundo marco
desta história mal contada e deturpada pelos cristãos,como bem sabido dos estudiosos, tem a ver com o tempo do Bispo Dâmaso (PapaDâmaso), que determinou a “São” Jerônimo que procedesse a uma reforma no textodo “Novo Testamento”, para eliminar seus conteúdos considerados exacerbadamente judaicos, retirando as possíveis dúvidas sobre a origem de Jesus Nazareno [a quemnenhum livro de História da época se refere] e afastando certas passagens queretratavam a humanidade do messias cristão de forma “exagerada”. Em seu livroderradeiro,
Retractationis
, Jerônimo confessa sua resistência em obedecer à ordempapal e principalmente suas crises de consciência em ter cumprido uma missão queresultou em maior fraude do que aquela perpetrada pelo Concílio de Nicéia.1.8 Sobre a farsa a que fora levada pela ordem papal, “São” Jerônimoescreveu ao Papa: “De velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, dealguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estãodispersos por todo o mundo e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão deacordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalhado, mas é também umperigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo osoutros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo jáenvelhecido.” Ele pediu, após tantas alterações nos textos: “
Meclamitans essesacrilegun qui audeam aliquid in veteribus libris addere, mutare. Corrigere
” (“Vãoclamar que sou um sacrílego, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar,substituir, corrigir alguma coisas nos antigos livros” (ver León Denis,
Obras de São Jerônimo
). Quando um cristão ler o “Novo Testamento”, o grau de sua ignorânciapode ser mensurado pelo valor atribuído à obra como um todo. Ou ela é de D-us, ounão é, e a única maneira de saber isso é comparando-a com a Revelação do Sinai. 1.9 Foi assim que, depois de tantas “arrumações” e “arranjos”, o “NovoTestamento” veio a ser esse amontado de textos contraditórios, espúrios, comacréscimos atualmente denunciados como invenções nas várias versões das Bíbliashodiernas, cuja edições atuais colocam entre parêntesis ou em notas marginais odescobrimento de algumas trapaças. É significativo analisar que, em razão de taismentiras e embustes, um número incalculável de seres humanos foram mortos, ouassumiram o papel de mártires de uma fé cujas bases de sustentação são o engodo, acredulidade, a falsificação de fatos históricos e a deturpação dos textos sagrados dosJudeus, utilizados de forma desautorizada e contraditória, para emprestar validade atantas tramas e deboches. Na verdade, os cristãos, sem se aperceberem que sãovítimas de uma falsidade histórica, admiram-se de os judeus não terem aceito a Jesuscomo seu messias. Esse cenário está mudando hoje – muitos cristãos, especialmenteos descendentes dos convertidos à força durante a chamada “santa” Inquisição – os
B’ney Anussim
– estão acordando para a realidade de que a única Revelaçãoverdadeira foi dada no Sinai e aos Profetas de Israel (Devarim 4:5-8; Tehilim 147:19,20). O “Novo Testamento”, devidamente lido, não passa de um amontado de tolices econtradições, incapazes de satisfazer à busca da Verdade por uma alma sincera.
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