terça-feira, 26 de outubro de 2010

Zombando dos Pobres

Zombando dos Pobres

Se isso fosse tudo que podemos aprender com a declaração de Hilel, já seria suficiente, mas há algo mais. Eis aqui outro belo pensamento.

Parece estranho que Hilel, o homem da bondade, humildade e paciência impossível, admoestasse um homem morto! Segundo a tradição judaica, não se deve cumprir qualquer mitsvá perto de um túmulo. Fazê-lo é considerado como "zombar dos pobres" (loeg la'rash) pois aqueles que estão sob a terra não são mais capazes de cumprir mitsvot. Assim como você não se serve de um jantar suntuoso defronte a alguém incapaz de ter um pedaço de pão, ninguém deveria exibir tsitsit, por exemplo, na presença daqueles que não podem mais cumprir este mandamento.

Por quê, então, Hilel, o homem da bondade e humildade, repreendeu este pobre morto, que não poderia reagir à repreensão?

A resposta – diz o Rebe – é que quando Hilel avistou a caveira do faraó, pensou consigo mesmo: "Por que D'us fez com que eu tivesse esta visão?" Ele então chegou à conclusão de que finalmente tinha chegado a hora de a alma do faraó encontrar a paz. E ao usar o faraó como um exemplo para ensinar uma mensagem significativa, Hilel elevou a alma do faraó e concedeu-lhe a capacidade de encontrar a paz.

Resumindo:

Portanto, aquilo que começa como um inocente passeio à beira do rio acaba sendo uma passagem repleta de lições importantes.

Tudo aquilo que vai acaba voltando. Até o mal mais poderoso é passageiro.

Tudo aquilo que cruza seu caminho tem um propósito, e você deveria preencher aquele propósito. Nem sempre aquele propósito é aparente, mas devemos ao menos aproveitar aquelas situações nas quais o propósito é visível.

Até um faraó pode ser redimido, e será redimido quando chegar a hora.

E esta foi a história da caveira flutuante.

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