O neto de Maimônides, Rabi David Hanagid, cita uma tradição passada pelos "anteriores", que a caveira flutuante pertenceu a ninguém menos que o próprio faraó. Hilel, portanto, disse-lhe: "Como você ordenou que os bebês judeus fossem afogados no Nilo, você foi afogado." Foi especificamente Hilel que confrontou a caveira do faraó, pois como reencarnação de Moshê ele era a pessoa adequada para enfrentar o faraó.
Segundo essa interpretação, diz Rabi Isaac Luria, o famoso místico de Safed do século dezesseis, conhecido como "o Sagrado Ari", a segunda metade da declaração de Hilel está dirigida não ao faraó, mas ao povo judeu. "Assim como o faraó foi afogado, assim todos os perseguidores de Israel terminarão por se afogarem."
O Lubavitcher Rebe, Rabi Menachem Mendel Schneerson, de abençoada memória, viu nos comentários do Ari palavras de conforto para a alma exausta do judeu exilado, para a alma daquele que sente estar enfrentando um desafio insuperável, uma densa nuvem de escuridão. Hilel, o notável líder de Israel, volta-se a esta pessoa e diz: "Se o faraó, a personificação do mal, o homem que pôs medo até no coração de Moshê, a tal ponto que D'us teve de acalmá-lo e dizer: 'Vá ao faraó – Eu o acompanharei', terminou afogado num rio, certamente todos os faraós da História, todas as grandes serpentes que tentaram e tentarão afogá-lo por meio de perseguição física e espiritual – serão afogados também. Pois o mal não tem pernas para ficar
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