segunda-feira, 30 de março de 2015
FILISTEUS
Filisteus
Mapa da região de Israel, 830 A.e C.
HistóriaOrigem
Até o século passado, todo o resplendor da civilização filistéia era apenas mais um dos mistérios indecifráveis da história da humanidade. Quem eram os filisteus, de onde tinham vindo e por que desapareceram, ninguém sabia. Tudo que se conhecia estava no Velho Testamento. E só. Era certo que chegaram como invasores e ocuparam as terras de Canaã, desde a atual faixa de Gaza até o território onde hoje se encontra a capital israelense, Telavive. Especulava-se também que chegaram lá entre os séculos XIII e XII a.C., já que as primeiras referências a eles são do chamado período dos Juízes, quando os descendentes de Abraão ainda não passavam de grupos de pastores e a única unidade entre as tribos judaicas era a religião. No mais, a narrativa bíblica enfatizava o convívio tumultuado entre os dois povos, até que, no século VII a.C., eles simplesmente somem tanto das páginas da Bíblia, como de Canaã e da história.
No século XVIII, no entanto, graças ao enciclopedista francês Dom Calmet, surgiria a primeira tese plausível sobre a origem dos filisteus. Especialista na Bíblia, em Lingüística e profundo conhecedor da História greco-romana, Calmet dedicou a vida àquilo que esperava ser a enciclopédia definitiva sobre todo o conhecimento bíblico. Mas durante seu trabalho deparou um problema: como escrever um verbete sobre os filisteus, se os textos bíblicos eram extremamente vagos? As únicas pistas que encontrou foram referências a eles como habitantes de uma misteriosa ilha chamada Caphtor ou ainda como integrantes da desconhecida nação dos ceretitas.
Uma barreira aparentemente intransponível, não fosse uma pista reveladora. Consultando uma versão da Bíblia em grego do século II a.C., feita em Alexandria, no Egito, Calmet viu que nação dos ceretitas tinha sido traduzida como nação dos cretenses. Seriam os filisteus cretenses? Mais tarde, ele achou uma confirmação valiosa de sua desconfiança em documentos bizantinos do século VI: neles, Gaza, um dos grandes centros filisteus, era chamada Minoa em homenagem ao rei Minos de Creta, que teria visitado a cidade e lhe dera seu nome. Quando publicou, em 1720, sua enciclopédia, Calmet já não tinha mais nenhum tipo de dúvida: Caphtor virou Creta e os filisteus foram apresentados como imigrantes cretenses em Canaã.
Invasão ao Egito
Embora não passasse de uma engenhosa conjugação de textos, sem provas históricas, hoje se sabe que antes da controvertida tese de Calmet ninguém chegou tão perto da verdade sobre os filisteus. Mas foi preciso esperar 109 anos até que, definitivamente, essa relação entre os filisteus e o mundo grego da Idade do Bronze fosse confirmada. E, novamente por obra dos franceses, na famosa excursão de Napoleão Bonaparte ao Egito, em 1798, a mesma que levou para a Europa a Pedra da Roseta usada por Jean-François Cham-pollion para decifrar os hieróglifos. Impressionado com um mural esculpido nas paredes de um templo no sul do Egito, um artista chamado Dominique Vivant Donon resolveu reproduzir suas cenas: batalhas em terra e no mar entre egípcios e um estranho povo com cocares de penas; pelejas que durante muito tempo se acreditou serem parte de uma campanha do faraó Sesóstris na Índia, no século XX a.C.
Em 1829, Champollion em pessoa enterraria essa versão durante sua visita ao templo, chamado Medinet Habu, quando traduziu uma palavra-chave que mudou totalmente a história daqueles desenhos: filisteus. Os relevos de Tebas não tinham nada a ver com Sesóstris ou a Índia, mas, sim, retratavam a vitória, cerca de 800 anos depois, de Ramsés III contra uma tentativa de invasão dos chamados Povos do Mar, guerreiros provenientes do Mar Egeu. Entre eles, os filisteus.
Nas paredes construídas por Ramsés III, hieroglifos recontam as disputas do século XII a.C.
Em Medinet Habu, o faraó perpetuou sua suposta vitória sobre os povos do mar.
A saga de Ramsés eternizada nas paredes de Medinet Habu é o marco da redescoberta da história filistéia e, atualmente, poucos duvidam de que o fracasso no Egito seja a origem da colonização de Canaã pelos Povos do Mar além dos filisteus, também se estabeleceram lá pelo menos mais três deles, os sardanas, os sicalaias e os danunas, todos presentes na tentativa de invasão do Império do Nilo. Foi provavelmente a serviço do faraó vitorioso que eles chegaram à terra dos cananeus. Na época, Ramsés enfrentava dificuldades para manter o controle de suas posses na região e pode ter enviado os prisioneiros de guerra, na condição de mercenários, para garantir a defesa de suas cidades. Além disso, quando tentaram entrar no Egito, os guerreiros do mar não vinham sozinhos, mas traziam mulheres e crianças: para muitos historiadores, a presença das famílias é uma prova de que o ataque aconteceu como uma migração em massa, após a destruição de Tróia. É quase certo que os Povos do Mar lutaram como aliados dos troianos e foram obrigados a fugir com a vitória dos atenienses e espartanos, novos senhores da Grécia e do Egeu, que ergueram seus domínios sobre as cinzas de potências micênicas como Creta, Chipre, Tróia e Micenas.
Daí em diante, tudo o que se sabe sobre os filisteus se deve ao trabalho de arqueólogos, que a partir da metade do século passado se empenharam em recuperar a memória dos filisteus e de todo o mundo micênico, desenterrando achados sensacionais como Tróia, o palácio de Cnossos em Creta e a própria cidade de Micenas. No caso da Palestina nome da região vem da transliteração hebraica de Philistia , o declínio da influência egípcia transformaria os filisteus em seus herdeiros naturais como senhores da região.
Uma Poderosa Civilização
Durante a fase dos Juízes, eles reinaram absolutos.
Juízes 1.18: Eles não tomaram Gaza, Asquelom e Ecrom e os seus territórios vizinhos. O Senhor Deus ajudou o povo de Judá, e eles conquistaram a região das montanhas. Mas não puderam expulsar os moradores do litoral porque estes tinham carros de ferro (carros de guerra de ferro).
Morte do Rei Saul de Israel
Em uma grande batalha os filisteus derrotaram os israelitas, mataram os filhos do rei Saul e como Saul já havia se suicidado, acharam seu corpo cortaram sua cabeça e mandaram ela e também as armas do rei através de mensageiros para o território filisteu a fim de darem as boas notícias ao seu povo para celebrarem a vitória. Os filisteus conquistaram o vale de Jezreel e ocuparam as cidades do vale.
I Crônicas 10.1-10: 1. Os filisteus lutaram contra os israelitas no monte Gilboa. Muitos israelitas foram mortos ali, e o resto fugiu. Entre os que fugiram estavam o rei Saul e os seus filhos. 2. Mas os filisteus os cercaram e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul. 3. A luta estava feroz em volta de Saul, que foi atingido por flechas inimigas e ficou muito ferido.
4. ...Então Saul pegou a sua própria espada e se jogou sobre ela.
6. E assim Saul e os seus três filhos morreram juntos, e nenhum dos seus descendentes se tornou rei. 7. Quando os israelitas que moravam no vale de Jeszeel souberam que o exército de Israel havia fugido e que Saul e os seus filhos tinham sido mortos, abandonaram as suas cidades e fugiram . Então os filisteus foram e ocuparam aquelas cidades. 8. Um dia depois da batalha, quando os filisteus voltaram lá para tirar dos mortos as coisas de valor, acharam os corpos de Saul e dos seus filhos caídos no monte Gilboa. 9. Então cortaram a cabeça de Saul e pegaram as armas dele. Depois mandaram mensageiros com elas para o território filisteu a fim de darem as boas notícias aos seus ídolos e ao povo.
10. Eles puseram as armas dele num dos seus templos e penduraram a sua cabeça no templo de Dagom, o deus deles.
O poder militar e econômico de suas cidades, Ashkelon, Gaza, Ashdod, Gate e Ekron, era incontestável, assim como sua cultura, que aos poucos deixou de lado a reprodução da arte micênica para se tornar uma espécie de amálgama cultural com as mais variadas influências. A cerâmica foi abandonando o estilo típico dos egeus para ganhar personalidade própria. As covas coletivas também foram deixadas de lado, substituídas pelos enterros individuais em esquifes de barro inspirados nos sarcófagos egípcios. Em Ekron, por exemplo, descoberta na década de 80 pela arqueóloga israelense Trude Dothan, enquanto as residências mais antigas ainda guardavam o hábito de construir grandes círculos no meio dos salões, uma espécie de lareira central cultivada em palácios micênicos, nas construções mais novas eles foram descartados.
Mas não foi só o mito da bárbarie dos filisteus que sucumbiu ao trabalho dos arqueólogos. Apesar da rivalidade enfatizada pela Bíblia, não são poucos os que acreditam que durante muito tempo filisteus e hebreus compartilharam uma intimidade desconcertante. Segundo o arqueólogo israelense Yigael Yadin, Sansão, o truculento juiz da tribo de dã uma das doze que constituíram Israel , era descendente dos Povos do Mar: os Filhos de Israel da Tribo de Dã, na verdade, seriam danunas, os mesmos dos relevos de Medinet Habu. Para Yadin, só isso explica certas atitudes da gente de Sansão: seu pai, por exemplo, permitiu que ele se casasse com uma filistéia, hábito impensável para outras tribos, e o próprio Sansão costumava assediar sem cerimônia as mulheres inimigas. Não só freqüentou uma prostituta de Gaza, como sucumbiu aos encantos de Dalila, agente filistéia. Nenhum outro hebreu jamais se atreveu a tanta confraternização. Assim como nenhum outro herói bíblico é reverenciado por sua virilidade ou dotes físicos como Sansão, que lembra mais um deus grego do que um pastor judeu. Como os danunas desapareceram sem deixar vestígios, Yadin acha que eles entraram em choque com os filisteus e migraram para o norte, fundando a cidade de Dan e aliando-se definitivamente a Israel.
O próprio Davi, que com sua vitória conquistou a mão da filha do rei Saul e se tornou rei de Israel, parece ter convivido intimamente com eles. Davi quando foi perseguido por Saul se refugiou na cidade de Gate com seus 600 guerreiros servindo como mercenário a Aquis governador de Gate.
SociedadeUma mudança radical na imagem dos filisteus, que a cada nova escavação desvenda aspectos desconhecidos de uma história escondida pelas terras áridas do deserto. Cidades bem organizadas, cercadas por muralhas sólidas e com áreas industriais e residenciais nitidamente separadas, prédios públicos e templos grandiosos, palácios no mais puro estilo arquitetônico micênico, são pouco a pouco reconstruídos nos sítios arqueológicos.
Engenharia
Os Filisteus destacaram-se na arte da construção naval, introduzindo grandes inovações tais como a âncora de pedra com braços de madeira, a vela móvel para as embarcações e o cesto da gávea.
Arquitetura
A arquitetura também pôde se beneficiar: até então, a construção fazia uso apenas de pedras brutas e tijolos. Os povos do mar trouxeram a técnica de esculpir grandes blocos rochosos. Além disso, desenvolveram e aperfeiçoaram o processamento de metais.
Indústria
Tinham uma grande força econômica: em quase todos os seus centros urbanos, restos de inúmeras oficinas denunciam uma atividade incessante.
Pequenas confecções e tinturarias foram encontradas em quantidade. Sua indústria cerâmica, capaz de criar peças sofisticadas, enfeitadas com desenhos de espirais, pássaros, animais e homens marcas registradas da cultura micênica , contrastava com a humilde arte dos israelitas, que na época ainda produziam vasos de barro cru. A fama de sua metalurgia, que os próprios textos bíblicos registram, também não era gratuita: forjas de bronze e adagas finamente acabadas, com cabo de marfim, fazem parte de seu legado.
Em XI a.C., as cidades filistéias floresceram e destacavam-se pelos espaços amplos e pelas generosas construções. Os templos, erguidos em veneração a Dagan, impressionavam pela vastidão de suas galerias, cujas pilastras sustentavam tetos semi-abertos. Em seu interior, ardiam fogos sagrados, e altares móveis, nichos e plataformas de oração guarneciam os locais de culto. Em Ashcalon, vinhos exóticos eram produzidos e exportados. Numerosas garrafas foram desenterradas no local, comprovando que os habitantes dessa cidade gostavam de consumir a bebida, além da tradicional cerveja. Ecron, por sua vez, alcançou fama nacional e talvez até internacional pela produção de outro líquido precioso: o óleo de oliva, que se destacou na época pela excepcional qualidade. As instalações para produzir azeite de oliva eram tão grandes que, pelos cálculos dos estudiosos, a produção média devia ultrapassar 1 milhão de litros por ano, um quinto do que Israel exporta atualmente.
Culinária
Seu cardápio incluía – além de boi, carneiro, aves e cabra – carne de porco, ingrediente culinário impensável para os hebreus e não encontrado nas montanhas vizinhas, habitadas pelos israelitas.
Religião
Os seus principais deuses eram Dagon, Baal-Zebub e Astarote.
Os filisteus não veneravam um único deus patriarcal mas uma grande quantidade de deuses e deusas.
Dagon
Dagom — Peixinho; diminuitivo de dag = peixe, o deus-peixe; Esse ídolo tinha o corpo de um peixe, a cabeça e os braços de um homem. Era uma deidade assíria-babilônia. Dagom teve origem na Babilônia.
Dagom representava a fertilidade, e a abundância na pesca. poderiam suprir seu povo com ouro e gemas preciosas, além de garantir fartura em sua principal atividade. a pesca. Em troca, sacrifícios humanos eram oferecidos de tempos em tempos aos "Profundos", em nome de Dagon.
Para veneração a Dagon, templos eram erguidos e impressionavam pela vastidão de suas galerias, cujas pilastras sustentavam tetos semi-abertos. Em seu interior, ardiam fogos sagrados, e altares móveis, nichos e plataformas de oração guarneciam os locais de culto.
Havia templos consagrados ao deus Dagom em Gaza e Asdode
Esse mesmo "deus" e seus templos de adoração são referenciados por diversas vezes no Antigo Testamento, em trechos de José e Samuel. O evento mais conhecido nas escrituras, é a destruição de um de seus templos por Sansão, em seu último ato.
Sacerdote de Dagom vestido com uma mitra espargindo água benta com uma mão e segurando uma vasilha de água na outra.
Dois sacerdotes de Dagom espargindo água benta enquanto olham para um símbolo egípcio da adoração ao sol.
A Dagon era oferecido os despojos das vitórias:
(Jz 16.23,24;) Os líderes dos filisteus se reuniram para oferecer um grande sacrifício a seu deus Dagom e para festejar. Comemorando sua vitória, diziam: “O nosso deus entregou o nosso inimigo Sansão em nossas mãos”. Quando o povo o viu, louvou o seu deus:“O nosso deus nos entregou o nosso inimigo, o devastador da nossa terra, aquele que multiplicava os nossos mortos…Por isso, até hoje, os sacerdotes de Dagom e todos os que entram em seu templo, em Asdode, não pisam na soleira.
Em certa época os filisteus, derrotaram Israel depois de uma grande batalha, e levaram a arca do concerto (arca da aliança).
Os filisteus a colocaram em um templo que era dedicado a Dagon, deus dos filisteus. Para os filisteus a arca tornou-se um grande problema. Por duas vezes a imagem de Dagon caiu durante a noite diante da arca o que constrangeu os filisteus que também tiveram milhares de pessoas com tumores e a terra deles fora tomada por ratos, sendo que o castigo só terminou depois que devolveram a arca para os israelitas.
Os filisteus concluíram que a arca era sagrada e nunca mais ousaram toma-la. (1 Sm 5.5,6)
(1 Cr 10.9-10) Então cortaram a cabeça de Saul e pegaram as armas dele. Depois mandaram mensageiros com elas para o território filisteu a fim de darem as boas notícias aos seus ídolos e ao povo.
Eles puseram as armas dele num dos seus templos e penduraram a sua cabeça no templo de Dagom, o deus deles.
Baal-Zebube
Deus Filisteu de Ecrom; (Ecrom – Era a mais setentrional ou mais ao norte, das cinco cidades pertencentes aos príncipes dos filisteus).
Havia ali um grande santuário de Baal. O ídolo de Baal que foi adorado era chamado Baal-Zebube (Dono das Moscas)
Era o deus responsável por livrar o povo da praga das moscas. Os cultos a baal eram os mais imorais possíveis, e dentre os ritos eram praticados entre outras coisas o culto a "prática sexual", por ser a responsável pela reprodução de seres vivos.
Astarote
Astarote, ou Astarte, com os seus crescentes, o era com a Lua, simbolizada pela vaca. o culto desta deusa veio dos caldeus para os cananeus. Era a deusa-mãe com aspectos de deusa da fertilidade, do amor e representando uma mulher despida, poder produtivo e da guerra. Entre os filisteus o seu culto era acompanhado de grande licenciosidade, em que os bosques representavam uma proeminente parte. As pombas eram-lhe consagradas.
O Gigante Golias
A provocação vinha de muitos dias. As tropas alinhadas frente a frente nas colinas de Judá não tinham se encorajado ao combate, mas o fanfarrão Golias não poupava os israelitas. Desde a derrota de Ebenezer, por volta de 1050 a.C., quando a Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus, os judeus vinham amargando seguidas humilhações para seus eternos rivais, e as bravatas do gigante Golias pareciam confirmar esse destino. Com quase 2 metros de altura, diariamente ele desafiava os guerreiros de Israel, sem jamais encontrar resposta. Um dia, porém, alguém resolveu aceitar o convite. Não um soldado, mas um jovem chamado Davi. Munido apenas com uma funda, o rapaz enfrentou o desafiante e conseguiu o que parecia impossível: a pedra lançada por sua arma atingiu a cabeça do gigante Golias, derrubando o mais bravo dos soldados filisteus e, com ele, o moral do seu exército.
Enquanto para os hebreus surgia ali um novo herói, o futuro rei que unificaria Israel e Judá, para os filisteus aquela pedrada certeira foi o início do fim. Com a derrota de Golias, começava o declínio da hegemonia em Canaã desse misterioso povo, que atravessou quase 3.000 anos de história condenado ao papel que a Bíblia lhe reservou: uma escória de bárbaros cruéis e mudos, sem direito a sua própria história, já que nenhum vestígio deles foi encontrado até a metade do século passado. Nas últimas décadas, no entanto, escavações arqueológicas em Israel revelaram outra face dos filisteus, bem mais fiel à realidade do que aquela pintada nas passagens bíblicas. Os vilões que subornaram Dalila para descobrir o segredo da força de Sansão, os ladrões que se apoderaram da Arca da Aliança e encontraram em Davi o seu algoz eram uma sociedade brilhante e desenvolvida, que durante muito tempo foi uma espécie de agente civilizatório da cultura grega micênica na região de Canaã.
Declínio e DesaparecimentoDavi, quando subiu ao poder, em 1006 a.C., não demonstrou condescendência com seus inimigos. A união de Judá e Israel fez do novo Estado israelita a grande potência regional, aniquilando o poderio filisteu: cidades como Qasile e Ekron foram transformadas em cinzas e as rotas comerciais do interior ficaram com os hebreus.
Além dos hebreus, os arameus, babilônios e assírios foram de igual importância para sua decadência. Os arameus, por exemplo, não mediram esforços para conquistar a cobiçada Gate e, no século IX a.C., chegaram a sitiá-la, escavando um poço com mais de seis metros de profundidade e sete de largura. Após ser tomada, a cidade nunca mais se recuperou da destruição, desaparecendo dos registros por volta do século VII a.C. A última menção a ela ocorre em 712 a.C., quando foi conquistada pelos assírios e obrigada a pagar pesados tributos ao rei Sargão II, que no mesmo período dobrou Ecron ao seu jugo. Ashdod já havia se tornado província assíria um ano antes.
Os filisteus, sobreviveram e, com a chegada dos assírios, conheceriam um novo período de apogeu: Ekron, depois de conquistada pelo rei Sargão II, em 712 a.C., foi promovida a capital da província assíria de Canaã e voltou a brilhar. Até que, 100 anos depois, o novo período de glória encontraria um fim trágico e definitivo. Ironicamente, compartilhado com os hebreus. Após a conquista de Israel e a destruição do templo de Jerusalém, em 586 a.C., Nabucodonosor dedicou-se a aniquilar a civilização filistéia. O Rei destruiu as cidades filistéias de Ashod, Askalon e Ekron (Gate já havia sido destruída no século IX a.C em guerras contra os Arameus). Elas foram arrasadas e queimadas pelas tropas de Nabucodonosor.
Invasão Babilônica
Com a chegada de Nabucodonosor, Ecron, Ashdod e Ashcalon, sofreram a derradeira destruição. As escavações testemunham o cenário de horror que se estabeleceu. Ashcalon, com suas ruas de comércio, templos e palácios, foi inteiramente incendiada. Nada nem ninguém foi poupado, e os sítios arqueológicos atestam a existência somente de escombros de guerra. Em Ecron, o fogo dos conquistadores ardeu com tamanha intensidade que arrebentou as pedras calcárias das construções. Nenhuma peça de cerâmica permaneceu inteira, comprovando a violência do assalto que se abateu como uma catástrofe natural sobre a cidade. Depois da completa destruição, os poucos moradores sobreviventes foram aprisionados e deportados para a Babilônia.
Os sobreviventes de todas elas também foram levados para o cativeiro da Babilônia, a milhares de quilômetros de distância de suas cidades destruídas.
Ao contrário de seus inimigos Hebreus, quando da queda do Império Babilônico pelos exércitos de Ciro, o grande da Pérsia, os Filisteus não retornaram às suas cidades. Elas ficaram abandonadas por muitos anos até serem novamente ocupadas por outros povos sob domínio do Império Persa (sobretudo Fenícios). Os Filisteus desapareceram da História. Um povo inteiro deixou de existir. Ainda se debate como e por quê isto aconteceu. Alguns acreditam que eles foram culturalmente assimilados durante a sua estadia na Babilônia. Como isto pode ocorrer em tão pouco tempo, levanta discussões interessantes entre historiadores e antropólogos.
Fontes: Superabril.com / História Viva / Wikipédia / Bíblia ( Nova tradução na linguagem de hoje e NVI).
Edição: Valter Pitta
A origem dos filisteus (do hebraico פְּלְשְׁתִּים plishtim) ainda hoje é motivo de controvérsias. Há polêmica até mesmo sobre o fato se se tratava de um único povo ou de uma confederação de povos que migraram do Mar Egeu para o leste do Mar Mediterrâneo no século XIII a.C..
Mapa da região de Israel, 830 A.e C.
Até o século passado, todo o resplendor da civilização filistéia era apenas mais um dos mistérios indecifráveis da história da humanidade. Quem eram os filisteus, de onde tinham vindo e por que desapareceram, ninguém sabia. Tudo que se conhecia estava no Velho Testamento. E só. Era certo que chegaram como invasores e ocuparam as terras de Canaã, desde a atual faixa de Gaza até o território onde hoje se encontra a capital israelense, Telavive. Especulava-se também que chegaram lá entre os séculos XIII e XII a.C., já que as primeiras referências a eles são do chamado período dos Juízes, quando os descendentes de Abraão ainda não passavam de grupos de pastores e a única unidade entre as tribos judaicas era a religião. No mais, a narrativa bíblica enfatizava o convívio tumultuado entre os dois povos, até que, no século VII a.C., eles simplesmente somem tanto das páginas da Bíblia, como de Canaã e da história.
No século XVIII, no entanto, graças ao enciclopedista francês Dom Calmet, surgiria a primeira tese plausível sobre a origem dos filisteus. Especialista na Bíblia, em Lingüística e profundo conhecedor da História greco-romana, Calmet dedicou a vida àquilo que esperava ser a enciclopédia definitiva sobre todo o conhecimento bíblico. Mas durante seu trabalho deparou um problema: como escrever um verbete sobre os filisteus, se os textos bíblicos eram extremamente vagos? As únicas pistas que encontrou foram referências a eles como habitantes de uma misteriosa ilha chamada Caphtor ou ainda como integrantes da desconhecida nação dos ceretitas.
Uma barreira aparentemente intransponível, não fosse uma pista reveladora. Consultando uma versão da Bíblia em grego do século II a.C., feita em Alexandria, no Egito, Calmet viu que nação dos ceretitas tinha sido traduzida como nação dos cretenses. Seriam os filisteus cretenses? Mais tarde, ele achou uma confirmação valiosa de sua desconfiança em documentos bizantinos do século VI: neles, Gaza, um dos grandes centros filisteus, era chamada Minoa em homenagem ao rei Minos de Creta, que teria visitado a cidade e lhe dera seu nome. Quando publicou, em 1720, sua enciclopédia, Calmet já não tinha mais nenhum tipo de dúvida: Caphtor virou Creta e os filisteus foram apresentados como imigrantes cretenses em Canaã.
Invasão ao Egito
Embora não passasse de uma engenhosa conjugação de textos, sem provas históricas, hoje se sabe que antes da controvertida tese de Calmet ninguém chegou tão perto da verdade sobre os filisteus. Mas foi preciso esperar 109 anos até que, definitivamente, essa relação entre os filisteus e o mundo grego da Idade do Bronze fosse confirmada. E, novamente por obra dos franceses, na famosa excursão de Napoleão Bonaparte ao Egito, em 1798, a mesma que levou para a Europa a Pedra da Roseta usada por Jean-François Cham-pollion para decifrar os hieróglifos. Impressionado com um mural esculpido nas paredes de um templo no sul do Egito, um artista chamado Dominique Vivant Donon resolveu reproduzir suas cenas: batalhas em terra e no mar entre egípcios e um estranho povo com cocares de penas; pelejas que durante muito tempo se acreditou serem parte de uma campanha do faraó Sesóstris na Índia, no século XX a.C.
Em 1829, Champollion em pessoa enterraria essa versão durante sua visita ao templo, chamado Medinet Habu, quando traduziu uma palavra-chave que mudou totalmente a história daqueles desenhos: filisteus. Os relevos de Tebas não tinham nada a ver com Sesóstris ou a Índia, mas, sim, retratavam a vitória, cerca de 800 anos depois, de Ramsés III contra uma tentativa de invasão dos chamados Povos do Mar, guerreiros provenientes do Mar Egeu. Entre eles, os filisteus.
Nas paredes construídas por Ramsés III, hieroglifos recontam as disputas do século XII a.C.
Em Medinet Habu, o faraó perpetuou sua suposta vitória sobre os povos do mar.
A saga de Ramsés eternizada nas paredes de Medinet Habu é o marco da redescoberta da história filistéia e, atualmente, poucos duvidam de que o fracasso no Egito seja a origem da colonização de Canaã pelos Povos do Mar além dos filisteus, também se estabeleceram lá pelo menos mais três deles, os sardanas, os sicalaias e os danunas, todos presentes na tentativa de invasão do Império do Nilo. Foi provavelmente a serviço do faraó vitorioso que eles chegaram à terra dos cananeus. Na época, Ramsés enfrentava dificuldades para manter o controle de suas posses na região e pode ter enviado os prisioneiros de guerra, na condição de mercenários, para garantir a defesa de suas cidades. Além disso, quando tentaram entrar no Egito, os guerreiros do mar não vinham sozinhos, mas traziam mulheres e crianças: para muitos historiadores, a presença das famílias é uma prova de que o ataque aconteceu como uma migração em massa, após a destruição de Tróia. É quase certo que os Povos do Mar lutaram como aliados dos troianos e foram obrigados a fugir com a vitória dos atenienses e espartanos, novos senhores da Grécia e do Egeu, que ergueram seus domínios sobre as cinzas de potências micênicas como Creta, Chipre, Tróia e Micenas.
Daí em diante, tudo o que se sabe sobre os filisteus se deve ao trabalho de arqueólogos, que a partir da metade do século passado se empenharam em recuperar a memória dos filisteus e de todo o mundo micênico, desenterrando achados sensacionais como Tróia, o palácio de Cnossos em Creta e a própria cidade de Micenas. No caso da Palestina nome da região vem da transliteração hebraica de Philistia , o declínio da influência egípcia transformaria os filisteus em seus herdeiros naturais como senhores da região.
Uma Poderosa Civilização
Durante a fase dos Juízes, eles reinaram absolutos.
Juízes 1.18: Eles não tomaram Gaza, Asquelom e Ecrom e os seus territórios vizinhos. O Senhor Deus ajudou o povo de Judá, e eles conquistaram a região das montanhas. Mas não puderam expulsar os moradores do litoral porque estes tinham carros de ferro (carros de guerra de ferro).
Morte do Rei Saul de Israel
Em uma grande batalha os filisteus derrotaram os israelitas, mataram os filhos do rei Saul e como Saul já havia se suicidado, acharam seu corpo cortaram sua cabeça e mandaram ela e também as armas do rei através de mensageiros para o território filisteu a fim de darem as boas notícias ao seu povo para celebrarem a vitória. Os filisteus conquistaram o vale de Jezreel e ocuparam as cidades do vale.
I Crônicas 10.1-10: 1. Os filisteus lutaram contra os israelitas no monte Gilboa. Muitos israelitas foram mortos ali, e o resto fugiu. Entre os que fugiram estavam o rei Saul e os seus filhos. 2. Mas os filisteus os cercaram e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul. 3. A luta estava feroz em volta de Saul, que foi atingido por flechas inimigas e ficou muito ferido.
4. ...Então Saul pegou a sua própria espada e se jogou sobre ela.
6. E assim Saul e os seus três filhos morreram juntos, e nenhum dos seus descendentes se tornou rei. 7. Quando os israelitas que moravam no vale de Jeszeel souberam que o exército de Israel havia fugido e que Saul e os seus filhos tinham sido mortos, abandonaram as suas cidades e fugiram . Então os filisteus foram e ocuparam aquelas cidades. 8. Um dia depois da batalha, quando os filisteus voltaram lá para tirar dos mortos as coisas de valor, acharam os corpos de Saul e dos seus filhos caídos no monte Gilboa. 9. Então cortaram a cabeça de Saul e pegaram as armas dele. Depois mandaram mensageiros com elas para o território filisteu a fim de darem as boas notícias aos seus ídolos e ao povo.
10. Eles puseram as armas dele num dos seus templos e penduraram a sua cabeça no templo de Dagom, o deus deles.
O poder militar e econômico de suas cidades, Ashkelon, Gaza, Ashdod, Gate e Ekron, era incontestável, assim como sua cultura, que aos poucos deixou de lado a reprodução da arte micênica para se tornar uma espécie de amálgama cultural com as mais variadas influências. A cerâmica foi abandonando o estilo típico dos egeus para ganhar personalidade própria. As covas coletivas também foram deixadas de lado, substituídas pelos enterros individuais em esquifes de barro inspirados nos sarcófagos egípcios. Em Ekron, por exemplo, descoberta na década de 80 pela arqueóloga israelense Trude Dothan, enquanto as residências mais antigas ainda guardavam o hábito de construir grandes círculos no meio dos salões, uma espécie de lareira central cultivada em palácios micênicos, nas construções mais novas eles foram descartados.
Mas não foi só o mito da bárbarie dos filisteus que sucumbiu ao trabalho dos arqueólogos. Apesar da rivalidade enfatizada pela Bíblia, não são poucos os que acreditam que durante muito tempo filisteus e hebreus compartilharam uma intimidade desconcertante. Segundo o arqueólogo israelense Yigael Yadin, Sansão, o truculento juiz da tribo de dã uma das doze que constituíram Israel , era descendente dos Povos do Mar: os Filhos de Israel da Tribo de Dã, na verdade, seriam danunas, os mesmos dos relevos de Medinet Habu. Para Yadin, só isso explica certas atitudes da gente de Sansão: seu pai, por exemplo, permitiu que ele se casasse com uma filistéia, hábito impensável para outras tribos, e o próprio Sansão costumava assediar sem cerimônia as mulheres inimigas. Não só freqüentou uma prostituta de Gaza, como sucumbiu aos encantos de Dalila, agente filistéia. Nenhum outro hebreu jamais se atreveu a tanta confraternização. Assim como nenhum outro herói bíblico é reverenciado por sua virilidade ou dotes físicos como Sansão, que lembra mais um deus grego do que um pastor judeu. Como os danunas desapareceram sem deixar vestígios, Yadin acha que eles entraram em choque com os filisteus e migraram para o norte, fundando a cidade de Dan e aliando-se definitivamente a Israel.
O próprio Davi, que com sua vitória conquistou a mão da filha do rei Saul e se tornou rei de Israel, parece ter convivido intimamente com eles. Davi quando foi perseguido por Saul se refugiou na cidade de Gate com seus 600 guerreiros servindo como mercenário a Aquis governador de Gate.
SociedadeUma mudança radical na imagem dos filisteus, que a cada nova escavação desvenda aspectos desconhecidos de uma história escondida pelas terras áridas do deserto. Cidades bem organizadas, cercadas por muralhas sólidas e com áreas industriais e residenciais nitidamente separadas, prédios públicos e templos grandiosos, palácios no mais puro estilo arquitetônico micênico, são pouco a pouco reconstruídos nos sítios arqueológicos.
Engenharia
Os Filisteus destacaram-se na arte da construção naval, introduzindo grandes inovações tais como a âncora de pedra com braços de madeira, a vela móvel para as embarcações e o cesto da gávea.
Arquitetura
A arquitetura também pôde se beneficiar: até então, a construção fazia uso apenas de pedras brutas e tijolos. Os povos do mar trouxeram a técnica de esculpir grandes blocos rochosos. Além disso, desenvolveram e aperfeiçoaram o processamento de metais.
Indústria
Tinham uma grande força econômica: em quase todos os seus centros urbanos, restos de inúmeras oficinas denunciam uma atividade incessante.
Pequenas confecções e tinturarias foram encontradas em quantidade. Sua indústria cerâmica, capaz de criar peças sofisticadas, enfeitadas com desenhos de espirais, pássaros, animais e homens marcas registradas da cultura micênica , contrastava com a humilde arte dos israelitas, que na época ainda produziam vasos de barro cru. A fama de sua metalurgia, que os próprios textos bíblicos registram, também não era gratuita: forjas de bronze e adagas finamente acabadas, com cabo de marfim, fazem parte de seu legado.
Em XI a.C., as cidades filistéias floresceram e destacavam-se pelos espaços amplos e pelas generosas construções. Os templos, erguidos em veneração a Dagan, impressionavam pela vastidão de suas galerias, cujas pilastras sustentavam tetos semi-abertos. Em seu interior, ardiam fogos sagrados, e altares móveis, nichos e plataformas de oração guarneciam os locais de culto. Em Ashcalon, vinhos exóticos eram produzidos e exportados. Numerosas garrafas foram desenterradas no local, comprovando que os habitantes dessa cidade gostavam de consumir a bebida, além da tradicional cerveja. Ecron, por sua vez, alcançou fama nacional e talvez até internacional pela produção de outro líquido precioso: o óleo de oliva, que se destacou na época pela excepcional qualidade. As instalações para produzir azeite de oliva eram tão grandes que, pelos cálculos dos estudiosos, a produção média devia ultrapassar 1 milhão de litros por ano, um quinto do que Israel exporta atualmente.
Culinária
Seu cardápio incluía – além de boi, carneiro, aves e cabra – carne de porco, ingrediente culinário impensável para os hebreus e não encontrado nas montanhas vizinhas, habitadas pelos israelitas.
Religião
Os seus principais deuses eram Dagon, Baal-Zebub e Astarote.
Os filisteus não veneravam um único deus patriarcal mas uma grande quantidade de deuses e deusas.
Dagon
Dagom — Peixinho; diminuitivo de dag = peixe, o deus-peixe; Esse ídolo tinha o corpo de um peixe, a cabeça e os braços de um homem. Era uma deidade assíria-babilônia. Dagom teve origem na Babilônia.
Dagom representava a fertilidade, e a abundância na pesca. poderiam suprir seu povo com ouro e gemas preciosas, além de garantir fartura em sua principal atividade. a pesca. Em troca, sacrifícios humanos eram oferecidos de tempos em tempos aos "Profundos", em nome de Dagon.
Para veneração a Dagon, templos eram erguidos e impressionavam pela vastidão de suas galerias, cujas pilastras sustentavam tetos semi-abertos. Em seu interior, ardiam fogos sagrados, e altares móveis, nichos e plataformas de oração guarneciam os locais de culto.
Havia templos consagrados ao deus Dagom em Gaza e Asdode
Esse mesmo "deus" e seus templos de adoração são referenciados por diversas vezes no Antigo Testamento, em trechos de José e Samuel. O evento mais conhecido nas escrituras, é a destruição de um de seus templos por Sansão, em seu último ato.
Sacerdote de Dagom vestido com uma mitra espargindo água benta com uma mão e segurando uma vasilha de água na outra.
Dois sacerdotes de Dagom espargindo água benta enquanto olham para um símbolo egípcio da adoração ao sol.
A Dagon era oferecido os despojos das vitórias:
(Jz 16.23,24;) Os líderes dos filisteus se reuniram para oferecer um grande sacrifício a seu deus Dagom e para festejar. Comemorando sua vitória, diziam: “O nosso deus entregou o nosso inimigo Sansão em nossas mãos”. Quando o povo o viu, louvou o seu deus:“O nosso deus nos entregou o nosso inimigo, o devastador da nossa terra, aquele que multiplicava os nossos mortos…Por isso, até hoje, os sacerdotes de Dagom e todos os que entram em seu templo, em Asdode, não pisam na soleira.
Em certa época os filisteus, derrotaram Israel depois de uma grande batalha, e levaram a arca do concerto (arca da aliança).
Os filisteus a colocaram em um templo que era dedicado a Dagon, deus dos filisteus. Para os filisteus a arca tornou-se um grande problema. Por duas vezes a imagem de Dagon caiu durante a noite diante da arca o que constrangeu os filisteus que também tiveram milhares de pessoas com tumores e a terra deles fora tomada por ratos, sendo que o castigo só terminou depois que devolveram a arca para os israelitas.
Os filisteus concluíram que a arca era sagrada e nunca mais ousaram toma-la. (1 Sm 5.5,6)
(1 Cr 10.9-10) Então cortaram a cabeça de Saul e pegaram as armas dele. Depois mandaram mensageiros com elas para o território filisteu a fim de darem as boas notícias aos seus ídolos e ao povo.
Eles puseram as armas dele num dos seus templos e penduraram a sua cabeça no templo de Dagom, o deus deles.
Baal-Zebube
Deus Filisteu de Ecrom; (Ecrom – Era a mais setentrional ou mais ao norte, das cinco cidades pertencentes aos príncipes dos filisteus).
Havia ali um grande santuário de Baal. O ídolo de Baal que foi adorado era chamado Baal-Zebube (Dono das Moscas)
Era o deus responsável por livrar o povo da praga das moscas. Os cultos a baal eram os mais imorais possíveis, e dentre os ritos eram praticados entre outras coisas o culto a "prática sexual", por ser a responsável pela reprodução de seres vivos.
Astarote
Astarote, ou Astarte, com os seus crescentes, o era com a Lua, simbolizada pela vaca. o culto desta deusa veio dos caldeus para os cananeus. Era a deusa-mãe com aspectos de deusa da fertilidade, do amor e representando uma mulher despida, poder produtivo e da guerra. Entre os filisteus o seu culto era acompanhado de grande licenciosidade, em que os bosques representavam uma proeminente parte. As pombas eram-lhe consagradas.
O Gigante Golias
A provocação vinha de muitos dias. As tropas alinhadas frente a frente nas colinas de Judá não tinham se encorajado ao combate, mas o fanfarrão Golias não poupava os israelitas. Desde a derrota de Ebenezer, por volta de 1050 a.C., quando a Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus, os judeus vinham amargando seguidas humilhações para seus eternos rivais, e as bravatas do gigante Golias pareciam confirmar esse destino. Com quase 2 metros de altura, diariamente ele desafiava os guerreiros de Israel, sem jamais encontrar resposta. Um dia, porém, alguém resolveu aceitar o convite. Não um soldado, mas um jovem chamado Davi. Munido apenas com uma funda, o rapaz enfrentou o desafiante e conseguiu o que parecia impossível: a pedra lançada por sua arma atingiu a cabeça do gigante Golias, derrubando o mais bravo dos soldados filisteus e, com ele, o moral do seu exército.
Enquanto para os hebreus surgia ali um novo herói, o futuro rei que unificaria Israel e Judá, para os filisteus aquela pedrada certeira foi o início do fim. Com a derrota de Golias, começava o declínio da hegemonia em Canaã desse misterioso povo, que atravessou quase 3.000 anos de história condenado ao papel que a Bíblia lhe reservou: uma escória de bárbaros cruéis e mudos, sem direito a sua própria história, já que nenhum vestígio deles foi encontrado até a metade do século passado. Nas últimas décadas, no entanto, escavações arqueológicas em Israel revelaram outra face dos filisteus, bem mais fiel à realidade do que aquela pintada nas passagens bíblicas. Os vilões que subornaram Dalila para descobrir o segredo da força de Sansão, os ladrões que se apoderaram da Arca da Aliança e encontraram em Davi o seu algoz eram uma sociedade brilhante e desenvolvida, que durante muito tempo foi uma espécie de agente civilizatório da cultura grega micênica na região de Canaã.
Declínio e DesaparecimentoDavi, quando subiu ao poder, em 1006 a.C., não demonstrou condescendência com seus inimigos. A união de Judá e Israel fez do novo Estado israelita a grande potência regional, aniquilando o poderio filisteu: cidades como Qasile e Ekron foram transformadas em cinzas e as rotas comerciais do interior ficaram com os hebreus.
Além dos hebreus, os arameus, babilônios e assírios foram de igual importância para sua decadência. Os arameus, por exemplo, não mediram esforços para conquistar a cobiçada Gate e, no século IX a.C., chegaram a sitiá-la, escavando um poço com mais de seis metros de profundidade e sete de largura. Após ser tomada, a cidade nunca mais se recuperou da destruição, desaparecendo dos registros por volta do século VII a.C. A última menção a ela ocorre em 712 a.C., quando foi conquistada pelos assírios e obrigada a pagar pesados tributos ao rei Sargão II, que no mesmo período dobrou Ecron ao seu jugo. Ashdod já havia se tornado província assíria um ano antes.
Os filisteus, sobreviveram e, com a chegada dos assírios, conheceriam um novo período de apogeu: Ekron, depois de conquistada pelo rei Sargão II, em 712 a.C., foi promovida a capital da província assíria de Canaã e voltou a brilhar. Até que, 100 anos depois, o novo período de glória encontraria um fim trágico e definitivo. Ironicamente, compartilhado com os hebreus. Após a conquista de Israel e a destruição do templo de Jerusalém, em 586 a.C., Nabucodonosor dedicou-se a aniquilar a civilização filistéia. O Rei destruiu as cidades filistéias de Ashod, Askalon e Ekron (Gate já havia sido destruída no século IX a.C em guerras contra os Arameus). Elas foram arrasadas e queimadas pelas tropas de Nabucodonosor.
Invasão Babilônica
Com a chegada de Nabucodonosor, Ecron, Ashdod e Ashcalon, sofreram a derradeira destruição. As escavações testemunham o cenário de horror que se estabeleceu. Ashcalon, com suas ruas de comércio, templos e palácios, foi inteiramente incendiada. Nada nem ninguém foi poupado, e os sítios arqueológicos atestam a existência somente de escombros de guerra. Em Ecron, o fogo dos conquistadores ardeu com tamanha intensidade que arrebentou as pedras calcárias das construções. Nenhuma peça de cerâmica permaneceu inteira, comprovando a violência do assalto que se abateu como uma catástrofe natural sobre a cidade. Depois da completa destruição, os poucos moradores sobreviventes foram aprisionados e deportados para a Babilônia.
Os sobreviventes de todas elas também foram levados para o cativeiro da Babilônia, a milhares de quilômetros de distância de suas cidades destruídas.
Ao contrário de seus inimigos Hebreus, quando da queda do Império Babilônico pelos exércitos de Ciro, o grande da Pérsia, os Filisteus não retornaram às suas cidades. Elas ficaram abandonadas por muitos anos até serem novamente ocupadas por outros povos sob domínio do Império Persa (sobretudo Fenícios). Os Filisteus desapareceram da História. Um povo inteiro deixou de existir. Ainda se debate como e por quê isto aconteceu. Alguns acreditam que eles foram culturalmente assimilados durante a sua estadia na Babilônia. Como isto pode ocorrer em tão pouco tempo, levanta discussões interessantes entre historiadores e antropólogos.
Fontes: Superabril.com / História Viva / Wikipédia / Bíblia ( Nova tradução na linguagem de hoje e NVI).
Edição: Valter Pitta
quarta-feira, 25 de março de 2015
NEGROS NA TORÁH!
NEGROS NA TORÁH!
NEGROS fazem parte da TORÁH ou mesmo do povo judeu!
OS NEGROS, AS ESCRITURAS E O JUDAÍSMO.
Por conta disso, cito abaixo alguns trechos (sei que existem muitos outros) onde podemos ver pessoas NEGRAS que marcaram a HISTORIA DE ISRAEL e portanto não podem ser ignorados.
Estou ciente de que existem por certo muitos outros, mas estou citando apenas alguns para que o assunto seja discutido!
-----------------------------------------------
Um africano, funcionário do rei (seu nome, Ebed-Melec, significa "ministro do rei"), liderou um movimento para libertar Jeremias (Jr 38,1-13).
Agora pergunto... quantas vezes você se lembra de ter estudado este texto, dando atenção a este "detalhe"?
-----------------------------------------------
Na verdade, quase toda a história do êxodo se passa na África.
Uma simples leitura do Canto de Miriã (Ex 15,19-21), com certeza um dos textos mais antigos de toda a Bíblia, nos permite notar a proximidade da cena com a rica cultura dos povos negros: canto e dança ao redor dos tambores.
Você já parou para pensar nisso?
-----------------------------------------------
Um escravo negro (cuxita) foi o mensageiro escolhido para levar a Davi a notícia da morte de seu filho e adversário, Absalão (28m 18.21-32).
Um escravo ou um mercenário negro, por ser um estrangeiro foi, talvez por isso, preferido pelo comandante Joab, para levar ao rei a trágica notícia.
-----------------------------------------------
Depois de ter lido em público os oráculos de denúncia e ameaça do profeta Jeremias, Baruque, seu secretário, foi intimado a comparecer diante dos grandes de Judá, levando-lhes o rolo (Jr 36.1- 26).
O mensageiro enviado para convocar Baruque foi Jeudi, bisneto de um negro.
-----------------------------------------------
Avraham com seu primeiro filho, Ismael, nasceu de sua relação com Agar, escrava egípcia, camita, portanto, negra, visto como Gn 10.6 e lCr 1.8 colocam Etiópia, Egito, Líbia e Canaã como filhos de Cam.
D'us sustentou, no deserto, essa mulher negra e seu filho e, mais ainda, concedeu-lhe o privilégio de uma teofania, isto é, apareceu diante dela e lhe falou (Gn 16.1-16; 17.23-27; 21.8-21).
Através de Ismael, Agar se tornou a matriarca de numerosos povos beduínos que habitavam o sul da Palestina.
-----------------------------------------------
Moisés, o líder máximo do povo de D'us, grande profeta, que também teve o privilégio de ser considerado, como Avraham, um amigo de D'us. Homem ímpar, de quem se diz: “Nunca mais surgiu em Israel profeta semelhante a Moshe” (Dt 34.10-12).
Suas esposas :
1- Uma midianita (Ex 2.16-22; 3.1; 4.24-26; 18.1; Nm 10.29).
2- Outra, uma origem quenita (Jz 1.16; 4.11).
3- Outra era uma cuxita (etíope, negra; Nm 12.1).
Todas eram de fora de Israel, portanto casamentos mistos com esposas estrangeiras.
(Há quem tente defender dizendo que as 3 eram uma unica pessoa, mas os textos acima não indicam isso).
Conclui-se, então, que não há nenhuma recusa contra o fato, que é aceito, portanto, como normal, de que o fundador e legislador do povo de Israel, -- o homem com quem D'us falava "face a face", a quem colocara “como responsável” por todo o seu povo, -- o fato de que Moshé teve como esposa uma cuxita, uma mulher etíope, uma mulher negra.
Moshé, conta-nos Nm 12, casou-se com uma africana, da região de Cush - Etiópia.
E não era judia!
E se fossemos seguir as besteiras que falam hoje, então os filhos de Moshe não seriam judeus, mas goym.
-----------------------------------------------
Shlomo foi, o mais sábio, o mais rico e o mais famoso dos reis de Israel, e construtor do primeiro templo de Jerusalém.
Foi casado com a filha de um faraó da 2º dinastia, o faraó Shishak (cerca de 945-924 A.E.C.), pertencente a uma dinastia de famosos mercadores. Essa egípcia era a mais importante das rainhas-esposas. Seu pai tomou a cidade de Guézer dos canaanitas e deu-a como dote à filha, à esposa camita, à rainha-esposa negra de Shlomo (1Rs 3.1; 9.16; 11.1)
-----------------------------------------------
DEPOIS DISSO TUDO, AINDA TEMOS QUE OUVIR TOLICES DE TRADIÇÕES DE HOMENS QUE TENTAM IMPOR LEIS QUE AGRADAM SOMENTE A SEUS OUVIDOS E ENTRETANTO NÃO ESTÃO NA TORÁ, ONDE JUDEUS SEJAM FILHOS DE MÃES JUDIAS E NÃO DOS PAIS...
ENTÃO QUE SE RASGUEM DAS ESCRITURAS OS FILHOS DE MOSHÉ, AVRAHAM E SHOLOMOM!
NEGROS fazem parte da TORÁH ou mesmo do povo judeu!
OS NEGROS, AS ESCRITURAS E O JUDAÍSMO.
Por conta disso, cito abaixo alguns trechos (sei que existem muitos outros) onde podemos ver pessoas NEGRAS que marcaram a HISTORIA DE ISRAEL e portanto não podem ser ignorados.
Estou ciente de que existem por certo muitos outros, mas estou citando apenas alguns para que o assunto seja discutido!
-----------------------------------------------
Um africano, funcionário do rei (seu nome, Ebed-Melec, significa "ministro do rei"), liderou um movimento para libertar Jeremias (Jr 38,1-13).
Agora pergunto... quantas vezes você se lembra de ter estudado este texto, dando atenção a este "detalhe"?
-----------------------------------------------
Na verdade, quase toda a história do êxodo se passa na África.
Uma simples leitura do Canto de Miriã (Ex 15,19-21), com certeza um dos textos mais antigos de toda a Bíblia, nos permite notar a proximidade da cena com a rica cultura dos povos negros: canto e dança ao redor dos tambores.
Você já parou para pensar nisso?
-----------------------------------------------
Um escravo negro (cuxita) foi o mensageiro escolhido para levar a Davi a notícia da morte de seu filho e adversário, Absalão (28m 18.21-32).
Um escravo ou um mercenário negro, por ser um estrangeiro foi, talvez por isso, preferido pelo comandante Joab, para levar ao rei a trágica notícia.
-----------------------------------------------
Depois de ter lido em público os oráculos de denúncia e ameaça do profeta Jeremias, Baruque, seu secretário, foi intimado a comparecer diante dos grandes de Judá, levando-lhes o rolo (Jr 36.1- 26).
O mensageiro enviado para convocar Baruque foi Jeudi, bisneto de um negro.
-----------------------------------------------
Avraham com seu primeiro filho, Ismael, nasceu de sua relação com Agar, escrava egípcia, camita, portanto, negra, visto como Gn 10.6 e lCr 1.8 colocam Etiópia, Egito, Líbia e Canaã como filhos de Cam.
D'us sustentou, no deserto, essa mulher negra e seu filho e, mais ainda, concedeu-lhe o privilégio de uma teofania, isto é, apareceu diante dela e lhe falou (Gn 16.1-16; 17.23-27; 21.8-21).
Através de Ismael, Agar se tornou a matriarca de numerosos povos beduínos que habitavam o sul da Palestina.
-----------------------------------------------
Moisés, o líder máximo do povo de D'us, grande profeta, que também teve o privilégio de ser considerado, como Avraham, um amigo de D'us. Homem ímpar, de quem se diz: “Nunca mais surgiu em Israel profeta semelhante a Moshe” (Dt 34.10-12).
Suas esposas :
1- Uma midianita (Ex 2.16-22; 3.1; 4.24-26; 18.1; Nm 10.29).
2- Outra, uma origem quenita (Jz 1.16; 4.11).
3- Outra era uma cuxita (etíope, negra; Nm 12.1).
Todas eram de fora de Israel, portanto casamentos mistos com esposas estrangeiras.
(Há quem tente defender dizendo que as 3 eram uma unica pessoa, mas os textos acima não indicam isso).
Conclui-se, então, que não há nenhuma recusa contra o fato, que é aceito, portanto, como normal, de que o fundador e legislador do povo de Israel, -- o homem com quem D'us falava "face a face", a quem colocara “como responsável” por todo o seu povo, -- o fato de que Moshé teve como esposa uma cuxita, uma mulher etíope, uma mulher negra.
Moshé, conta-nos Nm 12, casou-se com uma africana, da região de Cush - Etiópia.
E não era judia!
E se fossemos seguir as besteiras que falam hoje, então os filhos de Moshe não seriam judeus, mas goym.
-----------------------------------------------
Shlomo foi, o mais sábio, o mais rico e o mais famoso dos reis de Israel, e construtor do primeiro templo de Jerusalém.
Foi casado com a filha de um faraó da 2º dinastia, o faraó Shishak (cerca de 945-924 A.E.C.), pertencente a uma dinastia de famosos mercadores. Essa egípcia era a mais importante das rainhas-esposas. Seu pai tomou a cidade de Guézer dos canaanitas e deu-a como dote à filha, à esposa camita, à rainha-esposa negra de Shlomo (1Rs 3.1; 9.16; 11.1)
-----------------------------------------------
DEPOIS DISSO TUDO, AINDA TEMOS QUE OUVIR TOLICES DE TRADIÇÕES DE HOMENS QUE TENTAM IMPOR LEIS QUE AGRADAM SOMENTE A SEUS OUVIDOS E ENTRETANTO NÃO ESTÃO NA TORÁ, ONDE JUDEUS SEJAM FILHOS DE MÃES JUDIAS E NÃO DOS PAIS...
ENTÃO QUE SE RASGUEM DAS ESCRITURAS OS FILHOS DE MOSHÉ, AVRAHAM E SHOLOMOM!
Cada Judeu é uma Letra:
Cada Judeu é uma Letra:
Lemos sobre o censo que D-us ordenou a Moshê após a construção do Mishcán. Foram contados mais de 600.000 homens acima de vinte anos entre os B’nei Israel. Segundo nossos Hhachamim, estas 600.000 pessoas correspondem às 600.000 letras da Torah. Contudo, se contarmos o número exato de letras na Torah, obteremos um número consideravelmente menor que 600.000... Assim, o que nossos Sábios quiseram dizer com aquela declaração é que cada alma judia possui uma conexão inerente com a Torah, já que ela se origina da mesma fonte espiritual que a Torah. Cada letra da Torah é sagrada,
repleta de significado e relevância! Da mesma forma, cada Judeu, independente de seu conhecimento e nível atual de observância, possui uma alma sagrada e preciosa.
*Sem esquecer também quando Adam peca sua alma e esmigalhada em 600.000mil almas que já leu sobre este assunto sabe do que falo.
Os Rabbis do Talmud eram conhecidos como “Soferim”, que literalmente significa “contadores”. Eles haviam alcançado um tal nível de sabedoria que eles podiam “contar” – i.e. revelar o significado pleno – de cada letra da Torah. De fato, diz-se que Rabbi Akiba era capaz de determinar Halachot baseado nas coroas decorativas que são afixadas nas letras da Torah. Em torno de cada letra, e mesmo em seu formato particular, existe um vasto tesouro de informação e profundidade! É por isso que D-us ordenou Moshê que contasse pessoalmente a nação.
Esta “contagem” envolvia mais que apenas enumerar os indivíduos; ela implicava a identificação da fonte espiritual de cada Judeu, descobrindo a “letra” ou aspecto da Torah a que correspondia cada alma judia. E tal missão requeria o engajamento de um profeta da estatura de Moshê Rabenu, o qual era capaz de reconhecer a qualidade sagrada e especial de cada membro dos B’nei Israel.
Da noção de que cada alma judia corresponde a uma “letra” da Torah, algumas importantes lições são derivadas...
Primeiro, que devemos tratar a todos os Judeus com o mesmo respeito e reverência que dedicamos a um Sefer Torah, tendo em mente o inestimável valor espiritual da alma de cada pessoa. Paralelamente, devemos direcionar esta noção à postura que temos com relação a nós mesmos, não nos permitindo realizar algum ato ou ir a algum local que não seja apropriado a um Sefer Torah.
Em tudo o que fazemos, devemos reconhecer a alma sagrada que temos e tratá-la com extremo respeito, dignidade e reverência.
(Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Lemos sobre o censo que D-us ordenou a Moshê após a construção do Mishcán. Foram contados mais de 600.000 homens acima de vinte anos entre os B’nei Israel. Segundo nossos Hhachamim, estas 600.000 pessoas correspondem às 600.000 letras da Torah. Contudo, se contarmos o número exato de letras na Torah, obteremos um número consideravelmente menor que 600.000... Assim, o que nossos Sábios quiseram dizer com aquela declaração é que cada alma judia possui uma conexão inerente com a Torah, já que ela se origina da mesma fonte espiritual que a Torah. Cada letra da Torah é sagrada,
repleta de significado e relevância! Da mesma forma, cada Judeu, independente de seu conhecimento e nível atual de observância, possui uma alma sagrada e preciosa.
*Sem esquecer também quando Adam peca sua alma e esmigalhada em 600.000mil almas que já leu sobre este assunto sabe do que falo.
Os Rabbis do Talmud eram conhecidos como “Soferim”, que literalmente significa “contadores”. Eles haviam alcançado um tal nível de sabedoria que eles podiam “contar” – i.e. revelar o significado pleno – de cada letra da Torah. De fato, diz-se que Rabbi Akiba era capaz de determinar Halachot baseado nas coroas decorativas que são afixadas nas letras da Torah. Em torno de cada letra, e mesmo em seu formato particular, existe um vasto tesouro de informação e profundidade! É por isso que D-us ordenou Moshê que contasse pessoalmente a nação.
Esta “contagem” envolvia mais que apenas enumerar os indivíduos; ela implicava a identificação da fonte espiritual de cada Judeu, descobrindo a “letra” ou aspecto da Torah a que correspondia cada alma judia. E tal missão requeria o engajamento de um profeta da estatura de Moshê Rabenu, o qual era capaz de reconhecer a qualidade sagrada e especial de cada membro dos B’nei Israel.
Da noção de que cada alma judia corresponde a uma “letra” da Torah, algumas importantes lições são derivadas...
Primeiro, que devemos tratar a todos os Judeus com o mesmo respeito e reverência que dedicamos a um Sefer Torah, tendo em mente o inestimável valor espiritual da alma de cada pessoa. Paralelamente, devemos direcionar esta noção à postura que temos com relação a nós mesmos, não nos permitindo realizar algum ato ou ir a algum local que não seja apropriado a um Sefer Torah.
Em tudo o que fazemos, devemos reconhecer a alma sagrada que temos e tratá-la com extremo respeito, dignidade e reverência.
(Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
quinta-feira, 19 de março de 2015
Os Anussim e a Halakhá Por Sha’ul Bentsion
Os Anussim e a Halakhá
Por Sha’ul Bentsion
I - Introdução
Este artigo é motivado por uma pergunta que chegou até o autor deste material: O que a halakhá diz sobre os Anussim?
A pergunta veio acompanhada de outras: É verdade que, por que seus pais se converteram, eles deixaram de ser judeus? O que devem fazer? Devem buscar
conversão?
Entre outras tantas.
Muito tem sido dito sobre este tema Anussim. Contudo, qualquer coisa que seja dita, precisa ser comprovada. Quem afirma qualquer coisa tem, no mínimo, a incumbência de provar.
O autor deste material se sente à vontade para se aprofundar na questão, visto que é de família Ashkenazi, não tem nem deseja ter qualquer ganho pessoal ou retorno financeiro com a questão (algo que, aliás, a halakhá proíbe), e, portanto, não tem qualquer motivação pessoal, que não seja estritamente a observância da halakhá e o desejo de ver todos os judeus fazerem teshuvá.
O autor também não gosta de, nem se envolve com, questões políticas, e portanto apresentará aqui a halakhá independente de quem se agradará ou se desagradará da verdade.
Para que não haja nenhuma dúvida, será aqui apresentada a halakhá a respeito do tema, tal qual codificada por Rambam (Maimônides).
Deve-se ressaltar que o que será apresentado aqui não é a opinião pessoal de Rambam, mas sim aquilo que ele condificou das decisões do Bet Din haGadol
(Sanhedrin), isto é, da Suprema Corte Mosaica, sobre o tema. Isso é halakhá. Qualquer outra coisa é opinião pessoal, por mais que sejam pessoas proeminentes, não tem qualquer valor jurídico sobre Israel como um todo ou perante a Torá.
II - Deixa-se de ser judeu?
Mas, antes de adentrar a halakhá, é fundamental responder uma questão, citando
Haz”al (os sábios, de abençoada memória): Um judeu perde sua identidade?
A resposta se encontra no Talmud Bavli:
“Israel pecou. R. Aba ben Zavda disse: ‘Apesar de terem pecado, ainda são Israel.’
R. Aba disse: Assim o povo diz: ‘Uma murta, apesar de estar entre juncos, continua sendo uma murta, e assim é chamada.” (b. Sanhedrin 44a)
Para bom entendedor, meia palavra basta. Um judeu jamais perde sua identidade.
Mesmo se faz algo digno de um karet hanefesh, isto é, de ter sua alma cortada, se faz teshuvá (retorno) de seus maus caminhos, e se volta para a Torá, ele permanece com status de judeu, e não precisa passar por uma conversão.
Isso vale até mesmo para convertidos. Se ele se converteu, e depois deixou a fé judaica, é considerado um judeu desviado, e não um ex-judeu.
Sobre isso, a halakhá diz:
“Mesmo se depois [de se converter, o prosélito] adora falsas divindades, ele é como um judeu apóstata. Ao consagrar [uma esposa], sua consagração é válida, e é um mandamento devolver a ele seu objeto perdido. Pois uma vez que ele se imergiu, se tornou um israelita.” (Mishnê Torá - Sefer Qedushá - Issurê Biá 13:17b)
Se isso é verdade acerca até mesmo dos convertidos, quem dirá de quem nasce judeu.
III - A Halakhá dos Anussim
Para não deixar nenhuma dúvida, a halakhá menciona especificamente os Anussim e seus descendentes. Isto é, os judeus que foram forçados a deixar sua religião,
e os seus descendentes que cresceram criados de outra maneira.
Afinal, Israel não teve que lidar com isso apenas na Inquisição. Muito pelo contrário, há milênios que o povo judeu sofre com esse tipo de situação, e o Sanhedrin já deixou instruções sobre como proceder. Assim sendo, não cabe a ninguém contestar.
“Quanto aos filhos desses que se desviaram e os filhos de seus filhos que foram dispersos pelos pais, tendo nascido em heresias, e educados em suas visões [religiosas]:
São como bebês tomados cativos e criadas nas leis dos gentios. Seu status é de um Anuss [forçado], que, caso ouça posteriormente que ele é judeu, encontre judeus e os observe praticarem suas leis, ainda assim é considerado um Anuss [forçado], uma vez que foi criado no caminho errôneo dos seus pais. Isso se refere aos que foram levados[ao erro] por seus pais, e aos que se perderam.
Portanto, deve-se fazer esforço para trazê-los de volta em teshuvá, e aproximar-se deles por meio de relações amistosas, para que eles retornem à fonte fortalecedora, isto é, à Torá. E que nenhum homem se apresse em condená-los.”
(Mishnê Torá - Sefer Shofetim - Hilkhot Mamrim 3:3b)
A halakhá não poderia ser mais clara. Os Anussim, e seus descendentes, são judeus. Não importa se por vinte gerações seus pais praticaram idolatria ou mantiveram preceitos de outras religiões.
Vale ressaltar ainda que desobedecer a uma halakhá da Corte Mosaica, e desencaminhar judeus legítimos (o que inclui prosélitos) da Torá são pecados graves.
Especialmente se alguém sabe o que está fazendo e tem consciência da halakhá.
A halakhá também deixa claro: “E que nenhum homem se apresse em condená-los." Lamentavelmente, nem todos têm dado ouvidos à halakhá. Nem por isso ela deixa de ser clara.
Observe ainda que, se a pessoa fez teshuvá, não deve mais ser chamada de Anuss (forçado).
Quando muito, poderíamos dizer que se trata de um ex-Anuss (forçado). No entanto, apresentar alguém dizendo: “Esse é o Pedro, um ex-Anuss" faz tanto sentido quando dizer: “Esse é o André, um ex-idólatra”. O autor deste material considera que ainda é ofensivo.
Há apenas um rótulo que cabe aos que deixaram de ser forçados a outra religião, e adotaram sua judaicidade: judeus. E, se quiserem ser muito específicos: judeus sefaradim hispano-portugueses. Isso basta.
IV - Uma Nota Importante
É importante neste ponto esclarecer que a halakhá acima trata de pessoas que desejam regressar ao Judaísmo autêntico.
O autor deste material compreende que muitos Anussim se sintam tentados a frequentar comunidades híbridas de Judaísmo com Cristianismo, tal como grupos que se auto-denominam ‘Messiânicos’, entre outros.
O autor até se sensibiliza com a dificuldade psicológica e emocional de deixar para trás as crenças antigas, e entende que esses grupos acabem oferecendo uma falsa sensação de retorno, sem exigir um compromisso definitivo com a Torá e com o monoteísmo (o autor também passou por isso, conforme relatado no artigo “Minha História”)
Porém, é fundamental que os Anussim entendam que não deixam de ser Anussim (forçados), para se tornarem judeus que realizaram a plena teshuvá, se não deixarem para trás tais coisas, e regressarem à fé de seus antepassados.
Como o objetivo deste artigo não é ser um material anti-missionário (embora o autor tenha escrito alguns artigos nessa linha), limitar-se-á a apresentar a halakhá, que diz:
“Os seguintes indivíduos não têm uma porção no mundo vindouro. Ao contrário, [suas almas] são cortadas e eles são julgados por sua grande iniquidade e pecados, para sempre: Os Minim… [hereges]
Cinco indívudos são descritos como Minim [hereges]:
1) alguém que diz que não há Elohim nem governante do mundo;
2) alguém que aceita o conceito de um governante, mas mantém que existem dois ou mais.
3) alguém que aceita que existe um Mestre, mas mantém que Ele tem um corpo ou forma;
4) alguém que mantém que Ele não foi o Primeiro Ser ou Criador de toda a existência;
5) alguém que serve a uma estrela, constelação ou outra entidade, de modo a serví-la como intermediário entre ele e o Eterno Senhor.
Cada um desses cinco indivíduos é um Min [herege]” (Mishneh Torah - Sefer haMadá` -
Hilkhot Teshuvá 3:6-7)
Entenda, portanto, o leitor que não há como conciliar tais crenças com o Judaísmo.
E isso é indiscutível e inegociável, pois a Torá diz:
"A ti te foi mostrado para que soubesses que ADONAY é Elohim; nenhum outro há senão Ele." (Devarim/Deuteronômio 4:35)
Sendo assim, é importante que o(a) Anuss(á) não tenha medo de investigar, fazer perguntas, e buscar a verdade, para que possa optar pela verdadeira fé de seus pais.
V - O Que Fazer?
Esclarecido isso, uma outra questão importante é: O que uma pessoa que é um Anuss (forçado) deve fazer?
A primeira coisa, é certificar-se de que tem ascendência por linhagem materna.
Para o Judaísmo, assim como a filiação tribal é transmitida pelo pai, o status de cidadão de Israel, por deliberação do Sanhedrin, é transmitido pela mãe.
Isso pode ser visto em `Ezra (Esdras):
"Então Shekhanyah, filho de Yehi’el, um dos filhos de `Elam, tomou a palavra e disse a`Ezra: Nós temos transgredido contra o nosso Elohim, e casamos com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra, mas, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel. Agora, pois, façamos aliança com o nosso Elohim de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Elohim; e faça-se conforme a Torá." (‘Ezra 10:2-3) Sendo assim, é necessário que haja alguma coisa por parte de mãe. Se não houver, é caso de conversão, o que é assunto para outro artigo.
Havendo algo, é preciso buscar o que em hebraico se chama de Hazaqá, que vem do termo Hazaq, que significa força.
Isso significa que é preciso buscar alguma coisa que comprove sua origem.
Isto pode ser feito de várias maneiras, e não é o objetivo deste artigo esgotar todas elas.
Apresentarei aqui duas formas, apenas para título de ilustração.
Uma das formas pode ser através do testemunho de dois familiares. Pois um dos fundamentos da Torá é sempre depender de duas testemunhas para estabelecer a veracidade de um fato:
“Pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato." (Devarim/Deuteronômio 19:15)
A halakhá traz essa questão com clareza quando fala sobre a linhagem de um kohen:
“O que significa um kohen cuja linhagem é estabelecida. Qualquer pessoa acerca de quem duas testemunhas testificam que ele é um kohen, filho de tal e tal, o kohen, e descendente de tal e tal, o kohen, estendendo até uma pessoa cuja linhagem não precise ser checada, isto é, um kohen que serviu no altar.”
(Mishnê Torá - Sefer Qedushá - Issurê Biá 20:2)
Se duas testemunhas poderiam se apresentar e testificar sobre a linhagem de um homem, ao ponto dele ser aceito para servir no altar, quem dirá para ser aceito como um israelita comum.
Outra forma de se estabelecer o fato é através de alguma documentação ou testemunho genealógico que ligue a pessoa a famílias de Anussim, que se sabe que são de origem judaica.
Se isso for feito, também é válido, pois a halakhá diz:
“Agimos sob a premissa de que todas as família são de linhagem aceitável e que é permitido se casar com seus descendentes como opção inicial e preferida.”
(ibid - 19:17)
Existem outras formas, que podem ser analisadas caso a caso. O autor deste material reconhece que, dependendo do caso, isso pode ser complexo. Mas, entende que, com um pouco de esforço, tudo é possível, se a pessoa não desiste ao esbarrar na
primeira dificuldade.
VI - O Exemplo dos Ashkenazim
Vale ressaltar ainda que essa dificuldade não é exclusiva dos descendentes da Inquisição.
Muitos Ashkenazim também têm dificuldades, pois muitas famílias vieram fugindo do holocausto sem documentos. Às vezes, apenas com a roupa do corpo. Já testemunhei inúmeros casos desse tipo.
O que fazem nessas circunstâncias? A mesmíssima coisa que os Anussim!
Procuram registros dentre os mortos em campos de concentração, túmulos na Europa. ou traçam linhagem por meio de sobrenomes, ou até mesmo pelas cidades de origem. É claro que, por ser fato mais recente, é um pouco mais fácil obter tais informações, porém o processo é idêntico.
Mas, o que fazer quando se tem a informação, mas se tem dificuldade de ajuntar provas?
Imagine o caso de uma pessoa que sabe que é judia, pois foi informada pelos avós maternos, porém não tem sobreviventes na família, desse lado. O que acontece nesse caso?
Pela halakhá, sua palavra basta, e deve ser aceita para fins de frequentar uma comunidade. A única restrição sendo se a pessoa, ou seus descendentes, optar(em) por se casar naquele meio:
“Quando uma pessoa chega e diz que ele era um estrangeiro, mas se converteu por um Bet Din, sua palavra é aceita. A boca que o proibiu foi a mesma que o permitiu.
Quando isso se aplica? Na terra de Israel na era do Talmud, pois todas as pessoas podiam ser presumidas como sendo judias.
Na Diáspora, contudo, ele deve trazer prova de conversão para posteriormente poder casar com uma israelita. Digo que essa é uma rigorosidade adicional adotada para proteger a pureza de nossa linhagem.” (ibid 13:10)
Se o único desejo da pessoa é frequentar um local, e ela já passou da idade de ter filhos, por exemplo, a informação basta. Não há necessidade de buscar comprovação, se não há casamento ou linhagem posterior.
Pela halakhá, não se deve exigir pedigree de qualquer pessoa à porta de uma sinagoga, visto que não se trata um judeu feito cachorro.
No entanto, os Anussim devem também compreender que contribuem para tal situação quando procuram uma comunidade que não está bem preparada para lidar com a questão (geralmente comunidades Ashkenazim), e ele próprio se apresenta hesitante sobre sua judaicidade.
É evidente que, se isso acontecer, ele passará por constrangimentos.
Por essa razão, é preciso buscar a certeza de sua própria judaicidade primeiro, para depois cobrar tal posição dos demais. O autor deste material, mesmo sendo de família Ashkenazi, cresceu afastado da comunidade judaica (vide “Minha História" no site do artigo). Mesmo assim, nunca precisou apresentar qualquer documentação para demonstrar ser judeu. Isso só ocorreu quando resolveu se preparar para se casar.
VIII - Certificado de Retorno?
Uma coisa chama a atenção pela ausência. Em toda a halakhá sobre conversão e teshuvá, não existe uma vírgula sequer legitimando a prática de dar "certificado de retorno“ para Anussim. Tal coisa simplesmente não existe.
Um judeu que retorna à Torá jamais precisa de documentação para tal coisa.
Mas, sempre que há uma situação complexa, surgem os aproveitadores.
É portanto fundamental que se esclareça que tal documento tem validade legal nula perante a Torá, pois não é uma prática judaica de fato.
Uma pessoa que obtenha qualquer documento dessa natureza, na melhor das hipóteses, foi enganada e na realidade fez uma conversão com outro nome.
Nesse caso, há de se questionar até mesmo se a conversão foi segundo a halakhá.
Na pior, perdeu tempo e dinheiro com um documento sem qualquer utilidade legal dentro do Judaísmo.
IX - A Postura de Quem Conhece No geral, quem realmente conhece a halakhá e pesquisa a fundo a questão dos Anussim tem conhecimento e entendimento dos fatos, como, por exemplo, o rabino ashkenazi Aaron Soloveichik, que escreve:
“Tomo a liberdade de escrever sobre o povo nas Américas que alega ser descendentes dos marranos [sic] na Espanha e em Portugal.
Eles devem ser tratados como judeus plenos de todas as maneiras (contados para minyan, dados ‘aliyot, etc.)
Somente quando um desses Anussim’deseja se casar com um judeu, ele ou ela deve passar por conversão plena." (Carta de 1o. de Nissan de 5754)
Vale ressaltar que Rav Soloveichik se refere aos casos em que há apenas alegação, sem uma comprovação.
Infelizmente, não é raro que pessoas preconceituosas respondam sem conhecer a
halakhá. Ou que se achem no direito de mudar uma determinação do Sanhedrin.
Ninguém pode ir contra uma deliberação da Corte Mosaica (Sanhedrin), salvo em casos gravíssimos, se essa for contra a Torá. O que obviamente não é o caso aqui.
Não importa se quem está indo contra a halakhá é o fulano da esquina, ou é o grão-rabino da Lituânia. Sobre isso, vale ressaltar ainda as palavras de Rav Avraham Ben haRambam, filho de Maimônides:
“Não há que se crer em algo só por quem o disse" (Tratado sobre os Ditos dos Sábios)
X - Adendo: Mãos à Obra!
Isto posto, é importante também compreender que os Anussim devem se preocupar menos com serem aceitos, e mais com se fazerem aceitos.
Ou seja, devem parar de ficar batendo de sinagoga em sinagoga, e organizarem seus próprios grupos de estudo, suas próprias sinagogas, etc. Todas as comunidades judaicas sempre fizeram assim, historicamente.
Não é razoável achar que virá da comunidade Ashkenazi alguma espécie de "messias" que irá conduzir todos de volta a estruturas prontas. Além de ser irreal e fantasioso, também não é incumbência das comunidades Ashkenazim.
Até mesmo os judeus etíopes em Israel, ao fazerem `aliyá, montaram suas próprias comunidades, estabeleceram sua própria liderança, e não esperaram que outros o fizessem.
Os próprios Ashkenazim quando vieram ao Brasil não procuraram comunidades
sefaradim para aceitarem-nos, mas sim montaram suas próprias estruturas.
Infelizmente, o brasileiro faz jus à fama de acomodado, e poucos estão dispostos a construir.
A maioria quer apenas usufruir de estruturas prontas, e como pretexto para a inatividade, dizem nada saber. Ora, a halakhá não diz que uma comunidade deve ser exímia conhecedora do Judaísmo para se estabelecer! Isso se adquire com tempo e prática.
Sobre essa questão, o Hakham Mordekhai Lewi de Lopes, rabino que tem vasta experiência com o tema, diz: “…os anussim e os ex-anussim, isto é, aqueles que já regressaram abertamente às práticas do Judaísmo, com erros ou não, devem construir o seu próprio leque de opções, sem pedir permissão a outros grupos de judeus…
isto é, formarem comunidades, fomentarem o crescimento sócio-educacional-econômico entre os membros, erguerem esnogas, bethê medrách, etc., sem pedir licença a rabinos no Brasil ou Israel, que tampouco tem jurisdição alguma sobre os demais judeus do mundo. Na realidade, o rabinato de Israel só tem poder em Israel porque é imposto pelo Estado sobre a população, que simplesmente, queda sem saídas. E quem conhece, sabe que o tal rabinato é fonte de inumeráveis discórdias.
Devem formar suas próprias instituições, escolherem seus mestres, formar novos mestres, seus tribunais (bathê din). Respeito se adquire, não pode ser comprado.
Quem quiser ser membro de um clube, que filie-se aos clubes de futebol pelo pais.
Querem uma sede social? Construam-na! Querem honrar vosso pais, tornem-se independentes e deixem de mendigar, e façam por onde terem respeito próprio.
Rezar apenas não dá em nada, pois as tefilôth não são amuletos ou formulações mágicas.
Judaísmo exige atitudes e estas atitudes, ou a falta delas, mostram quem é e quem não é israelita.”
Sábias palavras, que se resumem no seguinte: Mãos à obra, pessoal!
Deve-se perder menos tempo preocupado com a aceitação do grupo X, Y ou Z (especialmente grupos racistas e hereges) e se preocupar com viver Judaísmo e montar comunidades.
Nem que comecem em suas próprias casas, com pessoas de sua vizinhança. Afinal, toda grande construção começa com um pequeno tijolo.
Mas, se ninguém fizer nada porque supostamente seja difícil, árduo ou por falta de conhecimento, não haverá evolução.
O desejo de servir ao Eterno e praticar a Torá devem sempre prevalecer!
Só assim os Anussim de hoje se transformarão nos 'judeus teshuvandos’ de amanhã, que o autor deste material acredita que terão um enorme papel na Gueulá (Redenção).
XI - Conclusão
Sobre o tema, portanto, pode-se concluir que:
• Judeus não perdem sua identidade. Se estiverem vivendo em apostasia, devem fazer teshuvá, mas não precisam de nova conversão.
• Descendentes de judeus que se afastaram do Judaísmo, seja pela razão que for, continuam sendo judeus, desde que nascidos de ventre judeu.
• Os Anussim são judeus.
• Deve haver esforço para aproximar os Anussim da Torá, e quem se posiciona contra eles desobedece uma halakhá do Sanhedrin, além de ser culpado pelo pecado gravíssimo de afastar judeus legítimos.
• Como existe deliberação da Corte Mosaica (halakhá), a opinião da pessoa X ou Y sobre o tema é irrelevante, pois somente a Corte Mosaica pode estabelecer jurisprudência para todo o povo judeu.
• Os Anussim devem buscar confirmação (hazaqá) de que são nascidos de ventre
judeu. • A confirmação pode vir de várias maneiras. Inclusive, pelo testemunho de familiares, ou pelo fato da pessoa pertencer a famílias que se sabe, com certeza, serem de Anussim.
• A pessoa só precisa apresentar provas perante uma comunidade se pretende se casar.
• Não existe ‘Certificado de Retorno’. Tal documento ou é conversão disfarçada, ou não tem qualquer validade legal dentro do Judaísmo.
Tais informações vêm direto da halakhá, e portanto não cabe contestação.
Somente uma outra Corte Mosaica (Sanhedrin), maior em conhecimento e importância que a anterior, poderia rever tal deliberação.
Não é o autor quem traz tais informações, e sim Rambam (Maimônides) que, reconhecidamente, fez a única complicação completa da halakhá da Corte Mosaica de que se tem notícia até os dias atuais.
© 2014 Kol haTorah - http://www.kol-hatorah.org - Proibida Reprodução sem Autorização Prévia
Por Sha’ul Bentsion
I - Introdução
Este artigo é motivado por uma pergunta que chegou até o autor deste material: O que a halakhá diz sobre os Anussim?
A pergunta veio acompanhada de outras: É verdade que, por que seus pais se converteram, eles deixaram de ser judeus? O que devem fazer? Devem buscar
conversão?
Entre outras tantas.
Muito tem sido dito sobre este tema Anussim. Contudo, qualquer coisa que seja dita, precisa ser comprovada. Quem afirma qualquer coisa tem, no mínimo, a incumbência de provar.
O autor deste material se sente à vontade para se aprofundar na questão, visto que é de família Ashkenazi, não tem nem deseja ter qualquer ganho pessoal ou retorno financeiro com a questão (algo que, aliás, a halakhá proíbe), e, portanto, não tem qualquer motivação pessoal, que não seja estritamente a observância da halakhá e o desejo de ver todos os judeus fazerem teshuvá.
O autor também não gosta de, nem se envolve com, questões políticas, e portanto apresentará aqui a halakhá independente de quem se agradará ou se desagradará da verdade.
Para que não haja nenhuma dúvida, será aqui apresentada a halakhá a respeito do tema, tal qual codificada por Rambam (Maimônides).
Deve-se ressaltar que o que será apresentado aqui não é a opinião pessoal de Rambam, mas sim aquilo que ele condificou das decisões do Bet Din haGadol
(Sanhedrin), isto é, da Suprema Corte Mosaica, sobre o tema. Isso é halakhá. Qualquer outra coisa é opinião pessoal, por mais que sejam pessoas proeminentes, não tem qualquer valor jurídico sobre Israel como um todo ou perante a Torá.
II - Deixa-se de ser judeu?
Mas, antes de adentrar a halakhá, é fundamental responder uma questão, citando
Haz”al (os sábios, de abençoada memória): Um judeu perde sua identidade?
A resposta se encontra no Talmud Bavli:
“Israel pecou. R. Aba ben Zavda disse: ‘Apesar de terem pecado, ainda são Israel.’
R. Aba disse: Assim o povo diz: ‘Uma murta, apesar de estar entre juncos, continua sendo uma murta, e assim é chamada.” (b. Sanhedrin 44a)
Para bom entendedor, meia palavra basta. Um judeu jamais perde sua identidade.
Mesmo se faz algo digno de um karet hanefesh, isto é, de ter sua alma cortada, se faz teshuvá (retorno) de seus maus caminhos, e se volta para a Torá, ele permanece com status de judeu, e não precisa passar por uma conversão.
Isso vale até mesmo para convertidos. Se ele se converteu, e depois deixou a fé judaica, é considerado um judeu desviado, e não um ex-judeu.
Sobre isso, a halakhá diz:
“Mesmo se depois [de se converter, o prosélito] adora falsas divindades, ele é como um judeu apóstata. Ao consagrar [uma esposa], sua consagração é válida, e é um mandamento devolver a ele seu objeto perdido. Pois uma vez que ele se imergiu, se tornou um israelita.” (Mishnê Torá - Sefer Qedushá - Issurê Biá 13:17b)
Se isso é verdade acerca até mesmo dos convertidos, quem dirá de quem nasce judeu.
III - A Halakhá dos Anussim
Para não deixar nenhuma dúvida, a halakhá menciona especificamente os Anussim e seus descendentes. Isto é, os judeus que foram forçados a deixar sua religião,
e os seus descendentes que cresceram criados de outra maneira.
Afinal, Israel não teve que lidar com isso apenas na Inquisição. Muito pelo contrário, há milênios que o povo judeu sofre com esse tipo de situação, e o Sanhedrin já deixou instruções sobre como proceder. Assim sendo, não cabe a ninguém contestar.
“Quanto aos filhos desses que se desviaram e os filhos de seus filhos que foram dispersos pelos pais, tendo nascido em heresias, e educados em suas visões [religiosas]:
São como bebês tomados cativos e criadas nas leis dos gentios. Seu status é de um Anuss [forçado], que, caso ouça posteriormente que ele é judeu, encontre judeus e os observe praticarem suas leis, ainda assim é considerado um Anuss [forçado], uma vez que foi criado no caminho errôneo dos seus pais. Isso se refere aos que foram levados[ao erro] por seus pais, e aos que se perderam.
Portanto, deve-se fazer esforço para trazê-los de volta em teshuvá, e aproximar-se deles por meio de relações amistosas, para que eles retornem à fonte fortalecedora, isto é, à Torá. E que nenhum homem se apresse em condená-los.”
(Mishnê Torá - Sefer Shofetim - Hilkhot Mamrim 3:3b)
A halakhá não poderia ser mais clara. Os Anussim, e seus descendentes, são judeus. Não importa se por vinte gerações seus pais praticaram idolatria ou mantiveram preceitos de outras religiões.
Vale ressaltar ainda que desobedecer a uma halakhá da Corte Mosaica, e desencaminhar judeus legítimos (o que inclui prosélitos) da Torá são pecados graves.
Especialmente se alguém sabe o que está fazendo e tem consciência da halakhá.
A halakhá também deixa claro: “E que nenhum homem se apresse em condená-los." Lamentavelmente, nem todos têm dado ouvidos à halakhá. Nem por isso ela deixa de ser clara.
Observe ainda que, se a pessoa fez teshuvá, não deve mais ser chamada de Anuss (forçado).
Quando muito, poderíamos dizer que se trata de um ex-Anuss (forçado). No entanto, apresentar alguém dizendo: “Esse é o Pedro, um ex-Anuss" faz tanto sentido quando dizer: “Esse é o André, um ex-idólatra”. O autor deste material considera que ainda é ofensivo.
Há apenas um rótulo que cabe aos que deixaram de ser forçados a outra religião, e adotaram sua judaicidade: judeus. E, se quiserem ser muito específicos: judeus sefaradim hispano-portugueses. Isso basta.
IV - Uma Nota Importante
É importante neste ponto esclarecer que a halakhá acima trata de pessoas que desejam regressar ao Judaísmo autêntico.
O autor deste material compreende que muitos Anussim se sintam tentados a frequentar comunidades híbridas de Judaísmo com Cristianismo, tal como grupos que se auto-denominam ‘Messiânicos’, entre outros.
O autor até se sensibiliza com a dificuldade psicológica e emocional de deixar para trás as crenças antigas, e entende que esses grupos acabem oferecendo uma falsa sensação de retorno, sem exigir um compromisso definitivo com a Torá e com o monoteísmo (o autor também passou por isso, conforme relatado no artigo “Minha História”)
Porém, é fundamental que os Anussim entendam que não deixam de ser Anussim (forçados), para se tornarem judeus que realizaram a plena teshuvá, se não deixarem para trás tais coisas, e regressarem à fé de seus antepassados.
Como o objetivo deste artigo não é ser um material anti-missionário (embora o autor tenha escrito alguns artigos nessa linha), limitar-se-á a apresentar a halakhá, que diz:
“Os seguintes indivíduos não têm uma porção no mundo vindouro. Ao contrário, [suas almas] são cortadas e eles são julgados por sua grande iniquidade e pecados, para sempre: Os Minim… [hereges]
Cinco indívudos são descritos como Minim [hereges]:
1) alguém que diz que não há Elohim nem governante do mundo;
2) alguém que aceita o conceito de um governante, mas mantém que existem dois ou mais.
3) alguém que aceita que existe um Mestre, mas mantém que Ele tem um corpo ou forma;
4) alguém que mantém que Ele não foi o Primeiro Ser ou Criador de toda a existência;
5) alguém que serve a uma estrela, constelação ou outra entidade, de modo a serví-la como intermediário entre ele e o Eterno Senhor.
Cada um desses cinco indivíduos é um Min [herege]” (Mishneh Torah - Sefer haMadá` -
Hilkhot Teshuvá 3:6-7)
Entenda, portanto, o leitor que não há como conciliar tais crenças com o Judaísmo.
E isso é indiscutível e inegociável, pois a Torá diz:
"A ti te foi mostrado para que soubesses que ADONAY é Elohim; nenhum outro há senão Ele." (Devarim/Deuteronômio 4:35)
Sendo assim, é importante que o(a) Anuss(á) não tenha medo de investigar, fazer perguntas, e buscar a verdade, para que possa optar pela verdadeira fé de seus pais.
V - O Que Fazer?
Esclarecido isso, uma outra questão importante é: O que uma pessoa que é um Anuss (forçado) deve fazer?
A primeira coisa, é certificar-se de que tem ascendência por linhagem materna.
Para o Judaísmo, assim como a filiação tribal é transmitida pelo pai, o status de cidadão de Israel, por deliberação do Sanhedrin, é transmitido pela mãe.
Isso pode ser visto em `Ezra (Esdras):
"Então Shekhanyah, filho de Yehi’el, um dos filhos de `Elam, tomou a palavra e disse a`Ezra: Nós temos transgredido contra o nosso Elohim, e casamos com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra, mas, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel. Agora, pois, façamos aliança com o nosso Elohim de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Elohim; e faça-se conforme a Torá." (‘Ezra 10:2-3) Sendo assim, é necessário que haja alguma coisa por parte de mãe. Se não houver, é caso de conversão, o que é assunto para outro artigo.
Havendo algo, é preciso buscar o que em hebraico se chama de Hazaqá, que vem do termo Hazaq, que significa força.
Isso significa que é preciso buscar alguma coisa que comprove sua origem.
Isto pode ser feito de várias maneiras, e não é o objetivo deste artigo esgotar todas elas.
Apresentarei aqui duas formas, apenas para título de ilustração.
Uma das formas pode ser através do testemunho de dois familiares. Pois um dos fundamentos da Torá é sempre depender de duas testemunhas para estabelecer a veracidade de um fato:
“Pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato." (Devarim/Deuteronômio 19:15)
A halakhá traz essa questão com clareza quando fala sobre a linhagem de um kohen:
“O que significa um kohen cuja linhagem é estabelecida. Qualquer pessoa acerca de quem duas testemunhas testificam que ele é um kohen, filho de tal e tal, o kohen, e descendente de tal e tal, o kohen, estendendo até uma pessoa cuja linhagem não precise ser checada, isto é, um kohen que serviu no altar.”
(Mishnê Torá - Sefer Qedushá - Issurê Biá 20:2)
Se duas testemunhas poderiam se apresentar e testificar sobre a linhagem de um homem, ao ponto dele ser aceito para servir no altar, quem dirá para ser aceito como um israelita comum.
Outra forma de se estabelecer o fato é através de alguma documentação ou testemunho genealógico que ligue a pessoa a famílias de Anussim, que se sabe que são de origem judaica.
Se isso for feito, também é válido, pois a halakhá diz:
“Agimos sob a premissa de que todas as família são de linhagem aceitável e que é permitido se casar com seus descendentes como opção inicial e preferida.”
(ibid - 19:17)
Existem outras formas, que podem ser analisadas caso a caso. O autor deste material reconhece que, dependendo do caso, isso pode ser complexo. Mas, entende que, com um pouco de esforço, tudo é possível, se a pessoa não desiste ao esbarrar na
primeira dificuldade.
VI - O Exemplo dos Ashkenazim
Vale ressaltar ainda que essa dificuldade não é exclusiva dos descendentes da Inquisição.
Muitos Ashkenazim também têm dificuldades, pois muitas famílias vieram fugindo do holocausto sem documentos. Às vezes, apenas com a roupa do corpo. Já testemunhei inúmeros casos desse tipo.
O que fazem nessas circunstâncias? A mesmíssima coisa que os Anussim!
Procuram registros dentre os mortos em campos de concentração, túmulos na Europa. ou traçam linhagem por meio de sobrenomes, ou até mesmo pelas cidades de origem. É claro que, por ser fato mais recente, é um pouco mais fácil obter tais informações, porém o processo é idêntico.
Mas, o que fazer quando se tem a informação, mas se tem dificuldade de ajuntar provas?
Imagine o caso de uma pessoa que sabe que é judia, pois foi informada pelos avós maternos, porém não tem sobreviventes na família, desse lado. O que acontece nesse caso?
Pela halakhá, sua palavra basta, e deve ser aceita para fins de frequentar uma comunidade. A única restrição sendo se a pessoa, ou seus descendentes, optar(em) por se casar naquele meio:
“Quando uma pessoa chega e diz que ele era um estrangeiro, mas se converteu por um Bet Din, sua palavra é aceita. A boca que o proibiu foi a mesma que o permitiu.
Quando isso se aplica? Na terra de Israel na era do Talmud, pois todas as pessoas podiam ser presumidas como sendo judias.
Na Diáspora, contudo, ele deve trazer prova de conversão para posteriormente poder casar com uma israelita. Digo que essa é uma rigorosidade adicional adotada para proteger a pureza de nossa linhagem.” (ibid 13:10)
Se o único desejo da pessoa é frequentar um local, e ela já passou da idade de ter filhos, por exemplo, a informação basta. Não há necessidade de buscar comprovação, se não há casamento ou linhagem posterior.
Pela halakhá, não se deve exigir pedigree de qualquer pessoa à porta de uma sinagoga, visto que não se trata um judeu feito cachorro.
No entanto, os Anussim devem também compreender que contribuem para tal situação quando procuram uma comunidade que não está bem preparada para lidar com a questão (geralmente comunidades Ashkenazim), e ele próprio se apresenta hesitante sobre sua judaicidade.
É evidente que, se isso acontecer, ele passará por constrangimentos.
Por essa razão, é preciso buscar a certeza de sua própria judaicidade primeiro, para depois cobrar tal posição dos demais. O autor deste material, mesmo sendo de família Ashkenazi, cresceu afastado da comunidade judaica (vide “Minha História" no site do artigo). Mesmo assim, nunca precisou apresentar qualquer documentação para demonstrar ser judeu. Isso só ocorreu quando resolveu se preparar para se casar.
VIII - Certificado de Retorno?
Uma coisa chama a atenção pela ausência. Em toda a halakhá sobre conversão e teshuvá, não existe uma vírgula sequer legitimando a prática de dar "certificado de retorno“ para Anussim. Tal coisa simplesmente não existe.
Um judeu que retorna à Torá jamais precisa de documentação para tal coisa.
Mas, sempre que há uma situação complexa, surgem os aproveitadores.
É portanto fundamental que se esclareça que tal documento tem validade legal nula perante a Torá, pois não é uma prática judaica de fato.
Uma pessoa que obtenha qualquer documento dessa natureza, na melhor das hipóteses, foi enganada e na realidade fez uma conversão com outro nome.
Nesse caso, há de se questionar até mesmo se a conversão foi segundo a halakhá.
Na pior, perdeu tempo e dinheiro com um documento sem qualquer utilidade legal dentro do Judaísmo.
IX - A Postura de Quem Conhece No geral, quem realmente conhece a halakhá e pesquisa a fundo a questão dos Anussim tem conhecimento e entendimento dos fatos, como, por exemplo, o rabino ashkenazi Aaron Soloveichik, que escreve:
“Tomo a liberdade de escrever sobre o povo nas Américas que alega ser descendentes dos marranos [sic] na Espanha e em Portugal.
Eles devem ser tratados como judeus plenos de todas as maneiras (contados para minyan, dados ‘aliyot, etc.)
Somente quando um desses Anussim’deseja se casar com um judeu, ele ou ela deve passar por conversão plena." (Carta de 1o. de Nissan de 5754)
Vale ressaltar que Rav Soloveichik se refere aos casos em que há apenas alegação, sem uma comprovação.
Infelizmente, não é raro que pessoas preconceituosas respondam sem conhecer a
halakhá. Ou que se achem no direito de mudar uma determinação do Sanhedrin.
Ninguém pode ir contra uma deliberação da Corte Mosaica (Sanhedrin), salvo em casos gravíssimos, se essa for contra a Torá. O que obviamente não é o caso aqui.
Não importa se quem está indo contra a halakhá é o fulano da esquina, ou é o grão-rabino da Lituânia. Sobre isso, vale ressaltar ainda as palavras de Rav Avraham Ben haRambam, filho de Maimônides:
“Não há que se crer em algo só por quem o disse" (Tratado sobre os Ditos dos Sábios)
X - Adendo: Mãos à Obra!
Isto posto, é importante também compreender que os Anussim devem se preocupar menos com serem aceitos, e mais com se fazerem aceitos.
Ou seja, devem parar de ficar batendo de sinagoga em sinagoga, e organizarem seus próprios grupos de estudo, suas próprias sinagogas, etc. Todas as comunidades judaicas sempre fizeram assim, historicamente.
Não é razoável achar que virá da comunidade Ashkenazi alguma espécie de "messias" que irá conduzir todos de volta a estruturas prontas. Além de ser irreal e fantasioso, também não é incumbência das comunidades Ashkenazim.
Até mesmo os judeus etíopes em Israel, ao fazerem `aliyá, montaram suas próprias comunidades, estabeleceram sua própria liderança, e não esperaram que outros o fizessem.
Os próprios Ashkenazim quando vieram ao Brasil não procuraram comunidades
sefaradim para aceitarem-nos, mas sim montaram suas próprias estruturas.
Infelizmente, o brasileiro faz jus à fama de acomodado, e poucos estão dispostos a construir.
A maioria quer apenas usufruir de estruturas prontas, e como pretexto para a inatividade, dizem nada saber. Ora, a halakhá não diz que uma comunidade deve ser exímia conhecedora do Judaísmo para se estabelecer! Isso se adquire com tempo e prática.
Sobre essa questão, o Hakham Mordekhai Lewi de Lopes, rabino que tem vasta experiência com o tema, diz: “…os anussim e os ex-anussim, isto é, aqueles que já regressaram abertamente às práticas do Judaísmo, com erros ou não, devem construir o seu próprio leque de opções, sem pedir permissão a outros grupos de judeus…
isto é, formarem comunidades, fomentarem o crescimento sócio-educacional-econômico entre os membros, erguerem esnogas, bethê medrách, etc., sem pedir licença a rabinos no Brasil ou Israel, que tampouco tem jurisdição alguma sobre os demais judeus do mundo. Na realidade, o rabinato de Israel só tem poder em Israel porque é imposto pelo Estado sobre a população, que simplesmente, queda sem saídas. E quem conhece, sabe que o tal rabinato é fonte de inumeráveis discórdias.
Devem formar suas próprias instituições, escolherem seus mestres, formar novos mestres, seus tribunais (bathê din). Respeito se adquire, não pode ser comprado.
Quem quiser ser membro de um clube, que filie-se aos clubes de futebol pelo pais.
Querem uma sede social? Construam-na! Querem honrar vosso pais, tornem-se independentes e deixem de mendigar, e façam por onde terem respeito próprio.
Rezar apenas não dá em nada, pois as tefilôth não são amuletos ou formulações mágicas.
Judaísmo exige atitudes e estas atitudes, ou a falta delas, mostram quem é e quem não é israelita.”
Sábias palavras, que se resumem no seguinte: Mãos à obra, pessoal!
Deve-se perder menos tempo preocupado com a aceitação do grupo X, Y ou Z (especialmente grupos racistas e hereges) e se preocupar com viver Judaísmo e montar comunidades.
Nem que comecem em suas próprias casas, com pessoas de sua vizinhança. Afinal, toda grande construção começa com um pequeno tijolo.
Mas, se ninguém fizer nada porque supostamente seja difícil, árduo ou por falta de conhecimento, não haverá evolução.
O desejo de servir ao Eterno e praticar a Torá devem sempre prevalecer!
Só assim os Anussim de hoje se transformarão nos 'judeus teshuvandos’ de amanhã, que o autor deste material acredita que terão um enorme papel na Gueulá (Redenção).
XI - Conclusão
Sobre o tema, portanto, pode-se concluir que:
• Judeus não perdem sua identidade. Se estiverem vivendo em apostasia, devem fazer teshuvá, mas não precisam de nova conversão.
• Descendentes de judeus que se afastaram do Judaísmo, seja pela razão que for, continuam sendo judeus, desde que nascidos de ventre judeu.
• Os Anussim são judeus.
• Deve haver esforço para aproximar os Anussim da Torá, e quem se posiciona contra eles desobedece uma halakhá do Sanhedrin, além de ser culpado pelo pecado gravíssimo de afastar judeus legítimos.
• Como existe deliberação da Corte Mosaica (halakhá), a opinião da pessoa X ou Y sobre o tema é irrelevante, pois somente a Corte Mosaica pode estabelecer jurisprudência para todo o povo judeu.
• Os Anussim devem buscar confirmação (hazaqá) de que são nascidos de ventre
judeu. • A confirmação pode vir de várias maneiras. Inclusive, pelo testemunho de familiares, ou pelo fato da pessoa pertencer a famílias que se sabe, com certeza, serem de Anussim.
• A pessoa só precisa apresentar provas perante uma comunidade se pretende se casar.
• Não existe ‘Certificado de Retorno’. Tal documento ou é conversão disfarçada, ou não tem qualquer validade legal dentro do Judaísmo.
Tais informações vêm direto da halakhá, e portanto não cabe contestação.
Somente uma outra Corte Mosaica (Sanhedrin), maior em conhecimento e importância que a anterior, poderia rever tal deliberação.
Não é o autor quem traz tais informações, e sim Rambam (Maimônides) que, reconhecidamente, fez a única complicação completa da halakhá da Corte Mosaica de que se tem notícia até os dias atuais.
Os Anussim não devem, contudo, esperar que comunidades de judeus do Leste Europeu (Ashkenazim) venham ao seu socorro, ou estejam preparadas para lidar com a situação.
Devem montar suas próprias comunidades, mesmo que comecem pequeno e cresçam aos poucos.© 2014 Kol haTorah - http://www.kol-hatorah.org - Proibida Reprodução sem Autorização Prévia
quarta-feira, 18 de março de 2015
CURIOSIDADES DA TANACK
Curiosidades do Tanack "Bíblia Hebraica"
Gerais
1. Quais os livros da Bíblia que tem apenas 1 capítulo ?
R: Obadias, Filemom, II João, III João e Judas.
2. Quais os livros da Bíblia que terminam com um ponto de interrogação ?
R: Lamentações, Jonas e Naum.
4. Qual o maior livro da Bíblia ?
R: Salmos (possui 150 capítulos).
5. Qual o menor capítulo da Bíblia ?
R: Salmo 117 (possui 2 versículos).
6. Qual o maior capítulo da Bíblia ?
R: Salmo 119 (possui 176 versículos).
7. Qual o menor versículo da Bíblia ?
R: Êxodo 20-13 (possui 10 letras).
8. Qual o maior versículo da Bíblia ?
R: Ester 8-9 (possui 415 caracteres).
9. Quantas palavras a Bíblia contêm aproximadamente ?
R: 773.693 palavras.
10. Quantas letras a Bíblia contêm aproximadamente ?
R: 3.566.480 letras.
11. Quantos capítulos e quantos versículos a Bíblia possui ?
R: 1.189 capítulos e 31.102 versículos.
12. Em quais os livros da Bíblia não encontramos a palavra Deus ?
R: Ester e Cantares de Salomão.
Gênesis
13. Quem foi o primeiro bígamo citado na Bíblia e quais eram os nomes das esposas ?
R: Lameque. Ada e Zilá. Gênesis 4-19.
14. Quem foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado ?
R: Jabal. Gênesis 4-20.
15. Quem foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta ?
R: Jubal. Gênesis 4-21.
16. Quem era rei e sacerdote ao mesmo tempo ?
R: Melquisedeque. Gênesis 14-18.
17. Qual é a única mulher cuja idade é mencionada na Bíblia ?
R: Sara. Gênesis 23-1.
18. Onde lemos na Bíblia de camelos se ajoelhando ?
R: Gênesis 24-11.
19. Quais os nomes dos filhos de Abraão ?
R: Zinrá, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque, Sua (filhos de Quetura), Isaque (filho de Sara) e Ismael (filho de Hagar). Gênesis 25-2,9.
Êxodo
20. Qual a mãe que recebeu um salário para criar o seu próprio filho ?
R: Joquebede, mãe de Moisés. Êxodo 2-8,9,10.
21. Qual o nome do homem acusado por sua esposa de derramar sangue ?
R: Moisés. Êxodo 4-24,25.
22. Qual o sobrinho que se casou com a sua tia ?
R: Anrão, pai de Moisés. Êxodo 6-20.
23. Onde se lê na Bíblia que as águas, por serem amargas, não serviam para consumo, porém tornaram-se doces depois ?
R: Êxodo 15-23,24,25.
24. Onde se encontra a lei, por meio da qual um escravo ganhava liberdade por perder um dente ?
R: Êxodo 21-27.
25. Onde se lê na Bíblia que os israelitas foram advertidos para obedecerem a um Anjo ?
R: Êxodo 23-20,21.
Números
26. Qual o rei teve os seus inimigos abençoados pelo profeta que ele tinha chamado para os amaldiçoar ?
R: Balaque, rei de Moabe. Números 22-5,6,12 + Números 23-11,12.
27. Qual o cavaleiro que teve o seu pé imprensado contra o muro?
R: Balaão. Números 22-25.
Deuteronômio
28. Onde se lê na Bíblia sobre a conservação da natureza ?
R: Deuteronômio 20-19.
29. Quais os alimentos que o povo de Israel não comeu durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto ?
R: Pão e vinho. Deuteronômio 29-5,6.
30. Quais as 4 cidades mencionadas na Bíblia que foram destruídas por causa da ira de Deus ?
R: Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim. Deuteronômio 29-23.
31. Quem foi sepultado por Deus em um vale ?
R: Moisés. Deuteronômio 34-5,6.
Josué
32. Que homem, citado na Bíblia, era o mais alto no meio do seu povo (que era formado por gigantes) ?
R: Arba. Josué 14-15.
33. Onde se lê na Bíblia o nome de um estado brasileiro e de sua capital ?
R: Pará - Josué 18-23 e Belém - Josué 19-15.
Juízes
34. Que rei reconheceu que Deus fez com ele o mesmo que ele tinha feito aos seus inimigos ?
R: Adoni-Bezeque, rei de Bezeque. Juízes 1-6,7.
35. Qual o rei citado na Bíblia pelo seu peso ?
R: Eglom, rei dos moabitas. Juízes 3-17.
36. Qual o juiz de Israel que libertou o seu povo, usando um ferrão de tocar bois ?
R: Sangar. Juízes 3-31.
37. Qual o comandante de Israel que disse que só iria à batalha se uma mulher fosse com ele ?
R: Baraque. Juízes 4-4,6,8,9.
38. Qual a mulher que acolheu o seu inimigo e depois o matou ?
R: Jael. Juízes 4-18,21.
39. Qual a mãe que aguardava ansiosamente seu filho, olhando pela janela ?
R: Mãe de Sísera. Juízes 5-28.
40. Qual o filho de um juiz de Israel que, depois da morte do seu pai, se declarou rei junto a seus irmãos e depois os matou ?
R: Abimeleque. Juízes 9-1,2,3,4,5,6.
41. Qual o juiz de Israel tinha 30 filhos, que cavalgavam 30 jumentas e tinham 30 cidades ?
R: Jair. Juízes 10-4.
42. Que personagem bíblico prometeu sacrificar ao Senhor a 1ª pessoa que visse ao voltar vitorioso da batalha e quem foi sacrificado ?
R: Jefté. Sua filha. Juízes 11-30,31,32,34,35,39,40.
43. Qual o homem que, depois de morto, matou mais pessoas que em sua vida ?
R: Sansão. Juízes 16-30.
Rute
44. Qual era o nome da bisavó de Davi ?
R: Rute. Rute 4-13,16,17.
I Samuel
45. Qual o juiz que morreu após cair da cadeira para trás ?
R: Eli. I Samuel 4-18.
46. Que mulher que, ao saber que a Arca do Senhor tinha sido tomada e de que seu marido e seu sogro tinham morrido, teve um parto prematuro e, depois, morreu ?
R: A mulher de Finéias. I Samuel 4-19,20.
47. Que povo foi derrotado na batalha por causa dos trovões ?
R: Os filisteus. I Samuel 7-10.
48. Quem ganhou um reino quando procurava as jumentas do seu pai ?
R: Saul. I Samuel 9-2,3,17.
49. Qual o homem que, engatinhando, venceu uma batalha e contra que povo ele estava guerreando ?
R: Jônatas, filho do rei Saul. Filisteus. I Samuel 14-13,14.
50. Onde se menciona o queijo na Bíblia pela 1ª vez ?
R: I Samuel 17-18.
II Samuel
51. Quem foi condenado à morte por ter matado um rei de Israel ?
R: Um moço amalequita. II Samuel 1-1 a 16.
52. Quais os 2 irmãos que, depois de mortos, tiveram suas mãos e pés decepados ?
R: Recabe e Baaná. II Samuel 4-8,9,10,11,12.
53. Que homem israelita era celebrado por sua beleza ?
R: Absalão. II Samuel 14-25.
54. Quem cortava os cabelos no fim de cada ano, pois os mesmos muito lhe pesavam ?
R: Absalão. II Samuel 14-25,26.
55. Qual o nome do amigo do rei Davi, que disse que estaria a seu lado em qualquer situação ?
R: Itai. II Samuel 15-21.
56. Quais os 2 homens que, ajudados por uma mulher, se enconderam em um poço, conseguindo, assim, enganar os seus inimigos ?
R: Jônatas e Aimaás. II Samuel 17-17,18,19,20,21.
57. Quem foi o 1º homem, citado na Bíblia, que se enforcou ?
R: Aitofel. II Samuel 17-23.
58. Quem matou o irmão quando o beijava ?
R: Joabe. II Samuel 20-9,10.
59. Quem matou um gigante que tinha 6 dedos em cada mão e em cada pé ?
R: Jônatas, irmão de Davi. II Samuel 21-20,21.
60. Quais os 3 melhores guerreiros do exército do rei Davi ?
R: Josebe-Bassebete, Eleazar e Samá. II Samuel 23-8,9,10,11,12.
I Reis
61. Qual o personagem bíblico que morreu por ir em busca dos seus escravos fugitivos ?
R: Simei. I Reis 2-40,42,46.
62. Quantos provérbios escreveu Salomão ?
R: Três mil. I Reis 4-32.
63. Quantos cânticos Salomão compôs ?
R: Mil e cinco. I Reis 4-32.
64. Por que o rei Davi não pôde construir um Templo para Deus ?
R: Por causa das muitas guerras que ele teve de enfrentar contra os seus inimigos. I Reis 5-3.
65. De onde foi tirada a madeira para a construção do 1º Templo de Jerusalém ?
R: Do Líbano. I Reis 5-6.
66. Quais os reis que praticaram comércio marítimo entre os seus reinos ?
R: Hirão, rei de Tiro e Salomão, rei de Israel. I Reis 9-27.
67. Quantas vezes Deus apareceu a Salomão ?
R: Duas vezes. I Reis 11-9.
68. Qual o nome do rei de Israel cujo filho morreu quando sua mãe entrou em casa ?
R: Jeroboão. I Reis 14-1,2,17.
69. Qual o rei de Israel que morreu queimado em seu próprio castelo ?
R: Zinri. I Reis 16-18.
II Reis
70. Onde se lê na Bíblia a morte de um grupo de rapazes por terem zombado de um servo do Senhor, chamando-o de careca ?
R: II Reis 2-23,24.
71. Quem morreu de dor de cabeça ?
R: O filho da mulher de Suném. II Reis 4-17,18,19,20.
72. Quem foi a 1ª pessoa na Bíblia que realizou o milagre da multiplicação de pães ?
R: Eliseu. II Reis 4-42,43,44.
73. Quem fez o ferro flutuar na água ?
R: Eliseu. II Reis 6-6.
74. Qual o nome que deram à serpente de bronze levantada por Moisés no deserto ?
R: Neustã.II Reis 18-4.
75. Quem, pela oração, teve sua vida aumentada por 15 anos ?
R: Rei Ezequias. II Reis 20-1,2,3,4,5,6.
76. Qual o rei que adivinhava pelas nuvens, praticava feitiçaria e queimou o seu filho em sacrifício ?
R: Manassés, rei de Judá. II Reis 21-6,11.
I Crônicas
77. Por que Rubens, o filho mais velho de Jacó, perdeu a sua primogenitura ?
R: Por ter profanado o leito do seu pai. I Crônicas 5-1.
78. Qual o nome da mulher fundadora de duas cidades ?
R: Seerá. I Crônicas 7-24.
79. Por que o rei Saul morreu ?
R: Por causa da sua transgressão contra o Senhor, por não ter guardado a Palavra do Senhor e por ter consultado uma necromante. I Crônicas 10-13,14.
80. Quem perdeu a vida por ter tocado na arca de Deus ?
R: Uzá. I Crônicas 13-9,10.
81. Quem recebeu a visita de um anjo quando debulhava trigo ?
R: Ornã. I Crônicas 21-20.
82. Qual homem que, além de profetizar, regia os seus 6 filhos com harpas em ações de graças e louvores ao Senhor ?
R: Jedutum. I Crônicas 25-3.
II Crônicas
83. Quais as 3 festas anuais que a Lei Mosaica estabelecia e o rei Salomão obedecia ?
R: Festa dos Pães Asmos, Festa das Semanas (Pentecostes) e Festa dos Tabernáculos. II Crônicas 8-13.
84. Qual o profeta que foi esbofetiado ?
R: Micaías. II Crônicas 18-23,24.
Esdras
85. Onde se lê que o barulho do choro não era ouvido, porque os gritos de alegria eram maiores ?
R: Esdras 3-12,13.
Ester
86. Quais os nomes dos 3 reis citados na Bíblia, que tiveram insônia ?
R: Assuero, rei da Pérsia - Ester 6-1,2 ; Nabucodonosor, rei da Babilônia - Daniel 2-1 e Dario, rei da Pérsia - Daniel 6-18.
87. Quem morreu pelo instrumento que pretendia matar seu inimigo ?
R: Hamã. Ester 7-10.
Jó
88. Qual o nome do servo de Deus que teve seus filhos mortos por um tufão ?
R: Jó. Jó 1-18,19.
89. Quem chamou os médicos de mentirosos ?
R: Jó. Jó 13-4.
90. Que personagem bíblico que se vestia de justiça e era pai dos necessitados ?
R: Jó. Jó 29-14,16.
91. Qual a ave, citada na Bíblia, que trata os seus filhos como se não fossem seus ?
R: A avestruz. Jó 39-13,14,15,16.
Salmos
92. Quais os 2 salmos que são idênticos ?
R: Salmo 14 e Salmo 53.
93. Qual é o versículo que se encontra no meio da Bíblia ?
R: Salmo 118-8.
94. Onde se lê na Bíblia que as estrelas têm nomes ?
R: Salmo 147-4.
Provérbios
95. Onde se lê que o coração alegre é bom remédio ?
R: Provérbios 17-22.
Eclesiastes
96. Onde se lê que a mágoa é melhor que o riso ?
R: Eclesiastes 7-3.
Isaías
97. Qual rei que teve o seu coração agitado como árvores no bosque ?
R: Rei Acaz. Isaías 7-2.
98. Onde se lê que o lobo, o cordeiro e o leão comerão palha juntos ?
R: Isaías 65-25.
Jeremias
99. Qual a mãe animal que abandona suas crias por falta de água ?
R: Veada. Jeremias 14-4,5.
100. Que falso profeta lutou contra um profeta de Deus e morreu naquele mesmo ano por sua rebeldia contra o Senhor ?
R: Hananias. Jeremias 28-15,16,17.
101. Qual o profeta mentiroso que Deus disse que não teria mais descendentes e não veriam o bem que Ele iria fazer ?
R: Semaías. Jeremias 29-31,32.
102. Onde a Bíblia compara o coração dos valentes com o coração da mulher que está com dores de parto ?
R: Jeremias 49-22.
103. Que profeta escreveu um livro falando dos males que aconteceriam a uma determinada cidade ? Qual o nome da cidade e qual o nome do rio dessa cidade onde o livro deveria ser lançado, após sua leitura em voz alta ?
R: Jeremias. Babilônia e rio Eufrates. Jeremias 51-60,61,62,63,64.
104. Qual o nome do 1º aposentado da Bíblia ?
R: Rei Joaquim. Jeremias 52-33,34.
Ezequiel
105. Quem recebeu uma ordem de Deus de usar uma balança para fazer um penteado ?
R: Filho do homem, isto é, Ezequiel. Ezequiel 5-1.
106. Que profeta a quem Deus determinou que profetizasse contra Israel ?
R: Ezequiel. Ezequiel 21-1,2,3.
107. Onde se lê na Bíblia que o Senhor ficou a favor da Babilônia e contra o povo do Egito ?
R: Ezequiel 30-25.
Daniel
108. Qual o rei que teve suas unhas crescidas como as das aves ?
R: Nabucodonosor, rei da Babilônia. Daniel 4-33.
109. Quem perdeu o sono por causa de um jejum ?
R: Rei Dario. Daniel 6-18.
110. Que rei mandou matar um servo de Deus e depois não conseguiu comer nem dormir ?
R: Rei Dario. Daniel 6-16 a 19.
Oséias
111. Qual o povo foi comparado a uma vaca rebelde ?
R: O povo de Israel. Oséias 4-16.
112. Qual o povo que iria tremer de medo por causa de um simples bezerro ?
R: O povo de Samaria. Oséias 10-5.
113. Qual o rei que foi comparado a um pedaço de madeira na superfície da água ?
R: O rei de Samaria. Oséias 10-7.
Amós
114. De onde eram as mulheres que oprimiam pobres e induziam os seus maridos a beberem e a que animal elas foram comparadas ?
R: Basã. Vaca. Amós 4-1.
115. Quem, em visão, contemplou o Senhor com um instrumento de pedreiro na mão ?
R: Amós. Amós 7-7,8.
116. Onde lemos na Bíblia que Israel passou 3 meses sem chover ?
R: Amós 4-7.
Miquéias
117. Onde se lê que os sacerdotes ensinavam por interesse e os profetas adivinhavam por dinheiro ?
R: Miquéias 3-11.
Zacarias
118. Qual a frase que será gravada nos apetrechos dos cavalos no dia do Senhor ?
R: Santo ao Senhor. Zacarias 14-20.
Gerais
1. Quais os livros da Bíblia que tem apenas 1 capítulo ?
R: Obadias, Filemom, II João, III João e Judas.
2. Quais os livros da Bíblia que terminam com um ponto de interrogação ?
R: Lamentações, Jonas e Naum.
4. Qual o maior livro da Bíblia ?
R: Salmos (possui 150 capítulos).
5. Qual o menor capítulo da Bíblia ?
R: Salmo 117 (possui 2 versículos).
6. Qual o maior capítulo da Bíblia ?
R: Salmo 119 (possui 176 versículos).
7. Qual o menor versículo da Bíblia ?
R: Êxodo 20-13 (possui 10 letras).
8. Qual o maior versículo da Bíblia ?
R: Ester 8-9 (possui 415 caracteres).
9. Quantas palavras a Bíblia contêm aproximadamente ?
R: 773.693 palavras.
10. Quantas letras a Bíblia contêm aproximadamente ?
R: 3.566.480 letras.
11. Quantos capítulos e quantos versículos a Bíblia possui ?
R: 1.189 capítulos e 31.102 versículos.
12. Em quais os livros da Bíblia não encontramos a palavra Deus ?
R: Ester e Cantares de Salomão.
Gênesis
13. Quem foi o primeiro bígamo citado na Bíblia e quais eram os nomes das esposas ?
R: Lameque. Ada e Zilá. Gênesis 4-19.
14. Quem foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado ?
R: Jabal. Gênesis 4-20.
15. Quem foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta ?
R: Jubal. Gênesis 4-21.
16. Quem era rei e sacerdote ao mesmo tempo ?
R: Melquisedeque. Gênesis 14-18.
17. Qual é a única mulher cuja idade é mencionada na Bíblia ?
R: Sara. Gênesis 23-1.
18. Onde lemos na Bíblia de camelos se ajoelhando ?
R: Gênesis 24-11.
19. Quais os nomes dos filhos de Abraão ?
R: Zinrá, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque, Sua (filhos de Quetura), Isaque (filho de Sara) e Ismael (filho de Hagar). Gênesis 25-2,9.
Êxodo
20. Qual a mãe que recebeu um salário para criar o seu próprio filho ?
R: Joquebede, mãe de Moisés. Êxodo 2-8,9,10.
21. Qual o nome do homem acusado por sua esposa de derramar sangue ?
R: Moisés. Êxodo 4-24,25.
22. Qual o sobrinho que se casou com a sua tia ?
R: Anrão, pai de Moisés. Êxodo 6-20.
23. Onde se lê na Bíblia que as águas, por serem amargas, não serviam para consumo, porém tornaram-se doces depois ?
R: Êxodo 15-23,24,25.
24. Onde se encontra a lei, por meio da qual um escravo ganhava liberdade por perder um dente ?
R: Êxodo 21-27.
25. Onde se lê na Bíblia que os israelitas foram advertidos para obedecerem a um Anjo ?
R: Êxodo 23-20,21.
Números
26. Qual o rei teve os seus inimigos abençoados pelo profeta que ele tinha chamado para os amaldiçoar ?
R: Balaque, rei de Moabe. Números 22-5,6,12 + Números 23-11,12.
27. Qual o cavaleiro que teve o seu pé imprensado contra o muro?
R: Balaão. Números 22-25.
Deuteronômio
28. Onde se lê na Bíblia sobre a conservação da natureza ?
R: Deuteronômio 20-19.
29. Quais os alimentos que o povo de Israel não comeu durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto ?
R: Pão e vinho. Deuteronômio 29-5,6.
30. Quais as 4 cidades mencionadas na Bíblia que foram destruídas por causa da ira de Deus ?
R: Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim. Deuteronômio 29-23.
31. Quem foi sepultado por Deus em um vale ?
R: Moisés. Deuteronômio 34-5,6.
Josué
32. Que homem, citado na Bíblia, era o mais alto no meio do seu povo (que era formado por gigantes) ?
R: Arba. Josué 14-15.
33. Onde se lê na Bíblia o nome de um estado brasileiro e de sua capital ?
R: Pará - Josué 18-23 e Belém - Josué 19-15.
Juízes
34. Que rei reconheceu que Deus fez com ele o mesmo que ele tinha feito aos seus inimigos ?
R: Adoni-Bezeque, rei de Bezeque. Juízes 1-6,7.
35. Qual o rei citado na Bíblia pelo seu peso ?
R: Eglom, rei dos moabitas. Juízes 3-17.
36. Qual o juiz de Israel que libertou o seu povo, usando um ferrão de tocar bois ?
R: Sangar. Juízes 3-31.
37. Qual o comandante de Israel que disse que só iria à batalha se uma mulher fosse com ele ?
R: Baraque. Juízes 4-4,6,8,9.
38. Qual a mulher que acolheu o seu inimigo e depois o matou ?
R: Jael. Juízes 4-18,21.
39. Qual a mãe que aguardava ansiosamente seu filho, olhando pela janela ?
R: Mãe de Sísera. Juízes 5-28.
40. Qual o filho de um juiz de Israel que, depois da morte do seu pai, se declarou rei junto a seus irmãos e depois os matou ?
R: Abimeleque. Juízes 9-1,2,3,4,5,6.
41. Qual o juiz de Israel tinha 30 filhos, que cavalgavam 30 jumentas e tinham 30 cidades ?
R: Jair. Juízes 10-4.
42. Que personagem bíblico prometeu sacrificar ao Senhor a 1ª pessoa que visse ao voltar vitorioso da batalha e quem foi sacrificado ?
R: Jefté. Sua filha. Juízes 11-30,31,32,34,35,39,40.
43. Qual o homem que, depois de morto, matou mais pessoas que em sua vida ?
R: Sansão. Juízes 16-30.
Rute
44. Qual era o nome da bisavó de Davi ?
R: Rute. Rute 4-13,16,17.
I Samuel
45. Qual o juiz que morreu após cair da cadeira para trás ?
R: Eli. I Samuel 4-18.
46. Que mulher que, ao saber que a Arca do Senhor tinha sido tomada e de que seu marido e seu sogro tinham morrido, teve um parto prematuro e, depois, morreu ?
R: A mulher de Finéias. I Samuel 4-19,20.
47. Que povo foi derrotado na batalha por causa dos trovões ?
R: Os filisteus. I Samuel 7-10.
48. Quem ganhou um reino quando procurava as jumentas do seu pai ?
R: Saul. I Samuel 9-2,3,17.
49. Qual o homem que, engatinhando, venceu uma batalha e contra que povo ele estava guerreando ?
R: Jônatas, filho do rei Saul. Filisteus. I Samuel 14-13,14.
50. Onde se menciona o queijo na Bíblia pela 1ª vez ?
R: I Samuel 17-18.
II Samuel
51. Quem foi condenado à morte por ter matado um rei de Israel ?
R: Um moço amalequita. II Samuel 1-1 a 16.
52. Quais os 2 irmãos que, depois de mortos, tiveram suas mãos e pés decepados ?
R: Recabe e Baaná. II Samuel 4-8,9,10,11,12.
53. Que homem israelita era celebrado por sua beleza ?
R: Absalão. II Samuel 14-25.
54. Quem cortava os cabelos no fim de cada ano, pois os mesmos muito lhe pesavam ?
R: Absalão. II Samuel 14-25,26.
55. Qual o nome do amigo do rei Davi, que disse que estaria a seu lado em qualquer situação ?
R: Itai. II Samuel 15-21.
56. Quais os 2 homens que, ajudados por uma mulher, se enconderam em um poço, conseguindo, assim, enganar os seus inimigos ?
R: Jônatas e Aimaás. II Samuel 17-17,18,19,20,21.
57. Quem foi o 1º homem, citado na Bíblia, que se enforcou ?
R: Aitofel. II Samuel 17-23.
58. Quem matou o irmão quando o beijava ?
R: Joabe. II Samuel 20-9,10.
59. Quem matou um gigante que tinha 6 dedos em cada mão e em cada pé ?
R: Jônatas, irmão de Davi. II Samuel 21-20,21.
60. Quais os 3 melhores guerreiros do exército do rei Davi ?
R: Josebe-Bassebete, Eleazar e Samá. II Samuel 23-8,9,10,11,12.
I Reis
61. Qual o personagem bíblico que morreu por ir em busca dos seus escravos fugitivos ?
R: Simei. I Reis 2-40,42,46.
62. Quantos provérbios escreveu Salomão ?
R: Três mil. I Reis 4-32.
63. Quantos cânticos Salomão compôs ?
R: Mil e cinco. I Reis 4-32.
64. Por que o rei Davi não pôde construir um Templo para Deus ?
R: Por causa das muitas guerras que ele teve de enfrentar contra os seus inimigos. I Reis 5-3.
65. De onde foi tirada a madeira para a construção do 1º Templo de Jerusalém ?
R: Do Líbano. I Reis 5-6.
66. Quais os reis que praticaram comércio marítimo entre os seus reinos ?
R: Hirão, rei de Tiro e Salomão, rei de Israel. I Reis 9-27.
67. Quantas vezes Deus apareceu a Salomão ?
R: Duas vezes. I Reis 11-9.
68. Qual o nome do rei de Israel cujo filho morreu quando sua mãe entrou em casa ?
R: Jeroboão. I Reis 14-1,2,17.
69. Qual o rei de Israel que morreu queimado em seu próprio castelo ?
R: Zinri. I Reis 16-18.
II Reis
70. Onde se lê na Bíblia a morte de um grupo de rapazes por terem zombado de um servo do Senhor, chamando-o de careca ?
R: II Reis 2-23,24.
71. Quem morreu de dor de cabeça ?
R: O filho da mulher de Suném. II Reis 4-17,18,19,20.
72. Quem foi a 1ª pessoa na Bíblia que realizou o milagre da multiplicação de pães ?
R: Eliseu. II Reis 4-42,43,44.
73. Quem fez o ferro flutuar na água ?
R: Eliseu. II Reis 6-6.
74. Qual o nome que deram à serpente de bronze levantada por Moisés no deserto ?
R: Neustã.II Reis 18-4.
75. Quem, pela oração, teve sua vida aumentada por 15 anos ?
R: Rei Ezequias. II Reis 20-1,2,3,4,5,6.
76. Qual o rei que adivinhava pelas nuvens, praticava feitiçaria e queimou o seu filho em sacrifício ?
R: Manassés, rei de Judá. II Reis 21-6,11.
I Crônicas
77. Por que Rubens, o filho mais velho de Jacó, perdeu a sua primogenitura ?
R: Por ter profanado o leito do seu pai. I Crônicas 5-1.
78. Qual o nome da mulher fundadora de duas cidades ?
R: Seerá. I Crônicas 7-24.
79. Por que o rei Saul morreu ?
R: Por causa da sua transgressão contra o Senhor, por não ter guardado a Palavra do Senhor e por ter consultado uma necromante. I Crônicas 10-13,14.
80. Quem perdeu a vida por ter tocado na arca de Deus ?
R: Uzá. I Crônicas 13-9,10.
81. Quem recebeu a visita de um anjo quando debulhava trigo ?
R: Ornã. I Crônicas 21-20.
82. Qual homem que, além de profetizar, regia os seus 6 filhos com harpas em ações de graças e louvores ao Senhor ?
R: Jedutum. I Crônicas 25-3.
II Crônicas
83. Quais as 3 festas anuais que a Lei Mosaica estabelecia e o rei Salomão obedecia ?
R: Festa dos Pães Asmos, Festa das Semanas (Pentecostes) e Festa dos Tabernáculos. II Crônicas 8-13.
84. Qual o profeta que foi esbofetiado ?
R: Micaías. II Crônicas 18-23,24.
Esdras
85. Onde se lê que o barulho do choro não era ouvido, porque os gritos de alegria eram maiores ?
R: Esdras 3-12,13.
Ester
86. Quais os nomes dos 3 reis citados na Bíblia, que tiveram insônia ?
R: Assuero, rei da Pérsia - Ester 6-1,2 ; Nabucodonosor, rei da Babilônia - Daniel 2-1 e Dario, rei da Pérsia - Daniel 6-18.
87. Quem morreu pelo instrumento que pretendia matar seu inimigo ?
R: Hamã. Ester 7-10.
Jó
88. Qual o nome do servo de Deus que teve seus filhos mortos por um tufão ?
R: Jó. Jó 1-18,19.
89. Quem chamou os médicos de mentirosos ?
R: Jó. Jó 13-4.
90. Que personagem bíblico que se vestia de justiça e era pai dos necessitados ?
R: Jó. Jó 29-14,16.
91. Qual a ave, citada na Bíblia, que trata os seus filhos como se não fossem seus ?
R: A avestruz. Jó 39-13,14,15,16.
Salmos
92. Quais os 2 salmos que são idênticos ?
R: Salmo 14 e Salmo 53.
93. Qual é o versículo que se encontra no meio da Bíblia ?
R: Salmo 118-8.
94. Onde se lê na Bíblia que as estrelas têm nomes ?
R: Salmo 147-4.
Provérbios
95. Onde se lê que o coração alegre é bom remédio ?
R: Provérbios 17-22.
Eclesiastes
96. Onde se lê que a mágoa é melhor que o riso ?
R: Eclesiastes 7-3.
Isaías
97. Qual rei que teve o seu coração agitado como árvores no bosque ?
R: Rei Acaz. Isaías 7-2.
98. Onde se lê que o lobo, o cordeiro e o leão comerão palha juntos ?
R: Isaías 65-25.
Jeremias
99. Qual a mãe animal que abandona suas crias por falta de água ?
R: Veada. Jeremias 14-4,5.
100. Que falso profeta lutou contra um profeta de Deus e morreu naquele mesmo ano por sua rebeldia contra o Senhor ?
R: Hananias. Jeremias 28-15,16,17.
101. Qual o profeta mentiroso que Deus disse que não teria mais descendentes e não veriam o bem que Ele iria fazer ?
R: Semaías. Jeremias 29-31,32.
102. Onde a Bíblia compara o coração dos valentes com o coração da mulher que está com dores de parto ?
R: Jeremias 49-22.
103. Que profeta escreveu um livro falando dos males que aconteceriam a uma determinada cidade ? Qual o nome da cidade e qual o nome do rio dessa cidade onde o livro deveria ser lançado, após sua leitura em voz alta ?
R: Jeremias. Babilônia e rio Eufrates. Jeremias 51-60,61,62,63,64.
104. Qual o nome do 1º aposentado da Bíblia ?
R: Rei Joaquim. Jeremias 52-33,34.
Ezequiel
105. Quem recebeu uma ordem de Deus de usar uma balança para fazer um penteado ?
R: Filho do homem, isto é, Ezequiel. Ezequiel 5-1.
106. Que profeta a quem Deus determinou que profetizasse contra Israel ?
R: Ezequiel. Ezequiel 21-1,2,3.
107. Onde se lê na Bíblia que o Senhor ficou a favor da Babilônia e contra o povo do Egito ?
R: Ezequiel 30-25.
Daniel
108. Qual o rei que teve suas unhas crescidas como as das aves ?
R: Nabucodonosor, rei da Babilônia. Daniel 4-33.
109. Quem perdeu o sono por causa de um jejum ?
R: Rei Dario. Daniel 6-18.
110. Que rei mandou matar um servo de Deus e depois não conseguiu comer nem dormir ?
R: Rei Dario. Daniel 6-16 a 19.
Oséias
111. Qual o povo foi comparado a uma vaca rebelde ?
R: O povo de Israel. Oséias 4-16.
112. Qual o povo que iria tremer de medo por causa de um simples bezerro ?
R: O povo de Samaria. Oséias 10-5.
113. Qual o rei que foi comparado a um pedaço de madeira na superfície da água ?
R: O rei de Samaria. Oséias 10-7.
Amós
114. De onde eram as mulheres que oprimiam pobres e induziam os seus maridos a beberem e a que animal elas foram comparadas ?
R: Basã. Vaca. Amós 4-1.
115. Quem, em visão, contemplou o Senhor com um instrumento de pedreiro na mão ?
R: Amós. Amós 7-7,8.
116. Onde lemos na Bíblia que Israel passou 3 meses sem chover ?
R: Amós 4-7.
Miquéias
117. Onde se lê que os sacerdotes ensinavam por interesse e os profetas adivinhavam por dinheiro ?
R: Miquéias 3-11.
Zacarias
118. Qual a frase que será gravada nos apetrechos dos cavalos no dia do Senhor ?
R: Santo ao Senhor. Zacarias 14-20.
Assinar:
Postagens (Atom)
Targum Faz Rute
Targum Rute Tradução de Samson H. Levey Capítulo 1. 1- Aconteceu nos dias do juiz de juízes que havia uma grande fome na terra de I...
-
O Fifty Gates of Wisdom "50 portões da sabedoria." Embora nuvens agourentas pode forrar o céu, meu amor vai encher o meu de...
-
Sefer ha-Bahir - "O Livro da Iluminação" Atribuído ao rabino Nehunia ben haKana Qual é o Sefer ha-Bahir? O Bahir é um d...
-
SALMO 119 E AS 22 LETRAS DO ALFABETO HEBRAICO SALMO 119 (OU 118 EM ALGUMAS BÍBLIAS) E AS 22 LETRAS DO ALFABETO HEBRAICO OS ANTIGOS...