Profeta Daniel
A opinião tradicional é que o livro foi escrito no século VI a.e.c., e que Daniel foi realmente o autor. As evidências em favor dessa opinião são as seguintes:
- Afirmações presentes no próprio Livro. O profeta Daniel fala em primeira pessoa em muitas passagens (Daniel 8:1-7, 13-19, 27; 9:2-22; 10:2-5). Afirma que recebeu pessoalmente a ordem divina de preservar o livro (Daniel 12). O fato de que existam seções nas quais o autor se refira a si mesmo em terceira pessoa não é estranho, já que esse estilo é freqüente em obras antigas.
- O autor conhece bem a história. Somente um homem do século VI a.e.c., bem versado em assuntos babilônicos, poderia ter escrito quanto a alguns dos fatos históricos que se encontram no livro. O conhecimento desses fatos se perdeu depois do século VI a.e.c., pois não se registrou em outra literatura antiga posterior. Descobertas arqueológicas mais ou menos recentes trouxeram estes fatos novamente à luz.
Daniel no Capítulo 7 menciona a marcha de grandes potências, que realmente aconteceram. A Tomada da Babilônia por Ciro, o governante Medo-Persa até as mais conhecidas potências militares ascendentes da divisão do império de Alexandre o Grande, descrito no livro de Daniel como um "leopardo com asas" devido a rapidez de suas conquistas. Daniel escreveu valiosas profecias que estavam muito além de seu tempo.
O livro se divide basicamente em duas partes. A primeira (Capítulos 1 a 6) é relevantemente histórica. A segunda (Capítulos 7 a 12) tem cunho profético. No entanto o livro constitui uma unidade literária. Por exemplo. Só compreenderá o uso dos copos do templo no banquete de Belsasar se for levado em conta como chegaram a Babilônia etc.
O Profeta é comumente citado por missionários que através de contas complicadas e da invenção de um sistema de dias batizado de "ano profético", distorcem alguns versos de Daniel para justificar crenças estranhas ao judaísmo.
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