Profeta Daniel Resumo Biográfico
Daniel (em hebraico דניאל) é um dos profetas da Bíblia. A sua vida e profecias estão incluídas no Livro Daniel. O significado do nome é "Aquele que é julgado por Du's" ou "D'us assim julgou", ou ainda, "D'us é meu juiz"
No terceiro ano de Joaquim como rei de Judá, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, atacou Jerusalém, e os seus soldados cercaram a cidade. Nabucodonosor conquistou, pilhou a cidade e levou objetos de sua conquista para a Babilônia e mandou colocá-los no templo do seu deus, na sala do tesouro. O rei Nabucodonosor chamou Aspenaz, o chefe dos serviços do palácio, e mandou que escolhesse entre os prisioneiros israelitas alguns jovens da família do rei e também das famílias nobres. Todos eles deviam ter boa aparência e não ter nenhum defeito físico; deviam ser inteligentes, instruídos e ser capazes de servir no palácio. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos babilônios. Entre os que foram escolhidos estavam Daniel da tribo de Judá. Aspenaz lhe deu outro nome babilônico. Daniel ficou no palácio real até o ano em que o rei Ciro começou a governar a Babilônia. Ele sempre foi respeitado, até mesmo pelos governantes, por sua sabedoria. Não existem registros da data e circunstâncias de sua morte. Mas ele possívelmente morreu em Susa, com oitenta e cinco anos, onde existe uma provável tumba (imagem acima) onde estaria seu corpo, este lugar é conhecido como 'Shush-Daniel'.
O Livro de Daniel
O livro leva o nome de seu protagonista, no entanto vários livros do Tanach recebem o nome de seu principal herói como título, como por exemplo os livros de Josué, Samuel, Ester etc. Mas tal título não indica necessariamente que essa pessoa foi a autora do livro. No caso de Daniel além de protagonista ele é o provável autor do Livro. As evidências em favor dessa opinião são as seguintes:
O livro leva o nome de seu protagonista, no entanto vários livros do Tanach recebem o nome de seu principal herói como título, como por exemplo os livros de Josué, Samuel, Ester etc. Mas tal título não indica necessariamente que essa pessoa foi a autora do livro. No caso de Daniel além de protagonista ele é o provável autor do Livro. As evidências em favor dessa opinião são as seguintes:
- O profeta Daniel fala em primeira pessoa em muitas passagens. Afirma que recebeu pessoalmente a ordem divina de preservar o livro. O fato de que existam seções nas quais o autor se refira a si mesmo em terceira pessoa não é estranho, já que esse estilo era frequente.
- Somente um homem bem versado em assuntos babilônicos, poderia ter escrito quanto a fatos históricos que se encontram no livro.
O livro se divide em duas partes fáceis de distinguir. A primeira (Capítulos 1 a 6) é principalmente histórica. A segunda (Capítulos 7 a 12) tem um cunho profético. Apesar disto o livro constitui uma unidade literária. Para defender tal unidade apresentam-se os seguintes argumentos:
- As diferentes partes do livro estão mutuamente relacionadas entre si.
- A parte histórica contém uma profecia (Daniel 2) estreitamente relacionada com o tema das profecias que se encontram na última parte do livro (Daniel 7 a 12). O capítulo 7 amplia o tema tratado no capítulo 2. Há também uma relação evidente entre elementos históricos e proféticos.
A suposta discrepância cronológica entre Daniel 1:1 e Jeremias 25:1.
Jeremías sincroniza o 4.º ano de Joaquim de Judá com o primeiro ano de Nabucodonosor da Babilônia. No entanto, Daniel fala que a primeira conquista de Jerusalém efetuada por Nabucodonosor ocorreu no terceiro ano de Joacim, com o que indubitavelmente afirma que o primeiro ano de Nabucodonosor coincide com o terceiro ano de Joaquim. Antes da descoberta de registos dessa época que revelam variados sistemas de computar anos de reinado dos antigos monarcas, os comentaristas tinham dificuldade para explicar esta aparente discrepância. Tratavam de resolver o problema supondo uma convergência de Nabucodonosor com seu pai Nabopolasar ou pressupondo que Jeremías e Daniel localizavam os acontecimentos segundo diferentes sistemas de datas: Jeremías segundo o sistema judeu e Daniel segundo o babilônico.Resolveu-se a dificuldade ao descobrir que os reis babilonios, como os de Judá desse tempo, contavam os anos de seus reinados segundo o método do ¹"ano de ascensão". O ano em que um rei babilonio ascendia ao trono não se contava oficialmente como seu primeiro ano, mas como o ano de ascensão ao trono. Seu primeiro ano, é o primeiro ano completo no calendário, não começava até o próximo dia de ano novo, quando, numa cerimônia religiosa, tomava as mãos do deus babilônico Bel. Também sabemos por Flávio Josefo e pela Crônica que Nabucodonosor estava empenhado numa campanha militar na Palestina contra o Egito quando seu pai morreu e ele tomou o trono. Portanto, Daniel e Jeremías concordam completamente. Jeremías sincronizou o primeiro ano do reinado de Nabucodonosor com o quarto ano de Joaquim, enquanto Daniel foi tomado cativo no ano que subiu ao trono Nabucodonosor, ano que ele identifica como o terceiro de Joaquim.
Os idiomas do livro.
Como Esdras, uma parte do livro de Daniel foi escrita em hebraico e outra parte em aramaico.
Os idiomas do livro.
Como Esdras, uma parte do livro de Daniel foi escrita em hebraico e outra parte em aramaico.
Uma opinião aparentemente bem orientada é que as diferentes seções do livro foram escritas em diferentes ocasiões. Pelo fato de ser um culto servidor público do governo, Daniel falava e escrevia em vários idiomas. Provavelmente escreveu alguns dos relatos históricos e algumas das visões em hebreu, e outras em aramaico. Partindo desta suposição, o capítulo 1 teria sido escrito em hebreu, provavelmente durante o primeiro ano de Ciro, e os relatos dos capítulos 3 ao 6 em aramaico em diferentes ocasiões. As visões proféticas foram registradas na maior parte em hebreu (Daniel 8 a 12), ainda que a visão do capítulo 7 foi escrita em aramaico. Por outro lado, o relato do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2) foi escrito em hebreu até o ponto em que se cita o discurso dos caldeos (Daniel 2:4) e desde este ponto até o fim da narração o autor usou o aramaico.
Ao final de sua vida, quando Daniel reuniu todos seus escritos para formar um só livro, é possível que não tivesse considerado necessário traduzir certas partes para dar ao livro unidade lingüística, já que sabia que a maior parte de seus leitores entenderiam os dois idiomas.
Aqueles que datam a origem de Daniel no século II a.e.c. têm também o problema de explicar por que um autor hebreu do período macabeo escreveu parte de um livro em hebreu e outra parte do mesmo em aramaico.
Também as peculiaridades ortográficas das seções arameas do livro de Daniel são parecidas às do arameo do Ásia ocidental dos séculos IV e III a.e.c., devido possivelmente a uma modernização do idioma, há diferenças notáveis. A ortografia não pode dizer-nos muito quanto à data quando se escreveu o livro. No máximo, as peculiaridades ortográficas podem indicar quando se fizeram as últimas revisões da ortografia.
Notas"1 - Método de calcular o tempo do governo dos reis. Nos registros históricos era costume, na Babilônia, calcular os anos de governo ou reinado de um rei como anos completos, a partir de 1.° de nissan. Os meses durante os quais o rei talvez tivesse realmente começado a governar antes de 1.° de nissan eram considerados como constituindo seu ano de ascensão, mas eram historicamente creditados ou contados como anos completos de governo do rei que o precedera.” – Estudo Perspicaz das Escrituras, Vol. 1, p. 144. Texto baseado no original em inglês da Enciclopédia Britanica
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