sábado, 27 de agosto de 2011

Profetas: Por que não existem mais:


Por que para vocês não existem profetas?
     
  RESPOSTA:
Existiram 48 profetas de Israel ao longo de nossa história. Yehoshua, Pinchás, David, Shmuel, Elyahu, Yoêl, Amós, Ovadya, Yoná, Chavacuc, Nachum, Zecharyá, Mal'achi,Yesha'yáhu, Yirmiyáhu, Yechezkel, foram alguns deles. O Tanach (Pentateuco, Profetas e Escrituras) está repleto de profecias. Assim, as palavras dos profetas continuam nos guiando através do Tanach. Interessante notar que da mesma forma como muitos homens experimentaram a profecia, também houveram profetisas. Em muitos casos, elas atingiram níveis até mais elevados que os homens. Houveram sete profetisas conforme se encontram mencionadas na Torá: Sara, Miriam, Débora (Dvora), Hana, Abigail, Hulda e Esther.

No entanto, hoje em dia não existe mais profetas, pois nosso mundo não se encontra mais em um nível tão elevado. O que existe é a presença de pessoas muito especiais em cada geração que possuem Ruach Hacodesh, isto é, um nível muito elevado de santidade que faz com que possam dar sábios conselhos e prever certas coisas de antemão. Não se tratam de profecias, mas sim da expressão e revelação de seu profundo conhecimento de Torá. São pessoas que estudam constantemente e observam os ensinamentos de D'us, cuidam detalhadamente para não violar uma única lei, tentam ao máximo e constantemente cumprir todo e qualquer mandamento da Torá, vivem livres de qualquer pecado, em pensamento e ação, completamente ligadas em fazer o bem aos outros sem pensar em si próprias, nutrem um amor profundo a D'us com profundo conhecimento de Sua essência, entre outras qualidades, raras de serem encontradas em pessoas. É o conjunto destas características, habilidades e concentração profunda à serviço de D'us que tornam uma pessoa Divinamente inspirada, diferente, no entanto, dos profetas, cujas visões vinham diretamente de D'us ou primeiramente através de um anjo.

Embora muitas pessoas tivessem o dom da profecia, a Torá apenas menciona aqueles que deixaram uma mensagem para todas as gerações. Por esta razão nossos sábios salientam que além de Moshê e Aharon há 48 profetas mencionados na Torá. A profecia durou por 1000 anos em Israel, do tempo do Êxodo do Egito (2448; 1313 AEC) até 40 anos após a construção do Segundo Templo Sagrado (3448; 313 AEC). O espírito da profecia acabou naquele ano quando os últimos profetas, Hagai, Zecharyá(Zacarias) e Mal'achi (Malaquias), todos morreram no mesmo mês. É muito dificil ocorrer profecias quando a Arca Sagrada não se encontra em seu devido lugar no Templo Sagrado. Por este motivo, quando o Templo foi destruído, a profecia tornou-se muito rara.

Há diversos níveis de Inspiração Divina. O mais alto grau está logo abaixo do grau de profecia que somente será restaurado na era de Moshiach, quando a maioria dos judeus retornar à Terra Santa e for construido o Terceito Templo Sagrado em Jerusalém. Esperamos que seja em breve.

 
   
 









COMO CUMPRIR A LEI HOJE


Com exceção das Leis que dependem do Beit HaMikdash (Grande Templo de Jerusalém), como os sacrifícios, a maioria das mitzvót podem (E SÃO) cumpridas.

A saber:
Acreditar em D'us
Acreditar na unicidade de D'us
Amar a D'us
Temer a D'us
Servir a D'us, rezar
Aproximar-se de D'us: unir-se ao sábio e imitar sua conduta
Jurar em nome de D'us só quando necessário
Assemelhar-se a D'us
Santificar o nome de D'us, divulgar a religião verdadeira, mesmo se ameaçado de morte, principalmente em público
Rezar o Shemá Yisrael 2 vezes por dia
Estudar e ensinar a Torá
Colocar o tefilin da cabeça
Colocar o tefilin do braço
Vestir o tsitsit
Colocar mezuzá nos umbrais das portas
Ter uma Torá para si (escrever, comprar ou solicitar que alguém lhe escreva)
Agradecer a D'us após comer as refeições
Respeitar o local da construção do Templo Sagrado: não ir de bengala, com sapatos, com pés sujos, encurtar o caminho, cuspir, sentar no pátio (exceto o rei descendente de David)
Engrandecer, respeitar e honrar o cohen, mesmo que ele recuse, pois representa D'us
O cohen deve se expor a impurezas na ocasião da morte de seus parentes (enterrar, ficar de luto, etc.)
Participar com alegria das festas de peregrinação: Pêssach, Shavuot e Sucot. Beber vinho, vestir roupas novas, comer carne do sacrifício, dançar, tocar. Alegrar o órfão, a viúva e o prosélito
Arrepender-se e confessar a D'us os pecados cometidos
Santificar o primogênito homem e o do animal nascido em Israel (os puros e, também, o jumento), levando-os para o cohen
Resgatar, após 30 dias do nascimento, o primogênito homem, nascido de parto normal e não filho de cohen ou levi, retirando-o do cohen através do pagamento de 5 moedas de prata
Resgatar o primogênito do jumento dando um cordeiro para o cohen no seu lugar (ou dinheiro)
Abater o primogênito do jumento, caso não se quiser efetuar o seu resgate
Cumprir todos os compromissos verbais (promessas, juramentos, oferta de sacrifícios)
Revogar uma promessa quando necessário
Seguir as leis relativas ao estado de impureza que advém para a mulher em período de menstruação
Seguir as leis relativas ao estado de impureza que advém para a mulher após o parto
Imergir-se nas aguas do micvê para eliminar o estado de impureza
Deixar para os necessitados a colheita nos cantos dos campos, em Israel
Deixar para os necessitados a colheita que caiu no campo, em Israel, desde que a quantidade não ultrapasse um valor especificado
Deixar para os necessitados o fardo da colheita esquecido no campo, em Israel
Deixar para os necessitados os cachos de uvas pequenos e irregulares no campo, quando da colheita, em Israel
Deixar para os necessitados as uvas que caírem durante a colheita (até 2 unidades) nos campos, em Israel
Separar o dizimo da colheita para os pobres, no terceiro e sexto anos após o ano sabático, no lugar do maasser sheni
Considerar como público tudo o que nascer no campo durante o ano sabático, em Israel
Deixar descansar a terra no ano sabático, em Israel
Cobrar dividas de gentios
Abater o animal para comer, conforme prescrito
Cobrir o sangue de ave e animal selvagem após o abate
Mandar embora a mãe dos pássaros cujos ovos ou filhos se quer levar do ninho
Conhecer os sinais do animal casher quadrúpede (casco fendido e ruminante)
Conhecer os sinais de aves casher
Conhecer os sinais dos gafanhotos casher
Conhecer os sinais dos peixes casher (tem barbatanas e escamas)
Descansar no Shabat
Santificar o Shabat no inicio (kidush) e no fim (havdalá)
Eliminar a levedura das propriedades no dia 14 de Nissan
Contar a historia da saída do Egito na noite de 15 de Nissan
Comer matá na noite de 15 de Nissan
Descansar no primeiro dia de Pêssach
Descansar no sétimo dia de Pêssach
Contar o ômer (7 semanas a partir do 2º dia de Pêssach)
Descansar em Shavuot (50º dia do ômer)
Descansar no primeiro dia de Tishrei (Rosh Hashaná)

Jejuar no dia 10 de Tishrei (Yom Kipur)
Descansar em Yom Kipur
Descansar no primeiro dia de Sucot
Descansar no oitavo dia de Sucot (Shemini Atsêret)
Morar na Sucá durante os sete dias de Sucot
Pegar as 4 espécies (lulav, etrog, hadas e aravá) e se alegrar nos sete dias de Sucot
Escutar o toque de shofar no primeiro dia de Tishrei (Rosh Hashaná)
Acompanhar a maioria no cumprimento das leis
Nomear juizes e oficiais para fazerem cumprir a lei
O juiz deve dar a mesma chance de falar para todos os litigantes
Testemunhar no tribunal quando presenciar um delito
O tribunal deve interrogar exaustivamente as testemunhas
Eliminar das casas as condições de perigo (exemplo: Fazer cerca no telhado)
Exterminar todos os pertences e objetos de idolatrias, em Israel
Recordar o que o povo de Amalec fez conosco
Devolver o roubo com acréscimo de 20%, se o objeto estiver intacto; caso contrario, pagar 120% do seu valor, e ficar com o objeto
Fazer caridade e ajudar o necessitado (para ele ter o que tinha antes, caso tenha se empobrecido)
Emprestar dinheiro ao pobre (vale mais que caridade, pois o pobre pode se envergonhar de pedir)
Cobrar juros de um gentio
Devolver o penhor para o seu dono, quando ele precisar, retomando-o depois
Pagar no mesmo dia o salário do empregado diarista
Deixar o empregado que trabalha na terra comer do seu fruto
Retirar a carga de cima do animal quando este estiver caído por excesso de peso
Ajudar a montar a carga sobre um animal ou uma pessoa
Devolver o objeto perdido ao seu dono
Advertir a quem desejar transgredir uma proibição
Amar o próximo como a si mesmo
Amar os convertidos ao judaísmo pelas normas prescritas, e não humilha-los
Calibrar pesos e medidas de modo honesto
Honrar os sábios e levantar-se em sua honra
Honrar pai e mãe
Temer pai e mãe
Multiplicar a espécie
Casar-se através do kidushim
O marido deve se dedicar durante o primeiro ano do casamento a esposa (não viajar, não sair em guerra, etc.)
O marido deve se dedicar durante o primeiro ano do casamento a esposa (não viajar, não sair em guerra, etc.)
Fazer a circuncisão no filho aos oito dias de idade
Casar-se com a esposa do irmão falecido que não deixou filhos (levirato)
Se não quiser se casar com a esposa do irmão falecido que não deixou filhos (levirato), proceder-se a chalitsá
O estuprador deve casar-se com a moça virgem estuprada (a menos que ela não queira)
Punir o difamador de sua esposa (dizer que não era virgem quando de fato o era), não podendo manda-la embora pelo resto da vida (só se ela o quiser)
Ao se divorciar, escrever um documento
Julgar a agressão de uma pessoa a outra
Aplicar as leis relacionadas a uma agressão por um animal
Aplicar as leis relacionadas ao prejuízo provocado por obstáculos colocados em lugar público
Aplicar as leis relacionadas ao ressarcimento do roubo por parte do ladrão
Aplicar as leis relacionadas ao prejuízo causado por um animal no campo alheio
Aplicar as leis relacionadas ao prejuízo provocado pelo fogo
Aplicar as leis relacionadas a quem guarda um objeto de graça
Aplicar as leis relacionadas a quem guarda um objeto mediante pagamento
Aplicar as leis relacionadas a quem pede um objeto emprestado
Aplicar as leis relacionadas a maneira como se toma posse de um objeto (compra e venda)
Aplicar as leis relacionadas a argumentações e contra-argumentações (concordâncias e discordâncias) entre dois indivíduos
Salvar o perseguido do perseguidor que quiser mata-lo
Aplicar leis relacionadas a heranças
Não acreditar em divindade que não seja D'us
Não fazer estatua de idolatria
Não fazer objetos de idolatria para os gentios
Não fazer estatuas de seres humanos para qualquer finalidade
Não fazer qualquer um dos quatro tipos de trabalhos de idolatria tradicionais: se ajoelhar, jogar vinho, oferecer sacrifícios ou acender incensos para uma estatua
Não fazer qualquer tipo de serviço pertinente a um determinado tipo de idolatria
Não carregar os filhos entre duas fogueiras em ritual da idolatria de molech
Não praticar idolatrias do tipo perguntar a espíritos conforme rituais de ov (respostas através de vozes provenientes das axilas)
Não praticar idolatrias do tipo previsão do futuro, conforme os rituais do yidoni (colocar osso de um pássaro na boca, queimar incenso, e entrar em transe)
Não se aprofundar em estudos a respeito de cultos de idolatrias
Não construir altares onde se aglomerem pessoas para praticar idolatrias
Não esculpir pedras para se ajoelhar, mesmo que for para D'us
Não plantar árvores perto do altar de sacrifícios ou no pátio do Templo Sagrado
Não jurar ou fazer jurar alguém em nome de idolatria, mesmo um gentio
Não ser um incitador de massas para a idolatria
Não ser um incitador de uma pessoa para idolatria
Não amar um incitador de idolatria
Não ajudar um incitador de idolatria
Não salvar a vida de um incitador de idolatria
Não defender um incitador de idolatria
Não esconder a culpa de um incitador de idolatria
Não aproveitar enfeites que foram utilizados em idolatria
Não ajudar materialmente a manutenção ou construção de idolatria
Não fazer profecias em nome de idolatrias, incitando a pratica-las
Não fazer profecias falsas
Não escutar profecias baseadas em idolatria
Não seguir os costumes dos que praticam idolatrias
Não fazer previsões do futuro alegando forças espirituais
Não seguir astrologia nem magia
Não seguir superstição
Não seguir bruxaria ou praticar feitiçaria
Não praticar encantamento tipo: pronunciar palavras para uma picada de cobra não doer ou não provocar a morte (curandeirismo)
Não consultar feiticeiro que prevê o futuro consultando espíritos de mortos através da axila
Não consultar feiticeiro que prevê o futuro através da boca
Não provocar aparecimento de espíritos de mortos
Não deve uma mulher vestir-se com roupas ou adornos de homem
Não deve um homem vestir-se com roupas ou adornos de mulher
Não fazer tatuagem no corpo
Não vestir roupa com linho e lá trançados
Não cortar o cabelo com navalha de modo a deixar somente uma faixa central
Não cortar a barba com navalha
Não fazer cortes no próprio corpo por causa de um morto
Não fixar moradia no Egito
Não abrir a mente para ideias estranhas a Torá
Não fazer pactos de aliança com os sete povos que moravam na terra de Israel
Não ter piedade ou louvar quem pratica idolatrias
Não deixar morar em Israel quem pratica idolatrias
Não deve um judeu casar-se com gentio
Não exterminar as árvores frutíferas na hora do cerco a uma cidade
Não temer enfrentar os gentios numa guerra
Não esquecer o que Amalec fez com nosso povo
Não amaldiçoar o nome de D'us
Não transgredir um juramento feito em nome de D'us
Não fazer juramentos de coisas impossíveis ou proibidas em nome de D'us
Não profanar o nome de D'us em público
Não testar as promessas e advertências de D'us
Não destruir objetos dedicados a D'us
Não deixar sem segurança o Templo Sagrado
Não deve qualquer pessoa em estado de impureza entrar em um acampamento da tribo de levi
Não fabricar um óleo idêntico ao azeite da unção
Não ungir, com o azeite da unção, pessoas a não ser o sumo sacerdote e o rei
Não fabricar incenso idêntico ao usado no Templo Sagrado
Não deixar de cumprir promessas condicionais (se acontecer... então prometo...)
Não deve um cohen se casar com uma prostituta
Não deve um cohen se casar com uma mulher profana
Não deve um cohen se casar com uma mulher desquitada ou divorciada
Não deve um cohen simples se colocar em estado de impureza decorrente de contatos com um morto, a menos que seja seu parente
Não arrancar cabelos pelos mortos
Não comer animal domestico ou selvagem impuro (não casher)
Não comer peixes impuros (não casher)
Não comer aves impuras (não casher)
Não comer insetos alados (moscas, abelhas, etc.)
Não comer insetos e vermes rastejantes
Não comer um animal morto naturalmente
Não comer um animal dilacerado
Não comer um órgão de animal vivo
Não comer o tendão encolhido
Não comer sangue de animal que não seja peixe
Não comer sebo de qualquer animal
Não cozinhar carne com leite
Não comer carne com leite
Não comer farinha assada antes do dia 16 de Nissan
Não comer espiga nova antes do dia 16 de Nissan
Não comer frutos de uma árvore de menos de 3 anos de idade
Não comer enxerto de vegetais com cereais (exemplo: Vinhedo com trigo)
Não beber vinho consagrado para idolatria
Não comer no dia de Yom Kipur
Não comer leveduras na festa de Pêssach
Não comer algo em que foi misturado levedura, na festa de Pêssach
Não comer levedura no dia 14 de Nissan a partir do meio-dia
Não avistar a levedura dentro de casa na festa de Pêssach
Não possuir levedura na festa de Pêssach
Não colher toda a plantação de um terreno: deve-se deixar um canto para os necessitados
Não pegar as espigas que caírem juntas no chão durante a colheita, se forem em numero menor do que 3, deixando-as para os necessitados
Não colher um cacho de uvas deformado, deixando-o para os necessitados
Não recolher um cacho de uva que cai isoladamente, deixando-o para os necessitados
Não recolher um feixe de trigo esquecido no campo durante a colheita, deixando-o para os necessitados
Não plantar juntas duas espécies de vegetais diferentes
Não plantar espigas de trigo em um vinhedo
Não cruzar animal de uma espécie com um de outra espécie
Não efetuar trabalho com animal de uma espécie junto com um de outra espécie
Não impedir o animal de comer durante o seu trabalho
Não semear a terra durante o ano sabático
Não podar, embelezar, cultivar as árvores durante o ano sabático
Não colher frutos da terra que crescerem espontaneamente no ano sabático
Não colher as frutas que crescerem no ano sabático
Não se recusar a fazer caridade e recursos para os necessitados quando se sabe de sua situação econômica
Não cobrar do devedor sabendo que não tem condição de pagar no momento
Não emprestar dinheiro a juros
Não tomar dinheiro emprestado com juros
Não intermediar empréstimos a juros
Não atrasar o pagamento do empregado diarista
Não tomar penhores de um devedor forçadamente (somente com ordem judicial)
Não ficar com penhores que são de uso imprescindível para o dono no período (travesseiro de noite, arado de dia, etc.)
Não tomar penhores de viúvas, independente da classe social
Não tomar como penhores objetos de uso em alimentação (panelas, etc.)
Não seqüestrar pessoas
Não roubar
Não assaltar
Não alterar os limites de um terreno alheio de modo prejudicial
Não deixar de pagar dívidas
Não negar dívidas e penhores contraídos
Não jurar em falso a existência de uma dívida
Não enganar nos negócios de compra e venda
Não envergonhar o próximo com palavras, não humilhar, não fazer referências desairosas
Não enganar com palavras um convertido
Não enganar nos negócios um convertido
Não oprimir órfãos e viúvas
Não planejar maneiras de subtrair propriedades do próximo (não cobiçar)
Não desejar propriedades do próximo
Não deve o trabalhador que trabalha na terra, não colhendo, comer da plantação
Não deve um trabalhador que trabalha na terra, colhendo, comer em demasia, ou guardar para mais tarde, das plantações
Não se omitir de devolver objetos perdidos
Não se omitir de ajudar alguém que esteja demasiadamente carregado
Não enganar nos pesos de mercadorias nem em áreas de terrenos (trapacear)
Não possuir pesos adulterados para medição, mesmo sem usar
Não deve um juiz ser corrupto em julgamentos (cometer injustiças)
Não deve um juiz aceitar suborno, mesmo para julgar corretamente
Não deve um juiz simpatizar mais com um dos lados, apesar da importância do mesmo
Não deve um juiz ter medo de pronunciar sentença contra réu de má índole
Não deve um juiz ter piedade do réu pobre
Não deve um juiz pré-julgar uma pessoa de ma índole
Não deve um juiz diminuir o valor da indemnização devida por um pobre decorrente de ter cegado ou aleijado alguém
Não deve um juiz distorcer a sentença de um órfão ou convertido
Não deve um juiz ouvir somente um lado, sem a presença do outro
Não deve um juiz se deixar influenciar pela opinião de um outro juiz
Não deve o supremo tribunal rabínico ou líder da diáspora nomear um juiz que tenha poucos conhecimentos da Torá
Não testemunhar em falso
Não deve um tribunal basear-se em testemunho de um perverso
Não deve um tribunal aceitar testemunho de parentes do envolvido no processo
Não se basear no testemunho de somente um indivíduo para punir alguém
Não matar um ser humano
Não deve um tribunal basear-se somente em pressupostos, sem testemunhas, para castigar na hora o suspeito
Não deve uma testemunha sobre homicídio emitir pareceres alheios ao fato julgado, se não for perguntada
Não matar uma pessoa acusada de assassinato sem prévio julgamento pelo tribunal
Não poupar a vida de um perseguidor que quer matar alguém, matando-o, se necessário
Não punir quem cometeu uma falha sob coação
Não se omitir de salvar o próximo quando este estiver em perigo de vida
Não colocar obstáculos que possam causar a morte de alguém
Não enganar o próximo com ideias falsas
Não difamar o próximo, não fazer fofocas
Não odiar o próximo
Não envergonhar o próximo
Não ser vingativo com o próximo
Não dizer: sou melhor que você, pois estou lhe fazendo algo que você não quis me fazer (guardar rancor)
Não levar a mãe de passarinhos junto com os eles do ninho. Deve-se afugenta-la antes
Não deixar viver uma feiticeira
Não convocar um homem, no primeiro ano após se casar, para o exercito ou outro serviço público que o afaste da esposa
Não contestar nossos Sábios
Não acrescentar algo a Torá escrita e oral
Não diminuir algo da Torá escrita e oral
Não amaldiçoar um juiz
Não amaldiçoar um grande líder
Não amaldiçoar qualquer judeu
Não amaldiçoar os pais
Não bater nos pais
Não trabalhar no Shabat
Não viajar (mesmo a pé) no Shabat alem dos limites da cidade
Não trabalhar no primeiro dia de Pêssach
Não trabalhar no sétimo dia de Pêssach
Não trabalhar em Shavuot
Não trabalhar em Rosh Hashaná
Não trabalhar no primeiro dia de Sucot
Não trabalhar em Shemini Atsêret
Não trabalhar em Yom Kipur
Não ter relação sexual com a mãe
Não ter relação sexual com a esposa do pai
Não ter relação sexual com a irmã
Não ter relação sexual com a filha da esposa do pai
Não ter relação sexual com a filha do filho
Não ter relação sexual com a filha da filha
Não ter relação sexual com a filha
Não ter relação sexual com uma mulher e sua filha
Não ter relação sexual com uma mulher e a filha do filho dela
Não ter relação sexual com uma mulher e a filha da filha dela
Não ter relação sexual com a irmã do pai
Não ter relação sexual com a irmã da mãe
Não ter relação sexual com a esposa do irmão do pai
Não ter relação sexual com a esposa do filho
Não ter relação sexual com a esposa do irmão
Não ter relação sexual com a irmã da esposa enquanto a esposa viver
Não ter relação sexual com a mulher no período de sua menstruação
Não ter relação sexual com a mulher do próximo
Não deve o homem ter relação sexual com animal
Não deve a mulher ter relação sexual com animal
Não deve o homem ter relação sexual com outro homem
Não ter relação sexual com o pai
Não ter relação sexual com o irmão do pai
Não ter prazer corporal não sexual (intimidades) com mulheres proibidas para si exemplo: irmã, tia, nora, etc.
Não se casar com um bastardo
Não deve uma mulher ter relação sexual fora do casamento
Não deve um homem se casar novamente com uma mulher da qual se divorciou caso ela tenha se casado posteriormente
Não se casar com uma mulher viúva pendente de resolução de levirato
Não deve um homem separar-se de uma mulher virgem por ele estuprada, sem o consentimento dela
Não deve um homem separar-se de uma mulher se ele a difamou dizendo que ela não era virgem, quando de fato ela era
Não deve um eunuco ou homem com problemas nos testículos causado por acidente (incapaz de procriar) se casar
Não se deve castrar homem ou animal


Devemos Amar um Convertido!

Devemos amar um convertido: Se um não-judeu decide guardar a Torá e as mitsvot, um Beit Din ortodoxo pode convertê-lo ao Judaísmo. Assim que se tornar um guer (convertido) é considerado igual a qualquer outro judeu. Além disso, a Torá nos ensina que amá-lo é uma mitsvá especial. Se você conhece um guer, faça um esforço para ser especialmente simpático com ele. Seja muito cuidadoso para não ofender-lhe os sentimentos. D’us disse: "Um guer merece amor especial! Juntou-se ao povo judeu voluntariamente, porque
estava procurando a verdade." A Torá menciona a mitsvá de sermos bons com os gueirim nada menos que 36 vezes! Muitas pessoas destacadas na Torá foram gueirim. O sogro de Moshê, Yitrô, foi um deles. A princípio, Yitrô foi um sacerdote que adorava ídolos em Midyan. Após ouvir sobre os grandes milagres da Abertura do Mar Vermelho e sobre a guerra contra Amalek, juntou-se a Benê Yisrael no deserto e tornou-se judeu. Outra geyores foi Ruth. Ela era uma princesa de Moav, que desposou um judeu. Após a morte do marido, sua sogra, Naomi, queria deixar Moav e voltar para Erets Yisrael. Naomi implorou à nora que permanecesse em Moav. Mas Ruth respondeu: "Onde tu fores, eu irei; teu D’us é meu D’us! Desejo tornar-me judia e cumprir as mitsvot." Ruth foi para Erets Yisrael e casou-se. Seu bisneto foi o Rei David e Moshiach virá de sua descendência. Na verdade, famosos líderes de Torá descendiam de gairim ou eram, eles mesmos, gairim: Onkelos, o sobrinho do Imperador Romano Adriano, tornou-se um excelente erudito de Torá, cujas explicações em aramaico da Torá são aceitas e aprovadas por nosso povo (de tal forma que os Sábios requerem que sejam lidas semanalmente). Shemaya e Avtalyon (professores de Torá de Hilel e Shamai) eram gairim, descendentes do rei assírio Sanchairiv. Rabi Meir, R. Akiva, R. Yosse e R. Shmuel bar Shilos descenderam, alguns do perverso Haman, e alguns do general canaanita Sisra. Os profetas Yermeyahu e Yechezkel descenderam do convertido Rachav.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Profeta Daniel - Perguntas e Respostas





Pergunta:
Notei que existem muitas diferenças entre as traduções dos textos bíblicos judaicos de Daniel 9:25-26 e as traduções cristãs. Qual seria a correta leitura?
Resposta:No nosso estudo das diferentes traduções da bíblia, vamos comparar o texto hebraico com o do ¹Rei James (KJV) - versão da bíblia.

Nele há os maiores erros, que são, por inteiro ou em parte, duplicados por outras versões cristãs da bíblia.

Primeiro, a versão do Rei James coloca um artigo definido antes de "Messias Príncipe" (9:25). No texto original em hebraico não existe "O" Messias Príncipe" mas, não tendo artigo se torna "um messias - ["um ungido"] um príncipe qualquer, por exemplo, Ciro.(Isaías 45:1, 13; Ezra 1:1-2).

A palavra mashiach é usada nas escrituras judaicas não como um nome próprio, mas como um título de autoridade de um rei, ou de um sumo sacerdote. Portanto, uma correta tradução do original seria: "um ungido qualquer, um príncipe".

Segundo, a versão do Rei James despreza a pontuação judaica. O sinais de pontuação 'atnach' são como uma pausa na sentença. '² atnach' é equivalente a vírgula no sistema moderno de pontuação. Assim, tem efeito de separar as (7) sete semanas das (62) sessenta e duas semanas: "... ate um ungido qualquer, um príncipe, serão sete semanas; depois por sessenta e duas semanas serão construídos novamente..."

Criando um período de (69) sessenta e nove semanas, que não é dividido em dois períodos de (7) sete semanas e 62 semanas (como é apresentado no original hebraico) respectivamente, cristãos têm uma errada conclusão, por exemplo, que o messias virá 483 anos depois da destruição do primeiro templo.

Alguns cristãos dizem que há algo chamado ano profético de 360 dias, assim, encurtando o intervalo entre o começo dos 483 anos que eles dizem que começou em 444 AEC, e a data de crucificação de Jesus. Eles fazem isso para fazer as datas coincidirem, mas a existência de um ano profético é argumento sem nenhuma fundamentação nas escrituras.

Terceiro, a versão de Rei James omite o artigo definido em Daniel 9:26, que deveria ser lido: "e depois de sessenta e duas semanas...". Tratando as (62) sessenta e duas semanas como um período distinto, essa passagem, no hebraico original, mostra que as (62) sessenta e duas semanas mencionadas no versículo 25 estão definitivamente separadas das (7) sete semanas pelo'atnach'Por isso, um dos ungidos mencionados nesse capítulo, veio depois das (7) sete semanas (Ciro), e o outro depois do longo período das 62 semanas (³Alexandre Yannai).

Quarto, as palavras v'ayn lo (9:26) estão traduzidas incorretamente na versão do Rei James como "mas não por ele mesmo". Eles deveriam ter traduzido como "ele não tem nada" ou "ele não terá nada". Existem muitos comentaristas cristãos que mantêm essa frase com ambos significados, mas isso não pode ser aceito gramaticalmente.

*Artigo de autoria de Gerald Sigal, reproduzido aqui com autorização - (Copyright 1999-2003) Tradução - Jonas Stefani
NOTAS
1 - A Bíblia Rei James (ou Jaime, como costuma ser encontrado em português), mais conhecida como Bíblia KJV (King James Version), é uma tradução inglesa da bíblia realizada para a Igreja Anglicana, sob ordens do rei James I. A primeira publicação data de 1611, causou um profundo impacto não apenas nas traduções inglesas posteriores, mas na literatura inglesa de forma geral. Até hoje esta versão da Bíblia é respeitada entre todos os cristãos, sendo que existem grupos que consideram-na a melhor tradução já feita até hoje da Bíblia Cristã. Todas as versões em língua inglesa posteriores são revisões ou edições anotadas e atualizadas desta primeira tradução. Suas edições não são comuns em países de línguas portuguesa, espanhola e francesa. No entanto, esta tradução reina soberana nos EUA e em outros países ou territórios de língua inglesa.
2 - Sinal de pausa, representado por dois pontos, equivalente a virgula das línguas modernas ocidentais, com a função de separar.
3 - Dinastia dos Asmoneus, rei da Judéia, entre 103-76 a.e.c.








As Setenta Semanas de Daniel
Existe uma passagem no livro de Daniel que muitos missionários acham extremamente convincente. Provavelmente não é exagero dizer que esta passagem, mais do que qualquer outra, os convence  de que Jesus foi o messias.
Daniel 9:24-27 diz:
"Setenta semanas foram determinadas sobre o teu povo e sobre a tua cidade santa, para acabar com a transgressão e encerrar o pecado, e para fazer expiação pelo erro, e para introduzir justiça por tempos indefinidos, e para apor um selo à visão e ao profeta, e para ungir o Santo dos Santos."
"E deves saber e ter a perspicácia [de que] desde a saída da palavra para se restaurar e reconstruir Jerusalém até [o] Messias, [o] Líder, haverá sete semanas, também sessenta e duas semanas. Ela tornará [a ser] e será realmente reconstruída, com praça pública e fosso, mas no aperto dos tempos."
"E depois das sessenta e duas semanas [o] Messias será decepado, sem ter nada para si mesmo. E a cidade e o lugar santo serão arruinados pelo povo de um líder que há de vir. E o fim disso será pela inundação. E até [o] fim haverá guerra; o que foi determinado são desolações."
"E ele terá de manter em vigor [o] pacto para com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferenda. E sobre a asa de coisas repugnantes haverá um causando desolação; e até a exterminação derramar-se-á a coisa determinada também sobre aquele que jaz desolado."
A palavra traduzida nestes versículos como "semanas" é a palavra hebraica "shavui" cuja a tradução e o significado correto é, "semanal". A palavra hebraica para semanas é "shavua". Este detalhe, que passa despercebido por muitos é, providência divina. Com certeza (mesmo que inconsciente) o profeta sentiu que parte de seus escritos seriam distorcidos. Esta certeza pode ser obtida pois, no capítulo seguinte (10) o profeta volta a utilizar a palavra "shavua", aqui sim, designando semanas. Então o mais correto na tradução não é utilizar a palavra semanas, e sim, períodos.

Neste caso ficaria assim : "Setenta períodos foram decretados sobre teu povo..."

No entanto estes "setes", é interpretado por cristãos como significando sete anos em vez de sete dias. Assim, "setenta semanas"no versículo 24 são interpretadas como significando setenta períodos de sete anos, ou 490 anos, "sete semanas" no versículo 25 são interpretadas como significando 49 anos, "sessenta e duas semanas" nos versículos 25 e 26 são interpretadas como significando 434 anos, e "uma semana" no versículo 27 é interpretada como significando sete anos.
O ponto de partida é "a saída da palavra para se restaurar e reconstruir Jerusalém". Um decreto para reconstruir o templo em Jerusalém é descrito na Bíblia em 2 Crônicas 36:22-23 e Esdras 1:1-4. Estes versículos descrevem o decreto emitido por Ciro, rei da Pérsia e contemporâneo de Daniel, em 538 A.E.C. "Sete semanas... [e] sessenta e duas semanas" ou 483 anos depois deste decreto seria 55 A.E.C., muitos anos demasiado cedo para Jesus.
Por isso os missionários têm de rejeitar insistentemente a identificação do decreto do versículo 25 com o decreto de Ciro, e é exatamente isso que fazem.
Que outros decretos estão disponíveis? Josh McDowell (1972, p. 180) oferece três alternativas:
a) - um decreto de Dario descrito no livro de Esdras;
b) - um decreto de Artaxerxes descrito em Esdras e;
c) - um decreto de Artaxerxes descrito em Neemias.
O decreto de Dario, descrito em Esdras 6:1-9, ordenava uma procura nos arquivos para encontrar o texto do decreto de Ciro, e depois para continuar a construção do templo em Jerusalém usando dinheiro dos impostos. Isto ocorreu por volta de 522 A.E.C. (veja Esdras 4:24), o que colocaria a vinda do messias em 39 A.E.C. — ainda muito cedo para Jesus.
O decreto de Artaxerxes para Esdras, descrito em Esdras 7:11-28, permite ao povo de Israel regressar a Jerusalém, levando consigo vários utensílios do tesouro real. Este decreto foi emitido em 458 A.E.C. (veja Esdras 7:7), o que colocaria a vinda do messias em 26 E.C. Isto funciona razoavelmente bem se colocarmos o fim das "sessenta e duas semanas" no início do ministério de Jesus, embora a maioria dos cristãos achem que o ponto final é a crucificação, devido a uma referência no versículo 26 da profecia de Daniel, que diz que o Messias seria "decepado"A maioria dos cristãos também rejeita este decreto, bem como os de Ciro e de Dario, como sendo o ponto de partida apropriado para a profecia. Uma exceção é Gleason Archer. Archer (1982, pp. 290-291) argumenta que Esdras 9:9 implica que Esdras recebeu permissão de Artaxerxes para reconstruir as muralhas de Jerusalém, apesar do fato de estas não terem sido reconstruídas até ao tempo de Neemias (veja Neemias 1:3). Esdras 9:9 declara que D'us não abandonou os Judeus mas deu-lhes uma hipótese de "erguer a casa de nosso D'us e erguer os seus lugares desolados, e para nos dar um muro de pedras em Judá e em Jerusalém." Em defesa do fim das "sessenta e duas semanas" como sendo o início do ministério de Jesus em vez de ser a sua crucificação, Archer sublinha que o versículo 26 da passagem apenas diz que o 'decepamento' do Messias ocorreria depois desse período de tempo, não necessariamente imediatamente depois.
No entanto o decreto de Artaxerxes para Neemias, descrito em Neemias 2:1-6, na realidade não é de maneira nenhuma um decreto. Em vez disso, Artaxerxes dá a Neemias cartas de salvo-conduto para viajar para Judá e para obter madeira para reconstruir os portões do templo e as muralhas de Jerusalém. Isto ocorreu em 445 A.E.C., o que coloca o tempo do Messias em 39 E.C., demasiado tarde para Jesus, que se crê ter sido crucificado algures entre 29 e 33 E.C. Apesar de todas estas falhas, a maioria dos cristãos adota este como o decreto apropriado porque Neemias reconstruiu as muralhas de Jerusalém. Para fazer o ponto inicial 445 A.E.C. resultar num ponto final 483 anos mais tarde, situado ou no início do ministério de Jesus ou na altura da sua crucificação, tem de se usar um ano diferente do ano de 365 dias. Nisto os cristãos foram "genais" e muito criativos. O mais popular destes cálculos, devido a Sir Robert Anderson e promovido por Josh McDowell, é adotar um "ano profético de 360 dias"— uma invenção de Anderson baseado não em escrituras hebraicas, pois simplesmente não existe, e sim em suas leituras do Novo Testamento, onde ele iguala 42 meses a 1260 dias, dando 30 dias por mês. Usando a invenção forçada de "anos proféticos", o fim do período de 483 anos cai em 32 E.C., que na opinião de muitos é o ano da crucificação. Robert Newman (1990, pp. 112-114) aponta várias falhas neste esquema de cálculo que, tomadas no seu conjunto, lhe são fatais:
(1) O próprio Novo Testamento, de onde se baseiam os defensores da mágica (Revelação 11:23) não justifica a invenção do "ano profético", pois não há qualquer indicação de que 1260 dias sejam exatamente 42 meses (poderiam ser 41,5 arredondados para cima);
(2) um ano de 360 dias ficaria totalmente fora de sincronia com as estações, e os Judeus acrescentavam um mês lunar adicional a cada dois ou três anos ao seu ano lunar de 354 dias, dando-lhes uma duração média do ano de cerca de 365 dias e;
(3) o consenso atual sobre a data da crucificação é 30 E.C. em vez de 32 E.C.
Newman oferece então a sua própria alternativa: o uso de anos sabáticos, que têm justificação bíblica (Êxodo 23:10-11 e Levítico 25:3-7, 18-22). Todo sétimo ano é um ano sabático. Newman usa informação do primeiro livro dos Macabeus, que tem uma referência a uma observância de um ano sabático, para calcular que 163-162 A.E.C. foi um ano sabático e portanto 445 A.E.C., o ponto inicial da profecia de Daniel, calha no ciclo sabático de sete anos 449-442 A.E.C. Se este é o primeiro ciclo sabático na contagem, o sexagésimo nono é 28-35 E.C., um período de tempo que abrange a crucificação. Em resposta ao criticismo de que a profecia diz que o messias seria "decepado" depois de sessenta e duas semanas, Newman diz que no idioma judeu convencional,"depois" significa "depois do início de".
Existem problemas para todas as interpretações acima mencionadas, que Gerald Sigal (1981, pp. 109-122) indica. Um dos principais é que a pontuação Massorética da Bíblia hebraica coloca uma divisão entre as "sete semanas e sessenta e duas semanas", significando que em vez de dizer que o messias virá depois dos períodos de tempo combinados, ele virá depois das"sete semanas" isoladas. Outro apontamento que Sigal faz é que o texto hebraico não coloca um artigo definido antes da palavra "messias" (ou "ungido"). A Revised Standard Version da Bíblia é traduzida com estes fatos em mente, e apresenta Daniel 9:24-27 como se segue:
Setenta semanas são decretadas a respeito do teu povo e da tua cidade santa, para acabar com a transgressão, para colocar um fim ao pecado, e para expiar a iniquidade, para trazer justiça duradoura, para selar tanto a visão como o profeta, e para ungir um lugar muito santo. Sabe portanto e compreende que desde a saída da palavra para restaurar e reconstruir Jerusalém até à chegada de um ungido, um príncipe, haverá sete semanas. Depois, durante sessenta e duas semanas será reconstruída com praça pública e fosso, mas num tempo de tribulação. E depois das sessenta e duas semanas, um ungido será decepado, e nada terá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário. O seu fim virá com uma inundação, e até ao fim haverá guerra; desolações são decretadas. E ele fará um pacto forte com muitos durante uma semana; e durante metade da semana ele fará cessar o sacrifício e a oferenda; e sobre a asa das abominações virá um que a torna desolada, até que o fim decretado seja derramado sobre o desolador.
Usando a pontuação Massorética, as "sessenta e duas semanas" são gastas na reconstrução da cidade em vez de se aplicarem à vinda do messias. Esta interpretação explica por que é que "sete semanas e sessenta e duas semanas" são dadas separadamente, em vez de se dizer simplesmente "sessenta e nove semanas". A maioria dos apologistas ou desconhece ou simplesmente ignora a pontuação Massorética, mas Robert Newman (1990, p. 116) rejeita-a com o argumento de que "a data de tal pontuação pode não ser anterior ao IX ou X séculos AD" e que a estrutura dos versículos como um todo favorece a sua interpretação.
Qual é o resultado de tudo isto? A profecia de Daniel não é tão convincente como poderia parecer inicialmente a alguém a quem fosse apresentada apenas uma das interpretações que "funcionam". Assim sendo, os cristãos foram criativos e não nos deve surpreender que com quatro escolhas para pontos iniciais (os decretos de Ciro, Dario e Artaxerxes, mais as cartas de Artaxerxes para Neemias), várias escolhas possíveis para pontos terminais (o nascimento, o ministério, e a crucificação de Jesus), e pelo menos três modos de contar (anos normais, "anos proféticos", e ciclos sabáticos), se tenham encontrado cálculos para os quais Jesus se encaixa na profecia. Mas o judeu deve ficar atento, existem boas razões para se rejeitar cada uma dessas interpretações:
1 - As duas primeiras escolhas para pontos iniciais não funcionam para as interpretações oferecidas.
2 - O decreto de Artaxerxes funciona para anos normais com o ministério de Jesus como ponto terminal, mas nada diz sobre a reconstrução de Jerusalém.
3 - As cartas de Artaxerxes funcionam para ciclos sabáticos com a crucificação como ponto terminal, mas não são um decreto para se reconstruir a cidade de Jerusalém. Em vez disso, dão a Neemias um salvo-conduto para Judá e permissão para usar madeira das florestas reais.
4 - Por fim, nenhuma dessas interpretações leva em consideração a pontuação Massorética que, elimina-as a todas como possíveis interpretações do texto.
* Baseado no artigo Daniel Shavua's, reproduzido aqui com autorização. Tradução e adaptação: Jonas Stefani


Profeta Daniel


Profeta Daniel
 A opinião tradicional  é que o livro foi escrito no século VI a.e.c., e que Daniel foi realmente o autor. As evidências em favor dessa opinião são as seguintes:
  • Afirmações presentes no próprio Livro. O profeta Daniel fala em primeira pessoa em muitas passagens (Daniel 8:1-7, 13-19, 27; 9:2-22; 10:2-5). Afirma que recebeu pessoalmente a ordem divina de preservar o livro (Daniel 12). O fato de que existam seções nas quais o autor se refira a si mesmo em terceira pessoa não é estranho, já que esse estilo é freqüente em obras antigas.
  • O autor conhece bem a história. Somente um homem do século VI a.e.c., bem versado em assuntos babilônicos, poderia ter escrito quanto a alguns dos fatos históricos que se encontram no livro. O conhecimento desses fatos se perdeu depois do século VI a.e.c., pois não se registrou em outra literatura antiga posterior. Descobertas arqueológicas mais ou menos recentes trouxeram estes fatos novamente à luz.
Daniel no Capítulo 7  menciona a marcha de grandes potências, que realmente aconteceram. A Tomada da Babilônia por Ciro, o governante Medo-Persa até as mais conhecidas potências militares ascendentes da divisão do império de Alexandre o Grande,  descrito no livro de Daniel como um "leopardo com asas" devido a rapidez de suas conquistas. Daniel escreveu valiosas profecias que estavam muito além de seu tempo.
O livro se divide basicamente em duas partes. A primeira (Capítulos 1 a 6) é relevantemente histórica. A segunda (Capítulos 7 a 12) tem  cunho profético. No entanto o livro constitui uma unidade literária.  Por exemplo. Só   compreenderá o uso dos copos do templo no banquete de Belsasar se for levado em conta como chegaram a Babilônia etc.
O Profeta é comumente citado por missionários que através de contas complicadas e da  invenção de um sistema de dias batizado de  "ano profético", distorcem alguns versos de Daniel para justificar crenças estranhas ao judaísmo.

Profeta Daniel


Profeta Daniel
 A opinião tradicional  é que o livro foi escrito no século VI a.e.c., e que Daniel foi realmente o autor. As evidências em favor dessa opinião são as seguintes:
  • Afirmações presentes no próprio Livro. O profeta Daniel fala em primeira pessoa em muitas passagens (Daniel 8:1-7, 13-19, 27; 9:2-22; 10:2-5). Afirma que recebeu pessoalmente a ordem divina de preservar o livro (Daniel 12). O fato de que existam seções nas quais o autor se refira a si mesmo em terceira pessoa não é estranho, já que esse estilo é freqüente em obras antigas.
  • O autor conhece bem a história. Somente um homem do século VI a.e.c., bem versado em assuntos babilônicos, poderia ter escrito quanto a alguns dos fatos históricos que se encontram no livro. O conhecimento desses fatos se perdeu depois do século VI a.e.c., pois não se registrou em outra literatura antiga posterior. Descobertas arqueológicas mais ou menos recentes trouxeram estes fatos novamente à luz.
Daniel no Capítulo 7  menciona a marcha de grandes potências, que realmente aconteceram. A Tomada da Babilônia por Ciro, o governante Medo-Persa até as mais conhecidas potências militares ascendentes da divisão do império de Alexandre o Grande,  descrito no livro de Daniel como um "leopardo com asas" devido a rapidez de suas conquistas. Daniel escreveu valiosas profecias que estavam muito além de seu tempo.
O livro se divide basicamente em duas partes. A primeira (Capítulos 1 a 6) é relevantemente histórica. A segunda (Capítulos 7 a 12) tem  cunho profético. No entanto o livro constitui uma unidade literária.  Por exemplo. Só   compreenderá o uso dos copos do templo no banquete de Belsasar se for levado em conta como chegaram a Babilônia etc.
O Profeta é comumente citado por missionários que através de contas complicadas e da  invenção de um sistema de dias batizado de  "ano profético", distorcem alguns versos de Daniel para justificar crenças estranhas ao judaísmo.

Profeta Daniel Resumo Briográfico


Profeta Daniel Resumo Biográfico
Daniel (em hebraico דניאל) é um dos profetas da Bíblia. A sua vida e profecias estão incluídas no Livro Daniel. O significado do nome é "Aquele que é julgado por Du's" ou "D'us assim julgou", ou ainda, "D'us é meu juiz"
No terceiro ano de Joaquim como rei de Judá, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, atacou Jerusalém, e os seus soldados cercaram a cidade. Nabucodonosor conquistou, pilhou a cidade e levou objetos de sua conquista para a Babilônia e mandou colocá-los no templo do seu deus, na sala do tesouro. O rei Nabucodonosor chamou Aspenaz, o chefe dos serviços do palácio, e mandou que escolhesse entre os prisioneiros israelitas alguns jovens da família do rei e também das famílias nobres. Todos eles deviam ter boa aparência e não ter nenhum defeito físico; deviam ser inteligentes, instruídos e ser capazes de servir no palácio. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos babilônios. Entre os que foram escolhidos estavam Daniel da tribo de Judá. Aspenaz lhe deu outro nome babilônico. Daniel ficou no palácio real até o ano em que o rei Ciro começou a governar a Babilônia. Ele sempre foi respeitado, até mesmo pelos governantes, por sua sabedoria. Não existem registros da data e circunstâncias de sua morte. Mas ele possívelmente morreu em Susa, com oitenta e cinco anos, onde existe uma provável tumba (imagem acima) onde estaria seu corpo, este lugar é conhecido como 'Shush-Daniel'.
O Livro de Daniel
O livro leva o nome de seu protagonista, no entanto vários livros do Tanach recebem o nome de seu principal herói como título, como por exemplo os livros de Josué, Samuel, Ester etc. Mas tal título não indica necessariamente que essa pessoa foi a autora do livro. No caso de Daniel além de protagonista ele é o provável autor do Livro. As evidências em favor dessa opinião são as seguintes:
  • O profeta Daniel fala em primeira pessoa em muitas passagens. Afirma que recebeu pessoalmente a ordem divina de preservar o livro. O fato de que existam seções nas quais o autor se refira a si mesmo em terceira pessoa não é estranho, já que esse estilo era frequente.
  • Somente um homem bem versado em assuntos babilônicos, poderia ter escrito quanto a fatos históricos que se encontram no livro.
O livro se divide em duas partes fáceis de distinguir. A primeira (Capítulos 1 a 6) é principalmente histórica. A segunda (Capítulos 7 a 12) tem um cunho profético. Apesar disto o livro constitui uma unidade literária. Para defender tal unidade apresentam-se os seguintes argumentos:
  • As diferentes partes do livro estão mutuamente relacionadas entre si.
  • A parte histórica contém uma profecia (Daniel 2) estreitamente relacionada com o tema das profecias que se encontram na última parte do livro (Daniel 7 a 12). O capítulo 7 amplia o tema tratado no capítulo 2. Há também uma relação evidente entre elementos históricos e proféticos.

A suposta discrepância cronológica entre Daniel 1:1 e Jeremias 25:1.

Jeremías sincroniza o 4.º ano de Joaquim de Judá com o primeiro ano de Nabucodonosor da Babilônia. No entanto, Daniel fala que a primeira conquista de Jerusalém efetuada por Nabucodonosor ocorreu no terceiro ano de Joacim, com o que indubitavelmente afirma que o primeiro ano de Nabucodonosor coincide com o terceiro ano de Joaquim. Antes da descoberta de registos dessa época que revelam variados sistemas de computar anos de reinado dos antigos monarcas, os comentaristas tinham dificuldade para explicar esta aparente discrepância. Tratavam de resolver o problema supondo uma convergência de Nabucodonosor com seu pai Nabopolasar ou pressupondo que Jeremías e Daniel localizavam os acontecimentos segundo diferentes sistemas de datas: Jeremías segundo o sistema judeu e Daniel segundo o babilônico.Resolveu-se a dificuldade ao descobrir que os reis babilonios, como os de Judá desse tempo, contavam os anos de seus reinados segundo o método do ¹"ano de ascensão". O ano em que um rei babilonio ascendia ao trono não se contava oficialmente como seu primeiro ano, mas como o ano de ascensão ao trono. Seu primeiro ano, é o primeiro ano completo no calendário, não começava até o próximo dia de ano novo, quando, numa cerimônia religiosa, tomava as mãos do deus babilônico Bel. Também sabemos por Flávio Josefo e pela Crônica que Nabucodonosor estava empenhado numa campanha militar na Palestina contra o Egito quando seu pai morreu e ele tomou o trono. Portanto, Daniel e Jeremías concordam completamente. Jeremías sincronizou o primeiro ano do reinado de Nabucodonosor com o quarto ano de Joaquim, enquanto Daniel foi tomado cativo no ano que subiu ao trono Nabucodonosor, ano que ele identifica como o terceiro de Joaquim.

Os idiomas do livro
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Como Esdras, uma parte do livro de Daniel foi escrita em hebraico e outra parte em aramaico.
Uma opinião aparentemente bem orientada é que as diferentes seções do livro foram escritas em diferentes ocasiões. Pelo fato de ser um culto servidor público do governo, Daniel falava e escrevia em vários idiomas. Provavelmente escreveu alguns dos relatos históricos e algumas das visões em hebreu, e outras em aramaico. Partindo desta suposição, o capítulo 1 teria sido escrito em hebreu, provavelmente durante o primeiro ano de Ciro, e os relatos dos capítulos 3 ao 6 em aramaico em diferentes ocasiões. As visões proféticas foram registradas na maior parte em hebreu (Daniel 8 a 12), ainda que a visão do capítulo 7 foi escrita em aramaico. Por outro lado, o relato do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2) foi escrito em hebreu até o ponto em que se cita o discurso dos caldeos (Daniel 2:4) e desde este ponto até o fim da narração o autor usou o aramaico.
Ao final de sua vida, quando Daniel reuniu todos seus escritos para formar um só livro, é possível que não tivesse considerado necessário traduzir certas partes para dar ao livro unidade lingüística, já que sabia que a maior parte de seus leitores entenderiam os dois idiomas.
Aqueles que datam a origem de Daniel no século II a.e.c. têm também o problema de explicar por que um autor hebreu do período macabeo escreveu parte de um livro em hebreu e outra parte do mesmo em aramaico.
Também as peculiaridades ortográficas das seções arameas do livro de Daniel são parecidas às do arameo do Ásia ocidental dos séculos IV e III a.e.c., devido possivelmente a uma modernização do idioma, há diferenças notáveis. A ortografia não pode dizer-nos muito quanto à data quando se escreveu o livro. No máximo, as peculiaridades ortográficas podem indicar quando se fizeram as últimas revisões da ortografia.
Notas"1 - Método de calcular o tempo do governo dos reis. Nos registros históricos era costume, na Babilônia, calcular os anos de governo ou reinado de um rei como anos completos, a partir de 1.° de nissan. Os meses durante os quais o rei talvez tivesse realmente começado a governar antes de 1.° de nissan eram considerados como constituindo seu ano de ascensão, mas eram historicamente creditados ou contados como anos completos de governo do rei que o precedera.” – Estudo Perspicaz das Escrituras, Vol. 1, p. 144.  Texto baseado no original em inglês  da Enciclopédia Britanica

Quatro versos do Profeta Daniel

Quatro versos do Profeta Daniel:


Os missionários utilizam o capítulo 9 do Profeta Daniel como cumprimento de uma "profecia" sobre Jesus, de Nazaré. Com isto visam dar suporte a sua crença que o nazareno é o "messias" descrito nas Escrituras. No entanto, uma leitura mais atenta dos versículos e comparando traduções missionárias com hebraicas aparecem discrepâncias.
Observe que:
Versos em negrito - Bíblia Sagrada, versão da Imprensa Bíblica Brasileira, baseada na tradução de João Ferreira de Almeida.
Versos em azul - Bíblia Hebraica, baseada no Hebraico e à luz do Talmud e Fontes Judaicas, David Gorodovits e Jairo Fridlin.
9:2 - no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as desolações de Jerusalém, era setenta anos.
9:2 - ...eu, Daniel, examinava nos livros os cálculos sobre o número de anos que tinham se passado desde a revelação do Eterno ao profeta Jeremias, para compreender quanto faltava para que se completassem os 70 anos desde a destruição de Jerusalém.

9:24 - Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo.
9:24 - Setenta períodos foram decretados sobre teu povo e sobre a cidade santa para dar por finda a transgressão, cessar o pecado, perdoar a iniqüidade e promover a justiça eterna, , confirmando a visão e a profecia, e consagrando o Santo dos Santos.
Setenta semanas...
Interessante observar que a palavra hebraica para semanas é shavua, aqui, especificamente o profeta usa shavuí, que em hebraico é semanal. O mais correto é próximo da tradução seria "períodos".
...fazer cessar...
Tradução errada: Em hebraico, "kalê" significa extingüir. Refere-se à extinção da transgressão que precedera o exílio na Babilônia.
...para dar fim aos pecados...


Tradução errada: para selar os sacrifícios pelas transgressões não intencionais.


...o santíssimo.


A forma colocada é intencional, para se fazer levar a Jesus. Na verdade, é sobre o Templo reconstruído. No original, Kodech kodachim. Este é o local mais santo do templo. O Santo dos Santos.
9:25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos
9:25 Saiba e compreenda: desde a proclamação da ordem para restaurar e reedificar Jerusalém até que seja ungido um princípe, passar-se-ão 7 períodos; durante 62 períodos será reconstruída com suas praças e seus fossos, enfrentando tempos difíceis.
...ungido...
Refere-se a Ciro, chamado pelo profeta de ungido (mesisas) antes de seu nascimento. Ver em Isaias 45:1
Assim disse o Eterno a Seu ungido, a Ciro...

(Isaias 45:1)

9:26 E depois de sessenta e duas semanas será cortado o ungido, e nada lhe subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações.
9:26 E depois dos 62 períodos será abatido o ungido e não haverá outro; o povo de um monarca que virá destruirá a cidade e o Santuário, mas por fim será arrastada por uma inundação; depois, até o final da guerra, grande destruição foi decretada.



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Sim! Jesus foi previsto por Daniel.




Sim! Jesus foi previsto por Daniel

Judaísmo Messiânico Não Existe
Os missionários que se apresentam como 'judeus messiânicos', distorcendo o termo para de forma rasteira enganarem judeus e afastá-lo de sua herança sempre insistem em afirmar que o Tanach (Torá - Profetas - Escritos) estão cheios de profecias sobre Jesus. Será mesmo? A resposta é que sim, realmente existe uma profecia de Daniel que fala sobre Jesus. O "evento" Jesus foi previsto pelo profeta, mais precisamente no capítulo 11 versículo 14. Para uma melhor compreensão reproduzimos abaixo o capítulo XI da Leis dos Reis do livro de Juízes de Mishné Torá.

1 - O Rei - Messias erguer-se-á, no futuro, e restaurará o reinado de Davi como nos dias de outrora, e a sua soberania original; reconstruirá o Templo e reunirá os dispersos do povo judeu. Voltarão a vigorar os sacrifícios, comemorações de anos sabáticos e jubileus, de acordo com as orientações que constam na Santa Torá. Todo aquele que não acredita nele(1) ou que não espera pela sua vinda, não renega apenas os outros profetas da Torá, mas a própria Torá e Moshê Rabênu, pois a Torá garantiu sua vinda, como está escrito: "...Então o Senhor teu D'us mudará tua sorte para o melhor e se compadecerá de ti...e te reunirá de entre os povos nos quais te havias dispersado" (Devarim 30:3-5). Estas palavras explícitas da Torá já incluem tudo o que foi dito(2) pelos profetas. Na própria parashá de Bilam (Bamidbar 24:17-18) consta uma profecia sobre os dois Messias, referindo-se ao primeiro, o Rei Davi, que salvou o povo judeu de seus opressores, e ao último Messias, que será seu descendente e redimirá o povo judeu no final: "eu vejo - mas não agora" (refere-se ao rei Davi); "eu o contemplo - mas não de perto" (refere-se ao Rei Messias); "uma estrela procedente de Jacó" (este é Davi); "um cetro erguer-se-á de Israel" (O Rei Messias); "e esmaga as cabeças de Moab": trata-se de Davi, como está escrito:"Ele venceu os moabitas e os mediu com um cordel" (Samuel Beit 8:2); " e dominará todos os filhos de Set";(3) - trata-se do Rei Messias, sobre quem está escrito: "O seu domínio irá de mar a mar" (Zacarias 9:10); "Edom se torna uma possessão" - tal passagem refere-se a Davi, como está escrito:"e os iduemues se tornaram súditos de Davi..." (Samuel Beit 8:6); "e Seir será uma herança...": aqui a referência é para o Rei Messias, como está escrito: "E os salvadores subirão a montanha de Sião para julgar a montanha de Esaú. Então este reino pertencerá ao Senhor" (Ab 1:21)

2 - Mesmo com relação às cidades de refúgio,(4) está escrito: "Quando o Senhor alargar as tuas fronteiras... acrescentarás ainda mais três cidades..." (Deuteronômio 19:8-9); isto ainda não aconteceu, e D'us não ordenou isto à toa. Quanto aos profetas, nem é preciso mencioná-los pois suas profecias estão cheias.(5)

3 - Não penses que o Rei Messias precisa fazer sinais e maravilhas, criar algo novo [como um "novo testamento"(5A)], ressuscitar os mortos ou realizar algum ato do gênero. Não é assim: Rabi Akiva, que foi um grande sábio dentre os sábios da Mishná, e também arauto do Rei Ben Coziva(6), dizia que aquele rei era o Rei Messias. Ele e os sábios de sua geração acreditavam que o mesmo era o Rei-Messias, até que foi morto pelo pecado(7). Quando (Ben Coziva) foi morto, todos souberam que ele não era o Rei-Messias - os sábios não lhe pediram sinal ou maravilha. O principal é o seguinte: a Torá, seus estudos e suas leis são eternos, nada se pode acrescentar ou subtrair deles.

4 - Um rei descendente de Davi, que se erga e se aprofunde no estudo da Torá, se ocupe com os Mandamentos como seu ancestral Davi, seguindo a Torá Escrita e a Oral,(8) que induza todo o povo judeu a andar nelas, a reforçar as suas brechas e a guerrear as batalhas do senhor:(9) este provavelmente será o Messias. Se ele fizer tudo, for bem-sucedido e construir o Beit Hamicdashe no seu devido lugar, reunindo o povo judeu, será o Messias com certeza, e restabelecerá o mundo todo fazendo todos servirem a D'us, juntos, como está escrito: "Então, darei aos povos lábios puros, para que todos possam invocar o nome do Senhor e servi-Lo sob um mesmo jugo" (So 3:9). Se ele não vier lograr tal êxito ou se for morto, saber-se-á então que não era quem a Torá nos garantiu, que era apenas um como todos os reis da casa de Davi, íntegros e bons, mas que faleceram. D'u só o terá feito existir para testar o povo: "Entre esses homens esclarecidos, alguns serão prostrados, a fim de que entre eles haja os que sejam acrisolados, purificados e alvejados, até o tempo do Fim., porque o tempo marcado ainda está por vir" (Daniel 11:35).

Mesmo sobre Jesus, de Nazaré, que pensava ser o Messias e que foi julgado pelo Bet Din já fora profetizado: "Muitos dentre o teu povo se insurgirão, erguendo-se como 'profetas' e fracassarão. (Daniel 11:14). Pode haver fracasso maior [que Jesus]? Todos os profetas falaram que o Messias vem redimir o povo judeu e salvá-lo, reunir os seus dispersos e fortalecer os Mandamentos: [Jesus], aquele causou a perda do povo judeu pela espada, dispersou seus sobreviventes e rebaixou-os, trocou a Santa Torá (por outros livros) e iludiu grande parte do mundo, para servir a outros deuses além de D'us. Porém, não está ao alcance do homem captar as intenções do Criador, pois, "os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e os vossos caminhos não são os meus caminhos" (Isaias 55:8), tudo o que fizeram Jesus de Nazaré e o ismaelita,(10) que veio depois, é apenas uma forma de preparar o caminho para o Rei-Messias, moldando o mundo todo para servir a D'us conjuntamente, como está escrito: "Então darei aos povos lábios puros, para que todos possam invocar o Nome do Senhor e servi-Lo sob o mesmo jugo" (So 3:9). De que maneira? O mundo todo está repleto das idéias do Messias, as palavras da Torá e os Mandamentos espalharam-se pelas ilhas mais longínquas e por inúmeros povos de coração duro, eles discutem todos esses assuntos e os mandamentos da Torá dizendo: 'estes preceitos são verdadeiros, porém não são mais obrigatórios hoje em dia'. Outros dizem: 'há mistérios, e é preciso dar uma interpretação diferente, pois o Messias já veio e revelou o segredo...' Quando vier o Messias (Verdadeiro), e quando ele triunfar, ele se elevará,(11) então, de imediato, todos reconhecerão que herdaram apenas falsidades de seus antepassados, e seus "profetas" e ancestrais os iludiram.

Mishné Torá,Leis dos Reis, capítulo XI do livro Juízes. 1 - No Messias; 2 - Posteriormente a Moisés, o que seria dito depois pelos profetas; 3 - Os sábios debatem como será o "domínio sobre os filhos de Set" (terceiro filho de Adão e Eva, do qual adveio toda a humanidade): uns acham que, após terem recebido os castigos merecidos, os outros povos serão redimidos, mas num nível inferior ao do povo judeu; outros sábios acham que eles não terão nenhum destaque, mas ficarão submetidos aos judeus; 4 - Leia Números 35:9-34; Êxodo 21:13-14, Deuteronômio 19:1-13; 5 - De referências ao Messias;5A - Nota deste editor; 6 - é o Bar Cohvá, que viveu 52 anos após a destruição do Beit Hamicdashe, liderando a revolta contra Roma do ano 135 da era comum; 7 - De ter assassinado o Rabi Elazar Ha-Modai; 8 - Talmude, tanto o da Babilônia, como o de Jerusalém. Ver na introdução.; 9 - Contra os inimigos do povo judeu; 10 - Maomé. Os sábios explicam que todos os acontecimentos e fatos, individuais ou mundiais, são Providência Divina, são meios e caminhos, com o objetivo de revelar a Divindade, só que, se o homem ou pessoa tem mérito, essa Revelação vem pelo lado positivo, e se não, pelo lado negativo; 11 - À liderança.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Uma Breve História dos Anoussitas


UMA BREVE HISTORIA DOS ANOUSSITAS








RETIRADO DA REVISTA JUDAICA



Uma parte da sociedade brasileira, incluindo parte da comunidade judaica, desconhece tudo - ou quase tudo - sobre os marranos.(bene anoussim) A outra parte tem conhecimentos superficiais, não muito precisos historicamente. É comum, por exemplo, ouvir essas pessoas comentando que marranos eram os judeus portugueses que mudaram seus nomes hebraicos para portugueses, geralmente de plantas e animais.
Embora isso de fato tenha ocorrido como evidenciam alguns Oliveira, Pereira, Carneiro e Lobo, não só nomes identificados com a fauna e a flora foram usados por aqueles judeus. O universo de nomes portugueses adotados pelos marranos engloba praticamente todos os nomes próprios usados pelos lusitanos, conforme constatamos em Raízes Judaicas no Brasil, de Flávio Mendes Carvalho(1). Aos interessados no assunto recomendo meu livro Os Marranos e a Diáspora Sefardita(2).



Outro erro freqüente entre os que têm noções sobre os marranos é relacionar a designação com "porcos" da língua espanhola. De fato, a tradução literal é coincidente, mas o termo "marrano" é muito mais transcendente, segundo explicações de especialistas como David Gonzalo Maeso ("A respeito da etimologia do vocábulo marrano", em Os Marranos, coletânea organizada por Nachman Falbel e Jacó Guinsburg) e Elias Lipiner (Santa Inquisição: Terror e Linguagem). Com base nestes estudos, semanticamente é mais correto e espiritualmente mais justo, entender o termo marrano como a junção das palavras hebraicas mar (amargo) e anussim (forçados). Isto é: os forçados amargamente a deixar o judaísmo.
Nesse ponto, o da religiosidade, há ainda aqueles que dizem que os marranos traíram o judaísmo para usufruir a vantagem de uma cômoda conversão ao catolicismo. Qual a vantagem, pergunto? A aparente vantagem era enganosa, e aqueles judeus sabiam e sentiam na pele que ao aceitar a religião imposta, aceitavam também ser julgados como hereges cristãos ao praticar ritos judaicos clandestinamente. Então, uns poucos privilegiados (e mesmo assim necessitando de muita sorte) conseguiam sair de Portugal rumo à Holanda, Turquia, Marrocos, Brasil. Outros realmente optavam por morrer queimados gritando o Shemá Israel!(3) E não foram poucos.
Os inquisidores, percebendo que a armadilha da conversão não atraía o número esperado de judeus que seriam logo acusados e condenados sumariamente, enquanto seus bens iam para a Igreja, trataram de fazer a Inquisição funcionar a pleno vapor. A metáfora lembra de perto os campos de extermínio nazistas. Entrava em cena a "Fábrica de judeus", expressão criada pelo dominicano e deputado da Inquisição, Domingos de São Tomás (1640-1670).
Com isso, desde o final do século 15, milhares de judeus foram oficialmente tornados cristãos em Portugal, por decreto. Nessa situação, não havia a opção nem de sair do país, nem de morrer na fogueira. Muitos se suicidaram! não concordamos com um suicídio coletivo. Nem a Torá concorda! Quando Moshe Maimon respondeu aos judeus iemenitas no século 12, recomendou que aceitassem o Islão em vez do suicídio coletivo. Em sua sabedoria, Maimon intuía que a história faria justiça aos descendentes daqueles judeus do Iêmen que foram obrigados a deixar sua fé mosaica. A história também faria justiça aos marranos.
Quem acha que os marranos traíram o judaísmo por conveniência, comete duplo erro: histórico e moral. Os marranos não tiveram opção. Nem o suicídio era opção. Torturados física e psicologicamente, mães assistiam, inertes, a seus filhos serem raptados pela Igreja para serem criados em lares católicos, enquanto outras crianças judias eram abandonadas na ilha africana de São Tomé para serem devoradas pelos animais. Pergunto de novo: Qual a vantagem do judeu se tornar cristão nessa sociedade?
Por último, o grande erro de muita gente é dizer que a Inquisição aconteceu "Há tanto tempo" que nenhum descendente daqueles judeus poderia reivindicar seu direito de pertencer ao povo de Israel hoje. A história tem seu curso natural e não se apavora com 500 anos. Os marranos brasileiros da atualidade que, por convicção própria, desejam retornar ao judaísmo devem ser acolhidos de braços abertos pela comunidade organizada.
A bem da verdade, as conversões forçadas em Portugal e Espanha se intensificaram há 500 anos. A Inquisição só parou de perseguir os judeus nas primeiras décadas do século passado. Visto assim, a história é bem mais recente.
O trabalho por nós desenvolvido, no sentido de recuperar a herança judaico-marrana no Brasil, tem encontrado muita receptividade em pessoas apaixonadas pelo judaísmo, pelo Estado de Israel, pela cultura judaica, e que desejam sinceramente fazer o caminho de volta, teshuvá. Felizmente, a receptividade por parte de rabinos, intelectuais e lideranças comunitárias judaicas tem sido muito favorável para receber e integrar comunitariamente também esses Filhos da Aliança. Notas:




1) Ed. Nova Arcádia, São Paulo, 1992.
2) Ed. Capital Sefarad, São Paulo, 1995.
3) "Ouve ó Israel!", uma das principais orações da liturgia judaica, que reafirma a unicidade de Deus.

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