segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O QUE A CABALA DIZ SOBRE...


O QUE A CABALA DIZ SOBRE...

Almas gêmeas

Quem acredita na máxima popular que diz que os opostos se atraem está enganado. No livroTransforme sua vida com a Cabala (Universo dos Livros), o autor Rodrigo Rudiger explica que na filosofia cabalística existe a chamada “equivalência de qualidades”. Isso significa que, se dois objetos espirituais forem idênticos em suas qualidades, eles se unirão em um sentimento mútuo, que engloba todos os outros sentimentos. Esse é o amor: a aproximação dos desejos, pensamentos e qualidades, que permite que as pessoas tornem-se compreensíveis umas às outras. Nesse processo, torna-se evidente que as duas almas poderão evoluir juntas. Sobre o amor, ainda, o renomado cabalista Rav Kuk disse certa vez, durante uma entrevista em uma rádio de Israel: “será que é possível encontrar num mundo tão complexo um sentimento tão puro? A sabedoria da cabala afirma que, enquanto o homem não mudar o seu desejo egoísta para o altruísmo, ele jamais sentirá o sabor do verdadeiro amor”.

Felicidade

A cada dia, o universo em que vivemos se transforma. O mundo, portanto, não é um produto acabado, onde simplesmente existimos, sem qualquer interação. Segundo o rabino Michael Berg, devemos aproveitar essa possibilidade de alterar e melhorar o mundo para que ele se torne um lugar do qual possamos verdadeiramente desfrutar. “Muitas guerras, perseguições e tragédias humanas foram perpetradas ao longo dos séculos, supostamente por serem a vontade de Deus. No entanto, a cabala nos diz que a vontade Dele é que encontremos prazer em Sua criação”, diz Berg. Ou seja, a felicidade está, aos olhos de Deus, entre os nossos maiores objetivos. E, para alcançar essa plenitude, devemos viver de modo a potencializar nosso desenvolvimento espiritual e transformar nossa natureza de reativa para proativa – investir no autoconhecimento e cultivar a preocupação com o outro são passos fundamentais.

D'us

A cabala é, em essência, um sistema de adequação do ser humano com o universo e com o bem absoluto – ou seja, com Deus. O objetivo maior de quem estuda os ensinamentos cabalísticos é entrar em contato com o divino, que é infinito, incorporando tudo o que existe, existiu e existirá. Mas, de acordo com o rabino Yossef Salton, Deus não é alguém com uma figura ou estrutura definida, como é costumeiramente retratado – Ele deve ser compreendido, na verdade, como uma energia infinita. “Quando é dito na Bíblia que o homem foi criado à imagem de Deus, significa que nossa essência espiritual também é energia”, explica
.

Autoconhecimento

Em meados do século 18, o filósofo Immanuel Kant (1724-1804) afirmou que “somos todos dotados da maravilhosa capacidade de não nos reconhecermos”. E essa é uma verdade para grande parte das pessoas. Para os cabalistas, o autoconhecimento é absolutamente necessário, e deve resultar de uma longa busca individual, que ninguém pode empreender a não ser você mesmo. É a partir dessa busca que se traça o caminho para o estudo aprofundado da cabala e o desenvolvimento que este traz. “Abra-me um pouco seu coração, e eu lhe abrirei o mundo”, ensina o Zohar. É com a auto-análise, que resulta do conhecimento profundo de si próprio, que fundamentamos o desejo por mudanças e podemos ir além.


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