quarta-feira, 13 de abril de 2016

Você sabe a quem serve - Parte l

Você sabe a Quem serve? - Parte I 
Por Sha’ul Bensiyon I

- Introdução Muitas pessoas dizem que servem ao ‘Deus da Bíblia’. Mas, será que sabem quem Ele é? Neste pequeno estudo de duas partes, pretendo dar uma boa introdução ao tema, falando acerca dos dois principais ‘nomes’ pelos quais o Criador é chamado a Bíblia Hebraica. A saber, 'Elohim' e ‘YHWH'. II - Os semitas e os Poderes Comecemos pelo termo ELOHIM (אלוהים). Os povos semitas da antiguidade percebiam que havia ‘poderes’ que influenciavam diretamente em suas vidas, mas que estavam além do seu controle. Observavam que o sol, a lua, a posição das estrelas, as chuvas, o vento, o movimento das águas nos mares, rios e lagos, e tantas outras coisas tinham influência sobre a flora, a fauna, a colheita, a temperatura, e acabavam afetando suas vidas. Na realidade, os semitas não estavam sozinhos nesse entendimento. A maioria das civilizações antigas ja tinha esse entendimento. Num primeiro momento, entendiam que essas coisas eram deuses. Cada divindade era responsável pelo controle de alguma dessas coisas, assim como os reis humanos controlavam cidades, exércitos, e atividades em geral. Então, tínhamos coisas como Asherá, deusa das águas; Reshef, deus das pragas; Nikal, deusa das frutas; Mot, deus da guerra; e assim por diante. A lista era interminável, e com o passar do tempo novas divindades surgiam. E, tal como os humanos, brigavam entre elas, destronavam outras, etc. Nos idiomas semitas, esses deuses era chamados de ‘elohim’, ou ‘poderes’. Vários deles eram também chamados por epítetos como ‘el’ (poder ou poderoso), ‘ba`al’ (senhor), e assim por diante. Termos que não eram usados exclusivamente para deuses, mas sim adjetivos equivalentes ao que hoje usamos para nos referir a dignatários: Excelência, Senhor, Nobre, e assim por diante. III - A Origem do Monoteísmo Bíblico Em dado momento, surge um personagem chamado Abraão. Segundo o entendimento judaico, Abraão foi um grande monoteísta. Alguém que, vindo de Ur dos Caldeus (uma região altamente politeísta), chegou a uma importante conclusão: “Ele percebeu que havia um Elohim que controlava a órbita, que Ele criou tudo, e que não havia outro elohim entre todas as outras entidades.” (Mishnê Torá - Sefer haMadá` - Hilkhot `Abodá Zará 1:3)
Abraão percebeu que se o universo estava totalmente em sincronia, havia Uma inteligência por trás de todas forças, ou poderes (elohim) da natureza. Foi então que o Eterno o chamou para ser um grande propagador do Monoteísmo. Com o passar do tempo, Abraão e sua família, que viria depois a formar o povo de Israel, perceberam também a ingenuidade de atribuir ao Eterno atributos humanos. Embora as Escrituras o descrevam com ‘asas’, ‘assentado no trono’, tendo uma mão direita, entre outras coisas, nossos sábios dizem: ‘A Torá fala a língua dos homens.’ Isto é, essas coisas são figurativas, para nos ajudar a compreendê-Lo. III - O Superlativo no Hebraico Bíblico No hebraico bíblico, a forma plural também traz uma conotação ‘superlativista’. Assim, ‘shir hashirim’ (cântico dos cânticos) é o cântico mais importante; qodesh haqodashim (santo dos santos) é o lugar mais santo de todos, ba`alim é usado para se referir a um grande senhor, e assim por diante. Sabe-se que o termo é singular e superlativo quando o verbo vem no singular. Em sendo assim, traduz-se ‘Elohim’ mais literalmente como o ‘Poder supremo’, ‘Autoridade suprema’ ou algo nessa linha. Porém, sem se esquecer do que isso quer dizer na cultura semita. A saber: Aquele que é a causa, ou o orquestrador, de todos os poderes. IV - Elohim, na Bíblia Dessa forma, observa-se que quando o termo ‘Elohim’ aparece, entende-se como a causa primordial de todos os poderes ou forças que envolvem uma situação. Por isso o termo é usado em Gênesis 1, por exemplo, quando as várias forças da natureza se combinam para formar a criação, mas de uma maneira orquestrada pela vontade do Criador. Os nomes do Eterno na Bíblia Hebraica não são usados aleatoriamente. Quando há uma situação na Bíblia e o termo usado é ‘Elohim’, o texto quer dizer que o Eterno está de bastidores, controlando e coordenando todos os eventos, de forma que tudo ocorra de acordo com a vontade dEle. Se usado sozinho numa narrativa, é indicativo de que o Eterno não estava se envolvendo de maneira muito tangível, estando mais ‘distante’ (na percepção humana), como um arquiteto que desenha uma planta, e observa os operários construírem o que desenhou. Vez ou outra, interfere no sentido de assegurar o bom andamento da obra. Quando vem seguido de um nome, por exemplo “Elohê Abraham”, isso seria entendido por um semita como ‘Aquele que foi responsável por coordenar todos os acontecimentos relevantes na vida de Abraão’. Isso ajudava ao ouvinte a compreender que desde seus ancestrais, o Eterno estava no comando de todas as coisas. Na maioria das traduções, Elohim é substituído por ‘Deus’, no português. Entendo que isso seja uma necessidade inevitável numa tradução. Mas mostra como às vezes a tradução pode acabar ‘ocultando’ o sentido exato de um texto. E aqui, perde-se muito esse conteúdo importantíssimo. Na parte II, veremos como isso difere do uso do Tetragrama

domingo, 10 de abril de 2016

VOCÊ SABE A QUEM SERVE? - PARTE II


Muita gente afirmar “crer em Deus”. Porém, quando se observa o que a pessoa acredita, a definição nem sempre significa a mesma coisa. O que indica a grande importância de conhecer o sentido do Tetragrama, que é o termo através do qual o Eterno se apresenta, dizendo em vários lugares “Eu sou YHWH.” (Ex: Lv. 18:2)
É importante compreender que na antiguidade, os deuses eram sempre apresentados com seus respectivos nomes. Por exemplo, deus cananeu Ba`al Hadad, o senhor da tempestade, era filho de Toru-El, um deus-touro que era visto como o senhor dos montes, e causador de raios e trovões.
Cada divindade trazia em seu próprio nome, ou em sua mitologia, a sua origem e seus limites. Os deuses não eram vistos como detentores de todo poder, nem tinham origem na eternidade. Eram poderosos, porém limitados. E esse limite, ou origem, era normalmente indicado pelo próprio nome. Dagon era deus dos grãos e dos peixes, Yam era o deus dos mares e lagos, Mot reinava sobre a morte, e assim por diante.
Quando Moshé (Moisés) pergunta ao Eterno quem Ele é, para que possa anunciar aos israelitas que divindade iria resgatá-los, esperava ouvir algo como: “Eu sou o senhor dos rios, que inundarei o Egito”. Ou ainda “Eu sou o deus das estrelas, e farei chover fogo dos céus”. Esse era o tipo de informação que uma pessoa politeísta no Oriente Médio antigo esperaria ouvir.
Mas, o Eterno dá uma resposta surpreendente.
O Eterno diz: “Ehyê Asher Ehyê. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Ehyê me enviou a vós.” (Ex. 3:14)
Essa forma, geralmente traduzida como “EU SOU” ou “EU SEREI”, é equivalente ao Tetragrama. Pois o termo יהוה (Yud-Hê-Waw-Hê) significa literalmente ELE É.
A raiz הוה (Hê-Waw-Hê) no hebraico significa ‘ser’ ou ‘existir’. Ao passo que o י (Yud) no princípio flexiona o verbo para a terceira pessoa.
Dizer ‘EU SOU’ ou ‘ELE É’ num contexto politeísta causaria um impacto profundo. O Eterno estava dizendo que Ele não possuía nem origem, nem limite. Ao contrário dos outros deuses, que tinham origem e limites, a Divindade de Israel é Eterna e ilimitada.
Há três conclusões teológicas que podem ser extraídas naturalmente a partir dessa ideia. A primeira delas é a de que não há espaço para uma segunda ou terceira divindade, haja vista que o Eterno é ilimitado. E se é ilimitado, como poderia haver alguém a quem se compare?
É por isso que Ele diz, com relativa frequência: “Eu sou YHWH e não há outro” (Ex: Is. 45:6). Basicamente, Ele está dizendo: “Eu sou Aquele que existe, e não há outro”. Em outras palavras, Ele é a única divindade, e não há espaço para a existência de outra.
O segundo elemento importante é expresso quando Ele diz: “Eu sou YHWH” após dar uma ordem (Ex: Lv. 22:31).
Era comum que os politeístas da antiguidade servissem os deuses de acordo com as suas limitações. O serviço era tido como uma forma de manutenção da divindade. Por exemplo, Hapi, o deus egípcio do rio Nilo, era servido com alimentos que eram lançados ao rio.
Isso é completamente diferente do serviço ao Eterno! Enquanto um politeísta esperaria ouvir: ‘Faça isso porque a divindade precisa’, o Eterno diz: “Faça isso porque Eu sou Aquele que é”. Em outras palavras, a nossa obediência a Ele não é porque Ele precisa de nós, mas sim porque nós precisamos dEle.
O que nos leva ao terceiro ponto. É ingenuidade dizer que devemos ‘experimentar o Eterno’, pois nós o experimentamos diariamente. Nós só existimos porque Ele é a causa de tudo que veio a existir.
Se alguém te desafiar, dizendo, ‘Mostre-me o seu Deus!’, você deve responder: “O meu Deus é a própria existência. Sem a existência, o que você é?”
Todo ser humano tem uma ligação direta com o Criador, porque Ele é a existência. Sem Ele, você não existiria. Portanto, Ele pode ser encontrado simplesmente no fato de que o universo veio a existir.
Devido a isso, alguns sidurim hispano-portugueses traduzem o Tetragrama como “O Eterno Auto-Existente”. Se Ele é a existência, então logicamente, Ele sempre existiu.
Se supomos que A existe por causa de B, então A não é a Existência e sim B. Mas se B passou a existir por causa de C, então na verdade C é a Existência. A Existência é, necessariamente, a origem a partir do nada.
Compreender isso é de fundamental importância para entender porque Ele nos deu leis e mandamentos.
O que Ele nos revelou é a chave e o segredo para melhor existirmos. Isto é, a própria Existência nos indica como podemos fazer para melhor assegurarmos o nosso vínculo com Ele.
Se entendemos isso, então compreendemos que o Eterno não irá escolher quem viverá e quem não viverá no mundo vindouro. Ele já estabeleceu as regras de como podemos existir. Basta a nós seguirmos essas orientações.
O universo está programado para que coisas venham existir, e isso é o maior indício de que Ele é verdadeiro.
Um ateu poderia negar o conceito ingênuo de uma divindade pessoal. Isto é, um ser barbudo que se assenta num trono dourado. Mas nada disso é Torá. Um ateu jamais poderia negar a própria Existência.
Não há coisa mais comprovada do que o fato de que nós existimos. E YHWH é a própria existência. Logo, nada há mais comprovado do que Ele.
Do ponto de vista prático, isso enche nossos corações de temor e gratidão. Se você quer encontrar o Eterno, olhe para tudo o que está à sua volta e que veio a existir. Ele está na origem de todas essas coisas.
Servir o Eterno é servir a própria existência. É colocar-se a favor da vida (o elemento mais importante da Torá), assim como significa agir de modo a proteger tudo o que há, e manter a boa existência do ser humano e daquilo que dependemos para permanecermos vinculados à Existência.
VOCÊ SABE A QUEM SERVE? - PARTE II
Muita gente afirmar “crer em Deus”. Porém, quando se observa o que a pessoa acredita, a definição nem sempre significa a mesma coisa. O que indica a grande importância de conhecer o sentido do Tetragrama, que é o termo através do qual o Eterno se apresenta, dizendo em vários lugares “Eu sou YHWH.” (Ex: Lv. 18:2)
É importante compreender que na antiguidade, os deuses eram sempre apresentados com seus respectivos nomes. Por exemplo, deus cananeu Ba`al Hadad, o senhor da tempestade, era filho de Toru-El, um deus-touro que era visto como o senhor dos montes, e causador de raios e trovões.
Cada divindade trazia em seu próprio nome, ou em sua mitologia, a sua origem e seus limites. Os deuses não eram vistos como detentores de todo poder, nem tinham origem na eternidade. Eram poderosos, porém limitados. E esse limite, ou origem, era normalmente indicado pelo próprio nome. Dagon era deus dos grãos e dos peixes, Yam era o deus dos mares e lagos, Mot reinava sobre a morte, e assim por diante.
Quando Moshé (Moisés) pergunta ao Eterno quem Ele é, para que possa anunciar aos israelitas que divindade iria resgatá-los, esperava ouvir algo como: “Eu sou o senhor dos rios, que inundarei o Egito”. Ou ainda “Eu sou o deus das estrelas, e farei chover fogo dos céus”. Esse era o tipo de informação que uma pessoa politeísta no Oriente Médio antigo esperaria ouvir.
Mas, o Eterno dá uma resposta surpreendente.
O Eterno diz: “Ehyê Asher Ehyê. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Ehyê me enviou a vós.” (Ex. 3:14)
Essa forma, geralmente traduzida como “EU SOU” ou “EU SEREI”, é equivalente ao Tetragrama. Pois o termo יהוה (Yud-Hê-Waw-Hê) significa literalmente ELE É.
A raiz הוה (Hê-Waw-Hê) no hebraico significa ‘ser’ ou ‘existir’. Ao passo que o י (Yud) no princípio flexiona o verbo para a terceira pessoa.
Dizer ‘EU SOU’ ou ‘ELE É’ num contexto politeísta causaria um impacto profundo. O Eterno estava dizendo que Ele não possuía nem origem, nem limite. Ao contrário dos outros deuses, que tinham origem e limites, a Divindade de Israel é Eterna e ilimitada.
Há três conclusões teológicas que podem ser extraídas naturalmente a partir dessa ideia. A primeira delas é a de que não há espaço para uma segunda ou terceira divindade, haja vista que o Eterno é ilimitado. E se é ilimitado, como poderia haver alguém a quem se compare?
É por isso que Ele diz, com relativa frequência: “Eu sou YHWH e não há outro” (Ex: Is. 45:6). Basicamente, Ele está dizendo: “Eu sou Aquele que existe, e não há outro”. Em outras palavras, Ele é a única divindade, e não há espaço para a existência de outra.
O segundo elemento importante é expresso quando Ele diz: “Eu sou YHWH” após dar uma ordem (Ex: Lv. 22:31).
Era comum que os politeístas da antiguidade servissem os deuses de acordo com as suas limitações. O serviço era tido como uma forma de manutenção da divindade. Por exemplo, Hapi, o deus egípcio do rio Nilo, era servido com alimentos que eram lançados ao rio.
Isso é completamente diferente do serviço ao Eterno! Enquanto um politeísta esperaria ouvir: ‘Faça isso porque a divindade precisa’, o Eterno diz: “Faça isso porque Eu sou Aquele que é”. Em outras palavras, a nossa obediência a Ele não é porque Ele precisa de nós, mas sim porque nós precisamos dEle.
O que nos leva ao terceiro ponto. É ingenuidade dizer que devemos ‘experimentar o Eterno’, pois nós o experimentamos diariamente. Nós só existimos porque Ele é a causa de tudo que veio a existir.
Se alguém te desafiar, dizendo, ‘Mostre-me o seu Deus!’, você deve responder: “O meu Deus é a própria existência. Sem a existência, o que você é?”
Todo ser humano tem uma ligação direta com o Criador, porque Ele é a existência. Sem Ele, você não existiria. Portanto, Ele pode ser encontrado simplesmente no fato de que o universo veio a existir.
Devido a isso, alguns sidurim hispano-portugueses traduzem o Tetragrama como “O Eterno Auto-Existente”. Se Ele é a existência, então logicamente, Ele sempre existiu.
Se supomos que A existe por causa de B, então A não é a Existência e sim B. Mas se B passou a existir por causa de C, então na verdade C é a Existência. A Existência é, necessariamente, a origem a partir do nada.
Compreender isso é de fundamental importância para entender porque Ele nos deu leis e mandamentos.
O que Ele nos revelou é a chave e o segredo para melhor existirmos. Isto é, a própria Existência nos indica como podemos fazer para melhor assegurarmos o nosso vínculo com Ele.
Se entendemos isso, então compreendemos que o Eterno não irá escolher quem viverá e quem não viverá no mundo vindouro. Ele já estabeleceu as regras de como podemos existir. Basta a nós seguirmos essas orientações.
O universo está programado para que coisas venham existir, e isso é o maior indício de que Ele é verdadeiro.
Um ateu poderia negar o conceito ingênuo de uma divindade pessoal. Isto é, um ser barbudo que se assenta num trono dourado. Mas nada disso é Torá. Um ateu jamais poderia negar a própria Existência.
Não há coisa mais comprovada do que o fato de que nós existimos. E YHWH é a própria existência. Logo, nada há mais comprovado do que Ele.
Do ponto de vista prático, isso enche nossos corações de temor e gratidão. Se você quer encontrar o Eterno, olhe para tudo o que está à sua volta e que veio a existir. Ele está na origem de todas essas coisas.
Servir o Eterno é servir a própria existência. É colocar-se a favor da vida (o elemento mais importante da Torá), assim como significa agir de modo a proteger tudo o que há, e manter a boa existência do ser humano e daquilo que dependemos para permanecermos vinculados à Existência.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Afinal, o que é Cabala / Kabbalah / Qabalah / Cabalah?

A Cabalah é um método para se alcançar a Iluminação.

Como todo método de Iluminação, ela envolve determinadas disciplinas, práticas "obrigatórias", hábitos inegociáveis.

Existem práticas referentes à alimentação, práticas referentes ao trato com dinheiro e posses materiais, práticas referentes à sexualidade, práticas referentes à relação com as demais criaturas do planeta e, principalmente, práticas para conexão com o Criador.

O principal conceito que deve permear todas as atividades diárias do cabalista é "amar ao próximo como a si mesmo".

O cabalista busca tornar-se um canal e uma morada para o Criador dentro da fisicalidade. Para isso, ele busca extirpar todas as ilusões e obstáculos que o impedem de se tornar tal.

A maior ilusão, o maior obstáculo é justamente o fato de não nos sentirmos unidos à toda a Criação. Por isso, nos é tão difícil "amar ao próximo como a nós mesmos".

O Sefer Chassidim (p.553) explica este sentimento fragmentado da seguinte forma: "Algumas pessoas rezam e não são atendidas porque permanecem insensíveis aos males dos seus semelhantes". Isto significa que eu jamais me tornarei um canal para a Luz se não me importar com as demais criaturas que me rodeiam.

Portanto, é missão do cabalista extirpar o caos do Universo.

Para trazer o equilíbrio de volta à Criação, o cabalista detém determinadas ferramentas, as quais ele deve compartilhar com os seus semelhantes. Ele irá fazer isso respeitando a diversidade que o Criador desejou que houvesse neste Universo.

Isto significa que a Cabalah NÃO É UMA RELIGIÃO. NÃO BUSCAMOS SEGUIDORES. BUSCAMOS AJUDAR A TODO AQUELE QUE DESEJA SER UM VETOR DE ELIMINAÇÃO DO CAOS DO MUNDO.

Por último, a Cabalah não lhe trará felicidade instantânea, muito menos "a salvação". Você é a única pessoa capaz de se "salvar". Depende de você fazer o que deve ser feito, se tornar uma pessoa melhor, ajudar ao próximo com respeito e compaixão, perceber seu impacto negativo no planeta e corrigi-lo. A Cabalah lhe dará ferramentas extremamente eficientes para que você alcance esses objetivos.

Lech LeShalom


 Michael Berg 

domingo, 3 de abril de 2016

Targum Faz Rute

Targum Rute Tradução de Samson H. Levey Capítulo 1. 1- Aconteceu nos dias do juiz de juízes que havia uma grande fome na terra de I...