terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

72 Expressões do Divino m Hebraico-Aramaico

72 Expressões do Divino m Hebraico-Aramaico.

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Este estudo está associado ao Livro do Conhecimento: As Chaves de Enoch® e é apresentado como um estudo ecumênico. Os termos aqui listados vêm de referências bíblicas e não devem ser confundidos com outros trabalhos do Dr. J.J. Hurtak ou de vários outros autores. Visto que não existe uma referência ou listagem tradicional exclusiva, as pessoas encontrarão uma variedade de 72 Nomes e Expressões Divinas. No entanto, cada lista é singular e deve ser respeitada como um trabalho específico.
Visto que o nosso trabalho é ecumênico, podem ser utilizadas outras expressões em outras línguas, como as expressões do Divino encontradas em grego e em védico-sânscrito, que são fornecidas para um estudo adicional.
O propósito desta página é permitir aos que pertençam à herança judaico-cristã reconhecer que os Nomes e Atributos Divinos podem ser encontrados em todas as Escrituras. Antes de estudarmos esta seção, precisamos reconhecer que existem mais de 72 Nomes e Atributos Divinos em hebraico e aramaico. Este é um número especial que escolhemos para aprofundar estas expressões antigas.
Lembrem-se que estas palavras são sagradas e devem ser tratadas com respeito.
1 ABBA or ABWOON (hebraico-aramaico): “Pai”.
O Nome íntimo que os estudiosos e sábios que escreviam originalmente em aramaico (a língua franca do ramo lingüístico semítico do Egito à Bacia Indiana e à região da Terra Santa no Oriente Próximo de 1200 a.C. até 600 d.C.) davam ao Divino. O “Pai” pessoal que se invoca para se libertar da limitação divina. O título que Jesus usava nos Evangelhos para orar ao Pai Eterno quando estava em íntimo diálogo com Ele no grande plano de realização do Reino interno que pertence a todos os que crêem.
Ó Abwoon, Pai, abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas do Teu Reino interno, pois Teu é o Reino, o Poder e a Glória neste lado da Criação e em todas as dimensões.
Amen.
2 ADON OLAM (hebraico): “Senhor de Eternidade (ou do Universo)”.
A expressão de Deus encontrada nos hinos antigos que mais freqüentemente se citam (Salmo 117:2).
Ó Senhor valoroso, ó Adon Olam, Tu que estás nas canções celestiais da criação e Tu que existes como o Senhor do Universo, que o futuro e as descobertas da vida em todo o Universo nos lembrem de que somos o Teu experimento semente de Vida no Plano Divino.
Amen.
3 ADONAI (hebraico): “Senhor”.
O título utilizado pelos eruditos, desde os Tanaim (antigos instrutores da Torah) e os Geonim (sábios acadêmicos) até os atuais estudiosos ortodoxos que invocam o Senhor dos profetas. Esta expressão ocorre 432 vezes no texto bíblico dos massoretas.
Eterno e Divino Adonai, que o Teu Nome Santo seja preservado e usado com grande sabedoria, pois sabemos que o temor diante do Teu Nome Sagrado é o começo da Sabedoria.
Amen.
4 ADONAI ECHAD (hebraico): “O Senhor é Um”.
A afirmação básica da segunda parte do primeiro mandamento dado por Moisés a Israel. “O Senhor (D’us) é Um”. O mistério da Divindade como a suprema unidade da Família Divina é afirmado nesta expressão (Dt 6:4).
Eterno e Divino Adonai Echad, que o mistério da Tua Unidade e da Tua Pluralidade sejam compreendidos na educação da minha alma e na sua ascensão aos mundos superiores.
Amen.
5 ADONAI, MELEK (hebraico): “Senhor, Rei”.
A saudação que David usava nos Salmos para invocar o Divino como o Senhor e Rei Soberano da Criação. O poder executivo do Rei Divino também é compartilhado como um poder de misericórdia para com todos os principados e potestades do universo.
Ó Adonai Melek, que a Presença amorosa, orientadora e impressionante do Teu Reino guie o despertar interno da minha alma à maravilhosa vastidão e organização do universo físico que é sustentado pelo Teu Reino de Luz.
Amen.
6 ADONAI ‘TSEBAYOTH (hebraico): “Senhor das Legiões ou Senhor dos Exércitos”.
O comando angélico do verdadeiro Senhor das verdadeiras Legiões dos Céus. A grafia ‘Tsebayoth or Sabaoth é encontrada mais de 200 vezes na Bíblia, nos escritos dos muitos profetas, e no Novo Testamento, em Romanos 9:29 e Tiago 5:4, embora neste último caso tenha sido originalmente escrito em grego.
Ó Adonai ‘Tsebayoth, que a presença das Tuas Legiões e a vinda da Tua Hierarquia de Seres Celestiais dos mundos Superiores manifestem a verdade da Tua Imagem. Que a acessão das Tuas ‘Tsebayoth ao Trono desperte as miríades de almas de seres sencientes que dormem nas ilusões materiais dos mundos físicos.
Amen.
7 AIN SOPH (hebraico): “O Ilimitado”.
O título supremo para o Infinito de onde procede toda a criação. A fundação de Tudo no universo.
Ó Ain Soph, Louvado sejas Tu que criaste os nossos espíritos antes de este mundo ter vindo à existência, e cuja Grandiosidade guia todos os mundos futuros através dos Teus filhos e filhas de Luz.
Amen.
8 AL-ILAH (aramaico): O título para “Deus” usado pelos fiéis que falavam aramaico na época de Jesus.
Um dos títulos mais adequados para Deus usado no Oriente Próximo quando o aramaico era a língua franca do ramo lingüístico semítico de 1200 a.C. a 600 d.C. No período crucial da criação do Novo Testamento, esta expressão podia ser ouvida conforme vemos em Romanos 16:26-27, pois a língua original falada por Jesus e os seus discípulos era o aramaico.
Al-ilah, ó Bendito e Único Sábio, que as Tuas bênçãos cósmicas estejam sempre com todos nós. Louvado sejas Tu pelos profetas e por Jesus, o Messias. Em todos os Teus Nomes Sagrados, que os mistérios da Tua natureza e das Tuas manifestações nos sejam revelados.
Amen.
9 AL-ILAH RAPHA (aramaico): “Deus de Cura”.
Antiga expressão para a intervenção dos Poderes Divinos de que toda a humanidade necessita para respirar e viver.
Al-ilah Rapha, Senhor muito precioso e exaltado que Cura, examina o meu corpo e a minha natureza física com o Teu penetrante Poder de Cura. Que Tu nos Cures de todas as doenças e sofrimentos e tragas uma restauração de Cura em corpo e espírito para quem eu oro neste momento, especialmente para os que estão passando por um processo de transição.
Amen.
10 AL-ILAH SABTAI (aramaico): “Deus de Descanso”.
Antiga expressão para o Descanso ou Sabbath, aquele local de Paz e Contentamento junto a Deus.
Que Al-ilah Sabtai gere a Paz para libertar toda inteligência senciente neste universo que parece se mover para o caos.
Amen.
11 AL-ILAH SHEMAYA (aramaico): “Deus Ouve”.
Antiga expressão que reconhece a Presença de Deus nas nossas vidas.
Tu és o verdadeiro Senhor que estás sempre conosco, Al-ilah Shemaya. Manifesta a Tua presença aqui no meio do mundo físico e da realidade física de modo que ele seja transmutado na glória de um planeta espiritual no universo recém-ascendido.
Amen.
12 AMMI SHADDAI (hebraico): “Povo do Todo-Poderoso”.
O título dos amados de Deus impresso dentro do Povo que conhece os Nomes Sagrados assinalados nas escrituras de Isaías e de outros profetas. Uma expressão para a interação de Deus com o Povo de Luz, encontrada nos profetas maiores e menores de Israel.
Ó meu amado Ammi Shaddai, que os poderes de Shaddai despertem a nossa coroa com a Luz e Esplendor para sentirmos no nosso meio a Presença do Todo-Poderoso Amoroso.
Amen.
13 AMUD HA-ESH (hebraico): “Pilar de Fogo”.
Um aspecto do trabalho do Espírito Santo através da Luz superluminar que conduz o povo pelo deserto, conforme observado em Êxodo 13:21.
Ó Divino, Tu que és chamado pelos sábios de Amud Ha-Esh, e Tu que és o nosso Pilar de Fogo, que as forças dos príncipes da terra e os elementos da natureza destrutiva abram caminho para Ti, que és a grande libertação e inspiração para toda a vida.
Amen.
14 ARIK ANPIN (hebraico): “O da Grande Face, o Macroprosopo”.
Título utilizado pelos místicos judaicos medievais para a Face de Deus emanada na criação humana. Usado pelos místicos e cabalistas judeus com relação à Face de Deus no universo superior.
Face Divina, Arik Anpin, que o privilégio de ver além do véu desta vida nos lembre a Imagem que tínhamos antes de virmos a esta vida. Que a Tua Imagem nos guie através de todas as dificuldades e dramas à medida que a nossa face reflete imensamente a Tua Face de Luz.
Amen.
15 'ATTIQ YOMIN (aramaico): “Antigo de Dias”.
A expressão encontrada em Dn 7:9,13,22, em que o aramaico original é preservado para explicar Aquele que se assenta no Trono do Divino.
Ó ‘Attiq Yomin, que aí estás no Trono Divino, ajuda-nos a compreender as grandes Maravilhas que Tu vês e a trilhar o caminho que Tu vislumbras para toda a humanidade.
Amen.
16 AVINU MALKEINU (hebraico): Louvor Pessoal expresso como “Ó Pai, Nosso Rei”.
Aqui pedimos ao Divino que permita a vinda das Bênçãos às nossas vidas e permita o ressoar destas Bênçãos nos nossos corações ao proclamarmos o Reino, o Amor e a Presença do Divino em torno de nós.
Amado Avinu Malkeinu, que Tu transmitas o Teu Reino e supernatureza juntamente com toda a Tua Sabedoria para o Esplendor da Raça Humana.
Amen.
17 BE-MIDBAR (hebraico): “No Deserto”.
O Nome para a reunião do povo de Deus e das suas famílias de acordo com os números e a divisão divina da ciência sagrada, que une as famílias da terra com as do céu. O verdadeiro nome para o livro de Números.
Ó Be-midbar da vida, nós temos caminhado no deserto e temos invocado O Divino e agora pedimos que Tu nos chames a um plano e missão de identidade divina e ao sacerdócio superior de todos os que crêem.
Amen.
18 BERESHITH BARA (hebraico): “No princípio”.
A afirmação da identidade de Deus nas palavras iniciais da Criação, isto é, as primeiras palavras do livro do Gênesis, que são uma afirmação da função Divina dentro de toda a Vida.
Como Bereshith Bara, que estas primeiras palavras da nossa Criação assinalem para as nossas almas a Divindade contínua da Vida e o privilégio divino de saber que existe uma criação superior vivente por trás desta criação física. Tu és a Mente Universal, Criador e Redentor da Imagem. Possamos, como Teus filhos e filhas, ver a evidência de Luz de que provimos da Tua Evolução Superior e não da evolução inferior da ilusão material.
Amen.
19 B’NAI ELOHIM (hebraico): “Os Filhos de Deus”.
Conforme mencionado no Livro de Jó, uma expressão da família Divina nos mundos espirituais superiores (p. ex., Jó 1:6; 2:1; 38:7).
Que os B’nai Elohim nos guiem e nos abençoem nas criações recém-nascidas como filhos e filhas aspirantes ao caminho do Reino futuro, a Jerusalém Celestial.
Amen.
20 CHOKMAH (hebraico): “Sabedoria”.
A co-participante e co-criadora com o Divino na formação do mundo, personificada nos textos cristãos cópticos como o feminino Divino. Parte da quadrinidade superior do Divino unida ao Filho Eterno (ver especialmente Provérbios para referências bíblicas, p. ex., Pv 9).
Ó Divina Chokmah, que eu seja abençoado com a Tua Sabedoria revelada para que a Tua natureza imanente cultive uma nova mente com os dons de plenitude e auto-realização, e se desdobrem os mistérios associados ao Teu EU SOU.
Amen.
21 EHYEH ASHER EHYEH (hebraico): “EU SOU O EU SOU” ou “Eu Serei o Eu Serei”.
A profunda revelação de um dos Nomes de D’s no Êxodo.
Conforme revelado por Moisés, a afirmação mais elevada que os que crêem podem fazer em associação com o Deus vivente (Êxodo 3:14).
Ó Divino Ehyeh Asher Ehyeh, coroa-me com Binah, o Entendimento, para que eu expresse na minha vida a Tua Santa Presença e a natureza imanente da Árvore da Vida.
Amen.
22 EL (hebraico): Deus.
Um dos mais antigos nomes tribais de Deus no Oriente Próximo, expresso na convergência das alianças tribais. Pode ser encontrado mais de 250 vezes no Antigo Testamento (p. ex., Gn 7:1, 28:3, 35:11; Is 9:6; Ez 10:5).
Divino El, a Tua grandiosidade é insondável. A Tua soberania é a soberania de todos os mundos. Com a Tua mão direita concede-me a Tua Misericórdia. Sê o meu guia e a minha bênção através da elevação da minha vida.
Amen.
23 EL BRIT (hebraico): “A Aliança”.
O acordo vivente entre o Divino e nós, peregrinos planetários do Divino, que temos recordado as suas expressões nas expressões fonéticas e musicais das tradições sagradas (Js 3:3).
El Brit, que a Aliança que Tu proclamaste aos meus antepassados lembre-me da Tua vitória e das Tuas Legiões nos mundos superiores, para que eu persevere neste vale de lágrimas até que a vitória possa me retirar do exílio da minha alma.
Amen.
24 EL CHAI (hebraico): “Deus Vivente”.
O Deus da Criação Vivente que permeia tudo (Js 3:10).
Ó El Chai, manifesta a Tua presença vivente e a Tua mensagem de Amor para mim, teu servo humilde neste Teu planeta em meio a miríades de mundos Teus.
Amen.
25 EL ELOHE ISRAEL (hebraico): “Deus, O Deus de Israel”.
A afirmação do povo espiritual de Luz nesta criação local associado ao altar de Jacó em Shecham, sendo que Israel significa aquele que luta junto com Deus até a Vitória (Gn 33:20).
Nos abismos dos Teus Amados, ó El Elohe Israel, que a Tua carta de Amor ao Teu povo, conhecida como a Sagrada Escritura, seja vista como um Altar Sagrado para todos os povos de Luz que representam o Teu Israel Espiritual na terra e nos céus.
Amen.
26 EL ELYON (hebraico): “O Deus Altíssimo”.
De acordo com alguns estudiosos, quando Israel foi levado em cativeiro de Jerusalém à Babilônia, os estudiosos começaram a enfatizar o nome/natureza de El Elyon porque as leis de Yahweh não podiam ser praticadas na Babilônia (p. ex., Gn 14:18; Sl 9:2; 82:6).
Ó El Elyon, que a Tua presença celebrada na comunhão entre Abraão na terra e Melchizedek nos céus seja enaltecida de novo no meu trabalho em prol do sacerdócio maior entre céu e terra. Que Tu me ajudes a superar os espíritos de corrupção da terra. Possamos lembrar que somos filhos e filhas do Deus Altíssimo.
Amen.
27 EL GIBBOR (hebraico): “Deus de Força” ou “Deus Poderoso”.
A afirmação de Deus na aliança tribal ou a Sua manifestação para o povo de fronteira nos desertos, montanhas e selvas do mundo. O Deus que atua através da sinergia da fraternidade que é manifestada nos rigores da vida (Is 10:21; Jr 32:18).
Ó Poder Divino que chamamos El Gibbor, que Tu me ajudes a compreender na minha fraqueza os mistérios da mais ínfima partícula de Luz que expressa a plenitude de um bilhão de sóis, e que aguarda os Filhos e Filhas que serão os novos Adãos e Evas.
Amen.
28 EL RACHMAN (árabe), “Deus Misericordioso” ou “Deus de Compaixão”.
A natureza viva do Deus que ama e perdoa o seu povo.
Que o Grande Deus de Misericórdia e Compaixão, El Rachman, estenda dos Mundos de Emanação o Amor e Propósito Divinos aos mundos de forma física através do Poder e Majestade das cinco naturezas reveladas de Deus.
Amen.
29 EL ROI (hebraico): “Deus de Visão”.
O Deus de Onipotência e Visão Onidirecional através do Olho Divino (p. ex., Gênesis 16:13).
Ó El Roi, que a Tua Visão conceda aos Teus servos em todas as cidades e países o poder para alcançar a verdadeira irmandade, vendo através da transparência da vida. Sabemos que a Tua natureza de percepção viva sonda as profundezas da psique e as alturas de todos os Cosmos.
Amen.
30 EL SALI (hebraico): “Deus da Minha Rocha”.
A Força do Divino que nos mantém ao longo de todos os testes e tribulações (Salmo 42:10).
Que a Divindade eterna, que purifica e manifesta vida como El Sali, torne-se uma fortaleza para toda a criação de modo que um caminho de pura Luz consiga preparar o caminho para todos os seres que queiram ascender ao Teu Trono glorioso.
Amen.
31 EL SHADDAI (hebraico): “O Senhor Deus Todo-Poderoso”.
O título usado pelo Anjo do Senhor quando apareceu para Abraão, demonstrando a Natureza manifestada de Deus à medida que Ele se evidenciava para Abraão (Gn 17:1; Ex 6:3; Sl 68:14).
Divino El Shaddai, Todo-Poderoso, Tu nos escolheste antes da fundação do mundo para que, com Amor, fôssemos santos e sem mácula diante d’Ele.
Amen.
32 ELI, ELI (hebraico): “Meu Deus, Meu Deus”.
As últimas palavras pronunciadas por Jesus na cruz, no seu sacrifício supremo como uma lição viva de unidade com o Corpo de Ressurreição (Marcos 15:34; Sl 22:1).
Divino Eli, Eli, que o Teu Nome abra os céus para receber o meu corpo fora da cruz de espaço e tempo. Que o Corpo Eterno da Filiação Divina seja ativado na minha nova vida de perecibilidade.
Amen.
33 ELOHA SHAMAYYIM (hebraico): “O Deus dos Céus”.
Um título próprio para a Liderança gloriosa sobre os céus e os céus inferiores, e para Aquele que é o Organizador e Sustentador da Criação (Esdras 5:11).
Que o Eloha Shamayyim nos lembre do governo espiritual que guarda e governa o comportamento honesto das nossas vidas e o nosso compromisso espiritual com o caminho superior da vida.
Amen.
34 ELOHIM (hebraico): “Os Deuses” ou “Divindade”.
O primeiro título para Deus nos textos da Torah, no Livro de Gênesis. A Majestade Plural da Divindade conforme revelada em Gênesis, mesmo antes da expressão Yahweh ser usada, mostrando uma Pluralidade de excelência majestosa. Este título ocorre mais de 2.500 vezes no Antigo Testamento e 32 vezes em Gn 1 (p. ex., Gênesis 1:1; Salmo 68:1).
Ó Divino Elohim, o Criador do qual emerge toda vida, protege-me e liberta-me com a Tua Mão Esquerda. Que a Tua Glória seja Louvada para Sempre.
Amen.
35 ELOHIM TSEBAYOTH (hebraico): ”Deus como as Legiões ou os Exércitos”.
Uma expressão que descreve a Mão externa da Divindade no Universo. Um título de excelência usado para a exteriorização da Hierarquia, usado pelos místicos judeus (Sl 80:7,14).
Que Elohim Tsebayoth, as Forças gloriosas das Legiões da Mão Direita, ajudem a proteger e a libertar a minha vida das forças inferiores que não se encontram na Imagem Divina.
Amen.
36 ESH OLAM (hebraico): “O Fogo Eterno”.
O Fogo que queima no Templo de Jerusalém como sinal da Presença Eterna. Uma expressão da Luz Eterna que queima diante da celebração do Divino em todos os templos do Universo.
Que o Esh Olam esteja sempre diante de mim para que tudo o que eu toque sinta a chama de Yah e das Legiões.
Amen.
37 GEDULAH (hebraico): “Grandiosidade” or “Magnitude”.
Uma expressão do enorme Poder de Deus revelado pelos escritores e instrutores místicos, usada em orações e afirmações que reconhecem a Onisciência Divina (1 Crônicas 29:11).
Que a Presença poderosa, orientadora e amorosa de Gedulah continue a nutrir, iluminar e fortalecer os nossos corações e espíritos, sempre.
Amen.
38 HA-EL HA GADOL (hebraico): “O Grande Deus”.
O atributo do Eterno Poder Soberano de Deus observado em todo o Universo.
Ó Ha-El Ha Gadol, desperta em mim a missão imanente desta vida: amá-Lo, Senhor, com todo o meu coração, força e mente, e amar os meus semelhantes como a mim mesmo seguindo o Teu exemplo.
Amen.
39 HA-EL HA’KADOSH (hebraico): “O Santo Deus”.
Uma expressão usada em orações ao Divino, conforme os profetas do Antigo e Novo Testamento O exaltavam. A pronunciação do “Santo” mostra um reconhecimento das Obras Divinas de Retidão (Is. 5:16).
Que o Santo Deus seja exaltado diante de toda inteligência celestial como Ha-El Ha’Kadosh pois Ele se posiciona nos céus superiores como o Doador dos ensinamentos vivos da Torah Or, a Escritura de Luz, a todos os mundos, visíveis e invisíveis.
Amen.
40 HA EMET (hebraico): “A Verdade”.
Um atributo do Divino como qualificador da Realidade da Vida – da que é real tanto aqui quanto nos céus, e que é boa e perdura por toda a eternidade (Sl 33:4).
Que a Tua Verdade, Ha Emet, nos lembre do plano superior de criação por trás da forma física da criação.
Amen.
41 HA GO’EL (hebraico): “O Redentor”.
Um aspecto da Intervenção Divina através do Deus Provedor. Deus como o Libertador da Criação nos mundos físicos.
Que o Redentor Supremo, Ha Go’El, traga Vitória sobre a luta e a agitação da vida em todas as frentes. Que as radiações se estendam de modo infinito e ilimitado para animar inúmeros mundos.
Amen.
42 HA SHEM (hebraico): “O [Grande] Nome”.
O Nome Divino usado pelos fiéis ortodoxos para cumprir as palavras de Êxodo 20:7 e para o humano afirmar a natureza interna do Divino. Ele tem sido utilizado pelos místicos hebraicos como substituto para o Tetragrama.
Que o Ha Shem ajude a curar as divisões dos povos adâmicos de modo que eles sejam preparados para o trabalho do Cristo Eterno.
Amen.
43 HA TIKVA (hebraico): “A Esperança”.
Esta afirmação do Divino gera um propósito superior e insight para um comprometimento com o plano da vida.
Que Ha Tikva, a Esperança do Deus Amoroso das nações, permita que o trabalho glorioso abunde no mundo através dos que Te amam e dos que aplicam os dons e insights que vêm com os Teus Nomes Santos.
Amen.
44 HAYMANOOTHA (aramaico): “Fidelidade”.
O Nome do Deus Vivente que é fiel ao Povo de Luz. Na Escritura hebraica, a palavra significa firmeza ou fidelidade. Usada no Novo Testamento, a palavra assume o significado de fé, credo, crença. Ela vem do radical aramaico, Amen, que significa firmar.
A Ti, Fidelidade, Deus Amoroso, que sonda a minha alma, que a minha alma busque a Ti e que o meu espírito se deleite em Ti, que me deste lábios para declarar o Teu louvor.
Amen.
45 JESHURUN (hebraico): “O Íntegro”.
Um nome poético para Israel, usado pelos poetas eruditos do antigo Israel (Dt 32:15; 33:5, 26; Is 44:2).
Pela retidão, seja ajudado e fortalecido Jeshurun, os amados de Luz, um povo remanescente de glória em todos os povos, que vence o mundo de confusão histórica e o poder dos sentidos e propósitos efêmeros.
Amen.
46 KETHER KADMON (hebraico): “A Coroa Primordial”.
O atributo da Mente Divina de Deus. A saudação divina usada pelo povo de Deus para a Fonte de toda a Sabedoria no experimento da humanidade.
Kether Kadmon, que Tu me coroes com Sabedoria, Luz e Entendimento, e manifestes a mais alta Honra e Energia Divina para o meu corpo como o templo do Entendimento. Que eu receba a Força para os desafios da vida.
Amen.
47 KISSEI KAVOD (hebraico): “O Trono Glorioso”.
O Trono representa o governo espiritual como a verdadeira base para o governo do universo multidimensional, o local do Deus do Deus dos Deuses (Jr 17:12).
Que o Trono de Deus, o glorioso Kissei Kavod, revele aos fiéis despertos os inúmeros integrantes da Família Divina que vive em unidade nos mundos superiores. Que a paciência e longanimidade do Pai Divino e da Mãe Divina nos guiem no visível e invisível.
Amen.
48 KODOISH, KODOISH, KODOISH ADONAI ’TSEBAYOTH (hebraico): “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus das Legiões”.
A saudação divina (associada ao triplo Kedushah) da Divindade de acordo com as Chaves de Enoch® (Chave 305). ”Santo, Santo, Santo” ou o Sanctus é uma saudação para cumprimentar e discernir os verdadeiros anjos em relação aos falsos anjos e mestres que não têm o Amor Divino imanente. A pronúncia tradicional é Kodosh ou Kadosh, mas as Chaves de Enoch® inseriram um “i” no Kodoish como uma vibração adicional (Is 6:3 e, em grego, Rev 4:8).
Que a saudação sagrada, Kodoish, Kodoish, Kodoish, nos ajude a discernir os poderes do universo e nos conduza ao recebimento e renovação da plenitude da vida junto ao Deus Vivente em todos os universos.
Amen.
49 MARIAH (aramaico): “Senhor Deus”.
Na Peshitta aramaica, esta era a “expressão” usada para Deus. O termo aramaico para Senhor vem de Mara, que significa Senhor ou Mestre. Quando Jesus foi chamado pelo povo de “meu Senhor”, a palavra aramaica era Mar (Mt 8:2; 28:44-45). O termo Mariah-Senhor substituía a palavra hebraica YHWH (Yahweh), referindo-se ao SENHOR Deus apenas, mas em algumas passagens o Messias é chamado Mariah (como em Mt 28:45) por ser ele o Senhor mais alto entre os homens. Os estudiosos aramaicos compreendiam que DEUS é o Senhor do Messias.
Que a ressonância do Nome Sagrado Mariah nos lembre que “amaremos o Senhor, nosso Deus, com todo o nosso coração, o nosso ser, a nossa força e a nossa mente”. Ó Mariah, com estas palavras a natureza da Tua obra enquanto o Messias imanente é realizada, e o Teu trabalho como o Filho Eterno na Mão Direita de YHWH se torna uma realidade para o nosso imitatio Dei. Manifestemos a devoção, a grandeza e a bravura espirituais necessárias para trabalharmos com a Mão Direita de Deus.
Amen.
50 MAYIM HAYIM (hebraico): “As Águas Vivas”.
Um atributo divino da Divindade e uma metáfora para a Fonte de toda energia e glória criadoras (Cântico de Salomão 4:15).
Que os Mayim Hayim, as Águas vivas, fluam através de nós, revigorando todas as moléculas e células do nosso corpo como as Águas Vivas da Vida.
Amen.
51 MESHIAH or MSHECHA (hebraico-aramaico): “Messias”, “o Ungido” ou “o Consagrado”.
O termo “Messias” é um título e não um nome próprio. O Libertador do povo de Deus de acordo com as escrituras designadas a libertar Israel no plano cósmico de avanço da raça adâmica rumo à cidadania ativa de participação no Reino do Divino (Ex 28:41; Lv 4:3,5,16; 1Sm 2:10,35; 1Rs 19:16).
Que a visão Messiânica de libertação me ajude a me tornar ungido ou Crístico para a elevação da consciência do povo de Luz em todo o mundo até o dia de graduação aos mundos superiores.
Amen.
52 ‘OSE SHALOM (hebraico): “Criador da Paz” ou “O Pacificador”.
Aquele que consegue verdadeiramente transformar a agressão da humanidade em Amor Divino, e que ajuda a elevar a humanidade, razão por que são ditas estas palavras no Kaddish, que termina com uma esperança de o Divino estabelecer Paz na vida pessoal e no mundo inteiro.
Que o ‘Ose Shalom ajude a selar e preservar a Paz que ultrapassa todo o entendimento humano para a Missão Divina da Vida.
Amen.
53 ROKEB BA-ARABOT (hebraico): “O Viajante sobre as esferas ou passagens superiores”.
O Divino deslocando-se sobre os reinos superiores da criação e pelas dimensões de eternidade (Sl 68:4).
Que o Rokeb Ba-arabot que viaja pelas nuvens e governa as hiperdimensões de glória manifeste como O Amado a grande revelação às nações do mundo e dê aos que buscam conhecer a abertura dos céus o testemunho do poder de revelação dentro dos Nomes.
Amen.
54 RUACH HA KOIDESH (hebraico): “O Espírito Santo”.
O Espírito Infinito de Deus que é Santo e se expressa como uma parte central do Poder da Trindade para Todo o Universo. Esta expressão também está associada a Hagios Pneuma em grego (p. ex., Lucas 11:13; Ef 1:13; 4:30; Is 63:10-11).
Que os maravilhosos poderes do Ruach Ha Koidesh santifiquem e vivam em nós como o Confortador Divino e o Suplicante de Fé.
Amen.
55 SABAOTH HA MALKA (hebraico) “Rainha do Sabbath”.
O divino como o aspecto feminino da Divindade. Uma expressão dada à Contraparte Divina do Pai da Criação.
Que a Rainha do Sabbath ative a natureza interna de fulgor, composta de inúmeras centelhas que tomam a forma da veste nupcial de poderes amorosos no influxo da Vontade Suprema vinda do lado feminino do Divino.
Amen.
56 SAR SHALOM (hebraico): “O Príncipe da Paz”.
O Libertador designado a libertar Israel (Is 9:6).
Que o Príncipe da Paz, Sar Shalom, o Salvador, o Maravilhoso Conselheiro, O Poderoso e Eterno, realize a verdadeira Liberação e Paz interna, e ajude os que lutam para entender o significado do veículo-diamante neste mundo de forma ilusória.
Amen.
57 SHEKINAH (hebraico): “A Presença Divina”.
A Glória Divina manifestada ao povo santo de YHWH onde quer que A Presença seja sentida.
Ó Shekinah, sejamos abençoados neste mundo com a Dispensação dos Dons do Espírito Santo. Sejamos regenerados três vezes: uma vez no corpo, uma vez na mente e uma vez no espírito.
Amen.
58 SHEM HAMEFORASH (hebraico): ”O Nome Divino Inefável”.
O Tetragrama que não é pronunciado, mas mantido Sagrado.
Que o Shem HaMeforash abençoe e governe a criação humana em todos os mistérios internos da vida, na proteção da futura evolução do DNA.
Amen.
59 SHEMA YISRAEL (hebraico): “Ouve, ó Israel”.
A mais sublime oração de Israel, encontrada no fundamento de Deuteronômio 6:4.
Ó Shema Yisrael, que a convocação sagrada à Terra Natal no Alto nos erga ao nível mais elevado no qual entendamos o convite para a vibração Divina do Eterno e para a música das esferas que sustenta a Paz do universo.
Amen.
60 SHEMOTH (hebraico): “Nomes”.
Esta expressão é o nome hebraico para o livro de “Êxodo”, que provê o Programa Divino de Libertação. Ele é assim chamado porque estas são as primeiras três palavras na primeira frase do segundo livro da Torah.
Ó Divino Eterno, que o Êxodo Divino através da Tua Intervenção como Shemoth nos prepare para o êxodo cósmico deste mundo para os mundos superiores da Casa de Muitas Moradas.
Amen.
61 URIM-THUMMIM (hebraico): “As Luzes e os Poderes”.
As ferramentas sacramentais do sacerdócio superior para comunicação parafísica (Ex 28:30; Lv 8:8; Dt 33:8; Esd 2:63; Ne 7:65; Urim apenas: Nm 27:21; 1Sm 28:6).
Que os poderes imanentes dos Urim e Thummim abram a natureza interna da vida aos grandes poderes do sacerdócio superior do Universo.
Amen.
62 VAY-YIK-RA (hebraico): “O Chamado”.
Esta expressão é o nome hebraico para o livro de “Levítico” ser usado pelo sacerdócio que compreende o poder da oração e a convocação à Santidade, como a primeira palavra do livro.
Que a Lei Divina, na expressão de Vay-Yik-Ra, nos conduza ao caminho de santidade e nos purifique das limitações deste mundo e das realidades sombrias do cosmo inferior.
Amen.
63 YAHWEH (hebraico): “O Nome Revelado do Divino”.
O Nome do Divino Espírito Santo é encontrado mais de 6.800 vezes no Antigo Testamento e é usado pela primeira vez em Gn 2:4. É usado com o artigo definido “o” pela primeira vez nas escrituras após Enoch ter andado com Deus.
Ó Eterno Deus Vivente, Yahweh, sem início nem fim, que Tu sempre estejas comigo na partilha do Teu Nome Revelado da verdadeira natureza da Parceria Divina. Que o poder e as permutações do Teu Nome Sagrado guie as nossas vidas como Tu guiaste a diáspora do Teu povo no Universo nos éons anteriores ao planeta Terra.
Amen.
64 YAHWEH ELOHIM (hebraico): “Deus Criador” ou “Senhor Deus”.
Em Gênesis 2:4 esta expressão é dada para juntar a natureza do Divino revelada em Gênesis 1 com a do Deus Pessoal revelado em Gênesis 2 (p. ex., Juízes 5:3; Is 17:6; Sl 59:5).
Nos Teus Nomes Revelados da verdadeira Divindade Vivente, Yahweh Elohim, que o Teu Nome glorioso nos acompanhe de universo em universo e faça de nós verdadeiros filhos e filhas de Luz.
Amen.
65 YAHWEH ROI (hebraico): “O Senhor é o meu Pastor”.
Esta expressão revela o Divino como o Senhor que cuida de nós por toda a eternidade (Ps. 23:1).
Ó Yahweh Roi, desperta como o veículo-jóia de corpo, mente e espírito no trabalho da Torah Or.
Amen.
66 YAHWEH SHALOM (hebraico): “A Paz de Yahweh”.
Esta expressão que reconhece o Divino é Paz, e é percebida na forma da Pomba, usada para elevar a criação (Juízes 6:24).
Ó Deus Amoroso, Yahweh Shalom, dá-nos a “Paz que ultrapassa todo entendimento humano” e exalta no nosso coração o Teu Amor por nós como o Eterno Santificado. Ó Divino de Paz Eterna, eleva o nosso coração para podermos ver em meio ao turbilhão das galáxias a Paz prevalecer através da Lei e da Palavra vindas de Ti, o verdadeiro Deus Vivo de Paz Eterna e a Celebração da Vida.
Amen.
67 YIGDAL ELOHIM CHAI (hebraico): “Seja Exaltado O Deus Vivo”.
O título usado para oração e louvor da natureza superior e ampliada do Deus Vivente existente em todos os universos. Em toda oração e meditação, que as palavras dos meus lábios exaltem Yidgal Elohim Chai. Seja concedido grande discernimento ao exaltarmos o Deus Vivo que se levanta diante de todos os deuses e senhores da criação como a Essência Divina orientadora perante todos os mundos planetários físicos.
Amen.
68 YOD HE VAU HE (hebraico): “O Tetragrama”.
As Letras Sagradas do Nome Divino como a base do trabalho Divino das Chaves de Enoch®, bem como dos sábios através dos séculos.
Que as quatro letras sagradas Yod-He-Vau-He, o projeto da Vida Divina no Adam físico, esteja sobre as nossas frontes no frescor e alegria do projeto despertado da supernatureza. Santificado seja o Teu Santo Nome.
Amen. 


70 YOTZER HA’ADAM (hebraico): “O Criador de Adam”.
O primeiro homem composto das formas-pensamento do Divino nos mundos superiores que emanou no pó deste mundo. Esta é a segunda de sete bênçãos recitadas no fim da celebração de casamento hebraica tradicional.
Ó Yotzer Ha-Adam, Divino Criador Eterno da semente adâmica, sejam sempre lembrados a Imagem da Humanidade no Adam, e que a imagem e similitude desta vida provieram dos níveis mais altos da Tua Mente e da Tua Imagem.
Amen.
71 YOTZER MEOROT (hebraico): “O Criador dos Luminares”.
A Mente Divina como Criadora dos mundos superiores.
Ó Yotzer Meorot, Criador vivente e exaltado dos Luminares, possamos contemplar a Tua obra na vastidão do Teu esplendor no turbilhão dos sistemas estelares de glória.
Amen.
72 ZEIR ANPIN (hebraico): “O da Face Pequena, o Microprosopo”.
A Face mais próxima de Deus no universo físico, de acordo com os místicos judeus.
Amado e Face Radiante revelada aos santos, que a Tua Face, Zeir Anpin, seja uma testemunha de Vida Eterna. Que a Glória da Tua face nos lembre o grande Amor e a Beleza da Tua natureza sublime que vive dentro da nossa imagem e do nosso destino como a Tua Semente Celestial em forma humana. Que o encontro da Tua Presença, face a face, se dê através do Teu Nome Santo YHWH.
Amen.
Por ser o nosso trabalho ecumênico, para outras expressões em outras línguas, vejam: <grego> |||meditpray_greek_port.txt|||, <védico-sânscrito> |||meditpray_vedic_port.txt|||.
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copyright© 1973, 1989, 1998 by J.J. Hurtak

O sentido da revelação é concedido àqueles que têm a mente desarmada para o mistério” (Abraham Joshua Heschel)

Por Sheila Sacks

                                      

Talvez o mais antigo e misterioso de todos os textos do judaísmo místico, o Sêfer Ietsirá (O Livro da Criação), que trata das origens do mundo, tem sido estudado por teólogos, filósofos e historiadores ao longo de mais de dois mil anos. O rabino norte-americano Arieh Kaplan, falecido aos 48 anos, em 1983, foi um dos inúmeros eruditos que se debruçaram sobre esse pequeno texto (1.300 palavras, em sua versão curta) envolto em superstições e proibições, em razão das dificuldades que o mesmo apresenta para o seu entendimento. De forma generosa e até ousada, Kaplan, que antes de se dedicar aos estudos da teologia judaica trabalhou como físico para o governo dos Estados Unidos, se dispôs a realizar a difícil tarefa de tornar mais acessível aos leigos, através de suas pesquisas, análises e comentários, os ditos e as expressões contidos neste texto milenar.
Na apresentação da tradução brasileira, o maçom e estudioso da Cabalá (a dimensão mística do judaísmo), o paraense Erwin Von-Rommel Vianna Pamplona, alerta para a complexidade da obra. “Este não é um livro fácil”, escreve. “Necessita de pré-requisitos para ser aprendido.” O tradutor lista então certas condições indispensáveis ao leitor para o entendimento da obra: equilíbrio emocional, persistência, determinação, tranquilidade e merecimento, esse último item a ser atingido pela caridade e reza. Erwin também aconselha que a leitura do texto seja compartilhada por duas pessoas, porque “o praticante solitário pode, em dado momento, perder a noção do que é realidade e imaginação”.

À parte esses cuidados, Erwin Von-Rommel faz uma afirmação empolgante: assegura que para o neófito o livro se constituirá na porta de entrada para os mistérios do Universo. Dando como exemplo a sua própria experiência como estudioso da Cabalá (‘recebimento’, em hebraico), ele diz que comprovou, no campo material, o poder dos ensinamentos interpretados e analisados por Kaplan, que lançam maiores luzes no conteúdo desse texto obscuro com “fortes insinuações mágicas”.

Texto remonta ao patriarca Abraham

Os primeiros comentários conhecidos sobre o Sefer Ietsirá datam do século 10. À época, o rabino Saadia Gaon atribuiu a sua origem ao patriarca Abraham (Avraham), o primeiro hebreu da história. Nascido na Mesopotâmia no século 18 antes da Era Comum (atual Iraque), o patriarca viveu e morreu em Canaã (hoje Israel), sendo versado nos mistérios da astrologia e das letras hebraicas. Daquele início da trajetória do povo de Israel até os séculos seguintes, os ensinamentos teriam sido passados oralmente através das gerações. Entretanto, algumas fontes dizem que já havia comentários escritos sobre o Livro da Criação no período do Segundo Templo (516 a.E.C. a 70 E.C.). 

Um dos envolvidos nos mistérios do Sêfer Ietsirá seria Menhachem, o essênio, que profetizou que Herodes seria rei. Essa seita judaica monástica e ascética que vivia no deserto, em Qumran, a 32 quilômetros de Jerusalém (do século 2 a.E.C. até o século 1) e cujos rituais e práticas foram conhecidos com a descoberta dos rolos do Mar Morto, em 1947, mantinha um comportamento religioso ortodoxo e rigoroso no cumprimento das leis de Moisés. O historiador Flavio Josefo (século 1), em seu livro sobre as guerras judaicas contra os romanos, afirma que os essênios podiam predizer o futuro mediante diversas purificações e métodos dos profetas. Eles tinham desapego aos bens materiais e se empenhavam na busca da evolução espiritual. Menachem teria sido morto pelos soldados romanos no ano 4 a.E.C., segundo o historiador israelense Israel Knohl. Outra figura histórica que teria vivido na comunidade de Qumran seria Yochanan ha-Matbil - João, o Batista, que morreu em 25 da E.C. O teólogo alemão Otto Betz assinala que o pregador recebeu forte influência mística da seita, principalmente no tocante às orações e hinos.

Letras e números formam os caminhos

Mas, é no século 16 que surge a versão escrita do Sêfer Ietsirá mais aceita pelos cabalistas, devido ao refinamento do texto e por estar em concordância com o Sêfer ha-Zohar (O Livro do Esplendor) – a obra principal e mais sagrada da Cabalá. Finalizada pelo rabino Isaac Luria (1534-1572), em Jerusalém, o texto comporta 1.800 palavras. O interessante é que muitos estudiosos especulam que os ensinamentos originais seriam limitados a 240 palavras.

Segundo Kaplan, a obscuridade do texto impõe uma cuidadosa análise de cada palavra e sua correspondência na literatura bíblica (Torá/Pentateuco, Neviim/ Profetas e Ketuvim/Escritos) e talmúdica (de Talmud, do hebraico ‘aprendizado’, obra de compilação, comentários e interpretação das leis e tradições judaicas). Quando o Sêfer Ietsirá se inicia assinalando que “com 32 caminhos místicos de Sabedoria gravou Yah (o Eterno)”, esse número corresponde a soma das 22 letras do alfabeto hebraico com os 10 dígitos ou dez Sefirot – as fontes nas quais os números se originam.
Os cabalistas observam que esses 32 caminhos são aludidos na Torá (do hebraico ‘ensinamento’) no capítulo do Gênesis, quando 32 vezes aparece o nome de D’us no relato da Criação. Outro detalhe significativo: o número 32 é escrito em hebraico com as letras Lamed e Bet, que se lê Lev, a palavra hebraica para coração. Também a primeira letra do Gênesis é justamente Bet, da palabra Bereshit (No princípio), e a última letra do Torá é Lamed, de Israel, formando novamente a palavra coração. É importante ressaltar que a Torá é vista como o coração da Criação, sendo as letras entendidas tanto como responsáveis pelo começo do mundo – já que em cada ato da Criação está escrito “D’us disse“ – como também por sustentá-lo constantemente. Acerca da Torá, um dos muitos mestres do texto bíblico, o rabi Elazar ben Padat que chefiou a academia de Tiberíades, na Terra Santa, em 279 da E.C., defendia os poderes existentes no livro sagrado: “Os parágrafos da Torá não estão em ordem. Se estivessem na ordem correta, qualquer um que lesse seria capaz de ressuscitar os mortos e fazer milagres.” 

Segundo a tradição judaica os patriarcas através de suas visões proféticas transmitiam oralmente a Lei de D’us. Só mais tarde, Moshé (Moisés), o maior profeta e líder do povo hebreu, colocou parte dessa tradição por escrito na Torá. Mas o nível de interpretação mais secreto continuou sendo transmitido oralmente por Moshé para alguns iniciados, os nistarim (literalmente ‘os ocultos’).

Passado, presente e futuro juntos

Para Kaplan, se um indivíduo deseja obter uma experiência mística e aproximar-se da dimensão da Sabedoria (a Mente pura e indiferenciada), ele deve percorrer os 32 caminhos que os cabalistas antigos definem como “diferentes estados de consciência”. No livro “Universo Kabbalístico”, o inglês Z’ev bem Shimon Halevi, 79 anos, escritor e professor de Cabalá, ensina que as 10 Sefirot são ligadas por 22 caminhos-fluxo de letras que formam uma rede de subsistemas.
Essa busca pela Sabedoria é um anseio que persiste na alma humana indiferente ao progresso científico e tecnológico. O Talmud declara: “Quem é sábio? Aquele que percebe o futuro”. Kaplan explica que a Sabedoria é a força mental pura que transcende o tempo. “No nível da Sabedoria, o passado, o presente e o futuro ainda não foram separados. Portanto nesse nível, alguém pode ver o futuro exatamente como o passado e o presente.”
Ainda sobre a relação das Sefirot com o tempo, existe um dado interessante explicitado pelo cabalista Moisés ben Nachman, há 800 anos, no século 12. No livro “O Poder da Cabala”, o rabi Yehuda Berg, codiretor do “Kabbalah Centre” e autor de “Os 72 Nomes de D’us” (livro de exercícios de meditação), cita esse conceito de que existe um segredo cabalístico por trás da frase “Seis dias de Criação”, já que “um D’us todo-poderoso não necessitaria de qualquer quantidade de tempo para criar um Universo”. Os dias da Criação seriam as seis dimensões (sefirot) das 10 que precederam o nascimento de nosso Universo. Isso porque a Criação não tem nada a ver com o conceito de tempo conforme nós conhecemos. “Trata-se de um código para a união de seis dimensões do mundo superior em uma. As quatro que restam são as precursoras de nosso universo tridimensional (largura, comprimento e altura) e da quarta dimensão de espaço-tempo.” Assim, a realidade existiria em 10 dimensões, sendo que seis delas compactadas em uma.
Berg assinala que os nossos cinco sentidos nos impedem de ver ou experimentar a dimensão do tempo. ”São unicamente os limites de nossa consciência que nos impedem de perceber o ontem e o amanhã nesse exato momento.” Ele dá como exemplo um prédio de 30 pavimentos em que o observador esteja em um apartamento no 15º andar. Os andares abaixo, do 1 ao 14, representam o passado, o tempo que o trouxe até este momento. Os andares de 16 a 30 representam o futuro. Mas, o observador através dos seus cinco sentidos somente vê onde está, no 15º andar. Contudo, todos os andares existem - isto é, o passado, o presente e o futuro - como um todo unificado. E se ele for para fora do edifício e olhar de longe, poderá ver todos os 30 andares juntos.

Letras hebraicas como símbolos

Sobre a mística das letras hebraicas, o rabino Kaplan chama a atenção para os três aspectos que envolvem a interpretação das letras: 1 – a representação física, que é a maneira como elas são no texto; 2 - seu valor numérico (guematria), quando cada letra representa um número; 3 – a sonoridade da letra e o modo como é pronunciada. No primeiro aspecto, a forma física da letra no texto (sêfer) está vinculada ao espaço, visto que sua forma só pode ser definida no espaço, ou seja, no Universo. Sua utilização como número (sefar) implica em sequencia, que tem correspondência no tempo, ou Ano. Quanto ao som da letra, esse aspecto a remete à narração ou comunicação (sipur) e aplica-se à mente e à dimensão espiritual, ou  à Alma.

Um dos mais importantes eruditos judaicos, Iehuda Halevi, nascido em Toledo em 1075, afirma que as letras hebraicas não são meros sinais. Elas simbolizam com exatidão aquilo que designam. Em sua obra “Cuzari”, no capítulo sobre a santidade e a importância do idioma hebraico, ele assinala: “Não surpreende, portanto, que certas invocações ou amuletos feitos com estas letras sejam eficazes.”
Está escrito no Sêfer Ietsirá: “E criou Seu universo com três livros/com texto (Sêfer)/com número (Sefar)/e com comunicação (Sipur).”
Segundo Kaplan, essas três palavras (sêfer, sefar e sipur) definem a palavra sefirá (dimensão) e seu plural, sefirot. Na Cabalá, as 10 Sefirot são os conceitos básicos da existência, os canais pelos quais as emanações divinas fluem, e os meios através dos quais o homem se comunica com D’us. Todos os nomes das sefirot são derivados da Escritura: Kéter (Coroa), Chochmá (Sabedoria), Biná/Dáat  (Entendimento/Conhecimento), Chéssed (Amor), Guevurá (Força), Tiféret (Beleza), Nêtsach (Vitória), Hod (Esplendor), Iessód (Fundação) e Malchut (Realeza). Em sentido místico as sefirot se constituem em uma escada através da qual se pode ascender e se aproximar do Infinito.
De acordo com os comentaristas, o “princípio, a causa” é Kéter, e o “fim, o efeito” é Malchut, os pontos terminais das dimensões espirituais. Kéter também é identificado como “a Vontade”, a causa de todas as ações. Por estar mais perto de D’us, Kéter é chamada de “o Bem”. Já a sefirá Malchut, por ser a mais afastada e estar na direção oposta de D’us é dita como “o Mal”, com a ressalva de que o termo está associado aos estágios inferiores da Criação. A disposição completa das Sefirot é chamada de “A Árvore da Vida” e também está associada ao sonho de Yacoov (Jacob) – o terceiro e último patriarca hebreu, mais tarde chamado de Israel -  representado por uma longa escada apoiada na terra, cujo topo se estende céu adentro.

As bases para a meditação

Segundo Rambam – o médico e rabino Moisés Maimônedes (1135-1204), nascido em Córdoba e um dos mais reverenciados teólogos da história judaica – “todo o despertar de baixo motivo um despertar de cima”. Significa que quando se eleva mentalmente alguma coisa a sua essência espiritual, similarmente também se faz descer o sustento espiritual a esse objeto particular. Essa correspondência, para os cabalistas, pode gerar mudanças físicas no mundo. 

A respeito do mundo físico, a questão mais básica para muitos estudiosos se concentra na indagação: por que D’us criou um mundo físico? Qual o motivo da existência de um mundo físico, se D’us criou o universo pra dar o Bem a sua Criação e este Bem é puramente espiritual. Sabemos que o espaço físico só existe no mundo físico. No espiritual, não há o espaço na forma que conhecemos. Kaplan explica: “D’us criou o conceito de espaço. As coisas espirituais podem se ligar ao material do mesmo modo que a alma está ligada ao corpo. E o fato de o bem e o mal existirem no mesmo espaço físico também permite o bem superar ao mal neste mundo.”
Dessa forma, para influenciar alguma coisa no universo físico, deve-se fazer uso da forma física das letras hebraicas. Isso envolve técnicas de meditação que consistem em visualizar determinadas letras ou a combinação apropriada de letras, eliminando todos os outros pensamentos da mente. Por outro lado, para influenciar na dimensão espiritual, usa-se o som das letras ou de seus nomes.

Entretanto, o anseio de alcançar a Sabedoria (Chochmá), um estado puro de consciência não-verbal, esbarra na dificuldade de esvaziar a mente dos devaneios e reflexões que habitam normalmente os pensamentos das pessoas. As técnicas de meditação consistem em eliminar, por momentos – e através dos exercícios ir estendendo o tempo desses momentos – os pensamentos que habitam nossa mente, através da visualização ou repetição das letras hebraicas.

No Sefer Ietsirá está dito: “Ele as gravou (as 22 letras), esculpiu, permutou, pesou, transformou...”. Kaplan explica que cada letra representa um tipo diferente de informação e através das diversas manipulações das letras, D’us criou todas as coisas. Nota-se que as letras hebraicas têm três partes básicas: topo,centro e base. O topo e a base são feitas de linhas horizontais grossas, e o centro constituído de linhas verticais finas, como fossem lados de paredes a separar uma letra da outra. A meditação consiste em focalizar as letras hebraicas escolhidas, visualizando-as (gravando-as em sua mente), fazendo-as preencher toda a consciência, permutando-as ou manipulando-as através de seus valores numéricos e diferentes códigos. Escrever ou recitar as combinações das letras funcionaria como uma espécie de mantra para alcançar o estágio superior de consciência.

Essas técnicas, porém, funcionariam apenas como meios para limpar a mente de todo o pensamento. A experiência real das Sefirot só ocorre quando a pessoa se encontra em um estágio em que todos os processos pensantes estão silenciados e a mente se fecha a todo pensamento verbal e descritivo. Daí a recomendação do Sêfer Ietsirá: “Refreia tua boca de falar e teu coração de pensar.”

Os 231 portões da Criação

O Sêfer Ietsirá também faz uma conexão das 22 letras hebraicas com “231 Portões”. Segundo os cabalistas antigos, as letras que formam a palavra Yisrael (Israel) igualmente formam a palavra Yeshrla, que significa “existem 231”. É uma alusão de que a Criação teve lugar através de 231 portões. Outra constatação: o número 231 representa a quantidade de modos que duas letras diferentes do alfabeto hebraico podem ser conectar. Este também é o número de palavras de duas letras que podem ser formadas, sempre que a mesma letra não se repita e a ordem não seja considerada.

A meditação a respeito das conexões das 22 letras com os 231 portões é mostrada por Kaplan através da apresentação de vários quadros e tabelas em diferentes disposições das letras hebraicas e números formando sistemas de códigos, sequências e associações adotados por eruditos e cabalistas através dos séculos. Ele afirma que a utilização de Nomes Divinos também é efetiva na meditação, especialmente o Tetragrama, o nome mais elevado de D’us, que escrito com as letras hebraicas Yud, Hei, Vav e Hei unifica todas as Sefirot.  

Ainda sobre o Eterno, o Séfer Ietsirá declara: “Mestre único, D’us, Rei fiel”. Kaplan observa que ao descrever D’us, o livro não emprega a palavra Um (Echad, em hebraico), mas afirma que Ele é Único (Yachid), isto é, Ele é tão absolutamente único que não existe qualidade alguma que Lhe possa ser atribuída. “Embora não possamos dizer o que Deus é, pelo uso de atributos negativos nós podemos dizer o que Ele não é. Do mesmo modo, com atributos de ação, nós podemos falar o que D’us faz.” Em hebraico, a frase em questão se lê “El Melech Neeman” e as letras iniciais de cada uma das palavras formam o termo hebraico “Amen”, usado nas orações judaicas.

Enfim, o mistério do simbolismo está presente em todos os ensinamentos do Sêfer Ietsirá e Kaplan admite a complexidade em se entender suas expressões visto que todo o conceito do não-físico é de difícil compreensão para o ser humano. Um dos mais importantes teólogos judaicos do século 20, Abraham Joshua Heschel (1907-1972) dizia que a percepção da glória é uma ocorrência rara em nossas vidas. Isso porque, segundo ele, o homem falha em responder ao acontecimento do milagre. “Essa é a tragédia de toda a humanidade: ofuscar o milagre com a nossa indiferença. A vida é rotina, e a rotina é a resistência ao milagre” (do livro ‘Deus em Busca do Homem’). E de fato, recorrendo ao Zohar, a obra máxima da Cabalá (compilada e escrita pelo Rabi Shimon bar Yochai, no século 2), lá está dito: “Abram para mim uma abertura do tamanho do buraco de uma agulha, e Eu lhes abrirei os portões celestiais”.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Y-DNA Prova Que Somos Hebreus

                                                 Y-DNA Prova Que Somos Hebreus

                                                 

אֲשֶׁר לֹא-יִסָּפֵר צְבָא הַשָּׁמַיִם, וְלֹא יִמַּד חוֹל הַיָּם--כֵּן אַרְבֶּה, אֶת-זֶרַע דָּוִד עַבְדִּי, וְאֶת-הַלְוִיִּם, מְשָׁרְתֵי אֹתִי

A verdade revelada neste artigo agora é uma realidade. Leia-o com atenção. No final, a prova do que eu havia revelado aqui.
O Artigo

 Os "Israelitas do Exílio (b'ney anussim)", os Filhos da Dispersão involuntária no Brasil, andam perdidos e iludidos, buscando e achando que vão chegar a "Legitima Conversão (aquela proposta pelos Ortodoxos e que é ilegítima)" e serão assim aceitos como "Judeus" pelo Estado Sionista de Israel.


GRANDE, ENORME, MONSTRUOSO ERRO
Primeiro porque os "Anussim" já são os israelitas legítimos, e isto, em breve poderá ser provado por "Exame de DNA (ou ADN)". Penso em como ficarão aqueles que correram atrás de conversão, negando sua herança ancestral, ao descobrirem que a "conversão" não era necessária, quando o mistério que D´us gravou em suas almas e em seus corpos lhes for revelado.

O meu avô, Berilo Nunes (o berílo era uma pedra do peitoral do Cohen hagadol), tinha por tradição por ocasião do ano novo, passar todos os membros da sua família à "Luz do Lampião". Ele fazia este ritual para verificar se todos tinham sombra. Eis aqui um mistério:

O Zohar nos diz que, os Rabbis tanto da Idra Rabá (Grande Assembléia) como os Rabbis da Idra Zuta (Pequena Assembléia) tinham por costume verificar as suas sombras, e quando as viam fracas ou notavam que haviam desaparecido, eles sabiam que em breve deixariam o mundo.

Era o costume dos antigos Qabalistas de em Rosh Ha-Shaná (Ano Novo), especificamente na lua de roshana haba, passarem os seus talmidim (discípulos) através da "Luz da Menorá" para verificar se eles ainda possuíam suas sombras ou as verificarem através da luz da Lua, e com isto, eles conheciam quem deixaria o mundo ou não durante o novo ano que se iniciava.

 Como um jovem fazendeiro do interior da Bahia (cidade de Aiquára) que faleceu aos trinta anos, poderia ter o conhecimento de tal tradição? A resposta está no "DNA da Alma". O Zohar nos explica que todas as almas são feitas pelas combinações do Alef-Beit, em outras palavras "O Livro do DNA". As letras hebraicas deram origem a todas as almas e a alma, por sua vez, imprime o "DNA Metafísico" no corpo, assim revela o Zohar Santo.

 Outro costume que meu avô, de abençoada memória, possuía, era o de "cortar as suas unhas e enterrá-las", ele nunca as jogava onde outras pessoas pudessem pisá-las. E por quê?

 O Zohar nos conta que, existe uma “Porta nos Céus" por onde saem 70 milhões de "shedim (demônios)" que atacam e infringem dor às pessoas que, "cortam as suas unhas" e as jogam para serem pisadas por outros seres humanos. Como meu avô sabia disto? Claro que a resposta é o "Y-DNA da alma".

 Em 1996, depois de anos lutando contra minha alma, e contra as terríveis lembranças que se abatiam sobre a minha mente a cerca do Holocausto (eu sempre tinha "memory flashs - raios de lembranças" onde eu estava cercado por homens da Gestapo), acordei de um sonho cantando em hebraico (língua que jamais tivera ouvido) uma canção linda, maravilhosa que jamais ouvira nesta vida. Por três dias, sempre que eu abria a minha boca, tudo o que saia dela era as palavras daquela canção, que mais tarde eu descobri ser o "Ma Tovú" cantada deste os tempos de Moshê nosso Mestre. Como?

 E depois vem me dizer que eu não sou israelita, porque não nasci de um "ventre judeu", nasci de um "ventre impuro, "lo Kosher". Hahahahahaha, eu tenho mesmo que rir. Se fosse assim, se ser "israelita" é um requisito apenas dado aos que nascem de "ventre kosher", 100% judeu, então "Karl Marx" seria judeu, não é mesmo? no entanto ele era ateu, e foi o "fundador do comunismo". Se ser "judeu" é mesmo nascer de um "ventre 100% judeu" então, muitos dos "altos oficiais do nazismo" seria judeus, pois eram filhos de "mães judias" como o carrasco da Boêmia-Morávia, Reinhard Heydrich, apelidado de o "Açougueiro de Praga" cuja mãe, Sara Heydrich era 100% judia. Então, o assassino de judeus era um judeu? nascido de ventre judeu?

As pessoas estão sendo enganadas e estão deixando se enganar pela "Érev Rav (Multidão Misturada)". Herman Goering, o segundo abaixo de Adolf Hitler, teve seu segredo revelado por um primo seu, chofer de taxi, que foi preso por ter "sangue judeu". Aimmmm....

 Chamam-nos de "missigélicos, messatânicos nojentos" e todo o tipo de adjetivos pejorativos (o que é crime) e ainda dizem que não somos judeus, nos acusando de sermos "estelionatários espirituais", "ladrões de símbolos judaicos (símbolos que vem de uma época em que, nem judaísmo existia ainda). Triste daqueles que se deixam enganar pela Érev Rav, e logo passam a odiar assim como eles odeiam (o ódio é a pregação deles). Logo aparecem no Orkut com fotos de tanques israelenses, soldados da IDF com armas em punho, aludindo que isto na verdade é "judaismo". Quão enganados estão.


Nós somos bem vindos em suas lojas para comprarmos talitot, mezuzot, telifin, shofarot, ou seja, nosso dinheiro é bom vindo por eles, mas quando vamos usar tais ferramentas, somos agredidos verbalmente, ameaçados, difamados, caluniados, etc.


É HORA DE ACORDAR!  NÓS FOMOS CHAMADOS, NOMEADOS PELO ETERNO DE HEBREUS, ISRAELITAS, E É ISTO O QUE VERDADEIRAMENTE SOMOS.

O DNA COHANIM
"Como não se pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do mar, assim multiplicarei a descendência de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim". - Yeremiahu (Jeremias) 33:22.



Dentro do verso citado acima, Hashem codificou "Y-DNA" e o mundo já reconhece o teste de "Y-DNA" para ancentralidade "hebréia/israelita (nomeado erroneamente de "teste para ancestralidade judaica")" menos a Erev Rav, pois tudo o que vai contra o "Dogma" estabelecido deve ser rejeitado por eles.


O segredo do DNA COHANIM está atado principalmente aos Nordestinos, e aqui é necessário ter conhecimento da "Chochmat Nistar Ha-Torah (Sabedoria Escondida da Torah)". Em hebraico "Nortista" ou "Povo do Nordeste" se escreve "Am Mi-Tzafon (עם מצפון)" literalmente "Povo do Norte" ou simplesmente "Nortista", e é aqui onde D´us escondeu este maravilhoso mistério: O termo hebraico "Tzafon צפון (Norte)" ao ter o ponto niqud "Cholam" do vav mudado para o ponto niqud "Shuruq" mudará a vogal "Ó" para a vogal "Ú" transformando o termo "Tzafon" em "Tzafun" que por sua vez significa "Código", mudando o sentido de "Nortista" ou "Povo do Norte" para "Am Mi-Tzafun" que literalmente significa "O Povo do Código (DNA)". Para aqueles que são versados na "Chochmat Nistar Ha-Torah" saberão que o termo para "Código da Toráh" é o hebraico "Tzafun Toráh". Há mais segredos maravilhosos e muitos destes mistérios estão ligados ao segredo de "Mashiach Ben Efraim" que surgira no exílio (Galut) para juntar os dispersos (os anussim). Mashiach Ben Efraim é também "Mashiach Ben Yosef" e é aqui que nós encontramos mais uma evidencia: Yosef que encarna em cada geração como "Mashiach Ben Yosef" estava no exílio, e quando foi visitado por seus irmãos, eles não o reconheceram. Este é o motivo de porque os "Judeus" nunca conseguem reconhecer "Mashiach" em cada geração em que ele se encontra. Outro mistério é que, Yosef foi chamado pelo Faraó de "Tzafenat Paineach" que significa literalmente "O Decodificador do Código", e, portanto uma das evidencias para se reconhecer Mashiach Ben Yosef que também é Mashiach Ben Efraim está no fato dele (a pessoa portadora da alma de mashiach) ser versado no conhecimento oculto dos códigos da Toráh. Yosef é versado nos mistérios dos sonhos, é o ponto niqud "Cholam" nos fala deste mistério, pois "Cholam" significa literalmente "Sonho":
בְּשׁוּב יְהוָה, אֶת-שִׁיבַת צִיּוֹן-- הָיִינוּ, כְּחֹלְמִים.



[cântico dos degraus] Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.

O Código "Malchut Cohanim"
(Reino de Sacerdotes)

NÃO EXISTE CENSO PARA OS ISRAELITAS NO EXÍLIO, HASHEM (D´US) PROÍBIU CONTAR O POVO. TODO CENSO QUE ESTABELECE QUE EXISTEM TAL NÚMERO DE "JUDEUS" NO MUNDO É FALSO. É UM ARTIFÍCIO DA ÉREV RAV USADO PARA SEGREGAR!

Em 2003, eu descobri este código, claro, guiado pelo tzadiq nistar - meu maguid. Muitos anos depois, durante uma nessiá (viagem espiritual) me foi revelado que este código é o segredo dos judeus anussim. Imaginem, dentro todos os do nosso abençoado povo anussim, quantos carregam o ADN Cohen, o gene da Mishpachat Ha´A´aron (Família de A´aron Ha Cohen). Esta é a razão do porque a ortodoxia judaica não permite que conversões sejam mais realizadas no Brasil, o que é muito estranho, pois se podem realizar conversões na Argentina, nos EUA, na Inglaterra e em Israel, é claro, mas no Brasil não, e conversões realizadas aqui não são aceitas em Israel pela ortodoxia, mesmo que a pessoa faça a Aliyah pela agência judaica,. se desejar se casar em Israel, terá que passar por uma conversão ortodoxa lá, ou ir casar na grécia. Por que? Porque eles sabem que o número de judeus anussim é estrondoso, e temem que este povo todo desperte para a sua verdadeira identidade. Por este mesmo motivo tem sido enviados rabinos para cá, com "intenções" de fazer "retornar" os anussim, mas quando perguntamos para um destes "ravs"se tal retorno tem direito a Aliyah, não temos respostas, eles mudam de assunto ou nunca mais nos respondem aos emails e cartas que enviamos.

Outro dia, um querido ben anus, me pediu ajuda, e como ele estava envolvido com pessoas que estão ligados a um certo movimento destes de "retorno", me pediu que eu escrevesse para determinado rav americano e me apresentasse. Fiz o que me fora pedido, e a resposta foi curta, direta e grossa: "Nos otros no praticamos kabala...". Claro que respondi deixando clara a minha intenção: "Não vos ofereci kabala, mas ajuda". O tal rav me respondeu perguntando: "Quem fez o teu retorno ou conversão?" Eu respondi com a pergunta que não quer calar: "Vosso retorno ou conversão dá direito ao retornado ou convertido a fazer Aliyah?"  Nem preciso dizer que nunca mais recebi uma resposta.

Tais "ravs" não querem que os Anussim despertem para sua verdadeira identidade judaica e principalmente que a assumam sem o auxílio deles, os tais "ravs" e digo "ravs" pois há diferença secreta entre "rav" e "rabi".
                                                
O Código Malchut Cohanim
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Quando eu fui conduzido para descobrir este código, na época, eu estava noivo, e minha noiva chama-se Elisheva. O Meu nome e o dela estão no código, e anos depois eu viria a fazer o teste de ancestralidade judaica para o Y-DNA que surge ali entre o meu nome e o dela. Como eu desconfiei que eu tinha que realizar este teste? Através deste estudo e dois sonhos que o Sagrado, bendito seja Ele, me deu, nos anos de 2005 e 2006.


NÓS ANUSSIM SOMOS ISRAELITAS, E NÃO PRECISAMOS DE NENHUMA TEUDÁ OU DOCUMENTO DE CONVERSÃO PARA ATESTAR NOSSA IDENTIDADE ISRAELITA.

Os que estão atrás de tal documentação é porque realmente não tem uma alma israelita, então precisam atestar sua identidade. Os que buscam a conversão são porque realmente não possuem identidade e precisam "rotular-se" para serem aceitos e possuírem uma identidade que não é a da alma.
Os Fatos
 (Acrescentado 5/07/2010)
Teste de DNA feitos na população da Palestina, por geneticistas de Isra´El, descobriram que a maioria possui DNA Cohanim (os mesmos marcadores), e que de fato os Palestinos são os Israelitas originais que foram convertidos ao Islam. Não acredite na Érev Rav que rotulou os palestinos como "Filistiim (Filisteus)". É um artifício, uma ferramenta criada para segregá-los.

Bem, depois de haver escrito e publicado este artigo em Fevereiro, eu misteriosamente e abençoado pela Providência Divina, ganhei o teste de Y-DNA, e como eu já suspeitava há muito, o meu teste deu "Positivo", atestando que eu carrego os marcadores genéticos do Oriente Médio, e que faço parte de um "Haplogrupo" que deu origem aos "Hebreus do Deserto". Abaixo, o certificado, a prova de que, nós, anussim, não precisamos de "conversão".
                                 


Paulo Sergio Batalini (Nome Cívil) Misha´El Yehudá (Nome Hebreu devidamente documentado, com certificado de "Guiur Le´shem guerut" após minha circuncisão, no Hilulá do Arizal).


O meu DNA faz parte do "Haplogrupo G". Haplogrupo G representa um dos importantes não-indo-europeu das populações indígenas do antigo Oriente Médio. G está bem representado lá hoje - os judeus de Israel (9,8 por cento). Provavelmente foi um dos fundadores da população dos antigos hebreus, talvez 20 por cento do total. Hoje, cerca de 10% dos judeus, tanto sefarditas e asquenazitas, pertencem ao haplogrupo G.

A maioria dos judeus "Ashkenazim" pertencem ao "Haplogrupo E1b1b1", enquanto os judeus "Sefardim" pertencem ao "Haplogrupo "G", como explicado acima, sendo "G" um das primeiras mutações a sair da Africa, cerca de 20.000 anos no passado. O DNA Cohanim encontra-se no encontra-se no "Haplogrupo J" que apareceu até nos Palestina.


                                       


        Tive acesso a resultados de testes feitos por homens e mulheres nascidos de ventre 100% "puro" que deram negativo, ou seja, mesmo sendo nascidos de ventres 100% kasher, o teste para ancestralidade "judaica" deu negativo! E por que? Porque o segredo esta na "Roda das Almas". Tais pessoas puras deveriam estudar o Zohar Sagrado, para descobrirem porque deram a luz a filhos cujas almas não são israelitas. Como explicar os oito jovens "judeus neonazistas" presos em Israel, filhos de imigrantes judeus russos? Como estas pessoas deram a luz a reencarnações de nazistas? Eis o que o Zohar revela:


“E quanto àqueles que não estão em um estado de santidade no momento da relação sexual, produzirão uma prole cujas almas vêm do lado da impureza da serpente". _ Zohar Parashat Qedoshim.



Estou iniciando uma revolução no Brasil, um movimento de conscientização de que, nós "Hebreus/Israelitas - Anussim" não precisamos de "Conversões" e a prova e este teste de DNA, que foi realizado por uma empresa no Texas chamada "Family Tree DNA" o teste de "Ancestralidade Judaica".
Necessitamos deste teste para sabermos ou provarmos que somos hebreus? Não, não precisamos, mas para que o mundo saiba que tudo o que temos sofrido por uma segregação imposta pela "Erev Rav" e sua perseguição doentia contra nós, assim, como agora, através dos testes realizados em Eretz Israel, ficou claro que o sionismo está perseguindo e matando aqueles que carregam os genes dos israelitas originais.

Reencarnações dos Sábios

E os Sábios do Zohar estão no Brasil. É pobre de espírito aquele que fica atrás de "rabinos ortodoxos" em busca de conversões com fins de "status religioso" e despreza as almas dos Chachamim (Sábios) no exílio. Triste aquele que não reconhece a centelha de um dos mestres antigos no corpo de um hebreu no exílio. Esta pessoa está desprovida da "shekiná (Presença Divina)".
                                




"Por que estou aqui? O que vai realmente me fazer mais realizado e verdadeiramente feliz? "
Estas perguntas muitas vezes nos consomem. Podemos chegar a uma resposta satisfatória? Nós sabemos que o monoteísmo autêntico derivado do Sinai é a única forma de serviço a D’us: e isto pode ser comprovado como qualquer fato histórico, sendo baseado numa revelação em massa quando da saída dos israelitas da terra do Egito. Enquanto as religiões exigem fé cega, uma vez que carecem de comprovação para as suas reivindicações, o monoteísmo estrito exige inteligência e razão, e é então a única forma de serviço divino que fornece a prova de sua origem, sendo usada como ‘fonte’ para as ditas ‘religiões monoteístas universais’ (ainda que haja controvérsias quanto à esse seu ‘monoteísmo’ – controvérsias essas que não serão abordadas nesse artigo por não ser este o nosso interesse nesse momento)
Portanto, essa nossa abordagem não se ocupa de demonstrar qual seria a “religião”  verdadeira; Isto já está estabelecido, tendo sido até mesmo declarado implita ou explicitamente por outras exressões religiosas. Este artigo visa abordar na verdade, o tema acerca da intenção de D’us ... o ‘plano de D’us’ para o homem. Por que a Torá (tal qual hoje a conhecemos) não foi dada ao mundo antes do Sinai? O que será que isso nos diz ou nos ensina  sobre o plano de D’us para aqueles indivíduos antigos e para as primitivas sociedades humanas? O que isso diz sobre as suas capacidades como seres pensantes? Será que D’us não desejaria uma vida melhor também para eles? E o que isso diz sobre nós, que fomos criados de forma idêntica às gerações anteriores? Há algumas fontes que nos introduzirão a uma verdade fundamental sobre a vontade de D’us. Citaremos essas fontes, através das quais sentimos que você vai detectar a resposta que vamos sugerir no final.

1. MAIMÔNIDES - Maimônides escreveu muitas obras brilhantes, incluindo o Mishneh Torá e o Sefer Hamitzvot. Ambas as obras elucidam os mandamentos da Torá. No entanto, quando comparamos suas palavras em ambas as obras que abordam a mitzvah de "Amar a D’us," parece que achamos uma grande discrepância. No Sefer Hamitzvot, Maimônides ensina que o caminho para amar a D’us é através de estudo da Torá. Mas, em seu Mishneh Torá, ele diz que o caminho para amar a D’us é através do estudo do universo. Como explicar esse conflito? Também nos perguntamos por que ele escreveu ambas as obras, se elas abordam o mesmo tema? Por que Maimônides derivar amor e temor de D’us a partir das palavras do rei Davi? "Quando vejo os céus, obra dos teus dedos" ... "que é o homem para que estejas atento a ele (Salmos 8: 4)?" Que lição pode ser aprendida a partir da seleção deste verso específico como a fonte da qual Maimônides identifica o amor e o temor devidos a D’us? [1]
O Sefer Hamitzvot é uma obra que lista e elucida os 613 mandamentos. Em contraste, o Mishneh Torá vai além disso, como encontramos nas "Leis dos fundamentos da Torá" e nas "Leis sobre Traços de Personalidade", duas categorias fora da esfera dos 613 mandamentos formais de D’us. Em suas Leis dos fundamentos da Torá, Maimônides discute uma categorização única de temas - não exatamente de ‘leis’ da Torá como poderíamos pensar. Então, nós desejaríamos saber qual é a intenção de Maimônides em seu Mishne Torá. Maimônides começa esta seção abordando a ‘existência’ singular de D’us como independente (eterna), em contraste com tudo o mais que é existência dependente. Ou seja, todas as coisas criadas necessitaram da vontade de D’us para que viessem a existir. Mas a criação também requer a vontade de D’us para que ela possa continuar a existir. Ou seja, a "criação" por si só não dota entidade entidade alguma com a virtude da permanência; a sua duração também requer a vontade de D’us. (Só isso já merece alguns momentos de reflexão para que possa ser apreciado plenamente.)
Maimônides nos ensina que só D’us de fato ‘existe’, e se assim não fosse (caso isso fosse hipoteticamente possível) tudo de repente deixaria de existir. Por outro lado, tudo o que agora existe, não precisaria existir, nem tão pouco a sua não existência ou o fato de não mais existir poderia afetar a D’us. Na lei 1: 6, relativa ao conhecimento do papel de D’us como a única causa e a única existência real, Maimônides nos diz que este é um mandamento positivo. Nós nos perguntamos: por que Maimônides não discute o elemento "mandamento" logo no início? Ele continua nos ensinando que D’us não é físico, e, portanto, todas as condições físicas e seus efeitos não podem aplicar-se a Ele. Isso inclui o fato de D’us não ter partes, localização, não mudar, não se cansar, não comer, não possuir emoções, etc. Maimônides descreve as categorias de todas as existências, desde o homem até as estrelas, esferas e anjos, e as desenvolve em sue texto. Mas, afinal, o que conecta todos estes temas elabrados em Hilchot Yesodei Hatorah, ou seja, a existência de D’us, a criação, a metafísica, os anjos, santificação do nome de D’us, não profanar o nome de D’us, profecia, falsos profetas, revelação no Monte Sinai, o estado imutável da Torá e da proibição mudá-la? Que tipo de raciocínio teria exigido esta compilação de temas?
2. TALMUD - Outra fonte nos orienta para a obtenção da resposta. O Talmud, no Tratado Sanhedrin afirma: “O Rabi Yehudah disse: ‘Adam, o primeiro, recebeu mandamento apenas contra a idolatria’. Disse o R. Yehudah Ben-Besayra, ‘Outros dizem que Adam também recebeu mandamento sobre a criação de tribunais. Adam também recebeu um mandamento contra amaldiçoar a D’us’. Com qual opinião isso está de acordo? R. Yehudah disse em nome de Rav: ‘Disse D’us a Adão: Eu sou D’us – ensinando-o assim a não Me amaldiçoar; D’us disse a Adam: Eu sou D’us, assim eu o ensinei a não Me trocar por outro deus; D’us disse a Adam:  Eu sou D’us, ensinando assim que o temor de Mim haverá entre vós” (Talmud Sanhedrin 56b). 
O que porém chama nossa atenção é o fato de que Adam não recebeu ordem acerca dos 613 mandamentos. Além disso, o Talmud ensina um fundamento que pode ser facilmente ignorado. Esse fundamento é ensinado através de uma frase: ‘Eu sou D’us’, pela qual Ele impõe a Adam alguns outros mandamentos. Mas, por que esses mandamentos não foram transmitidos claramente, um a um? Além disso, o Talmud no Tratado Niddah 30b ensina: 
"O embrião aprende tudo acerca da Torá, e no momento do nascimento, um anjo vem e toca seus lábios, fazendo com que se esqueça”
O que essa metáfora pretende explicar? 
3. AS DUAS TÁBUAS – Como se sabe pela tradição, as duas tábuas originais dos Dez Pronunciamentos, chamadas de ‘luchot’, foram formadas naturalmente, incluindo as suas letras. Maimonides deriva isto a partir do versículo da Torá: "E as tábuas eram obra de D’us", isto é, elas eram produto da natureza, e não da arte humana (Êx. 32:16), pois todas as coisas naturais são chamadas de "obra do S’nhor”, e a escrita era ela mesma, “escrita de D’us” (ibid). "[2].
Mas qual a importância de se frisar que as primeiras tábuas foram formadas ‘naturalmente’ e não como obra feita pela arte de Moisés, como ocorreram com as segundas?
4. TORÁ – A Torá começa pelo Gênesis e as histórias dos patriarcas e matriarcas. Por que não simplesmente começar com o primeiro mandamento? No comentário do Rashi sobre Gên. 24:42, lemos: "Rabi Acha disse, Mais agradável é o discurso dos servos dos patriarcas diante de D’us, do que a Torá (mandamentos) de seus filhos”, como percebemos pelo relato sobre  Eliezer (descrevendo seu encontro com Rebeca ) que é duplo na Torá, enquanto muitos dos seus mandamentos centrais só são dados por meio de sugestões. Que tipo de lição esta comparação pretende nos ensinar?
O PLANO ORIGINAL DE D’US
Por que D’us deu a Adam apenas um mandamento, e a Noach apenas sete? Por que não deu-lhes toda a Torá? A resposta é: Porque era desnecessário. A obra de D’us é perfeita; Ele criou Adam com tudo o que ele precisava para viver como havia sido planejado. Ou seja, com a inteligência apenas, o homem é capaz de derivar verdades através do pensamento independente. Esta é a vontade de D’us, e seu estado preferível para o homem. Aqui está o ponto: O pleno funcionamento do projeto, de forma natural e não por coerção (ou seja, por meio de mandamentos) é a forma de existência mais agradável e aperfeiçoada para nós, e D’us deseja que o homem viva neste estado mais agradável. Quando nossas mentes compreendem uma verdade através do estudo do mundo natural (em oposição ao estudo da Torá) esta verdade é registrada como algo enraizado na nossa experiência ... na realidade.
Isso nos causa grande impacto e nos impressiona muito profundamente. Porém, essa constatação por sua vez, nos impulsiona a uma ação não imposta. Somos mais felizes quando agimos de acordo com o que percebemos ser autêntico, real e verdadeiro. Por outro lado, o ser coagido a aderir à Torá carrega algum certo conflito. Os rabinos dizem metaforicamente que D’us manteve o Monte Sinai sobre as cabeças de todo o povo judeu, coagindo-os a aceitar a Torá. No entanto, o design do homem exigia pelo menos um mandamento, pois há um conceito que não pode ser aprendido através da observação da natureza: A obediência humana a D’us. Esta relação entre D’us como o Mestre e o homem como o servo, requer comunicação. Portanto, o Talmud ensina que D’us deu a Adam uma lei: Contra a idolatria [avodah zarah]. Dessa lei, o Talmud ensina que o homem pode derivar outras lições: “Disse D’us a Adam: Eu sou D’us – ensinando-o assim a não Me amaldiçoar; D’us disse a Adam: Eu sou D’us, assim eu o ensinei a não Me trocar por outro deus; D’us disse a Adam:  Eu sou D’us, ensinando assim que o temor de Mim haverá entre vós”. Desta forma, o Talmud explica como Adam, através da sua própria inteligência, foi equipado para derivar todas as outras verdades, a partir de um simples mandamento.
A MENSAGEM DE MAIMÔNIDES
Isso explica por que em seu Mishne Torá, Maimônides diz que o amor por D’us é alcançado através do estudo do mundo natural, e não através da Torá. Pois por meio do Mishne Torá, especificamente nesta secção de abertura dos fundamentos da Torá, Maimônides está apresentando o maior número de verdades primárias. Estas verdades são anteriores à Torá, a partir do qual ela foi formulada. É por isso que essas verdades primárias são chamadas de "fundamentos da Torá" – ou seja, são os ‘blocos’ anteriores pelos quais D’us criou o sistema da Torá. O Mishne Torá difere muito do Sefer Hamitzvot. Este último aborda apenas o sistema da Torá e das mitsvot. Porém, com o seu Mishne Torá, Maimônides descreve a "realidade" – ou seja, tratam-se de tópicos muito mais abrangentes do que os mandamentos da Torá.
Ele aborda a existência de D’us, o tema dos anjos, da profecia, dos céus, e o nosso relacionamento com o Criador tendo com base essas verdades. Nossa compreensão destes temas são pré-requisitos para os mandamentos da Torá, que vem logo após. Temos de saber o papel de D’us como Criador e sustentador de tudo o que existe. Devemos saber que, apesar de bastante exaltados, o céu e os anjos também são criações, e não existências dignas de deificação como as gerações anteriores pecaminosas cegamente acreditavam. Devemos saber que D’us relaciona-se com o homem, e isto é "profecia".
Devemos saber que o nosso papel é a obediência, e por isso devemos santificar a D’us e respeitá-Lo. Uma vez que sabemos de tudo isso, então estamos prontos para avançar para o próximo passo, e esse é o entendimento de nossas personalidades a fim de ganharmos controle sobre nossas tendências e paixões. Assim, as leis de traços de personalidade vêm a seguir. Vemos assim que o Mishne Torá abrange muito mais do que uma simples lista de mandamentos. Ele na verdade pretende nos preparar para a vida. Ao fazer isso, ele habilmente nos ensina que o homem possui um projeto através do qual podemos alcançar uma vida melhor, amor ao conhecimento e o temor ao Autor da Criação. É por isso que ele ensina que o amor a D’us pode ser aprendido com a admiração do mundo natural, citando dos Salmos do Rei Davi, em vez de fazer uso de uma citação de um mandamento. Ao citar as palavras do Rei Davi, "Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos" - Maimônides apresenta um exemplo de homem que ama a D’us através do estudo do mundo natural. Maimônides evita mencionar o "mandamento" de conhecer a D’us, até que primeiramente afirme essa realidade, tendo como base a razão.
Mais uma vez, o elemento do qual deriva-se um mandamento é secundário, até que se chegue a essa verdade por meio da razão, por meio de um processo natural. Interessante é também salientar que a abordagem que Maimônides faz dos mandametos só é encontrada na parte final do seu ‘Guia dos Perplexos’.
Um sábio rabino explicou a metáfora do anjo no útero. A mente humana é naturalmente dotada de um conjunto de faculdades inatas. Por exemplo, nós não precisamos aprender a "comparar", pois a mente faz isso naturalmente. Quando uma criança vê um estranho, ela chora enquanto sua mente compara a face desse estranho com a imagem recuperada do rosto da sua mãe. Há uma série de outras faculdades inatas, como a definição de "igualdade:" sabemos quando dois objetos são diferentes; sem nunca termos recebido instrução acerca do conceito de "igualdade". Nem precisamos ser ensinados sobre causa e efeito. Nós também podemos deduzir sem sermos ensinados a fazer isso. Tudo isso mostra que um ser humano por natureza possui essas faculdades inteligentes, assim como ele de forma inata, possui emoções. Os rabinos ensinaram isso dizendo, "um anjo ensina a Torá ao embrião, e nós nos esquecemos de tudo ao nascer."
Esquecer está em contraste com o nunca ter aprendido, pois a pessoa que aprendeu, mas depois esqueceu, ainda mantém meios de voltar àquele conhecimento. Esta é a mensagem do rabino: nós de forma inata possuímos vias, ou melhor, faculdades, que podem detectar verdades sobre D’us, o universo, e o nosso papel aqui. A Torá nunca foi   absolutamente necessária. O R. Acha disse: “Mais agradável é o discurso dos servos dos patriarcas diante de D’us, do que a Torá (mandamentos) de seus filhos”. Novamente, isto destaca a perfeição dos Patriarcas. Sem Torá, somos ensinados acerca do elevado grau que até mesmo as palavras mundanas dos seus servos expressava. Assim, o homem pode, naturalmente alcançar a perfeição, sem Torá. Mesmo as primeiras tábuas, formadas naturalmente, expressam a idéia de que a natureza oferece ao homem uma revelação da mão do Criador operando em tudo.
Que visão espetacular deve ter sido ... tábuas de safira com as palavras de D’us formadas naturalmente dentro delas. Quando estudamos a criação, estamos examinando a existência. Em contraste, quando estudamos a Torá, embora ainda estejamos testemunhando o esplendor de D’us, não estamos nos relacionando com a "existência". Precisamente o pedido de Moisés feito a D’us, "mostra-me a Tua Face", foi a sua tentativa de compreender a exata ‘existência’ de D’us. Evidentemente, "existência" aos olhos de Moisés era algo muito central. Além disso, quando estamos estudando a criação usando apenas as nossas mentes, nós nos envolvemos num processo de pensamento maior do que quando dependemos dos atalhos da Torá (mandamentos). Os grandes pensadores, desde Abraão até Aristóteles e Einstein, revelam o potencial humano em seu estado natural.
A Torá começa com a gênese do universo por isso mesmo. Naturalmente, o homem foi bem equipado para estudar o universo, como lemos sobre Adam que nomeou com precisão (definindo) os animais. A Torá não é um livro de história, e como disse o rabino Isaac, poderia ter iniciado com os mandamentos em primeiro lugar. Mas o natural é exigimos fundamentos antes que possamos aceitar e seguir a Torá. Maimônides codificou esses fundamentos. Agora entendemos a distinção entre o Sefer Hamitzvot e o Mishne Torá. Ao longo do tempo, o homem corrompeu-se.
Muitas leis da Torá tiveram sua origem como ferramentas para combater essas corrupções, como não seguir superstições ou os caminhos dos cananeus e egípcios. Leis e feriados foram criados para recordar a bondade de D’us, como Pessach e Succot. Os tefillin recordam as mortes dos primogênitos durante a redenção e a saída do Egito. Assim, a Torá como a temos hoje, constituindo-se de 613 mandamentos, não poderia ter sido dada a Adam. As gerações posteriores desviaram-se, e D’us em Sua bondade, formulou um sistema de Torá para ajudar a humanidade a permanecer no caminho. Adam era bem capaz de usar apenas a sua mente e inteligência para deduzir essas leis independentemente do seu próprio desvio. Ele, seus filhos, Noach e Abraão trouxeram ofertas a D’us, pelo fato de terem entendido totalmente a relação do homem com seu Criador. A orações estiveram nos lábios dos patriarcas sem a necessidade de nenhum mandamento. Eles usaram apenas as suas mentes e a sua inteligência para compreender a D’us, Seus caminhos, e Sua vontade para o homem.
A profecia é o meio de comunicação de D’us com o homem, e a oração é o meio do homem comunicar-se com D’us. A Torá e os seus mandamentos não têm como alvo um novo plano, mas sim, o de manter-se fiel ao plano original, como os ‘primeiros frutos’. As ofertas obrigam o homem a reconhecer o Criador como o Autor e Mantenedor de todas as coisas, e os dízimos nos ensinam a generosidade. Mais uma vez, vemos Abraão dando o dízimo sem ter ainda a Torá, mostrando como a mente humana pode chegar a verdades e moralidades independentes de ter ou não Torá. Este era o plano inicial de D’us. O maior mandamento é a educação, e nós aprendemos que Abraão ensinou dezenas de milhares. A bondade e a justiça também foram exemplificadas nas guerras de Abraão contra os reis; o patriarca aprendeu acerca da justiça de D’us no episódio de Sodoma, e assim, ele pode transmitir esses conceitos às gerações vindouras. Isto significa que Abraão entendeu os caminhos de D’us, sem a necessidade da Torá. Ao estudarmos a vida dos patriarcas, como é da vontade de D’us, vamos chegar a ainda mais exemplos apoiando os rabinos que metaforicamente ensinaram que "Abraão observou toda a Torá [3]."
Isto significa que Abraão foi capaz de chegar às mesmas verdades que mais tarde, D’us ensinaria a humanidade por meio de uma comunicação formal. Os rabinos ensinam que, em última análise, nos dias do Messias, o homem vai retornar ao estado de Adam, onde naturalmente estava ligado a D’us e à sabedoria. Mas esta é apenas a regra geral. Qualquer pessoa hoje em dia pode se empenhar e tornar-se um ‘Abraão’. Cada um de nós tem essa capacidade, tal como estamos agora. O que se faz necessário para isso é apenas a convicção de que D’us proverá, e a confiança de que Ele vai agir assim, e então nós podemos nos liberar mais do nosso apego aos "cálculos procurados pelas massas" [4] (priorização das riquezas), minimizando o nosso trabalho, de modo a maximizarmos o nosso estudo da Torá [5]. Ao fazê-lo, vamos chegar a uma maior realização através da percepção da sabedoria de D’us. ■
 
[1] Mishne Torá, Hilchot Yesodei Hatorah 2:2 
[2] Guia dos Perplexos, Livro I, cap. LXVI 
[3] Talmud Kiddushin 82a, Mishná 
[4] Hilchot Shmitta v’Yovale 13:13
[5] Ética dos Pais 4:12

""Por que estou aqui? O que vai realmente me tornar mais realizado e verdadeiramente feliz? "
Estas perguntas muitas vezes nos consomem. Podemos chegar a uma re...
sposta satisfatória? Nós sabemos que o monoteísmo autêntico derivado do Sinai é a única forma verdadeira de serviço a D’us: e isto pode ser comprovado como qualquer fato histórico, sendo baseado numa revelação em massa quando da saída dos israelitas da terra do Egito. Enquanto as religiões exigem fé cega, uma vez que carecem de comprovação para as suas reivindicações, o monoteísmo estrito exige inteligência e razão, e é então a única forma de serviço divino que fornece a prova de sua origem, sendo usada como ‘fonte’ para as ditas ‘religiões monoteístas universais’ (ainda que haja controvérsias quanto à esse seu ‘monoteísmo’ – controvérsias essas que não serão abordadas nesse artigo por não ser este o nosso interesse nesse momento)
Portanto, essa nossa abordagem não se ocupa de demonstrar qual seria a “religião” verdadeira; Isto já está estabelecido, tendo sido até mesmo declarado implícita ou explicitamente por outras expressões religiosas. Este artigo visa abordar na verdade, o tema acerca da intenção de D’us ... o ‘plano de D’us’ para o homem. Por que a Torá (tal qual hoje a conhecemos) não foi dada ao mundo antes do Sinai? O que será que isso nos diz ou nos ensina sobre o plano de D’us para aqueles indivíduos antigos e para as primitivas sociedades humanas? O que isso diz sobre as suas capacidades como seres pensantes? Será que D’us não desejaria uma vida melhor também para eles? E o que isso diz sobre nós, que fomos criados de forma idêntica às gerações anteriores? Há algumas fontes que nos introduzirão a uma verdade fundamental sobre a vontade de D’us. Citaremos essas fontes, através das quais sentimos que você vai detectar a resposta que vamos sugerir no final.

1. MAIMÔNIDES - Maimônides escreveu muitas obras brilhantes, incluindo o Mishne Torá e o Sefer Hamitzvot. Ambas as obras elucidam os mandamentos da Torá. No entanto, quando comparamos suas palavras em ambas as obras que abordam a mitzvah de "Amar a D’us," parece que achamos uma grande discrepância. No Sefer Hamitzvot, Maimônides ensina que o caminho para amar a D’us é através de estudo da Torá. Mas, em seu Mishne Torá, ele diz que o caminho para amar a D’us é através do estudo do universo. Como explicar esse conflito? Também nos perguntamos por que ele escreveu ambas as obras, se elas abordam o mesmo tema? Por que Maimônides deriva amor e temor de D’us a partir das palavras do rei Davi? "Quando vejo os céus, obra dos teus dedos" ... "que é o homem para que estejas atento a ele (Salmos 8: 4)?" Que lição pode ser aprendida a partir da seleção deste verso específico como a fonte da qual Maimônides identifica o amor e o temor devidos a D’us? [1]
O Sefer Hamitzvot é uma obra que lista e elucida os 613 mandamentos. Em contraste, o Mishne Torá vai além disso, como encontramos nas "Leis dos fundamentos da Torá" e nas "Leis sobre Traços de Personalidade", duas categorias fora da esfera dos 613 mandamentos formais de D’us. Em suas Leis dos fundamentos da Torá, Maimônides discute uma categorização única de temas - não exatamente de ‘leis’ da Torá como poderíamos pensar. Então, nós desejaríamos saber qual é a intenção de Maimônides em seu Mishne Torá. Maimônides começa esta seção abordando a ‘existência’ singular de D’us como independente (eterna), em contraste com tudo o mais que é existência dependente. Ou seja, todas as coisas criadas necessitaram da vontade de D’us para que viessem a existir. Mas a criação também requer a vontade de D’us para que ela possa continuar a existir. Ou seja, a "criação" por si só não dota entidade alguma com a virtude da permanência; a sua duração também requer a vontade de D’us. (Só isso já merece alguns momentos de reflexão para que possa ser apreciado plenamente.)
Maimônides nos ensina que só D’us de fato ‘existe’, e se assim não fosse (caso isso fosse hipoteticamente possível) tudo de repente deixaria de existir. Por outro lado, tudo o que agora existe, não precisaria existir, nem tão pouco a sua não existência ou o fato de não mais existir poderia afetar a D’us. Na lei 1: 6, relativa ao conhecimento do papel de D’us como a única causa e a única existência real, Maimônides nos diz que este é um mandamento positivo. Nós nos perguntamos: por que Maimônides não discute o elemento "mandamento" logo no início? Ele continua nos ensinando que D’us não é físico, e, portanto, todas as condições físicas e seus efeitos não podem aplicar-se a Ele. Isso inclui o fato de D’us não ter partes, localização, não mudar, não se cansar, não comer, não possuir emoções, etc. Maimônides descreve as categorias de todas as existências, desde o homem até as estrelas, esferas e anjos, e as desenvolve em seu texto. Mas, afinal, o que conecta todos estes temas elaborados em Hilchot Yesodei Hatorah, ou seja, a existência de D’us, a criação, a metafísica, os anjos, santificação do nome de D’us, não profanar o nome de D’us, profecia, falsos profetas, revelação no Monte Sinai, o estado imutável da Torá e da proibição mudá-la? Que tipo de raciocínio teria exigido esta compilação de temas?
2. TALMUD - Outra fonte nos orienta para a obtenção da resposta. O Talmud, no Tratado Sanhedrin afirma: “O Rabi Yehudah disse: ‘Adam, o primeiro, recebeu mandamento apenas contra a idolatria’. Disse o R. Yehudah Ben-Besayra, ‘Outros dizem que Adam também recebeu mandamento sobre a criação de tribunais. Adam também recebeu um mandamento contra amaldiçoar a D’us’. Com qual opinião isso está de acordo? R. Yehudah disse em nome de Rav: ‘Disse D’us a Adão: Eu sou D’us – ensinando-o assim a não Me amaldiçoar; D’us disse a Adam: Eu sou D’us, assim eu o ensinei a não Me trocar por outro deus; D’us disse a Adam: Eu sou D’us, ensinando assim que o temor de Mim haverá entre vós” (Talmud Sanhedrin 56b).
O que porém chama nossa atenção é o fato de que Adam não recebeu ordem acerca dos 613 mandamentos. Além disso, o Talmud ensina um fundamento que pode ser facilmente ignorado. Esse fundamento é ensinado através de uma frase: ‘Eu sou D’us’, pela qual Ele impõe a Adam alguns outros mandamentos. Mas, por que esses mandamentos não foram transmitidos claramente, um a um? Além disso, o Talmud no Tratado Niddah 30b ensina:
"O embrião aprende tudo acerca da Torá, e no momento do nascimento, um anjo vem e toca seus lábios, fazendo com que se esqueça”
O que essa metáfora pretende explicar?
3. AS DUAS TÁBUAS – Como se sabe pela tradição, as duas tábuas originais dos Dez Pronunciamentos, chamadas de ‘luchot’, foram formadas naturalmente, incluindo as suas letras. Maimonides deriva isto a partir do versículo da Torá: "E as tábuas eram obra de D’us", isto é, elas eram produto da natureza, e não da arte humana (Êx. 32:16), pois todas as coisas naturais são chamadas de "obra do S’nhor”, e a escrita era ela mesma, “escrita de D’us” (ibid). "[2].
Mas qual a importância de se frisar que as primeiras tábuas foram formadas ‘naturalmente’ e não como obra feita pela arte de Moisés, como ocorreram com as segundas?
4. TORÁ – A Torá começa pelo Gênesis e as histórias dos patriarcas e matriarcas. Por que não simplesmente começar com o primeiro mandamento? No comentário do Rashi sobre Gên. 24:42, lemos: "Rabi Acha disse, Mais agradável é o discurso dos servos dos patriarcas diante de D’us, do que a Torá (mandamentos) de seus filhos”, como percebemos pelo relato sobre Eliezer (descrevendo seu encontro com Rebeca ) que é duplo na Torá, enquanto muitos dos seus mandamentos centrais só são dados por meio de sugestões. Que tipo de lição esta comparação pretende nos ensinar?
O PLANO ORIGINAL DE D’US
Por que D’us deu a Adam apenas um mandamento, e a Noach apenas sete? Por que não deu-lhes toda a Torá? A resposta é: Porque era desnecessário. A obra de D’us é perfeita; Ele criou Adam com tudo o que ele precisava para viver como havia sido planejado. Ou seja, com a inteligência apenas, o homem é capaz de derivar verdades através do pensamento independente. Esta é a vontade de D’us, e seu estado preferível para o homem. Aqui está o ponto: O pleno funcionamento do projeto, de forma natural e não por coerção (ou seja, por meio de mandamentos) é a forma de existência mais agradável e aperfeiçoada para nós, e D’us deseja que o homem viva neste estado mais agradável. Quando nossas mentes compreendem uma verdade através do estudo do mundo natural (em oposição ao estudo da Torá) esta verdade é registrada como algo enraizado na nossa experiência ... na realidade.
Isso nos causa grande impacto e nos impressiona muito profundamente. Porém, essa constatação por sua vez, nos impulsiona a uma ação não imposta. Somos mais felizes quando agimos de acordo com o que percebemos ser autêntico, real e verdadeiro. Por outro lado, o ser coagido a aderir à Torá carrega algum certo conflito. Os rabinos dizem metaforicamente que D’us manteve o Monte Sinai sobre as cabeças de todo o povo judeu, coagindo-os a aceitar a Torá. No entanto, o design do homem exigia pelo menos um mandamento, pois há um conceito que não pode ser aprendido através da observação da natureza: A obediência humana a D’us. Esta relação entre D’us como o Mestre e o homem como o servo, requer comunicação. Portanto, o Talmud ensina que D’us deu a Adam uma lei: Contra a idolatria [avodah zarah]. Dessa lei, o Talmud ensina que o homem pode derivar outras lições: “Disse D’us a Adam: Eu sou D’us – ensinando-o assim a não Me amaldiçoar; D’us disse a Adam: Eu sou D’us, assim eu o ensinei a não Me trocar por outro deus; D’us disse a Adam: Eu sou D’us, ensinando assim que o temor de Mim haverá entre vós”. Desta forma, o Talmud explica como Adam, através da sua própria inteligência, foi equipado para derivar todas as outras verdades, a partir de um simples mandamento.
A MENSAGEM DE MAIMÔNIDES
Isso explica por que em seu Mishne Torá, Maimônides diz que o amor por D’us é alcançado através do estudo do mundo natural, e não através da Torá. Pois por meio do Mishne Torá, especificamente nesta secção de abertura dos fundamentos da Torá, Maimônides está apresentando o maior número de verdades primárias. Estas verdades são anteriores à Torá, a partir do qual ela foi formulada. É por isso que essas verdades primárias são chamadas de "fundamentos da Torá" – ou seja, são os ‘blocos’ anteriores pelos quais D’us criou o sistema da Torá. O Mishne Torá difere muito do Sefer Hamitzvot. Este último aborda apenas o sistema da Torá e das mitsvot. Porém, com o seu Mishne Torá, Maimônides descreve a "realidade" – ou seja, tratam-se de tópicos muito mais abrangentes do que os mandamentos da Torá.
Ele aborda a existência de D’us, o tema dos anjos, da profecia, dos céus, e o nosso relacionamento com o Criador tendo como base essas verdades. Nossa compreensão destes temas são pré-requisitos para os mandamentos da Torá, que vem logo após. Temos de saber o papel de D’us como Criador e sustentador de tudo o que existe. Devemos saber que, apesar de bastante exaltados, o céu e os anjos também são criações, e não existências dignas de deificação como as gerações anteriores pecaminosas cegamente acreditavam. Devemos saber que D’us relaciona-se com o homem, e isto é "profecia".
Devemos saber que o nosso papel é a obediência, e por isso devemos santificar a D’us e respeitá-Lo. Uma vez que sabemos de tudo isso, então estamos prontos para avançar para o próximo passo, e esse é o entendimento de nossas personalidades a fim de ganharmos controle sobre nossas tendências e paixões. Assim, as leis de traços de personalidade vêm a seguir. Vemos assim que o Mishne Torá abrange muito mais do que uma simples lista de mandamentos. Ele na verdade pretende nos preparar para a vida. Ao fazer isso, ele habilmente nos ensina que o homem possui um projeto através do qual podemos alcançar uma vida melhor, amor ao conhecimento e o temor ao Autor da Criação. É por isso que ele ensina que o amor a D’us pode ser aprendido com a admiração do mundo natural, citando dos Salmos do Rei Davi, em vez de fazer uso de uma citação de um mandamento. Ao citar as palavras do Rei Davi, "Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos" - Maimônides apresenta um exemplo de homem que ama a D’us através do estudo do mundo natural. Maimônides evita mencionar o "mandamento" de conhecer a D’us, até que primeiramente afirme essa realidade, tendo como base a razão.
Mais uma vez, o elemento do qual deriva-se um mandamento é secundário, até que se chegue a essa verdade por meio da razão, por meio de um processo natural. Interessante é também salientar que a abordagem que Maimônides faz dos mandametos só é encontrada na parte final do seu ‘Guia dos Perplexos’.
Um sábio rabino explicou a metáfora do anjo no útero. A mente humana é naturalmente dotada de um conjunto de faculdades inatas. Por exemplo, nós não precisamos aprender a "comparar", pois a mente faz isso naturalmente. Quando uma criança vê um estranho, ela chora enquanto sua mente compara a face desse estranho com a imagem recuperada do rosto da sua mãe. Há uma série de outras faculdades inatas, como a definição de "igualdade:" sabemos quando dois objetos são diferentes, sem nunca termos recebido instrução acerca do conceito de "igualdade". Nem precisamos ser ensinados sobre causa e efeito. Nós também podemos deduzir sem sermos ensinados a fazer isso. Tudo isso mostra que um ser humano por natureza possui essas faculdades inteligentes, assim como ele de forma inata, possui emoções. Os rabinos ensinaram isso dizendo, "um anjo ensina a Torá ao embrião, e nós nos esquecemos de tudo ao nascer."
Esquecer está em contraste com o nunca ter aprendido, pois a pessoa que aprendeu, mas depois esqueceu, ainda mantém meios de voltar àquele conhecimento. Esta é a mensagem do rabino: nós de forma inata possuímos vias, ou melhor, faculdades, que podem detectar verdades sobre D’us, o universo, e o nosso papel aqui. A Torá nunca foi absolutamente necessária. O R. Acha disse: “Mais agradável é o discurso dos servos dos patriarcas diante de D’us, do que a Torá (mandamentos) de seus filhos”. Novamente, isto destaca a perfeição dos Patriarcas. Sem Torá, somos ensinados acerca do elevado grau que até mesmo as palavras mundanas dos seus servos expressava. Assim, o homem pode, naturalmente alcançar a perfeição, sem Torá. Mesmo as primeiras tábuas, formadas naturalmente, expressam a idéia de que a natureza oferece ao homem uma revelação da mão do Criador operando em tudo.
Que visão espetacular deve ter sido ... tábuas de safira com as palavras de D’us formadas naturalmente dentro delas. Quando estudamos a criação, estamos examinando a existência. Em contraste, quando estudamos a Torá, embora ainda estejamos testemunhando o esplendor de D’us, não estamos nos relacionando com a "existência". Precisamente o pedido de Moisés feito a D’us, "mostra-me a Tua Face", foi a sua tentativa de compreender a exata ‘existência’ de D’us. Evidentemente, "existência" aos olhos de Moisés era algo muito central. Além disso, quando estamos estudando a criação usando apenas as nossas mentes, nós nos envolvemos num processo de pensamento maior do que quando dependemos dos atalhos da Torá (mandamentos). Os grandes pensadores, desde Abraão até Aristóteles e Einstein, revelam o potencial humano em seu estado natural.
A Torá começa com a gênese do universo por isso mesmo. Naturalmente, o homem foi bem equipado para estudar o universo, como lemos sobre Adam que nomeou com precisão (definindo) os animais. A Torá não é um livro de história, e como disse o rabino Isaac, poderia ter iniciado com os mandamentos em primeiro lugar. Mas o natural é exigirmos fundamentos antes que possamos aceitar e seguir a Torá. Maimônides codificou esses fundamentos. Agora entendemos a distinção entre o Sefer Hamitzvot e o Mishne Torá. Ao longo do tempo, o homem corrompeu-se.
Muitas leis da Torá tiveram sua origem como ferramentas para combater essas corrupções, como não seguir superstições, ou os caminhos dos cananeus e egípcios. Leis e feriados foram criados para recordar a bondade de D’us, como Pessach e Succot. Os tefillin recordam as mortes dos primogênitos durante a redenção e a saída do Egito. Assim, a Torá como a temos hoje, constituindo-se de 613 mandamentos, não poderia ter sido dada a Adam. As gerações posteriores desviaram-se, e D’us em Sua bondade, formulou um sistema de Torá para ajudar a humanidade a permanecer no caminho. Adam era bem capaz de usar apenas a sua mente e inteligência para deduzir essas leis independentemente do seu próprio desvio. Ele, seus filhos, Noach e Abraão trouxeram ofertas a D’us, pelo fato de terem entendido totalmente a relação do homem com seu Criador. A orações estiveram nos lábios dos patriarcas sem a necessidade de nenhum mandamento. Eles usaram apenas as suas mentes e a sua inteligência para compreender a D’us, Seus caminhos, e Sua vontade para o homem.
A profecia é o meio de comunicação de D’us com o homem, e a oração é o meio do homem comunicar-se com D’us. A Torá e os seus mandamentos não têm como alvo um novo plano, mas sim, o de manter-se fiel ao plano original, como os ‘primeiros frutos’. As ofertas obrigam o homem a reconhecer o Criador como o Autor e Mantenedor de todas as coisas, e os dízimos nos ensinam a generosidade. Mais uma vez, vemos Abraão dando o dízimo sem ter ainda a Torá, mostrando como a mente humana pode chegar a verdades e moralidades independentes de ter ou não Torá. Este era o plano inicial de D’us. O maior mandamento é a educação, e nós aprendemos que Abraão ensinou dezenas de milhares. A bondade e a justiça também foram exemplificadas nas guerras de Abraão contra os reis; o patriarca aprendeu acerca da justiça de D’us no episódio de Sodoma, e assim, ele pode transmitir esses conceitos às gerações vindouras. Isto significa que Abraão entendeu os caminhos de D’us, sem a necessidade da Torá. Ao estudarmos a vida dos patriarcas, como é da vontade de D’us, vamos chegar a ainda mais exemplos apoiando os rabinos que metaforicamente ensinaram que "Abraão observou toda a Torá [3]."
Isto significa que Abraão foi capaz de chegar às mesmas verdades que mais tarde, D’us ensinaria a humanidade por meio de uma comunicação formal. Os rabinos ensinam que, em última análise, nos dias do Messias, o homem vai retornar ao estado de Adam, onde naturalmente estava ligado a D’us e à sabedoria. Mas esta é apenas a regra geral. Qualquer pessoa hoje em dia pode se empenhar e tornar-se um ‘Abraão’. Cada um de nós tem essa capacidade, tal como estamos agora. O que se faz necessário para isso é apenas a convicção de que D’us proverá, e a confiança de que Ele vai agir assim, e então nós podemos nos liberar mais do nosso apego aos "cálculos procurados pelas massas" [4] (priorização das riquezas), minimizando o nosso trabalho, de modo a maximizarmos o nosso estudo da Torá [5]. Ao fazê-lo, vamos chegar a uma maior realização através da percepção da sabedoria de D’us. ■

[1] Mishne Torá, Hilchot Yesodei Hatorah 2:2
[2] Guia dos Perplexos, Livro I, cap. LXVI
[3] Talmud Kiddushin 82a, Mishná
[4] Hilchot Shmitta v’Yovale 13:13
[5] Ética dos Pais 4:12

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